A depressão na adolescência é algo muito comum de acontecer. Você sabia que a depressão é a causa de muitos suicídios na adolescência? Esta fase da vida já não é muito fácil, imagine então com uma depressão! Por isso, é preciso ficar atento para poder ajudar seu filho caso ele necessite.
Muitas vezes o preconceito leva os pais a ignorar ou a não aceitar que seu filho precisa de ajuda profissional e o resultado pode ser desastroso!
Lembre-se sempre de consultar um profissional da saúde caso tenha dúvida se o seu filho adolescente está ou não com depressão. O transtorno depressivo maior não é algo que deva ser negligenciado.
Leia todo este artigo com atenção para ter uma noção sobre como ajudar um adolescente com depressão. E não esqueça que compartilhar informação sobre este assunto é muito importante, os pais de outros adolescentes podem estar precisando de ajuda!
Identificando a depressão em um adolescente
Serão apresentados abaixo alguns sinais que servem como um alerta. Caso você identifique alguns destes sintomas em um adolescente, converse com um médico ou psicólogo para saber qual será a melhor abordagem.
Os principais sinais de depressão na adolescência são:
- Não gostar mais de coisas que antes o deixavam feliz.
- Pensamentos frequentes de morte ou suicídio. Neste caso é urgente que se procure ajuda profissional!
- Um humor triste ou irritável durante a maior parte do dia. Seu filho adolescente pode sentir-se triste ou com raiva; ou também pode parecer mais choroso ou irritado.
- Sentir muitas dores sem uma causa “real”.
- Não querer estar com a família ou amigos.
- Dormir muito pouco à noite ou demais durante o dia.
- Ter problemas para manter o foco ou para fazer escolhas.
- Queda das notas na escola.
- Uma mudança grande no peso ou na alimentação, seja para cima ou para baixo.
- Não se importar com o futuro.
- Falta de energia
- Sentir-se incapaz de realizar tarefas simples.
- Sentimentos de inutilidade ou culpa. Baixa auto-estima.
Mas atenção! Qualquer um desses sinais pode ocorrer de forma isolada em adolescentes que não estão deprimidos. Mas quando ocorrem vários deles juntos, quase todos os dias, são bandeiras vermelhas para depressão. Não deixe para depois, busque ajuda profissional o quanto antes!
O que devo fazer se eu achar que meu filho está deprimido?
Esta é a dúvida mais comum entre os pais. Muitas vezes eles decidem esperar para ver se não é uma fase pela qual o adolescente está passando. Ou então, querem resolver por conta própria por puro preconceito ou então medo de talvez precisar de medicação controlada. Muitos acreditam que os remédios causam dependência.
Se for o caso de precisar de algum tipo de medicação, ela será cuidadosamente prescrita pelo médico. Certamente ele indicará o que é melhor para seu filho. Não permita que a desinformação atrapalhe a saúde do seu filho!
Segue uma pequena lista do que você deve fazer se você achar que seu filho tem depressão:
- Conte ao médico do seu filho. Alguns problemas médicos podem causar depressão. O médico pode recomendar psicoterapia (aconselhamento para ajudar com emoções e comportamento) ou prescrever um remédio para depressão, se for o caso.
- Converse com seu filho sobre os sentimentos dele e sobre as coisas que acontecem em casa e na escola que podem estar incomodando-o.
- O médico do seu filho adolescente pode fazer o seu acompanhamento em caso de depressão.
Não esqueça, o suicídio é atualmente uma das principais causas de morte entre os adolescentes. Trate qualquer pensamento de suicídio como uma emergência.
O que posso fazer para ajudar?
Selecionei algumas dicas que podem fazer a diferença na vida do seu filho adolescente. São formas de tentar evitar a depressão na adolescência. Mas lembre: a depressão nem sempre tem uma causa específica. Além disso, ela pode acontecer com qualquer pessoa.
Incentive hábitos saudáveis
- Limite o tempo de tela (computador, celular e televisão). Incentive a atividade física e as atividades divertidas com os amigos ou familiares. Desta forma ajudará a desenvolver conexões positivas com outras pessoas em casa e na escola, o que é muito bom.
- O básico para uma boa saúde mental inclui uma dieta saudável, dormir o suficiente e fazer exercícios físicos.
- Ter tempo com os pais, elogios por bom comportamento, incentivo para procurar ajuda profissional e apontar pontos fortes constroem o vínculo pais-filho.
Forneça segurança e proteção
- Reduza o estresse, pois a maioria dos adolescentes tem baixa tolerância a isso. Expectativas diminuídas em casa em relação às tarefas e às realizações escolares podem ajudar.
- Converse com seu filho sobre o bullying . Ser vítima de bullying é uma das principais causas de problemas de saúde mental.
- Busque ajuda se ele estiver passando por problemas com perdas ou luto. Procure ajuda se os problemas com o luto não melhorarem. Se você, como pai ou mãe, estiver sofrendo por uma perda, procure ajuda e encontre apoio adicional para seu filho adolescente.
- Armas, facas, medicamentos (incluindo aqueles que você compra sem receita médica) e álcool devem ser trancados.
Ensine aos outros
- O que parece preguiça ou irritabilidade pode ser sintoma de depressão.
- Seu filho adolescente não está inventando os sintomas.
- Fale sobre qualquer histórico familiar de depressão para aumentar a compreensão.
Pequenas atitudes que podem ajudar muito
- Converse, ouça-o com amor e dê apoio. Incentive o adolescente a compartilhar seu sentimento, incluindo pensamentos de morte ou suicídio. Tranquilize-o contando que isso é muito comum com a depressão.
- Ajude-o a relaxar com atividades físicas e criativas. Concentre-se nos pontos fortes dele.
- Divida os problemas ou as tarefas em etapas menores para que seu filho seja bem-sucedido.
- Ajude-o a encarar os problemas de uma maneira diferente e mais positiva.
Faça um plano de segurança
- O tratamento funciona, mas pode demorar algumas semanas para começar a surtir efeito. O adolescente deprimido pode não perceber as alterações no humor imediatamente. Somado a isso, os efeitos colaterais iniciais do tratamento (como ocorre com os antidepressivos) pode desencorajá-lo.
- Observe os fatores de risco para o suicídio. Estes incluem falar sobre suicídio pessoalmente ou na internet, dar pertences, ter um aumento dos pensamentos sobre a morte e abusar de substâncias.
- Siga o plano de tratamento. Certifique-se de que seu filho adolescente vá à terapia e que tome o remédio conforme foi prescrito pelo médico.
- Faça uma lista de pessoas para quem você pode ligar quando os sentimentos dele piorarem.
- Tenha em mãos os números de telefone do médico e do terapeuta do seu filho adolescente, além do serviço local para crises de saúde mental.
Conclusão
Ao começar a perceber algumas alterações de comportamento citadas neste artigo, já procure um profissional da saúde. Não espere para ver se passa, se melhora. A depressão pode ser uma doença traiçoeira, não facilite para ela!
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