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O que é a Síndrome de Borderline, como identificar e tratar

O desenho mostra uma pessoa na corda-bamba, que é segurada por uma mão, representando a síndrome de borderline

Talvez você já tenha conhecido uma pessoa alegre, descontraída, daquelas que conquista facilmente as pessoas. Mas essa pessoa muda de humor repentinamente, por uma contrariedade qualquer.

Geralmente isso acontece quando ela interpreta que a atitude do outro tinha a intenção de ofendê-la, magoá-la ou mesmo pode enxergar como uma traição. A pessoa, muito querida há poucos minutos, agora xinga, grita e chega até a socar algo ou alguém.

Em seguida ela sente-se mal, sente-se culpada. Surge um medo avassalador de ser abandonada. Isso faz com que ela sinta raiva dela mesmo, além de causar imensa dor e um vazio enorme. O resultado é uma vontade que aparece de se cortar, de beber, se drogar e até mesmo de morrer.

Obviamente esse foi um exemplo simplista que talvez dê a você uma ideia do que é o transtorno borderline.

Aliás, importante frisar: não trata-se de uma síndrome, como é popularmente chamada, mas de um transtorno. Porém chamaremos também da forma popular para que o leitor saiba do que estamos falando.

Leia o artigo até o fim e entenda melhor o que acontece com quem sofre deste transtorno.

Aliás, você tem ou teve alguma experiência com isso? Conte-nos nos comentários, no fim da página!

O que é a Síndrome de Borderline

A síndrome de borderline é uma condição que deixa o indivíduo sempre nos seus limites emocionais, sendo caracterizada pelas mudanças súbitas de humor, medo de ser abandonado pelos amigos e comportamentos impulsivos, como gastar dinheiro descontroladamente ou comer compulsivamente, por exemplo.

Como você já deve ter percebido, o transtorno de personalidade borderline (TPB) causa muito sofrimento, tanto para quem sofre dessa doença quanto para os que estão à sua volta.

Esse transtorno também conhecido como transtorno de personalidade limítrofe. Neste artigo o chamarei de transtorno borderline ou mesmo de síndrome de borderline, para simplificar.

Comportamento de quem sofre de TPB

Podemos dizer que o transtorno borderline é uma doença mental que, entre outras coisas:

  • Faz com que seja difícil para uma pessoa sentir-se confortável consigo mesma;
  • Causa problemas para controlar emoções e impulsos;
  • Causa problemas de relacionamento com outras pessoas.

Resumindo, podemos dizer que os principais sintomas são uma sensação de inutilidade, insegurança, instabilidade emocional, impulsividade e relações sociais prejudicadas.

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As pessoas com o transtorno de personalidade borderline têm elevados níveis de sofrimento e raiva. Elas podem facilmente se ofender com qualquer coisa que outras pessoas façam ou digam, mesmo que a intenção não fosse, nem de longe, ofender.

Efeitos do transtorno na pessoa

Os portadores da síndrome de borderline sofrem com pensamentos dolorosos e crenças (geralmente) distorcidas sobre si mesmos e sobre as outras pessoas.

É comum que acabem prejudicando-se por causa dessas crenças. Isso pode causar angústia na vida profissional, na vida familiar e na vida social.

Essa angústia pode levá-las a fazer uso abusivo de substâncias e a ter pensamentos e comportamentos suicidas. Também podem recorrer à automutilação, entre outros comportamentos que visem buscar um certo tipo de alívio (mesmo que este alívio seja temporário e traga problemas maiores depois).

Para a maioria das pessoas com TPB, os sintomas começam durante a adolescência ou na juventude. A notícia boa é que eles tendem a melhorar durante a vida adulta.

O transtorno faz com que os indivíduos alternem entre momentos de estabilidade e de surtos psicóticos, onde manifestam comportamentos descontrolados.

É importante saber que o Transtorno de Personalidade Borderline é uma condição do cérebro e da mente. Ter o TPB não é culpa da pessoa, nem foi alguém que causou isso.

Por que o transtorno borderline tem este nome?

Provavelmente você também já tenha se feito esta pergunta. O nome dessa doença inclui a palavra incomum “borderline” (fronteira) por motivos históricos.

No passado, as doenças mentais eram categorizadas como “psicoses” ou “neuroses“. Quando os psiquiatras escreveram pela primeira vez sobre a personalidade borderline, ela não se enquadrava em nenhuma dessas duas categorias.

Mas, segundo eles, ela pertencia a uma linha imaginária entre esses dois grupos de doenças. Em outras palavras, ficava na “fronteira” (borderline, em inglês).

O que causa o transtorno borderline?

As causas exatas desse transtorno ainda são desconhecidas. Provavelmente seja causado por fatores genéticos e condições ambientais adversas – não apenas um ou outro. Dessa forma, ainda não é possível prever quem irá desenvolvê-la.

Para uma pessoa que é naturalmente muito sensível, os problemas da vida podem ser especialmente prejudiciais enquanto se desenvolvem. Esses problemas podem incluir más experiências ou sofrer com outros distúrbios mentais.

Homem agarrado à perna da sua mulher tentando impedi-la de partir
O borderline teme ser deixado e faz grandes esforços para evitar que isso aconteça

Principais sintomas

Nem todo mundo com a síndrome de borderline apresenta os mesmos sintomas. Além disso, precisam ter vários destes sinais para caracterizar que elas tem o transtorno.

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Os principais sintomas da síndrome de borderline estão listados abaixo. São características fáceis de identificar:

  • São propensas a temer que outras pessoas possam deixá-las. Isso pode fazer com que elas façam esforços homéricos para evitar serem abandonadas por alguém. Incluindo também as situações em que pessoas que não sofrem do transtorno não se sentiriam decepcionadas ou não considerariam algo pessoal.
  • Tem relacionamentos que são extraordinariamente intensos e instáveis. Por exemplo, idealizam a outra pessoa e depois desprezam-na intensamente.
  • São muito inseguras sobre si mesmos – não sabendo realmente quem são ou o que pensar sobre si mesmos.
  • Assumem riscos ou têm comportamentos impulsivos, às vezes de maneiras perigosas. Por exemplo: não pensar antes de gastar dinheiro, comportamento sexual de risco, uso abusivo de drogas ou álcool, direção perigosa ou compulsão alimentar.
  • Repetidamente prejudicam-se, mostrando comportamento suicida ou frequentemente falando e pensando em cometer suicídio.
  • Passam por uma grande e intensa instabilidade emocional e afetiva, com períodos de depressão ou de ansiedade e de irritabilidade exageradas. Isto pode levar apenas algumas horas, mas pode durar mais tempo, como alguns dias.
  • Tem um sentimento persistente de estar “vazio” por dentro.
  • Sentem uma raiva que é excepcionalmente intensa e desproporcional a qualquer coisa que a tenha desencadeado e são incapazes de controlá-la. Por exemplo, tendo ataques de temperamento ou entrando em brigas.
  • Quando estressados, tornam-se altamente desconfiadas dos outros ou experimentam sentimentos incomuns de se separar de suas próprias emoções, corpo ou ambiente.

Tipos de personalidade limítrofe

Ainda não existe uma classificação científica oficial dos subtipos do transtorno borderline. No entanto, alguns autores criaram subtipos para evidenciar suas diferentes manifestações.

Vamos apresentar uma das mais conhecidas, a de Theodore Millon. Segundo esse especialista, existem quatro tipos diferentes de TPB, que serão apresentados abaixo.

É importante salientar que alguém que sofre de TPB pode ou não se encaixar em uma dessas subcategorias ou podem também se encaixar em mais de uma.

Com o tempo, os sintomas também podem mudar e se manifestar de maneira diferente.

Borderline Petulante

Imprevisibilidade, irritabilidade, impaciência, inquietação e rancor marcam os pacientes com TPB petulante.

Eles tendem a ser teimosos, pessimistas e ressentidos também. Oscilam entre sentimentos extremos de indignação e raiva, podendo explodir nos episódios de raiva.

Eles temem se decepcionar com os outros, mas também não parecem querer ajudar os outros a confiar neles. Tendem a ser agressivos e passivos e podem exibir um comportamento prejudicial para obter atenção.

Borderline Impulsivo

As pessoas que sofrem de TPB do tipo impulsivo costumam ser muito carismáticas, enérgicas e envolventes. Elas podem ser superficiais, sedutoras e indecisas, buscando por emoções e ficando rapidamente entediadas.

Elas prosperam com a atenção e a excitação e geralmente se metem em problemas depois de agir primeiro e pensar depois.

Isso pode levar ao abuso de substâncias e a comportamentos prejudiciais, pois buscam a aprovação das pessoas ao seu redor.

Procuram evitar decepções e abandono. Assim, quando sentem alguma ameaça de abandono ou de perda elas tornam-se irritáveis e sombrias.

Outra característica importante é que elas são potencialmente suicidas.

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Borderline Autodestrutivo

Estes se envolvem em comportamentos autodestrutivos. Às vezes eles podem ou não estar cientes de sua natureza destrutiva.

Geralmente são amargos, detestáveis e mal-humorados. Eles não têm senso de si e têm medo de ser abandonados.

Podem ter comportamentos masoquistas ou depressivos e sua raiva é autopunitiva.

É possível que ele se envolva em comportamentos de risco, como direção imprudente e atos sexuais degradantes. Também são potencialmente suicidas.

Borderline Desencorajado

A pessoa exibe comportamento pegajoso e codependente. Tende a seguir um grupo, embora pareça desanimada ou abatida.

Estes pacientes geralmente transbordam decepção e raiva, direcionando-as para aqueles que os rodeiam.

Esses indivíduos são mais propensos ao suicídio e a comportamentos de automutilação. Buscam aprovação, mas também tendem a evitar as pessoas. Sentem-se indignos, podendo ter uma tendência à depressão.

Mitos sobre o transtorno borderline

Mito: a síndrome de borderline não existe.
Realidade: O transtorno de personalidade limítrofe é um padrão de comportamento e de sintomas que podem sim ser reconhecidos por profissionais de saúde treinados e experientes.

Mito: as pessoas com diagnóstico de TPB têm transtorno de estresse pós-traumático (TEPT).
Realidade: TPB e TEPT são coisas distintas. Eles são diagnosticados de diferentes maneiras e têm diferentes tratamentos. Algumas pessoas com TPB também podem ter TEPT, mas a maioria não tem.

Mito: uma pessoa com transtorno de personailidade borderline não deve ser informada do seu diagnóstico.
Realidade: Ser diagnosticada corretamente ajuda a pessoa a encontrar o tratamento certo. Saber que sofre da síndrome de borderline também pode ajudá-la a entender suas experiências.
A maioria das pessoas com TPB fica aliviada ao saber que elas sofrem de um problema de saúde mental conhecido, pois assim poderão tratá-lo.
No passado, alguns médicos acreditavam que não era útil dizer a alguém que ele tinha o transtorno borderline, mantendo o diagnóstico em segredo.
Eles costumavam fazer isso porque achavam que assim protegeriam seus pacientes de atitudes negativas na comunidade e dentro do sistema de saúde mental.
Hoje, os especialistas do TPB acreditam que não contar o diagnóstico a um borderline é uma forma de discriminação. Afinal, atualmente esperamos informações honestas e precisas de nossos profissionais da saúde.

Mito: o TPB é sempre causado por abuso infantil.
Realidade: As pessoas podem desenvolver o transtorno de personalidade limítrofe mesmo que não tenham sofrido abuso ou qualquer outro trauma infantil.
Os profissionais de saúde não devem assumir que todos com TPB experimentaram esse tipo de trauma.
Muitas pessoas com a síndrome de borderline relatam dificuldades em sua criação, o que pode incluir não sentirem-se importante para os outros, negligência, abuso físico ou abuso sexual.
Porém, há também quem teve experiências ruins durante a infância e que não desenvolveu o transtorno de personalidade limítrofe.
No passado, pesquisadores e médicos se concentraram em algum trauma como causa do transtorno borderline, mas pesquisas mais recentes mostram que o TPB tem múltiplas causas e nem sempre inclui um trauma.
Por exemplo, fatores genéticos podem tornar uma pessoa extremamente sensível emocionalmente.

Mito: não há tratamento para a síndrome de borderline.
Realidade: ela pode ser tratada de forma eficaz com tratamentos psicológicos, incluindo alguns tratamentos que foram desenvolvidos especialmente para ela.

Mito: O único tratamento eficaz para o TPB é o tratamento psicológico a muito longo prazo (psicoterapia).
Realidade: Pesquisas atualizadas mostram que tratamentos bem estruturados e mais curtos podem ser efetivos para muitas pessoas.

Uma mulher com raiva e a legenda "Podem sentir uma raiva excepcionalmente intensa e desproporcional a qualquer coisa que a tenha provocado"

Como é feito o diagnóstico da síndrome de borderline?

Diagnosticar um transtorno mental não é tarefa fácil. Quando se trata do transtorno borderline, o diagnóstico é ainda mais difícil. Um dos obstáculos é o fato de não existir um teste para a síndrome de borderline.

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Assim, somente um profissional de saúde (médico ou psicólogo), depois de conversar muito com a pessoa e conhecê-la, pode diagnosticá-la.

Se alguém tiver sinais da síndrome de borderline, é fundamental que seu médico ou psicólogo pergunte cuidadosamente sobre sua vida, sobre suas experiências e sintomas antes de fazer o diagnóstico.

Alguns dos sintomas do transtorno de personalidade limítrofe são semelhantes aos de outras doenças, como os da depressão ou do transtorno bipolar, por exemplo.

Portanto, para ter certeza do diagnóstico, o profissional pode levar mais de uma sessão.

Pessoas diferentes, sintomas diferentes

É importante que você entenda que existem muitas combinações das características desse distúrbio.

Ou seja, uma pessoa com diagnóstico de TPB pode ter sintomas bem diferentes de outras com o mesmo diagnóstico.

Outra coisa que é bom saber: a síndrome de borderline geralmente não é diagnosticada em crianças antes da puberdade.

Vídeos sobre a síndrome de borderline

Separei alguns vídeos para você compreender melhor o TPB. Ler e ouvir outras explicações farão com que você entenda-o melhor.

No vídeo abaixo temos uma reportagem muito interessante que passou no programa Hoje em Dia, da Record.

Vale muito a pena assistir, pois esclarece um pouco mais sobre o assunto. Nela podemos ver o depoimento de uma pessoa que sofria com essa doença.

Programa Hoje em Dia sobre o transtorno borderline.

Neste outro vídeo, a psiquiatra Ana Beatriz Barbosa explica um pouco mais sobre a síndrome de borderline e fala sobre o seu livro, Corações Descontrolados. Uma entrevista muito boa, não vemos o tempo passar e ainda queremos mais. Assista!

Programa Sem Censura sobre o transtorno borderline. Vale a pena assistir!

Obtendo ajuda para o TPB

Quanto mais cedo a pessoa receber ajuda, mais chances ela tem de obter o diagnóstico correto e, assim, realizar um tratamento efetivo que ajude-a a gerenciar seus problemas.

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Não pense duas vezes nem adie a busca por um psicólogo ou psiquiatra. Somente eles poderão te ajudar e essa ajuda é muito importante. Não deixe a situação se agravar. Quanto antes procurar um profissional, melhor.

Um rapaz conversando com sua psicoterapeuta
A psicoterapia é o tratamento mais indicado para o transtorno limítrofe

A síndrome de borderline e o autoboicote

Apesar de não fazer parte da lista de sintomas, o auto boicote é comum nas pessoas que sofrem com o TPB. Não raro elas abandonam projetos que estão indo bem, ou que estão prestes a terminar, sem exista um real motivo para isso.

Um borderline pode abandonar a faculdade meses antes de se formar, por exemplo, ou então romper um noivado que tem tudo para dar certo.

E com o tratamento não é diferente! Quando estão seguindo um que está dando sinais de claros de melhora do quadro, acabam largando sem explicações ou motivos.

Esta característica é muito importante de ser levada em conta, pois a maior dificuldade do profissional de saúde é fazer com que o paciente se engaje no tratamento.

Muitas vezes o psicólogo ou psiquiatra chegam até a ir atrás do paciente. Ou então pedem ajuda da família para trazê-los de volta, mas nem sempre tem sucesso.

Também não é incomum que o profissional desista depois de inúmeras tentativas, pois o paciente é extremamente agressivo, costuma faltar às consultas ou desmarcar em cima da hora.

Tratamento

A melhor forma de tratar a síndrome de borderline é a psicoterapia. Este tipo de tratamento geralmente envolve falar com um profissional de saúde individualmente ou, em alguns casos, frequentar grupos especiais.

Medicações não são recomendadas como o principal tratamento da pessoa para a síndrome de borderline. Perceba que isso não quer dizer que não podem ser usadas, apenas devem ser usadas se forem auxiliares ao tratamento principal.

É importante destacar que a terapia cognitivo-comportamental, o tratamento psicológico mais usado em doenças mentais, aparentemente não tem tanto sucesso nos casos de TPB.

Isso se deve em partes a dificuldades de aderência à terapia e do desenvolvimento de uma relação terapêutica.

Recuperação

Com o tratamento, a maioria das pessoas com o TPB tem diminuição de seus sintomas pelo menos em uma parte do tempo.

Se alguém se recupera, há uma boa chance de que não desenvolva os sintomas novamente. A maioria das pessoas percebem que seus sintomas melhoram dentro de alguns anos após o diagnóstico.

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Muitas pessoas conseguem manter uma boa vida social e profissional. Porém, algumas pessoas continuam tendo problemas com o trabalho e com a vida social, mesmo que seus sintomas tenham diminuído.

Considerações finais

Se você tem alguns dos sintomas descritos acima deve procurar ajuda de um profissional. Lembre que o tratamento é diferente para cada pessoa, portanto, nada de basear-se em experiências alheias.

É muito importante saber que o autodiagnostico nunca é aconselhável e pode ser muito perigoso, dado que existem diversos transtornos mentais com sintomas parecidos.

Somente um profissional da saúde saberá te ajudar a encontrar o caminho certo para o tratamento, se for o caso.

Não esqueça de deixar seu comentário no fim da página, contando suas experiências com a síndrome de borderline!

Fontes

Atenção!

O conteúdo deste site tem caráter meramente informativo e não substitui uma consulta a um profissional da saúde.

Procure sempre um médico ou psicólogo.

17 comentários em “O que é a Síndrome de Borderline, como identificar e tratar”

  1. Eu já tinha ouvido falar da síndrome de borderline, mas não tinha nem ideia do que realmente era. Pelo que entendi, muitas vezes ela é confundida com a bipolaridade, por isso o diagnóstico mais difícil, é isso mesmo?

    Muito obrigada!

    1. Mariana,

      Pelas pesquisas que foram feitas para escrever o artigo, é mais ou menos isso mesmo. Normalmente quem confunde são os leigos, não os profissionais da saúde. É que para as pessoas em geral, a mudança repentina de humor é sinal de bipolaridade, o que está errado. Normalmente as oscilações no transtorno bipolar não ocorrem de uma forma abrupta e em períodos tão curtos de tempo como no transtorno de personalidade borderline.
      Mas é bom esclarecer que além dessa característica, há diversos outros sintomas que podem ser confundidos com outros transtornos. Por isso a importância de um diagnóstico profissional.

      Um abraço.

  2. Minha filha tem boa parte do que está descrito acima, porém não aceita tratamento.
    E piora a cada dia, pois é etilista, tabagista contumaz.
    Desestruturou filhos.

  3. Provavelmente eu tenho o transtorno… Tenho grande tendência a desconfiança e também a confundir, intenções. Segundos antes do artigo aparecer no Pinterest para mim, eu estava justamente orando a Deus pedindo para acalmar meu coração, pois eu estava desconfiada de uma pessoa que amo muito. Eu já fui diagnóstica com transtorno bipolar, já tive depressão profunda e tentei suicídio algumas vezes… Mas realmente desconfio que eram tentativas de ser amada. Geralmente entro em crise quando me sinto ameaçada, ou rejeitada. Nunca me encaixei e sempre estou em busca de aceitação. Eu sofro e faço pessoas sofrerem… Tenho atitudes rudes com pessoas lindas de coração. Geralmente sou muito alegre e contagiante, não tenho muitos problemas com amizades, mas minhas relações amorosas sempre foram desastrosas. Costumo ser confiante e forte se não estou em um relacionamento, mas ao que me apaixono, eu mudo. Fico frágil, sensível, insegura e depressiva. Tenho pensamentos negativos e destrutivos. Sou um poço de carinho, mas também um mar de insegurança.
    Eu estava bem até ontem…. Já tinha alguns meses que eu não me sentia mal….
    Depois que li o artigo, entendi como um sinal… Meu coração está mais calmo, porém não confio mais em minhas emoções.
    Que Deus me ajude! Não quero mais passar vergonha, não quero viver me hum humilhando e nem magoando as pessoas. Eu só queria acreditar mais em mim e me sentir suficiente.

    1. Olá Bárbara!

      Apesar de você ter se identificado, você precisa ser diagnosticada por um profissional da saúde. Como está escrito no artigo, sintomas podem ser parecidos de vários transtornos. Nós, leigos, não conhecemos todos, então não temos condições de saber.
      Mas, se leu e pensou que isso é um sinal de algo, recomendo que procure ajuda profissional. Um psicólogo e um psiquiatra poderão te ajudar. Lembre-se, esses profissionais tem que acompanhar o seu caso, não adianta ir uma ou outra vez.

      Fique bem!

  4. Tenho uma irmã com bordelaine.
    Sofremos todos juntos.
    Ela é adotiva
    Mas a amamos muito.
    A reconheci em muitas descrições do transtorno.

  5. Olá!
    No ano passado,meu sobrinho me contou, que passou por uma consulta médica e, que depois de relatar todos os seus sintomas e muito sofrimento com o que sentia,esse médico disse a ele, que o que ele na verdade tem é,”exatamente essa síndrome de borderline e, não esquizofrenia, doença mental da qual ele fora diagnosticado, desde os 14 anos.
    Agora, lendo o seu maravilhoso artigo, vou aconselhar a ele, que retorne ao tratamento, mas buscando ajuda para essa síndrome, esses relatos tem tudo a ver com ele, muito, mas muito obrigada por ter postado esse artigo tão importante.

  6. Bárbara querida. Eu tenho esse diagnóstico feito por dois profissionais da saúde mental e estou em tratamento. Procure tratamento com um psicólogo de confiança e que entenda da área, sem demora.
    Vai ver o alívio que é ter ajuda para entender seus sentimentos e ações e ter mais controle sobre elas. Meu conselho de amiga? Não perca tempo e busque ajuda profissional!
    Tenho certeza de que dará tudo certo! Grande abraço!

  7. Eu sou exatamente dessa maneira, mudo de humor em segundos, sou muito bipolar. Ao mesmo tempo que estou feliz uma palavra que eu não gostei de ouvir, pra min já é o fim, fico muito nervosa, quebro as coisas.

    1. Olá Ana!

      Só lembre que o texto é bem superficial, até pelo tamanho do texto. Não deixe de buscar ajuda médica, pois se leu o texto e se identificou, pode ser que sofra do transtorno borderline ou de outra condição e só um médico pode dar essa certeza. Muitas vezes há sintomas parecidos entre os transtornos, por isso não é possível o autodiagnóstico (além de ser perigoso). Porém é um grande passo a gente descobrir que há uma explicação para o que sentimos. Buscar ajuda é fundamental!

      Não deixe para depois, priorize isso (buscar ajuda), certamente terá uma qualidade de vida muito melhor. Espero que fique bem (vai ficar com o tratamento certo), e depois nos conte um pouco de sua experiência depois que iniciar o tratamento. É importante isso para ajudar outras pessoas, para elas perceberem que há uma saída! 😉

      Um abraço!

  8. Nossa, texto muito explicativo. Em se tratando de doenças de mente , para nós leigos fica muito difícil entender. Meu marido foi diagnosticado há uma década ou mais com bipolaridade, mas lendo o texto, vejo que tem tudo a ver com a situação atual dele. Sofro junto, foram diversas situações, amigos se afastam, a doença avança, devido às agressões, não físicas mas com atitudes agressivas, ao mesmo tempo que está triste demais, daqui a pouco está bem, nossa relação está mal.O pior é que rejeita tratamento. No início, foi tratado, ficou no psicólogo uns dois anos. Foi ótimo pra ele. Hoje percebo nele outras características que foram acrescentadas com o tempo, falar sozinho, não aceita opinião. Uma pessoa extremamente carente, boa de coração. São 36 anos de convivência e sinto que se deixá-lo possa acontecer o pior com ele. Estou amarrada a uma situação. Fico triste, continuo trabalhando, mesmo depois de aposentada e não vejo solução pra ele. Ele ficou praticamente desempregado na pandemia, pois trabalhava com venda. Há cerca de 6 meses assumiu um restaurante e só vem acumulando dívidas. Que Deus nos ajude! Vou tentar mostrar esse artigo pra ele pra ver se volta a se tratar.

  9. Desde minha infância e percebi que tinha algo diferente das outras crianças sempre estava irritada e qualquer coisa já me deixava triste pelos cantos. Na minha adolescência isso ficou mais intenso dependendo da maneira que as pessoas falava comigo eu só queria chorar e chegou ao ponto de eu começar a me cortar para tentar sentir um alívio de toda opressão que eu estava sentindo. Minha família religiosa apenas dizia que era falta de Deus mas sempre tive muita fé. Aos meus 34 anos tive o diagnóstico de transtorno bipolar afetivo e boderline. Faço acompanhamento tomo medicações cotidianas mas não tenho resultados positivos. Acordar todos os dias pra mim é como um tormento.

  10. Artigo muito bom e elucidativo.Tenho uma sobrinha com TDS as características de síndromes de borderline.Finalmente conseguiu psicoterapia.Dificilimo de viver com ela.Uma enfermidade mental terrível.

  11. Minha filha pertence ao grupo dos portadores de TPB. Não reconheço como enfermidade mental. Só quem convive com “eles” pode dizer o sofrimento que é. Vivemos em constante alerta, sempre na expectativa de se deparar com algum fato que nos faça sofrer cada vez mais. Confio que está próximo o dia em que não mais terei de conviver com essa dor.🙏🏻

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