O que é impulsividade e como ser menos impulsivo

A impulsividade é uma reação imediata a qualquer situação sem pensar. É um comportamento precipitado, que às vezes acontece porque é a sua reação automática. Ou então é resultado de uma frustração que o domina emocionalmente, e você quer fazer alguma coisa para barrar o desconforto.

A reação ocorre sem escolha e julgamento. Consequentemente é ineficaz e até mesmo prejudicial na maioria dos casos. Você sabe que não é certo ou inteligente se comportar daquela maneira, mas você não pode evitar! Você reage rápida e instintivamente.

Geralmente você acaba se arrependendo, mas depois você continua reagindo da mesma maneira diversas vezes, sem conseguir se controlar.

Como saber se sou impulsivo?

É muito importante que você esteja ciente de sua impulsividade. Caso contrário, o comportamento impulsivo sempre se repetirá contra sua vontade. A impulsividade assumirá o controle de você e trará muitos problemas

Para saber se você é uma pessoa impulsiva, seguem alguns sinais que podem indicar esta característica:

Você “tem pavio curto”

  • Você faz comentários com pessoas com quem você não deve mexer.
  • Você diz as coisas na cara das pessoas.
  • As pessoas têm um pouco de medo da sua boca.
  • Volta e meia você se envolve em incidentes e discussões.
  • Você sempre xinga os outros motoristas na rua.
Xingar constantemente no trânsito pode ser um sinal de impulsividade.

Reage mal ao ser repreendido

Quando seu chefe, cônjuge ou pai repreende você por algo que você fez, você fica envergonhado e humilhado e não consegue aguentar. Então você se levanta, bate a porta e sai. Ou então reage desproporcionalmente, com uma explosão de raiva.

Age com irresponsabilidade

  • Bebe ou fuma em excesso
  • Usa drogas e álcool com frequência
  • Dirige imprudentemente na estrada
  • Não é sexualmente responsável

Não consegue conter-se

  • Você devora a comida. Também não consegue seguir uma dieta
  • Compra coisas e depois se arrepende de tê-las comprado

Não pensa antes de responder

  • Você responde a tudo na hora, sem pensar
  • Em um teste ou quando você está fazendo uma tarefa, você responde apressadamente, sem ler a pergunta até o fim.
  • Você responde as outras pessoas sem ouvir até o fim o que elas estão dizendo.
  • Você interrompe os outros com frequência.
Ser pavio curto, explosivo, pode ser sinal de que você é uma pessoa impulsiva.

Identificando gatilhos que acionam sua reação impulsiva

É importante você se conhecer e identificar o que desencadeia a sua impulsividade. Assim você poderá trabalhar a sua cabeça de forma a evitar esses descontroles.

Algo que pode ajudar é mudar algumas coisas para que você evite aquilo que te faz perder o controle. Isso não te deixará menos impulsivo, mas ao menos as consequências desastrosas diminuirão um pouco.

Pequenas mudanças que podem ajudar

Alguns exemplos de coisas que você pode mudar para evitar o comportamento impulsivo. Isso é só uma forma de evitar problemas enquanto você aprende a controlar suas reações.

  1. Se o vizinho do outro lado da rua o incomoda, evite encontrá-lo.
  2. Se a loja de doces a caminho do trabalho for um grande obstáculo, pois você será tentado a comprar chocolate, escolha um caminho diferente.
  3. Se você fala demais nas reuniões de trabalho e sempre interrompe os outros, crie uma regra para si mesmo: não seja o primeiro a falar. Mesmo que isso signifique que outra pessoa diga o que você queria dizer. Talvez isso seja melhor do que despertar nos colegas de trabalho uma raiva de você ou criar conflitos!

O que devo fazer?

É importante que você identifique o “momento anterior”, o “gatilho”. Este é o momento em que você perde o controle. Se você identificá-lo, você pode pressionar o botão de parar e conter-se.

Ouça seu corpo!

Seu corpo sempre sinaliza, aprenda a ouvi-lo. Seus sentimentos também sinalizam: você pode estar estressado, oprimido, irritado, assustado, desapontado. Todos esses são sinais indicando que você está prestes a tentar escapar da situação por meio de uma reação inadequada.

Você não precisa saber como reagir. Tudo o que você precisa fazer é respirar profundamente e simplesmente não fazer nada. Essa é a coisa inteligente a fazer: esperar, evitar reagir.

Você precisa aprender a não reagir na hora, por mais difícil que seja!

Se você parou – agora você é rei!

Agora você tem que esperar um pouco, se acalmar e recuperar o controle. Em seguida, todas as opções estão abertas. A não reação lhe dá tempo de pensar e, em geral, deixa as portas abertas para você.

Agora você pode escolher! Você vai poder ponderar sobre o que tem a ganhar e o que pode perder. Vai pensar nos vários aspectos da situação, poderá consultar amigos ou especialistas e planejar o que vai fazer e como reagir.

É sempre uma boa ideia esperar com calma antes de agir

Mesmo que você ache que tem uma boa solução, espere um pouco mais. Quanto maior o intervalo entre a situação avassaladora e a sua reação, maior a chance dela ser bem-sucedida.

Por exemplo, se de repente você quiser comprar um novo par de calças jeans, mesmo que você já tenha comprado alguns na semana passada, espere alguns dias. Há uma boa chance de você perceber que não precisa de mais calças. Talvez descubra que o que você está mais precisando são sapatos.

Se você não parar, as chances são de você acabar com um armário cheio de itens desnecessários, que não se servem muito bem e que você nem vai usar!

Situações em que o controle emocional é difícil

Uma das situações mais comuns em que a impulsividade aparece é aquela em que alguém te culpa ou te magoa. A sobrecarga emocional nessa situação é muito forte e seu controle pode simplesmente escorrer por entre os dedos.

A tendência nesses casos é atacar a outra pessoa ou, alternativamente, rastejar diante dela.

Os mecanismos de defesa são muito fortes. Você pode culpar os outros, insultá-los, fingir que não está nem aí, realizar todo tipo de manipulação. Tudo isso é feito sem escolha ou sem controle. E você pagará um alto preço no futuro!

Portanto, seja muito cuidadoso nestas situações. Afaste-se delas sempre que possível. Tente se acalmar aos poucos e só depois de examinar a situação, de pensar sobre isso sozinho (ou com pessoas que podem ajudar), decida se deve reagir. Se decidir que deve reaigr, decida com calma como fará isso.

Técnica para controlar a impulsividade

Você pode usar a técnica da “voz interior”: memorizar “mantras” com antecedência e recitá-los para si mesmo. Sempre procure ter algumas frases prontas para as situações que podem levá-lo a uma atitude precipitada.

Algumas frases que podem ajudar a controlar a impulsividade

As frases abaixo podem ser usadas por você para manter o autocontrole. Você pode repeti-las mentalmente, como um mantra, sempre que estiver em uma situação delicada. Você pode também criar as suas próprias frases, o importante é encontrar a que melhor se encaixa para você.

  • “Talvez logo eu tenha uma resposta melhor.”
  • “Isso não é tão ruim, veja as coisas por outro ângulo.”
  • “Se você esperar um pouco, você colherá um grande benefício.”
  • “Espere um minuto, logo você decidirá o que fazer.”

Buscando ajuda de um especialista

Muitas vezes a impulsividade pode ser apenas uma parte do problema. Isso pode vir de algum distúrbio, como a síndrome de borderline, por exemplo. Por isso é sempre aconselhável que você busque a ajuda de um médico ou psicólogo.

Eles poderão identificar as formas mais eficazes de te ajudar e darão todas as orientações necessárias para que você fique bem e consiga lidar melhor com estas situações.

O que é a Síndrome de Borderline, como identificar e tratar

Talvez você já tenha conhecido uma pessoa alegre, descontraída, daquelas que conquista facilmente as pessoas. Mas essa pessoa muda de humor repentinamente, por uma contrariedade qualquer.

Geralmente isso acontece quando ela interpreta que a atitude do outro tinha a intenção de ofendê-la, magoá-la ou mesmo pode enxergar como uma traição. A pessoa, muito querida há poucos minutos, agora xinga, grita e chega até a socar algo ou alguém.

Em seguida ela sente-se mal, sente-se culpada. Surge um medo avassalador de ser abandonada. Isso faz com que ela sinta raiva dela mesmo, além de causar imensa dor e um vazio enorme. O resultado é uma vontade que aparece de se cortar, de beber, se drogar e até mesmo de morrer.

Obviamente esse foi um exemplo simplista que talvez dê a você uma ideia do que é o transtorno borderline.

Aliás, importante frisar: não trata-se de uma síndrome, como é popularmente chamada, mas de um transtorno. Porém chamaremos também da forma popular para que o leitor saiba do que estamos falando.

Leia o artigo até o fim e entenda melhor o que acontece com quem sofre deste transtorno.

Aliás, você tem ou teve alguma experiência com isso? Conte-nos nos comentários, no fim da página!

O que é a Síndrome de Borderline

A síndrome de borderline é uma condição que deixa o indivíduo sempre nos seus limites emocionais, sendo caracterizada pelas mudanças súbitas de humor, medo de ser abandonado pelos amigos e comportamentos impulsivos, como gastar dinheiro descontroladamente ou comer compulsivamente, por exemplo.

Como você já deve ter percebido, o transtorno de personalidade borderline (TPB) causa muito sofrimento, tanto para quem sofre dessa doença quanto para os que estão à sua volta.

Esse transtorno também conhecido como transtorno de personalidade limítrofe. Neste artigo o chamarei de transtorno borderline ou mesmo de síndrome de borderline, para simplificar.

Comportamento de quem sofre de TPB

Podemos dizer que o transtorno borderline é uma doença mental que, entre outras coisas:

  • Faz com que seja difícil para uma pessoa sentir-se confortável consigo mesma;
  • Causa problemas para controlar emoções e impulsos;
  • Causa problemas de relacionamento com outras pessoas.

Resumindo, podemos dizer que os principais sintomas são uma sensação de inutilidade, insegurança, instabilidade emocional, impulsividade e relações sociais prejudicadas.

As pessoas com o transtorno de personalidade borderline têm elevados níveis de sofrimento e raiva. Elas podem facilmente se ofender com qualquer coisa que outras pessoas façam ou digam, mesmo que a intenção não fosse, nem de longe, ofender.

Efeitos do transtorno na pessoa

Os portadores da síndrome de borderline sofrem com pensamentos dolorosos e crenças (geralmente) distorcidas sobre si mesmos e sobre as outras pessoas.

É comum que acabem prejudicando-se por causa dessas crenças. Isso pode causar angústia na vida profissional, na vida familiar e na vida social.

Essa angústia pode levá-las a fazer uso abusivo de substâncias e a ter pensamentos e comportamentos suicidas. Também podem recorrer à automutilação, entre outros comportamentos que visem buscar um certo tipo de alívio (mesmo que este alívio seja temporário e traga problemas maiores depois).

Para a maioria das pessoas com TPB, os sintomas começam durante a adolescência ou na juventude. A notícia boa é que eles tendem a melhorar durante a vida adulta.

O transtorno faz com que os indivíduos alternem entre momentos de estabilidade e de surtos psicóticos, onde manifestam comportamentos descontrolados.

É importante saber que o Transtorno de Personalidade Borderline é uma condição do cérebro e da mente. Ter o TPB não é culpa da pessoa, nem foi alguém que causou isso.

Por que o transtorno borderline tem este nome?

Provavelmente você também já tenha se feito esta pergunta. O nome dessa doença inclui a palavra incomum “borderline” (fronteira) por motivos históricos.

No passado, as doenças mentais eram categorizadas como “psicoses” ou “neuroses“. Quando os psiquiatras escreveram pela primeira vez sobre a personalidade borderline, ela não se enquadrava em nenhuma dessas duas categorias.

Mas, segundo eles, ela pertencia a uma linha imaginária entre esses dois grupos de doenças. Em outras palavras, ficava na “fronteira” (borderline, em inglês).

O que causa o transtorno borderline?

As causas exatas desse transtorno ainda são desconhecidas. Provavelmente seja causado por fatores genéticos e condições ambientais adversas – não apenas um ou outro. Dessa forma, ainda não é possível prever quem irá desenvolvê-la.

Para uma pessoa que é naturalmente muito sensível, os problemas da vida podem ser especialmente prejudiciais enquanto se desenvolvem. Esses problemas podem incluir más experiências ou sofrer com outros distúrbios mentais.

O borderline teme ser deixado e faz grandes esforços para evitar que isso aconteça

Principais sintomas

Nem todo mundo com a síndrome de borderline apresenta os mesmos sintomas. Além disso, precisam ter vários destes sinais para caracterizar que elas tem o transtorno.

Os principais sintomas da síndrome de borderline estão listados abaixo. São características fáceis de identificar:

  • São propensas a temer que outras pessoas possam deixá-las. Isso pode fazer com que elas façam esforços homéricos para evitar serem abandonadas por alguém. Incluindo também as situações em que pessoas que não sofrem do transtorno não se sentiriam decepcionadas ou não considerariam algo pessoal.
  • Tem relacionamentos que são extraordinariamente intensos e instáveis. Por exemplo, idealizam a outra pessoa e depois desprezam-na intensamente.
  • São muito inseguras sobre si mesmos – não sabendo realmente quem são ou o que pensar sobre si mesmos.
  • Assumem riscos ou têm comportamentos impulsivos, às vezes de maneiras perigosas. Por exemplo: não pensar antes de gastar dinheiro, comportamento sexual de risco, uso abusivo de drogas ou álcool, direção perigosa ou compulsão alimentar.
  • Repetidamente prejudicam-se, mostrando comportamento suicida ou frequentemente falando e pensando em cometer suicídio.
  • Passam por uma grande e intensa instabilidade emocional e afetiva, com períodos de depressão ou de ansiedade e de irritabilidade exageradas. Isto pode levar apenas algumas horas, mas pode durar mais tempo, como alguns dias.
  • Tem um sentimento persistente de estar “vazio” por dentro.
  • Sentem uma raiva que é excepcionalmente intensa e desproporcional a qualquer coisa que a tenha desencadeado e são incapazes de controlá-la. Por exemplo, tendo ataques de temperamento ou entrando em brigas.
  • Quando estressados, tornam-se altamente desconfiadas dos outros ou experimentam sentimentos incomuns de se separar de suas próprias emoções, corpo ou ambiente.

Tipos de personalidade limítrofe

Ainda não existe uma classificação científica oficial dos subtipos do transtorno borderline. No entanto, alguns autores criaram subtipos para evidenciar suas diferentes manifestações.

Vamos apresentar uma das mais conhecidas, a de Theodore Millon. Segundo esse especialista, existem quatro tipos diferentes de TPB, que serão apresentados abaixo.

É importante salientar que alguém que sofre de TPB pode ou não se encaixar em uma dessas subcategorias ou podem também se encaixar em mais de uma.

Com o tempo, os sintomas também podem mudar e se manifestar de maneira diferente.

Borderline Petulante

Imprevisibilidade, irritabilidade, impaciência, inquietação e rancor marcam os pacientes com TPB petulante.

Eles tendem a ser teimosos, pessimistas e ressentidos também. Oscilam entre sentimentos extremos de indignação e raiva, podendo explodir nos episódios de raiva.

Eles temem se decepcionar com os outros, mas também não parecem querer ajudar os outros a confiar neles. Tendem a ser agressivos e passivos e podem exibir um comportamento prejudicial para obter atenção.

Borderline Impulsivo

As pessoas que sofrem de TPB do tipo impulsivo costumam ser muito carismáticas, enérgicas e envolventes. Elas podem ser superficiais, sedutoras e indecisas, buscando por emoções e ficando rapidamente entediadas.

Elas prosperam com a atenção e a excitação e geralmente se metem em problemas depois de agir primeiro e pensar depois.

Isso pode levar ao abuso de substâncias e a comportamentos prejudiciais, pois buscam a aprovação das pessoas ao seu redor.

Procuram evitar decepções e abandono. Assim, quando sentem alguma ameaça de abandono ou de perda elas tornam-se irritáveis e sombrias.

Outra característica importante é que elas são potencialmente suicidas.

Borderline Autodestrutivo

Estes se envolvem em comportamentos autodestrutivos. Às vezes eles podem ou não estar cientes de sua natureza destrutiva.

Geralmente são amargos, detestáveis e mal-humorados. Eles não têm senso de si e têm medo de ser abandonados.

Podem ter comportamentos masoquistas ou depressivos e sua raiva é autopunitiva.

É possível que ele se envolva em comportamentos de risco, como direção imprudente e atos sexuais degradantes. Também são potencialmente suicidas.

Borderline Desencorajado

A pessoa exibe comportamento pegajoso e codependente. Tende a seguir um grupo, embora pareça desanimada ou abatida.

Estes pacientes geralmente transbordam decepção e raiva, direcionando-as para aqueles que os rodeiam.

Esses indivíduos são mais propensos ao suicídio e a comportamentos de automutilação. Buscam aprovação, mas também tendem a evitar as pessoas. Sentem-se indignos, podendo ter uma tendência à depressão.

Mitos sobre o transtorno borderline

Mito: a síndrome de borderline não existe.
Realidade: O transtorno de personalidade limítrofe é um padrão de comportamento e de sintomas que podem sim ser reconhecidos por profissionais de saúde treinados e experientes.

Mito: as pessoas com diagnóstico de TPB têm transtorno de estresse pós-traumático (TEPT).
Realidade: TPB e TEPT são coisas distintas. Eles são diagnosticados de diferentes maneiras e têm diferentes tratamentos. Algumas pessoas com TPB também podem ter TEPT, mas a maioria não tem.

Mito: uma pessoa com transtorno de personailidade borderline não deve ser informada do seu diagnóstico.
Realidade: Ser diagnosticada corretamente ajuda a pessoa a encontrar o tratamento certo. Saber que sofre da síndrome de borderline também pode ajudá-la a entender suas experiências.
A maioria das pessoas com TPB fica aliviada ao saber que elas sofrem de um problema de saúde mental conhecido, pois assim poderão tratá-lo.
No passado, alguns médicos acreditavam que não era útil dizer a alguém que ele tinha o transtorno borderline, mantendo o diagnóstico em segredo.
Eles costumavam fazer isso porque achavam que assim protegeriam seus pacientes de atitudes negativas na comunidade e dentro do sistema de saúde mental.
Hoje, os especialistas do TPB acreditam que não contar o diagnóstico a um borderline é uma forma de discriminação. Afinal, atualmente esperamos informações honestas e precisas de nossos profissionais da saúde.

Mito: o TPB é sempre causado por abuso infantil.
Realidade: As pessoas podem desenvolver o transtorno de personalidade limítrofe mesmo que não tenham sofrido abuso ou qualquer outro trauma infantil.
Os profissionais de saúde não devem assumir que todos com TPB experimentaram esse tipo de trauma.
Muitas pessoas com a síndrome de borderline relatam dificuldades em sua criação, o que pode incluir não sentirem-se importante para os outros, negligência, abuso físico ou abuso sexual.
Porém, há também quem teve experiências ruins durante a infância e que não desenvolveu o transtorno de personalidade limítrofe.
No passado, pesquisadores e médicos se concentraram em algum trauma como causa do transtorno borderline, mas pesquisas mais recentes mostram que o TPB tem múltiplas causas e nem sempre inclui um trauma.
Por exemplo, fatores genéticos podem tornar uma pessoa extremamente sensível emocionalmente.

Mito: não há tratamento para a síndrome de borderline.
Realidade: ela pode ser tratada de forma eficaz com tratamentos psicológicos, incluindo alguns tratamentos que foram desenvolvidos especialmente para ela.

Mito: O único tratamento eficaz para o TPB é o tratamento psicológico a muito longo prazo (psicoterapia).
Realidade: Pesquisas atualizadas mostram que tratamentos bem estruturados e mais curtos podem ser efetivos para muitas pessoas.

Como é feito o diagnóstico da síndrome de borderline?

Diagnosticar um transtorno mental não é tarefa fácil. Quando se trata do transtorno borderline, o diagnóstico é ainda mais difícil. Um dos obstáculos é o fato de não existir um teste para a síndrome de borderline.

Assim, somente um profissional de saúde (médico ou psicólogo), depois de conversar muito com a pessoa e conhecê-la, pode diagnosticá-la.

Se alguém tiver sinais da síndrome de borderline, é fundamental que seu médico ou psicólogo pergunte cuidadosamente sobre sua vida, sobre suas experiências e sintomas antes de fazer o diagnóstico.

Alguns dos sintomas do transtorno de personalidade limítrofe são semelhantes aos de outras doenças, como os da depressão ou do transtorno bipolar, por exemplo.

Portanto, para ter certeza do diagnóstico, o profissional pode levar mais de uma sessão.

Pessoas diferentes, sintomas diferentes

É importante que você entenda que existem muitas combinações das características desse distúrbio.

Ou seja, uma pessoa com diagnóstico de TPB pode ter sintomas bem diferentes de outras com o mesmo diagnóstico.

Outra coisa que é bom saber: a síndrome de borderline geralmente não é diagnosticada em crianças antes da puberdade.

Vídeos sobre a síndrome de borderline

Separei alguns vídeos para você compreender melhor o TPB. Ler e ouvir outras explicações farão com que você entenda-o melhor.

No vídeo abaixo temos uma reportagem muito interessante que passou no programa Hoje em Dia, da Record.

Vale muito a pena assistir, pois esclarece um pouco mais sobre o assunto. Nela podemos ver o depoimento de uma pessoa que sofria com essa doença.

Programa Hoje em Dia sobre o transtorno borderline.

Neste outro vídeo, a psiquiatra Ana Beatriz Barbosa explica um pouco mais sobre a síndrome de borderline e fala sobre o seu livro, Corações Descontrolados. Uma entrevista muito boa, não vemos o tempo passar e ainda queremos mais. Assista!

Programa Sem Censura sobre o transtorno borderline. Vale a pena assistir!

Obtendo ajuda para o TPB

Quanto mais cedo a pessoa receber ajuda, mais chances ela tem de obter o diagnóstico correto e, assim, realizar um tratamento efetivo que ajude-a a gerenciar seus problemas.

Não pense duas vezes nem adie a busca por um psicólogo ou psiquiatra. Somente eles poderão te ajudar e essa ajuda é muito importante. Não deixe a situação se agravar. Quanto antes procurar um profissional, melhor.

A psicoterapia é o tratamento mais indicado para o transtorno limítrofe

A síndrome de borderline e o autoboicote

Apesar de não fazer parte da lista de sintomas, o auto boicote é comum nas pessoas que sofrem com o TPB. Não raro elas abandonam projetos que estão indo bem, ou que estão prestes a terminar, sem exista um real motivo para isso.

Um borderline pode abandonar a faculdade meses antes de se formar, por exemplo, ou então romper um noivado que tem tudo para dar certo.

E com o tratamento não é diferente! Quando estão seguindo um que está dando sinais de claros de melhora do quadro, acabam largando sem explicações ou motivos.

Esta característica é muito importante de ser levada em conta, pois a maior dificuldade do profissional de saúde é fazer com que o paciente se engaje no tratamento.

Muitas vezes o psicólogo ou psiquiatra chegam até a ir atrás do paciente. Ou então pedem ajuda da família para trazê-los de volta, mas nem sempre tem sucesso.

Também não é incomum que o profissional desista depois de inúmeras tentativas, pois o paciente é extremamente agressivo, costuma faltar às consultas ou desmarcar em cima da hora.

Tratamento

A melhor forma de tratar a síndrome de borderline é a psicoterapia. Este tipo de tratamento geralmente envolve falar com um profissional de saúde individualmente ou, em alguns casos, frequentar grupos especiais.

Medicações não são recomendadas como o principal tratamento da pessoa para a síndrome de borderline. Perceba que isso não quer dizer que não podem ser usadas, apenas devem ser usadas se forem auxiliares ao tratamento principal.

É importante destacar que a terapia cognitivo-comportamental, o tratamento psicológico mais usado em doenças mentais, aparentemente não tem tanto sucesso nos casos de TPB.

Isso se deve em partes a dificuldades de aderência à terapia e do desenvolvimento de uma relação terapêutica.

Recuperação

Com o tratamento, a maioria das pessoas com o TPB tem diminuição de seus sintomas pelo menos em uma parte do tempo.

Se alguém se recupera, há uma boa chance de que não desenvolva os sintomas novamente. A maioria das pessoas percebem que seus sintomas melhoram dentro de alguns anos após o diagnóstico.

Muitas pessoas conseguem manter uma boa vida social e profissional. Porém, algumas pessoas continuam tendo problemas com o trabalho e com a vida social, mesmo que seus sintomas tenham diminuído.

Considerações finais

Se você tem alguns dos sintomas descritos acima deve procurar ajuda de um profissional. Lembre que o tratamento é diferente para cada pessoa, portanto, nada de basear-se em experiências alheias.

É muito importante saber que o autodiagnostico nunca é aconselhável e pode ser muito perigoso, dado que existem diversos transtornos mentais com sintomas parecidos.

Somente um profissional da saúde saberá te ajudar a encontrar o caminho certo para o tratamento, se for o caso.

Não esqueça de deixar seu comentário no fim da página, contando suas experiências com a síndrome de borderline!

Fontes

Sair da versão mobile