Ansiedade, Saiba O Que É E Conheça Seus Sintomas

A ansiedade tem afetado milhões de pessoas no mundo. Nas últimas décadas, esse problema ganhou maior visibilidade na mídia e internet por ser diagnosticado cada vez mais. Mas o que é ansiedade, de fato? Como controlar a ansiedade e qual o tratamento? Entenda tudo isso através de nosso post.

O que é a ansiedade?

Embora ao longo do tempo o termo ansiedade tenha ganhado conotação similar a um transtorno, é importante lembrar que, na verdade, a ansiedade é uma emoção relativamente normal ao ser humano. Em situações de estresse, nervoso ou mesmo medo, o sistema nervoso libera uma série de hormônios que, por sua vez, provocam reações fisiológicas que caracterizam essa aflição: suor, calor excessivo, tontura, entre outros sintomas. Esses sentimentos são acompanhados pela percepção de estar em perigo, estar ameaçado ou mesmo vulnerável em relação a um ambiente ou pessoas. Mas como uma emoção humana normal se transforma em um sério transtorno?

Representação de como se sente alguém que sofre de ansiedade

Quando todas essas reações fisiológicas citadas se manifestam de forma excessiva no indivíduo, isso causa um sofrimento físico e emocional, o que caracteriza o Transtorno de Ansiedade como uma síndrome propriamente dita, sem contar a dificuldade na realização de funções ocupacionais, como no caso de algum trabalho, relacionamentos sociais e mesmo atividades cotidianas.

Portanto, quando pensarmos sobre o que é ansiedade, é importante sempre discernir entre a emoção normal e o prejuízo que os sintomas, em intensidade excessiva, podem causar a alguém. Em se tratando da ansiedade como um transtorno, há várias classificações. A partir de agora, saberemos melhor sobre cada uma delas:

Tipos de ansiedade

Quando falamos de Transtornos de Ansiedade, devemos ter em mente que vários problemas estão incluídos nessa definição. Embora nem todos que possuem esse transtorno sofram de todos os problemas incluídos na descrição, também é muito provável a pessoa sofrer com mais de um desses problemas. Veja só:

1. Ansiedade generalizada

Esse problema é caracterizado pela preocupação excessiva do indivíduo com a resolução de todo tipo de situação, mesmo quando estas fogem totalmente de seu controle. Depois de 3 a 4 meses com esse tipo de obsessão, é aconselhável procurar um médico para analisar o estado psicológico e tentar controlar a ansiedade.

2. Ansiedade social

A ansiedade pode culminar em uma espécie de fobia social, caracterizada pelo temor da interação social. As pessoas que sofrem de ansiedade social se sentem mal e desconfortadas diante de outras, sendo elas estranhas ou familiares e, embora isso possa ser tratado de forma natural para a maioria, para outros é algo muito sério.

3. Síndrome do pânico

Sendo uma dos mais populares Transtornos de Ansiedade, a Síndrome do pânico é caracterizada por crises inesperadas de desespero, medo intenso de que algo aconteça e sentimento de perigo iminente a todo o momento. Ao constatar a permanência de medo agudo, recorrente e inesperado, é necessário consultar um médico.

4. Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC)

Já o Transtorno Obsessivo Compulsivo, mais conhecido pela sigla TOC, é conhecido popularmente pelo indivíduo tornar-se fixado em ideias e rituais compulsivos, bem como obsessões de imagens perfeitas que chegam a mente da pessoa.

5. Transtorno de Estresse Pós-Traumático

Esse outro distúrbio de ansiedade é caracterizado por diversos sinais e sintomas físicos, psíquicos e emocionais em decorrência do indivíduo ter experimentado situações traumáticas de forma geral. A recordação do momento gera uma proporção de ansiedade alarmante, que, por sua vez, leva a dor e sofrimento. É essencial consultar um médico especialista e iniciar um tratamento o quanto antes o diagnóstico for feito.

Existem diversos outros distúrbios de ansiedade, causados por fatores e situações variadas. É necessário ficar atento aos sintomas, que serão abordados mais especificamente em nosso próximo artigo.

Para conhecer mais a fundo cada um desses tipos de ansiedade, você pode acessar este link.

Depois disso, veja as informações que separamos para ajudá-lo a saber como controlar a ansiedade e conheça melhor os tipos de tratamentos para ansiedade.

Como controlar a ansiedade

Quando a ansiedade se transforma em algo excessivo, é preciso descobrir como controlá-la. A melhor forma de controlar a ansiedade é, primeiramente, diagnosticando-a como um transtorno. Depois disso, os tratamentos podem a fazer a diferença nesse controle. Conheça melhor cada uma dessas formas:

  1. Sessões com psicólogos e outros especialistas: Uma das formas de controlar a ansiedade é a partir de sessões com psicólogos e outros especialistas no estudo desses tipos de transtornos.
  2. Medicamentos: Existem diferentes tipos de medicamentos para tratar a ansiedade e outros distúrbios psicológicos. Todos eles devem ser adquiridos mediante prescrição médica e indicação de especialistas. Alguns deles são ansiolíticos (dissolução da ansiedade), enquanto outros funcionam como antidepressivos. Esses antidepressivos agem sobre os neurotransmissores cerebrais e, com isso, aumenta o nível de energia psíquica, fortificando a pessoa e diminuindo a quantidade de preocupação e medo e, consequentemente, menos ansiosa. Por fim, também é possível realizar tratamentos a partir de tranquilizantes ou anti psicóticos.

Depois de entender melhor o que é ansiedade, quais são os tipos de transtornos de ansiedades e, ainda, como controlar a ansiedade, se torna muito mais fácil diagnosticar, tratar e mesmo prevenir um agravamento de qualquer um deles. É preciso conhecer o máximo possível de informações para que possamos saber como vencer a ansiedade, que tem sido chamada por muitos como “o mal do século”.

Fique ligado em nossos próximos artigos, confira mais detalhadamente a questão dos sintomas dos transtornos de ansiedade e comente o que achou de nossas informações.

Saiba o que é a depressão pós-parto e como evitá-la!

Provavelmente você já ouviu falar sobre a depressão pós-parto, mesmo que superficialmente, não é mesmo? E sobre o baby blues, já ouviu falar?

É comum que as pessoas confundam as duas coisas, porém são transtornos diferentes. Enquanto um aparece logo que a criança nasce e é algo passageiro, o outro pode ter consequências sérias se não for tratado.

Algo importante sobre a DPP (depressão pós-parto): ela tem cura! Quanto mais cedo procurar ajuda profissional, mais fácil será evitar um sério agravamento da doença.

Neste artigo vamos explicar isso tudo para você. Leia-o atentamente, até o fim, e vai entender muito mais sobre esse assunto, podendo ajudar alguém com esse tipo de problema. Boa leitura!

O que é a depressão pós-parto?

A depressão pós-parto é um transtorno psicológico ao qual as mulheres estão suscetíveis pouco depois do parto.Desânimo, tristeza profunda, baixa autoestima, falta de interesse pelo bebê e, por esse motivo, sentimento de culpa são alguns de seus sintomas.

É preciso entender que não se trata de algo meramente hormonal ou momentâneo, mas um problema que precisa ser prevenido e/ou tratado. Para que isso seja feito, é necessário saber melhor como essa doença atua.

Essa doença se apresenta discretamente, o que dificulta sua identificação em seus estágios iniciais. Este é o motivo da importância de conhecer e prestar muita atenção aos seus sintomas. A prevenção e tratamento podem ser mais eficazes logo no início.

E não pense que esse é um problema incomum! No Brasil, pouco mais de 1 a cada 4 mulheres são acometidas pela DPP, segundo a Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ).

Breve histórico

Há algumas décadas esse transtorno não era tão reconhecido como hoje em dia. Por este motivo, a vida das mulheres que sofriam com esse transtorno era bem difícil.

Elas precisavam aprender a viver com esse problema. O resultado não era outro: ou ela se curava depois de um tempo, ou a depressão se tornava crônica.

Porém, nos últimos anos houve maior reconhecimento da doença, algo imprescindível para o diagnóstico e tratamento.

O que é o baby blues ou blues puerperal

O baby blues, ou blues puerperal, é uma melancolia que se apresenta já nos primeiros dias depois de dar à luz e não dura mais que 6 semanas. Ele é resultado das alterações bruscas dos níveis hormonais depois do parto.

Fique de olho nas diferenças entre blues puerperal e depressão pós-parto!

A mulher fica mais sensível que o normal neste período, podendo ofender-se por qualquer coisa, chorar facilmente e irritar-se com facilidade. Além disso, pode sentir-se frágil e incapaz.

Atingindo entre 35 e 50% das mães, o baby blues costuma se manifestar entre o 3º e o 5º dia depois do parto.

Os principais sintomas do blues puerperal são:

  • Alteração do sono
  • Melancolia
  • Constante vontade de chorar, mesmo sem motivo
  • Maior sensibilidade emocional
  • Ansiedade
  • Dificuldade para dormir bem, insônia
  • Mudanças bruscas de humor
  • Dificuldade de se concentrar
  • Irritabilidade
  • Dificuldade de concentração
  • Preocupação em excesso com a saúde do bebê, mesmo que não haja motivos para isso

Principais diferenças entre a depressão pós-parto e o blues puerperal

As principais diferenças entre a depressão pós-parto e o baby blues são o momento de início dos sintomas, o tempo de duração e a intensidade.

Enquanto o baby blues surge nos primeiros dias após o parto, a DPP começa a se manifestar depois de algumas semanas, geralmente depois da terceira.

Outra característica que diferencia os dois transtornos é a duração. O blues puerperal costuma durar entre duas a seis semanas, tendendo a diminuir e desaparecer completamente, sem necessidade de tratamento.

a depressão pós-parto pode durar muito tempo se não for tratada podendo, inclusive, evoluir para uma condição mais grave, a psicose pós-parto.

A intensidade dos sintomas também é outro fator de diferenciação. No blues puerperal os sintomas não são tão intensos como na depressão pós-parto.

Quais são os sintomas da depressão pós-parto?

Algumas mulheres apresentam aumento exagerado de apetite, enquanto outras perdem totalmente a fome. Sonolência e falta de energia durante o dia e o desinteresse de voltar à antiga rotina de trabalho são outros sintomas comuns.

O desânimo persistente é um dos sintomas desse transtorno.

Porém é preciso atenção: os sintomas são, em geral, muito amplos, tornando mais difícil o diagnóstico, principalmente no início.

Além disso, a tristeza da DPP relaciona-se a tudo, e não só com a maternidade. A mulher perde o interesse por atividades que antes lhe davam prazer, desde programas de televisão até relações sexuais.

Por fim, a ansiedade é mais um sintoma recorrente. A mulher pode sofrer ataques de pânico e apresentar comportamentos obsessivos em relação à criança, como agasalhá-la demais ou verificar, a todo instante, se ela está respirando.

Principais sintomas da depressão pós-parto

Os sintomas geralmente são sutis, quase imperceptíveis no início. Entre os principais sinais da depressão pós-parto estão os listados abaixo:

  • Desânimo persistente;
  • Sentimentos de culpa;
  • Pensamentos suicidas;
  • Medo excessivo de machucar o bebê;
  • Diminuição ou aumento exagerado do apetite;
  • Diminuição da libido;
  • Ideias obsessivas;
  • Alteração do comportamento.

Levando em conta as informações que foram apresentadas sobre os sintomas, tenha muita atenção e procure ajuda médica caso apresente-os constantemente em até seis semanas após o parto.

Causas da depressão pós-parto

Embora não haja uma causa específica e certa para esse transtorno, algumas características parecem prevalecer no perfil das mulheres que sofrem com a DPP.

Enquanto algumas causas se relacionam à própria genética da mulher, outras têm relação com a vivência ou experiências ligadas à sociedade.

Algumas das prováveis causas da depressão pós-parto são:

  • Falta de aceitação ao bebê;
  • Excesso de filhos e poucas formas de sustento;
  • Ser mãe solteira ou apresentar dificuldade de relacionamento;
  • Ter ficado muito tempo sem tocar no bebê após o seu nascimento;
  • Violência doméstica, abuso sexual,
  • Experiências conflituosas na maternidade;
  • Histórico de depressão na família.

A verdade é que a medicina não é uma ciência exata. Ainda é preciso estudar muito sobre as causas da depressão pós-parto.

Para que isso aconteça, é preciso que o tema deixe de ser estigmatizado e passe a ser tratado e estudado como qualquer outro transtorno psicológico.

Tratamento para depressão pós-parto

Depois de diagnosticada, o melhor a fazer é iniciar o tratamento o quanto antes.

No Brasil, a depressão pós-parto atinge mais de uma mulher a cada quatro.

Esse processo abrange desde sessões de psicoterapia até remédios que ajudam a eliminar os sintomas, auxiliando a mulher a retomar sua vida normal.

Contudo, antes de tomar qualquer medicamento, é necessário certificar-se de que isso não irá atrapalhar a amamentação.

Sabendo que, se não tratada, a depressão pós-parto pode evoluir para a psicose pós-parto, não a negligencie, achando que isso pode passar logo.

Informações importantes sobre o tratamento

Até pouco tempo atrás as pessoas tinham dúvidas se depressão pós-parto tem cura. Hoje em dia não há mais questionamentos sobre isso, pois sabemos que sim, há cura.

Quanto aos medicamentos indicados para esse transtorno psiquiátrico, os médicos procuram ao máximo receitar remédios que não atrapalhem a rotina entre mãe e filho.

Porém, algumas medidas preventivas podem ser adotadas para tornar o processo mais seguro para o bebê, como desprezar o leite materno algumas horas depois de tomar o medicamento.

Essa e outras medidas devem sempre ser pensadas junto ao médico responsável, levando sempre em conta a decisão da própria mulher.

Acima de tudo, o apoio e atenção da família são cruciais ao tratamento. Amigos e familiares devem apoiar a mulher nesse período.

O carinho, o afeto e a demonstração de preocupação podem ajudar a amenizar ou mesmo eliminar os sintomas de culpa, tristeza contínua e desinteresse por atividades prazerosas.

Portanto, não esqueça: a compreensão e o apoio são tudo nesse momento tão difícil na vida de uma mulher.

Algumas considerações importantes

Procure ajuda médica assim que surgirem os primeiros sintomas, quanto antes fizer isso, maior a possibilidade de recuperação rápida.

É importante ter claro em sua mente que a depressão pós-parto não é frescura, fraqueza e muito menos um desvio de caráter. É uma doença que precisa ser tratada.

Precisamos ter consciência de que a depressão pós-parto pode ser curada. Apesar de ser algo delicado, é preciso falar sobre esse transtorno e buscar ajuda.

O que achou deste artigo? Não deixe de fazer o seu comentário no fim da página, isso nos motiva a pesquisar e publicar mais assuntos como esse!

Sintomas da depressão, você precisa conhecê-los!

Quais são os sintomas da depressão? Muito estigmatizada por falta de informação e por preconceitos, muitas vezes os sintomas da depressão não conhecidos ou não são compreendidos.

Saber como é esta doença ajuda tanto a saber que deve buscar ajuda como auxiliar uma pessoa querida que sofra com este problema. Muitas vezes não entendemos o porquê de alguém estar agindo de uma forma, queremos que ela melhore, que ela reaja e não entendemos o motivo dela não fazer isso. É a depressão que está agindo.

Escrevi este artigo para ajudá-lo a informar-se sobre este transtorno. É importante que, antes de conhecer os sintomas, saiba o que é a depressão. Além disso, saiba que a depressão é uma doença séria e deve ser tratada. Não hesite antes de buscar ajuda de um profissional da saúde ao identificar os primeiros sinais desta doença!

Depressão: Sintomas Físicos e Psicológicos

Um dos objetivos ao escrever este texto é tornar a informação mais clara e acessível, evitando que você perca o mesmo tempo que perdi navegando em diversos sites. Para isto explicarei cada um dos principais sinais de depressão.  Afinal, muitas vezes os sintomas são descritos de uma forma muito superficial. Ou então são usadas palavras que geram ainda mais dúvidas – termos muito técnicos, por exemplo. Mais ou menos como escrever “acido acetilsalicílico” ao invés de AAS ou Aspirina. 🙂

Além disso, alguns textos parecem uma tradução feita em algum tradutor automático, você lê e não entende nada! Acredito que você já tenha visto artigos como estes, não?

Uma informação importante: para ser considerado como transtorno depressivo maior (como é conhecida a depressão) é necessário que os sintomas durem mais que duas semanas.

Se estiver desconfiando de que tem este problema, não hesite em procurar um psicólogo ou médico, o quanto antes. Deixar para depois só fará com que a situação se agrave.

1. Alterações do sono

Tanto a hipersônia (muito sono) como a insônia podem ocorrer. Se você está precisando dormir mais do que o normal todos os dias ou não consegue dormir facilmente, comece a prestar atenção para ver se não tem também outros sintomas de depressão.

De qualquer forma, se faz tempo que acontece isso procure um médico. Pode não ser depressão, mas algum outro problema que deve ser tratado.

2. Ganho ou perda de peso

Você percebeu que está engordando ou emagrecendo, e antes tinha um peso mais ou menos estável? Isto pode ser um sinal de que algo não vai bem, e pode ser um sinal de depressão. Fique de olho!

3. Baixa autoestima

É comum o depressivo ter baixa autoestima.

Quem tem depressão muitas vezes fica com a autoestima muito baixa. Começa a não se importar em se cuidar, se pentear, se vestir bem e até mesmo ficar sem tomar banho. Também começa a pensar que é inferior aos outros, que não é bonito(a) ou que não é tão capaz quanto os outros. Se você pensa desta forma com frequência, fique alerta!

4. Humor depressivo e pessimismo

Humor depressivo é uma sensação de incapacidade de ter alegrias. É ver problema em tudo, enxergar sempre o lado ruim das coisas e acreditar que nada vai dar certo. Se você ficou meio “rabugento”, reclamando de tudo, pode estar sofrendo do transtorno depressivo maior.

Outro comportamento comum é acreditar que seus problemas são sempre enormes e de difícil solução, criticar tudo e todos. Claro que se você não foi sempre assim, se isso não é parte da sua personalidade!

5. Desânimo e perda de energia

Perda de energia e desânimo. Crença de que nenhum esforço vale a pena, que os resultados não terão sentido ou valor. Vontade de procrastinar o máximo que puder.

Tudo parece muito difícil, até tarefas muito simples. Pode, por exemplo, estar com sede e ter um copo com água a 2 metros de distância, mas para ele parece que está a mais de 200 metros, tamanha é a indisposição para levantar-se e pega-lo. Então fica pensando muito antes de buscar o copo. Isto se conseguir!

Este é um sintoma que pode desencadear vários outros. Por exemplo, pode deixar a autoestima lá embaixo, pois você começa a acreditar que é preguiçoso ou incapaz, principalmente se não sabe que está deprimido.

6. Diminuição da concentração e/ou da memória

Você precisa ler a mesma frase várias vezes porque não prestou atenção ao que estava lendo? Não consegue fazer cálculos que antes eram fáceis para você? Este é outro possível sintoma! A memória também pode ser um sinal de depressão. Se ela começar a falhar de um jeito que não acontecia antes, vá a um médico.

7. Irritabilidade, impaciência

Este é um sintoma que é fácil de perceber. O deprimido pode se tornar facilmente irritável. Qualquer situação pode deixa-lo irritado. Você começa a reclamar mais no trânsito, da fila do mercado (mesmo que só tenha uma pessoa na frente), qualquer barulhinho te tira do sério. O verdadeiro “pavio curto”. Portanto, a impaciência e falta de tolerância também podem indicar um quadro depressivo. Claro, se você não era assim antes.

8. Choro

Neste caso pode ocorrer qualquer um dos extremos. De um tempo para cá tem sido comum você chorar com facilidade, mesmo sem motivo. Começa a chorar do nada, em qualquer lugar, e você não era assim antes.

Ou então acontece o contrário: você não consegue chorar, mesmo em situações que qualquer um (incluindo você mesmo) choraria. Fica sentindo que o choro está preso, não sai.

9. Cansaço

Sentir-se cansado boa parte do tempo não é normal. Mesmo descansando ou dormindo por um bom tempo, você tem a sensação de estar precisando de mais descanso ou mais de mais horas de sono. Descansa mais, dorme mais, mas nada adianta, continua sentindo-se cansado.

Se isto começar a acontecer com frequência, pode ser um sintoma. Fique de olho!

10. Isolamento social

Quem sofre de depressão pode ter uma tendência a isolar-se socialmente.

Este sintoma vai aparecendo aos poucos, então você demora a perceber. É comum na depressão a pessoa se isolar socialmente.

Evitar sair, ver os amigos, ir a festas e outras atividades sociais. Inventar desculpas para “não poder” participar de eventos ou reuniões se torna corriqueiro. Chega uma hora que os outros começam a dizer que você nunca vai quando é convidado. Ou então as pessoas simplesmente param de te convidar para eventos.

O pior deste sintoma é que foi você que se isolou, que se afastou das pessoas, mas a sensação é a de que foram os outros que te deixaram de lado.

11. Dificuldade de tomar decisões

Você começa a ter dificuldade para tomar decisões, algo que antes não acontecia. E não precisam ser decisões muito importantes! Coisas como o que pedir do cardápio, que filme assistir ou então decidir entre o sorvete de creme, chocolate e o misto.

É comum deixar sempre para outra pessoa decidir, algumas vezes fazendo parecer que é por gentileza.

12. Sentimentos de desesperança

Outro sinal muito comum de depressão é a pessoa sentir-se sem esperança, sem motivos para pensar no futuro. Ela sente que falta sentido na vida, sente-se fracassada, como se estivesse arruinada.

Pode também ter um sentimento de culpa, acreditar que tudo o que fez foi errado. Ou então pensar não adianta fazer nada, que nada vai mudar, nada vai melhorar, que não tem mais jeito.

13. Diminuição da libido

Este sintoma é um dos mais difíceis para o deprimido. E pode influenciar negativamente outros sintomas, intensificando-os. A autoestima é o sintoma mais comum a ser afetado.

Muitas vezes este sintoma de depressão afeta o relacionamento, principalmente quando a depressão ainda não está diagnosticada.

Também acontece isto quando a doença não é compreendida pelo parceiro, que acha que você não sente mais nada por ele. Leia o artigo sobre como lidar com um cônjuge deprimido, é muito interessante e pode ajudar muito!

14. Perda de interesse e prazer

Muito comum também é a perda de interesse por coisas que antes gostava de fazer. Tudo começa a parecer sem graça. Dificilmente você encontra algo que lhe de prazer, que lhe traga satisfação pessoal.Quando começa alguma atividade logo quer largar porque perde a graça rapidamente.

Este é um importante sintoma que deve ser especialmente considerado.

15. Desejo de morrer e ideias de suicídio

Este é um dos sintomas de depressão que não pode, de forma alguma, ser ignorado! Se você acha que a vida não tem mais sentido, que não faz falta para ninguém, que fracassou ou que não vale a pena viver, procure IMEDIATAMENTE ajuda profissional!

Ideias de suicídio, um importante sintoma de depressão, nunca ignore!

Mitos

Há alguns mitos sobre o suicídio que podem levar a resultados desastrosos. É comum ouvirmos, por exemplo, que “quem quer se matar não avisa” ou que a pessoa “só quer chamar a atenção”. Porém este aviso pode ser um último pedido de socorro.

Nunca ignore, trate com desprezo ou ache que é brincadeira se alguém estiver falando em suicídio. Lembre-se que é melhor levar a sério e não ser algo grave do que ignorar e uma tragédia acontecer.

Há um excelente artigo sobre alguns mitos frequentes sobre o suicídio no blog da psicóloga Jóice Bruxel. Vale a pena dar uma conferida!

Outras coisas que você também precisa saber

Ter um dos dois últimos sintomas de depressão (14 e 15) é um grande indício de que a pessoa está sofrendo com este transtorno. Um médico deve ser procurado sem falta, principalmente se tiver o último dos sintomas: ideias de suicídio e desejo de morrer. Neste caso, não deixe para depois! Procure com urgência um médico ou psicólogo!

Nem todos os sintomas se manifestam, assim como ter somente um dos sintomas de depressão (com exceção dos últimos dois) não é necessariamente indicativo da doença. Porém somente um profissional da saúde pode afirmar isso com certeza.

Cuidado com amigos ou parentes que ficam diagnosticando, sugerindo tratamentos alternativos e incentivando a largar a medicação prescrita pelo médico.

Depressão é Doença!

Sim, depressão é doença, não é um estado emocional. Portanto sempre, sempre mesmo, deve-se procurar ajuda profissional. Não espere o quadro piorar nem fique acreditando que vai conseguir superar a depressão sozinho.

E não esqueça que somente médicos e psicólogos podem fazer o diagnóstico!

Outra coisa: NUNCA abandone o tratamento sem conhecimento do profissional que lhe atende. Não pare de tomar medicamentos por conta própria acreditando que já está curado.

Outro ponto importante: muitas vezes o depressivo acredita que ter depressão é indicativo de fraqueza. Este é um grande erro que leva muita gente a não buscar apoio.

É preciso ter em mente que a depressão é uma doença, como uma gripe ou outra qualquer! Ninguém escolhe ter, e todos estão sujeitos a sofrer deste mal. Não deixe que o preconceito afete a tua vida, a tua saúde! Procure logo um médico ou psicólogo para ter orientação sobre como superar a depressão ou para saber como ajudar alguém com depressão!

Assista também os vídeos da OMS sobre depressão, eles podem ajudar a compreender um pouco mais esta doença. E não esqueça de deixar um comentário no fim desta página!

Fontes:

http://veja.abril.com.brhttps://www.tuasaude.com/http://www.minhavida.com.brhttp://hypescience.com/

Grupos de apoio na Era Digital – Facebook e WhatsApp

Hoje vou falar um pouco sobre os milhares de grupos que encontramos na internet e que falam sobre depressão. Mais especificamente os que são mais comuns, ou seja, os do Facebook e do WhatsApp.

Quem tem depressão sabe o quanto é importante ter apoio de outras pessoas. Nem sempre as pessoas mais próximas compreendem o que é a depressão e seus efeitos.

O resultado disso é que, por pura ignorância (no bom sentido da palavra), acabam não só não acolhendo como também dizem coisas que pioram o quadro do deprimido. Justamente por isso escrevi também o artigo sobre o que não falar para alguém com depressão. De uma olhadinha, é bem interessante!

Há também pessoas que estão vivendo longe da família e que não tem amigos com intimidade suficiente para pedir ajuda. Não poder desabafar ou mesmo contar com alguém ao seu lado nas piores fases da depressão dificulta muito o processo de superação.

Sabendo disto, algumas pessoas criaram grupos para trocar ideias sobre o assunto e dar um pouco de apoio aos que precisam.

É importante destacar que estes grupos servem apenas para conversar com pessoas que tem o mesmo problema, não substituem de forma alguma o tratamento com um profissional da saúde, que é importantíssimo!

Cuidado com os grupos de apoio na Internet, pesquise bem!

Porém, é importante pesquisar. Nem todos os grupos são realmente sérios e coordenados/administrados com responsabilidade. Grupos que incentivam a automedicação, por exemplo, são grupos onde a ética não é algo importante.

Grupos sem moderadores ativos também devem ser excluídos da lista, pois algumas vezes pessoas maldosas e oportunistas usam o grupo para tirar proveito de quem está nesta difícil situação.

Muito cuidado com pessoas que oferecem ajuda e pedem e-mail ou telefone. Ou então com aqueles que falam que conseguiram superar a doença e pedem para entrar em contato inbox se quiser saber mais. Pode ser alguém mal intencionado.

Grupos no Facebook

Depois de muito pesquisar encontrei um grupo no Facebook que acredito cumprir o seu papel, com ética e seriedade. É um grupo bem ativo e os moderadores sempre estão de olho nas publicações. Ele tem também uma “extensão” no WhatsApp (você pode encontrar informações sobre isto no grupo do Facebook).

Mas atenção! Lembre-se sempre: grupos não substituem médicos nem psicólogos! Não se engane achando que somente um grupo vai te ajudar a melhorar. Você precisa procurar um médico e/ou psicólogo também! Isto é muito importante para a sua recuperação!

Além desse grupo que encontrei, cujo link está abaixo, também criei um grupo deste blog, com o intuito de trocar informações. Sua participação será bem-vinda e de grande importância! Para entrar no nosso grupo, basta clicar aqui (https://www.facebook.com/groups/companheiradepressao/). E temos uma página no Facebook, onde publicamos artigos e notícias relacionadas ao tema: https://web.facebook.com/companheiradepressao .

Abaixo, segue o link do outro grupo do Facebook, o que pesquisei inicialmente. Acredito que vá gostar e que eles sirvam para te ajudar de alguma forma. 🙂

https://www.facebook.com/groups/depressao.oficial/

É importante notar que este grupo não serve para falar somente de depressão, mas também de qualquer outro transtorno como ansiedade, síndrome de borderline (caso não saiba o que é clique neste link) e outros tantos.

IMPORTANTE: Se você está precisando de ajuda imediata, está pensando em suicídio ou precisa de apoio emocional urgente, ligue no CVV (Centro de Valorização da Vida) – 188. Ligação gratuita!

Sempre leia e respeite as regras

Quando entrar em qualquer um dos grupos é muito importante ler as regras na publicação fixada.

Se sua intenção é entrar em um dos grupos para vender algo, não o faça. Tenha um pouco de ética, lembre que as pessoas estão nestes grupos para se ajudarem pois estão passando por momentos difíceis.

E grupos no whatsapp?

Alguns procuram grupos no Whatsapp por ser mais dinâmico, por ser mais fácil encontrar alguém disponível para conversar na mesma hora. Afinal, nos grupos do Facebook as pessoas podem demorar um pouco mais para visualizar e responder.

A resposta é sim, existem grupos no Whatsapp. Mas fique atento: lembre que no Whatsapp a pessoa tem um contato mais direto com você, tem o seu número de telefone.

Esse aviso se deve ao fato de você nunca saber realmente quem está do outro lado.

O alerta é importante, pois há pessoas que aproveitam o nosso momento de maior vulnerabilidade para empurrar produtos, serviços ou converter para suas religiões, além de outras atitudes piores.

Alguns não estão realmente interessados em ajudar, mas em obter algum tipo de vantagem. Outros até estão querendo dar uma força, mas não o fazem da maneira mais adequada.

É importante também frisar que grupos de autoajuda no WhatsApp para depressão não existe. Aliás, não existe no Facebook também, pois não se cura ou trada da depressão sozinho.

Lembre: é imprescindível um tratamento adequado, acompanhado por um profissional da saúde.

Mas onde encontrar grupos de ajuda no WhatsApp?

Se você quer um grupo de WhatsApp para poder conversar com outras pessoas com o mesmo problema, como forma de ter um certo apoio, aí sim, você encontra bons grupos. Mas tem que saber como procurar…

Eu recomendo que primeiro você participe de um grupo sério no Facebook. Só depois de conhecer o grupo e ver que é um grupo bom e sério, procure saber se esse grupo não tem uma extensão no WhatsApp.

Mas lembre-se, esses grupos servem apenas para conversar com outras pessoas que tem o mesmo problema com você, são uma forma de você poder colocar para fora o que sente.

Não espere que grupos de ajuda à depressão online substituam um psicólogo ou psiquiatra, pois isso não tem como acontecer. Porém neles você pode encontrar pessoas que te deem força e coragem para prosseguir em frente e para buscar o tratamento adequado.

Ajudando alguém com depressão

Muitos procuram grupos para buscar informações sobre a depressão, pois tem alguma pessoa querida com esta doença. Recomendo que você assista o segundo vídeo da OMS sobre o que não dizer para alguém com depressão. O vídeo é curtinho, gostoso de assistir e ajuda muito.

Também é importante conhecer os sintomas da depressão, pois assim fica mais fácil de entender e ajudar a pessoa. Portanto, invista um tempinho para ler este artigo que indiquei e os outros artigos aqui do blog. Muitas vezes o problema não é depressão, mas outra doença com sintomas parecidos. Por isso é bom se informar sobre outros transtornos do humor também.

E, sempre reforçando, não hesite antes de procurar ajuda profissional, só ele poderá realmente ajudar!

Ah! E não deixe de seguir nosso blog, sugerir, escrever comentários nos artigos e compartilhar. É um grande incentivo saber que você nos ajuda de alguma forma! 😉

Vídeo que Mostra Como É A Vida de Alguém com Depressão

Olá! Eu estava buscando mais informações sobre depressão e encontrei mais um vídeo muito bom sobre o assunto. Serve tanto para quem está sofrendo com isso como para quem quer entender mais sobre esta doença. O legal é que o vídeo é gostoso de assistir e bem curtinho. Os vídeos longos e “técnicos” acabam distanciando as pessoas que procuram informações sobre o tema. Vivendo com Depressão é um vídeo bem produzido, curto e nada chato.

Neste vídeo é mostrado como sente-se quem está com a doença. Apesar da autora do vídeo não ter depressão, ela fez uma boa pesquisa sobre o assunto. O trabalho foi desenvolvido a partir de entrevistas que fez com pessoas que sofriam deste problema.

O resultado foi muito bom, a ponto de muitas pessoas acreditarem que ela realmente estava doente. Em outro vídeo ela explica que não sofre de depressão e dá alguns conselhos a quem é ou convive com alguém depressivo.

Espero que gostem do vídeo! Eu já dei meu “joinha” lá no YouTube, se você gostar, recomendo que faça o mesmo. Afinal, para o autor, nada como o reconhecimento do público, não é mesmo? 🙂

Vivendo com Depressão (legenda em português)

Vídeos Sobre a Depressão Feitos Pela OMS – Eu Tinha Um Cachorro Preto

Criados pela Organização Mundial da Saúde (OMS), estes vídeos que estou colocando abaixo falam sobre a depressão. Diferente de diversos outros vídeos sobre este assunto, estes vídeos são bem didáticos. Isto faz com que todos consigam entender ou pelo menos ter uma ideia do que é a depressão. Os vídeos usam uma linguagem bem acessível e não são nem um pouco chatos. Este é um grande diferencial em relação aos outros, que normalmente são massantes e longos. Falar sobre este assunto já não é fácil, tentar explicar para quem não consegue entender, pior ainda. E pedir para alguém assistir a um vídeo longo e monótono não vai adiantar. A pessoa vai abandoná-lo na metade ou então não vai prestar muita atenção.

É importante entender como “funciona” a depressão

Você pode mostrar estes vídeos para quem sofre com esta doença e para quem precisa compreender como funciona esta doença, por conviver ou conhecer alguém com depressão. Principalmente as pessoas que estão ao redor do deprimido (família, amigos, colegas de trabalho) acabam dando conselhos esdrúxulos para ele. Isso quando não o culpam por estar assim.

É comum os doentes ouvirem coisas como “mas você tem um bom emprego, uma boa família, não tem motivos para estar assim”, ou “é só você sair um pouco! É só fazer atividade física!”. Outros chegam a insinuar que ele está assim por falta de vontade ou por preguiça. Há ainda os que confundem a depressão com tristeza e, se não encontram o enfermo chorando em algum canto, dizem que ele não tem nada ou que está fingindo para obter alguma “vantagem”. São tipos de atitude que acabam piorando a situação, tornando mais árdua a luta contra a depressão. É comum ver isto acontecer, pois a falta de conhecimento sobre o assunto é enorme. Aliás, muita gente se acha especialista no assunto sem nunca ter passado pelo problema nem lido nada a respeito.

Os vídeos do cachorro preto (a depressão)

O primeiro vídeo explica os sintomas de depressão, fala um pouco sobre o que é a doença. O segundo vídeo mostra às pessoas como deve-se tratar quem está com depressão e como ajudar no tratamento e principalmente, o que não deve-se falar. É muito importante divulgar estes vídeos, isto ajudará as pessoas a compreenderem um pouco mais sobre este distúrbio.

Minha Companheira, a Depressão

Eu não lembro exatamente quando a conheci. Foi algo que aconteceu naturalmente. Quando percebi ela já fazia parte da minha vida. Eu já tinha ouvido falar dela, mas não dei muita importância, pois acreditava que nunca chegaria nem perto. Era algo inconcebível para mim.

Vou tentar resumir como aconteceu. Foi mais ou menos assim: um dia, sem saber quem era ela, comecei a ouvi-la. Começamos a nos encontrar, e estes encontros foram se tornando cada vez mais frequentes. Nossa relação foi, aos poucos, se tornando mais intensa. No início era até engraçado, fazia piadas com o jeito dela, com as coisas que ela me falava. Coisas do tipo “pra que ir passear no parque num domingo de sol, se posso ficar em casa vendo televisão?”. E fui me afeiçoando a ela. Quando percebi, ela já dominava minha vida. E eu não conseguia ficar sem ela.

Era uma relação onde só eu perdia, mas eu não percebia isto. E quando comecei a perceber, ignorava. Muitas vezes chegava até a querer que ela ficasse comigo, mesmo sabendo do mal que estava me fazendo. Ou achava que este mal não era tão grande assim.

Algum amigo até podia tentar falar dela para mim, contar o que sabia ou o que estava vendo. Isso só me deixava revoltado com ele, pois eu não queria assumir publicamente este relacionamento. Eu dizia que não a conhecia.
O tempo foi passando, e cada vez mais ela foi mostrando-se possessiva. Já não queria mais que eu tivesse amigos ou mesmo falasse com familiares. Ficava o tempo todo me convencendo que ninguém me valorizava, que ninguém gostava de mim e que todos só falavam comigo por algum interesse. Chegava a dizer que se alguém realmente se importasse comigo, esta pessoa que deveria me procurar. E eu acreditava nisso, não percebendo que era eu quem tinha me afastado.

Ela também me fez acreditar que eu não tinha qualidades. Fazia-me crer que eu era velho demais, fraco demais, que eu não era inteligente, que não era bonito ou mesmo capaz de fazer qualquer coisa. Isto foi, aos poucos, tirando as cores da minha vida. Nada mais me agradava.

Isso não quer dizer que eu me trancava em casa ou que não falava com ninguém. Como eu queria esconder este relacionamento dos outros, eu tentava fingir que estava tudo bem. E isso me tirava muita energia, o pouco da energia que sobrava.

Até que um dia percebi que eu precisava fazer algo, não podia continuar assim. Tomei coragem e resolvi procurar apoio. Ela, percebendo a minha intenção, fez de tudo para me atrapalhar. Até que um dia consegui reunir forças e ir atrás de ajuda. Ela descobriu e ficou mais forte ainda. Mas aos poucos, contando com a ajuda, fui me livrando dela. Já um pouco fortalecido, comecei a perceber ela só me contava mentiras! E fui tomando as rédeas da minha vida, apesar de não ter sido fácil.

O problema é que ela não desistiu fácil. Quando eu começava a pensar que já estava livre, ela aparecia. Acho que ficava na espreita, esperando eu baixar a guarda. Aprendi então que tenho que ser mais forte e sábio que ela. Não posso dar ouvidos ou mesmo pensar que talvez ela tivesse razão. Ela não vai mudar, pelo contrário, vai cada vez me controlar mais. Não posso deixar isto aconteça.
Infelizmente, não sei se ela um dia vai desistir de mim, ela é muito obsessiva. Mas eu estou aprendendo a lidar com ela, a não deixa-la tomar conta da minha vida novamente. O que importa é que agora estou conseguindo identificar sua presença. Assim, apesar da dificuldade, tento evitar cair na conversa dela, a minha companheira, a depressão.

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