Entenda a Mitomania (compulsão por mentir)

Mentir é um comportamento tão característico do ser humano quanto comer e dormir. Pode tornar-se uma técnica eficaz, embora não muito honesta, quando se trata de ser aceito por aqueles que nos rodeiam ou mesmo para alcançar determinados propósitos.

No entanto, quando a mentira se torna uma necessidade e envolve todos os aspectos da vida da pessoa, é possível que ela sofra de um mal: a mitomania, um distúrbio psicológico no qual a pessoa mente permanentemente sobre sua vida.

Talvez você já tenha conhecido pessoas que sempre estão contando mentiras, uma atrás da outra. Muitas vezes dá a impressão que nem eles sabem mais o que é verdade ou não. Entenda melhor o que é mitomania neste artigo, depois conte-nos se já conheceu alguém com esse problema.

O que é a mitomania

A mitomania, também conhecida como mentira obssessivo-compulsiva ou pseudologia fantástica, foi originalmente conceituada em 1905, pelo médico e psiquiatra francês Ernest Dupré.

Embora o transtorno de mentira compulsiva não esteja incluído no Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-IV), exceto como um sintoma de transtorno factício, muitos psiquiatras e psicólogos o consideram um distúrbio mental distinto.

A mitomania é uma tendência patológica à fabulação, sendo uma condição que define o comportamento de um mentiroso habitual.

Muitas vezes, as histórias imaginárias do mitômano são muito bem costuradas, pitorescas, induzindo à convicção. Eles criam uma realidade paralela tão boa que eles mesmos podem passar a acreditar nela, apesar de estarem cientes de que estão mentindo.

A pessoa mitomaníaca tende a ser sempre o herói ou protagonista de suas próprias mentiras, pois a principal motivação delas é deslumbrar os outros e, assim, alcançar admiração e fama.

Além disso, como essa necessidade de mentir consiste em um traço de personalidade, o sujeito mente cronicamente. Ou seja, não responde a uma situação social concreta, mas toda a sua vida gira em torno da mentira.

A falta de culpa

As pessoas com esse distúrbio não conseguem controlar suas mentiras. Elas também não sentem nenhuma culpa, independentemente de como as mentiras possam afetar aos outros ou a si mesmos.

A ausência de culpa é frequentemente o resultado do fato de o indivíduo ficar tão envolvido com a mentira que está dizendo, que começa a realmente acreditar no que está contando.

Quando são confrontados com uma mentira que contaram no passado ou com uma que estão contando atualmente, eles insistirão que estão falando a verdade, não admitirão que era mentira de forma alguma.

Com o tempo, o indivíduo se tornará tão hábil em mentir que será muito difícil para outros determinarem se eles estão, de fato, dizendo a verdade.

Quem sofre com esse problema?

Apesar de não estar completamente comprovado, algumas pesquisas sugerem que a mitomania tem uma incidência maior em homens.

Entre as principais características da personalidade dessas pessoas estaria o narcisismo, pouca ou nenhuma habilidade social, a baixa autoestima e uma tendência a desconfiar de outras pessoas.

Mentira compulsiva ou patológica

Algumas literaturas usam os termos compulsivo e patológico como sinônimos, porém há outras que indicam haver uma clara distinção entre as duas coisas.

Entenda como um tipo de mentira pode ser diferenciado do outro tipo:

Mentirosos compulsivos

  • muitas vezes mentem sem um motivo claro e, às vezes, sem um benefício real
  • preferem contar o tipo de mentira que eles acham que as pessoas querem ouvir
  • normalmente sabem o que é verdade e o que é mentira
  • sentem-se fortemente compelidos a mentir, porque é a única maneira que eles sabem de agir ou porque se sentem desconfortáveis ​​com a verdade
  • inventam mentiras com muita espontaneidade e sem precisar pensar muito para isso
  • é mais provável que admitam que estão mentindo quando são confrontados, embora isso possa não impedi-los de continuar mentindo

Mentirosos patológicos

  • sentem-se menos desconfortáveis ao mentir e exibem menos sinais de que estão fazendo isso
  • criam histórias extravagantes que poderão ser mantidas e/ou aprimoradas por longos períodos de tempo
  • tem mais controle quando estão mentindo
  • mentem com um motivo ou intenção claros
  • é comum acreditarem nas próprias mentiras. Eles tem um fraco controle da realidade
  • são mais propensos a ficar na defensiva quando uma mentira é contestada

O que causa a mitomania

A causa exata da mitomania não está totalmente determinada, mas há uma série de teorias que tentam explicar esse distúrbio. Sabe-se que há inúmeros fatores psicossociais envolvidos na questão.

Quanto às bases neuropsicológicas, algumas pesquisas apontam para um desequilíbrio neuronal na área do lobo frontal, além de uma quantidade maior de substância branca no cérebro.

Por outro lado, de acordo com diferentes hipóteses colocadas pela psicologia, a causa dessa condição é encontrada em um conjunto de traços de personalidade que tornam mais fácil para a pessoa sentir a necessidade de mentir para atrair a atenção ou para buscar carinho de outras pessoas ou apenas popularidade.

Existem teorias que indicam que a mitomania é, na verdade, um sintoma de outra condição psicológica mais importante que permanece subjacente, como o transtorno de personalidade antissocial e o transtorno de personalidade borderline.

Acredita-se também que a baixa autoestima e a tentativa de se proteger de situações constrangedoras marquem o início da mitomania.

Sintomas da mitomania

A mitomania é considerada uma necessidade imperativa de mentir. Ela pode ser considerada algo semelhante a um tipo de vício. Dessa forma, há uma série de características e sintomas comuns com outros vícios. Esses sintomas são:

  • aumento dos sintomas de ansiedade quando se está realizando o comportamento viciante. Nesse caso, a mentira.
  • incapacidade de resistir ao desejo de mentir.
  • diminuição da pressão psicológica ao mentir e não ser descoberto.
  • ideias e pensamentos constantes de natureza intrusiva.

Além disso, há outros sintomas importantes da mitomania . Entre eles podemos citar:

1. Baixa auto-estima

A necessidade de mentir é frequentemente aumentada pela baixa autoestima e pela incapacidade de se aceitar e de aceitar sua vida como ela é. Daí vem a necessidade de elaborar e expressar uma ideia de si mesmos que os faça parecer atraentes e interessantes.

2. Constante sensação de estresse

A sensação constante de medo de ser descoberto, o esforço de manter as mentiras e a criação permanente de cenários e contextos para não serem descobertos os leva a experimentar níveis persistentes de estresse, o que acaba desgastando-os em nível psicológico.

3. Ampliação da realidade

Às vezes, em vez de inventar uma história, o mitomaníaco amplia a realidade, superdimensionando-a e decorando-a para torná-la muito mais interessante e atraente. Além disso, essas pessoas tendem a gesticular de maneira exagerada ao acompanhar suas histórias.

4. Capacidade de acreditar em suas próprias mentiras

Embora isso não aconteça sempre, muitas pessoas que vivem com esse distúrbio podem assimilar ou acreditar em suas próprias mentiras. Acabam aceitando-as como se fossem verdades ou como se fossem situações vividas de maneira real.

5. Sintomatologia ansiosa

Devido à frustração e desencanto que experimentam com a realidade da vida, os mitomaníacos tendem a experimentar numerosos episódios de ansiedade como resultado da comparação de sua vida real com o que gostariam que fosse na realidade.

Finalmente, a mitomania pode ser vista como um sintoma mais típico de outros distúrbios psicológicos, como o transtorno bipolar, a esquizofrenia e transtorno de personalidade limítrofe (borderline), assim como acontece com alguns outros vícios, já que estes colocam a pessoa em uma situação de isolamento e grande necessidade de obter dinheiro.

A mitomania tem cura?

Os mitomaníacos percebem que estão sofrendo de uma doença e querem se curar, mas raramente procuram ajuda por conta própria. A compreensão dos companheiros ou familiares é muito importante.

É preciso fazer uma reintegração social da melhor maneira possível, trazendo o indivíduo positivamente à realidade.

A mitomania tem cura sim. Ela pode ser alcançada com terapia. Porém, em muitos casos é necessário um grande investimento de tempo e financeiro para que algum resultado possa ser observado.

Riscos para o mitomaníaco sem tratamento

Ser um mentiroso patológico ou compulsivo pode ter muitas consequências indesejadas. Relacionamentos e amizades tendem a ser destruídos devido à falta de confiança.

Com a progressão da doença, a mentira pode se tornar tão grave a ponto de causar problemas de ordem psicológica, social ou mesmo legal.

As pessoas ao redor do mitômano acabam perdendo a confiança nele, que acaba sendo excluído de grupos e por passar constantemente por situações embaraçosas.

Considerações finais

Se você acha que você está sofrendo de mitomania procure ajuda. Além desse problema ter uma tendência a tornar a sua vida muito mais difícil, ela pode desencadear outros problemas, ou ser sintoma de um problema maior.

Você pode melhorar muito, tornando a sua vida e a vida dos que vivem ao seu redor muito mais leves. Busque um psicólogo ou psiquiatra para saber o tratamento mais adequando ao seu caso. Você vai sentir uma diferença enorme depois de algum tempo!

Fontes:

7 Dicas para Prevenir a Depressão Pós-Parto

Todos nós já sabemos que a depressão é considerada o mal do século. Entretanto sabemos também que 60% das gestantes estão sujeitas a sofrerem de depressão pós-parto.

A pergunta é, há algum meio, algo para de fato prevenir isso? Vamos conferir agora algumas dicas infalíveis que pode ajudar a futura mamãe a estar tranquila durante o processo de parto e pós-parto, passando bem longe da depressão. Vamos lá?

O que é a DEPRESSÃO PÓS-PARTO? E os Sintomas?

O chamado “baby blues”, conhecido como depressão pós-parto é bastante comum após o nascimento do bebê. É caracterizado por uma tristeza profunda ou melancolia após darem a luz.

Entretanto cerca de 40% destas mulheres desenvolvem a depressão propriamente dita, e 10% a forma mais severa dela.

Vale salientar que que uma das sensações que acontecem quando uma mulher apresenta sintomas da provável depressão é o isolamento. Ela se isola das pessoas.

A depressão pós-parto é diferente do baby blues. Este último é um grau de tristeza comum, que acontece após o parto. Grande parte das mulheres apresenta esta tristeza, que logo desaparece em poucos dias.

A depressão se instala gradualmente, ao longo de semanas ou meses, trazendo consigo uma sensação de impotência e incapacidade, comprometendo atividades corriqueiras como cuidar do próprio bebê que acabou de nascer ou ainda cuidar de si mesma.

Mas como prevenir?

Alimentação

A alimentação deve ser equilibrada e saudável em qualquer circunstância e mais ainda na fase de durante e após a gravidez.

Sabe o provérbio “você é o que come”? É bastante relevante.  Uma alimentação rica em fibras, água e alimentos preferencialmente naturais só contribuem para que seu corpo funcione como precisa, de forma adequada.

Atividade Física

Ao praticar atividade física você vai liberar endorfina, o famoso hormônio da felicidade.  Ele é responsável pela sensação de bem estar, humor e memória.

É comprovado cientificamente que a prática de exercícios físicos atenua os sintomas da depressão. Portanto programe-se e encaixe isso na sua rotina.

Você pode evitar a depressão pós-parto com pequenas atitudes!

Informação

Leia bastante sobre a gravidez e o desenvolvimento do bebê, o nascimento, as reações e transformações durante o parto e pós-parto.

Tente antecipar toda a experiência que você vai passar através da leitura. Vale assistir vídeos também.

Isso tudo é importante porque muitas mulheres, quando passam pela depressão pós-parto, tem a sensação de serem as primeiras e únicas a passar por isso.

E saber que tudo isso é mais comum que se imagina traz mais serenidade ao enfrentar obstáculos.

E ainda, você sabia que a depressão pode ter influência genética? Se você tem parentes próximos que passaram por essa condição em algum momento da vida, fique atenta.

Analise a situação e tenha consciência se há uma pré-disposição à depressão. Só de saber disso, você já terá mais conhecimento para preveni-la antes mesmo dos sintomas aparecerem.

Não fique sozinha

Esteja próxima de sua rede de apoio. Na grande maioria das vezes é o parceiro. Mas não unicamente ele. Pode ser quem você ama e quer bem. Familiares e amigos por exemplo.

O apoio de família e amigos combatem a insegurança e o estresse da maternidade nos primeiros meses.

Converse

Você precisa ter a sensação de que não está sozinha na jornada da maternidade. E para isso nada melhor que conversar com outras gestantes ou mães para trocar experiências.

Nada melhor que ao vivo, mas hoje em dia há tantos grupos de apoio online (inclusive) justamente com a finalidade de trocar experiências sobre o sono do bebê nos primeiros dias ou a amamentação e por aí vai.

Relacionamento com o bebê

Não desperdice seu tempo. O bebê vai crescer logo, então converse, brinque, curta bastante o desenvolvimento dele.

Esta forma evita o estresse pós-parto pois fortalece o vínculo entre vocês, gerando mais sentido a esse período de mudanças que estão passando.

Separe um tempo para si

Esta é a parte mais difícil, confesso. Mas não menos importante. É essencial que você tenha momentos particularmente seus.

Momentos para relaxar, refletir e aprender a delegar tarefas. É normal as mães ficarem em cima do bebê nos primeiros dias após o parto.

Mas tente deixa-lo sob os cuidados de alguém e ir fazer as unhas, por exemplo. Confesso que se for em outro logo, longe geograficamente do bebê será mais fácil.

Agora conte nos comentários, você conhece alguém que teve depressão pós-parto?

3 Livros recomendados para quem tem depressão

Este é o primeiro artigo sobre livros que abordam o tema depressão, ou outros distúrbios. Serão escolhidos de uma forma a evitar livros muito técnicos e chatos de ler.

Para quem não está acostumado a ler, recomendo que tente começar com o primeiro. Você vai descobrir um mundo mágico, que poderá ajudar muito na sua luta. Não tenha preconceitos, leia!

Este artigo é o “piloto”, queremos publicar um a cada período (mês, bimestre, semestre). Se a aceitação for boa, certamente virão outros artigos como este. Por isso é muito importante o seu feedback!

Conte-nos o que achou do artigo ou dos livros. Sugira, critique (construtivamente!), opine, apenas de um oi… assim saberemos o alcance que teve!

E não esqueça: envie-nos suas sugestões de títulos ou assuntos a serem abordados. Aliás, seus comentários nos motivam a continuar escrevendo artigos no site!

Boa leitura!

O Vendedor de Sonhos, Augusto Cury (2016)

Repleto de sábias palavras do início da primeira página até a última, O Vendedor de Sonhos foi um dos livros que mais tocantes do autor, Augusto Cury.

Isso se deve à forma como ele descreve a vida e os conflitos interiores dos personagens, o que faz com que, em algum momento, nos identifiquemos com a situação. Ele nos coloca frente a frente com o nosso “verdadeiro eu”, sem se esconder sob as máscaras, dos títulos e das formações acadêmicas.

Depois de salvar a vida de um jovem que queria pular de um prédio, O Vendedor de Sonhos o convida para segui-lo. Em seguida convida várias outras pessoas que conhece ao longo da história para vender sonhos.

Ninguém sabe sua identidade nem de onde veio, se é um sábio ou um louco. O que todos concordam é que o desconhecido tem um poder de persuasão indescritível, um discurso capaz de convencer até pessoas da alta sociedade a seguirem-no.

“Os suicidas, e mesmo os que planejam a morte, não querem matar-se, mas matar a sua dor”.

Augusto Cury, no livro O vendedor de sonhos

Pelo fato do autor do livro (Augusto Cury) ser psiquiatra, ele consegue trazer para dentro de seus livros, de uma forma que possa ser compreendida por aqueles que leem, a vida de seus personagens e assuntos abordados pela psicologia e pela psiquiatria.

Recomendo o livro tanto para quem assistiu como para quem não assistiu o filme, pois tem inúmeros detalhes e frases que não foram possíveis resumir no curto tempo de duração de um filme.

O Demônio do Meio-dia: uma Anatomia da Depressão, Andrew Solomon (2001)

Em O Demônio do Meio-diaAndrew Solomon o autor contribui enormemente para a diminuição do estigma sobre a depressão.
O autor consegue despertar empatia por quem luta com a doença no leitor que não sentiu “na carne” o que é ser engolido pelo “demônio” chamado depressão. Isso é feito através de uma vasta pesquisa e de um relato pessoal.
O livro é denso e recheado de informações, sem academicismos e dialoga com o leitor comum. Nele, o autor faz um alerta para as famílias sobre a forma correta de amparar e acolher seus entes queridos que sofrem com a depressão.
O Demônio do Meio-Dia deriva de artigos que Andrew Solomon escreveu ao longo da década de 1990 para a revista New Yorker. O livro foi finalista do Prêmio Pulitzer, em 2002, e também recebeu homenagens como a do National Book Award, em 2001.
Quer saber mais sobre o autor? Veja essa excelente palestra sobre depressão que ele dá no TED Talks: Depressão, o Segredo que Compartilhamos.

Manual AntiAutoajuda: Felicidade Para Quem Não Consegue Pensar Positivo

No Manual Antiautoajuda, Oliver Bukerman combate métodos mágicos e tenta nos mostrar como somos incompetentes em alcançar a felicidade.
Através do humor, o “Manual Antiautoajuda” consegue espantar a tristeza ao buscar a felicidade pela via oposta.

O autor fez uma extensa pesquisa e apresenta argumentos filosóficos e psicológicos, além de pesquisas científicas, para mostrar que, enquanto a felicidade conseguida pelo pensamento positivo é frágil e fugaz, a visualização negativa pode nos levar ao caminho do bem-estar tão desejado por todos.

Oliver Bukerman é um jornalista que escreve em uma coluna semanal sobre psicologia, no jornal britânico “The Guardian”.
Não deixe de ler, você não irá se arrepender!

“Trailer” do livro Manual AntiAutoajuda. Uma ótima sinopse feita em vídeo, assista!

Por que temos anúncios no site?

Toda vez que você compra um produto através dos links disponibilizados em nosso site, nós recebemos uma (muito) pequena comissão, sem causar qualquer prejuízo a você. O preço não se altera.

Isso nos ajuda um pouco com a manutenção do site (aluguel de espaço nos servidores, por exemplo). Assim podemos continuar tentando ajudar quem busca informações que disponibilizamos no site.

Você também pode nos ajudar escrevendo comentários, dando sugestões, enviando relatos (manteremos o anonimato sempre. Se necessário, trocamos o nome nos textos).

Muito obrigado pelo seu apoio!

Andrew Solomon: Depressão, o segredo que compartilhamos

O oposto de depressão não é felicidade, e sim vitalidade, e ela parecia fugir de mim naquele momento”.

Em uma palestra tão eloquente quanto devastadora, o escritor Andrew Solomon nos leva aos cantos mais escuros de sua mente, nos anos em que lutou contra a depressão.

Isso o levou a uma reveladora jornada pelo mundo, entrevistando pessoas com depressão, descobrindo, para sua surpresa, que quanto mais ele falava, mais as pessoas queriam contar suas histórias. (Filmado no TEDxMet.)

O vídeo, apesar de ter 30 minutos, é imperdível! Vale cada segundo para quem tem depressão ou para quem conhece alguém que sofre com essa doença.

Andrew Solomon é autor do livro “O Demônio do Meio-Dia”, onde ele fala incrivelmente sobre a depressão (saiba mais clicando aqui). Aliás, recomendo a leitura!

Excelente palestra sobre depressão. Não perca!

Transtorno de Personalidade Dependente

Quantas pessoas conhecemos que são incapazes de tomar decisões sem ouvir primeiro a opinião dos outros? Quem não conhece alguém que precisa tanto dos outros a ponto até de se tornar chato?

E aquelas pessoas que parecem não conseguir deixar o parceiro, mesmo sabendo que o relacionamento é prejudicial, que está fazendo mais mal do que bem?

Bem, essas pessoas podem estar sofrendo do distúrbio de personalidade dependente (não necessariamente a pessoa está sofrendo deste distúrbio, obviamente).

Mas, afinal, o que exatamente é este distúrbio? Neste artigo vamos explicar o que é, como funciona, quais os seus sintomas e muito mais. Leia tudo até o fim, para não perder nenhum detalhe, e entenderá!

Não deixe de nos contar se você já conheceu alguém assim, ou se você teve este distúrbio e como foi o tratamento. Basta escrever seu comentário no fim da página!

O que é o transtorno de personalidade dependente

Este é um transtorno de personalidade do Grupo C. Este grupo é caracterizado pela ansiedade, apreensão ou medo.

Resumidamente, o transtorno de personalidade dependente se caracteriza principalmente por uma necessidade dominante e excessiva da pessoa ser cuidada. Isso leva a um comportamento submisso, a um apego exagerado e ao medo da separação.

As pessoas que sofrem deste distúrbio são profundamente dependentes dos outros para conforto, apoio e conselhos. Muitas vezes transfere a maioria ou todas as decisões para outras pessoas.

Elas são excessivamente dependentes emocionalmente de outras pessoas, fazendo um grande esforço para agradá-las. Para isso podem, inclusive, fazer coisas que não gostam.

Pessoas com esse tipo de transtorno de personalidade geralmente não sabem que seus pensamentos e comportamentos são inadequados.

Mas nem sempre alguém assim tem esse distúrbio, fique de olho nos sintomas, listados abaixo.

Sintomas

Alguns dos sintomas do transtorno de personalidade dependente são também sintomas de outros transtornos de personalidade. Porém há algumas características únicas que o definem.

Se você perceber que tem esses comportamentos, fale para o seu médico. Ele pode realizar algumas avaliações para descobrir se você tem realmente este distúrbio e, assim, tratar de forma adequada.

Um dos sintomas do transtorno de personalidade dependente é o medo de ser abandonado(a) por pessoas próximas e queridas.

Os sintomas do transtorno de personalidade dependente incluem:

  • Buscar constantemente relacionamentos e cultivá-los para não ficar sozinho, por mais insalubre que o relacionamento possa ser
  • Ser excessivamente passivo ou submisso
  • Medo extremo do abandono, especialmente das pessoas próximas e queridas
  • Tristeza intensa e letargia quando um ente querido sai ou depois de uma separação
  • Permitir ou preferir que outras pessoas lidem com seus negócios pessoais
  • A disposição de fazer qualquer coisa ao seu alcance – incluindo tolerar abusos, maus-tratos, fazer coisas perigosas ou ilegais – para agradar ou manter perto de você uma pessoa que você valoriza
  • Ter problemas para iniciar projetos ou fazer as coisas sozinho
  • Dificuldade em tomar decisões sem a participação ou presença de outras pessoas
  • Incapacidade de discordar ou discutir com outras pessoas

Fatores de risco e possíveis causas

Os fatores genéticos e as experiências de vida provavelmente se combinam para criar um tipo de vulnerabilidade neurológica, que resulta no aparecimento do transtorno de personalidade dependente.

Os fatores de risco conhecidos para transtorno de personalidade dependente incluem:

Predisposição genética e história familiar

Estudos revelam que um aspecto genético significativo está presente no desenvolvimento de transtornos de personalidade. Por exemplo: ter um pai com transtorno de personalidade dependente é um forte fator de risco para essa condição em particular.

Trauma na infância

A exposição a abuso emocional, físico e sexual na infância é um fator de risco primário para a maioria dos transtornos de personalidade, incluindo o transtorno de personalidade dependente.

Da mesma forma, ser negligenciado ou abandonado quando criança também aumenta as chances de desenvolver um distúrbio de personalidade.

Ter pais superprotetores ou autoritários

Os estilos parentais podem contribuir para a baixa auto-estima e a falta de confiança nas crianças, estabelecendo um tom que pode afetar a evolução da personalidade da criança.

Estar em um relacionamento abusivo e/ou dependente de longo prazo

A dependência pode ser “aprendida”, embora fatores genéticos pré-existentes provavelmente desempenhem um papel importante quando o transtorno de personalidade dependente cresce a partir das experiências dos adultos.

História familiar de transtornos de ansiedade

Embora exista uma diferença entre transtornos de ansiedade e transtornos de personalidade, os transtornos de personalidade do Grupo C estão intimamente relacionados a más capacidades de gerenciamento do estresse.

Comorbidades

Devido aos problemas que enfrentam no mundo, a maioria das pessoas que sofrem do transtorno de personalidade dependente desenvolverá outras condições de saúde mental.

É comum estas pessoas procurarem tratamento primeiro para estas condições, mesmo sem um diagnóstico de transtorno de personalidade.

A lista de comorbidades – condições que ocorrem frequentemente em conjunto com transtorno de personalidade dependente – incluem:

Os transtornos por uso de substâncias são mais comuns entre pessoas com transtornos de personalidade. Aqueles que têm transtorno de personalidade dependente também apresentam risco elevado.

Eles são especialmente propensos ao abuso de substâncias (incluindo o álcool) quando estão sozinhos ou isolados, pois isso pode aumentar seus sentimentos de desamparo e vulnerabilidade.

Tratamento

Você e seu médico podem elaborar um plano de tratamento do transtorno de personalidade dependente que pode ajudá-lo a controlar melhor seu distúrbio. Este tratamento pode incluir o uso de medicamentos, terapia e outras ferramentas, como o aconselhamento.

Medicamentos

Não há um medicamento específico para tratar diretamente o transtorno de personalidade dependente. Porém, alguns medicamentos, como antidepressivos, ansiolítiocos ou estabilizadores de humor, podem ajudar a controlar os sintomas.

Terapia

A psicoterapia é frequentemente a primeira linha de tratamento para ajudá-lo a obter controle sobre seu transtorno de personalidade dependente.

A terapia é, com frequência, a primeira linha de tratamento para o controle do transtorno de personalidade dependente.

A terapia cognitivo comportamental, a terapia de grupo e outros tipos de terapias psicodinâmicas podem ajudá-lo a aprender novos comportamentos.

Educação

Aprender mais sobre o transtorno de personalidade dependente, os transtornos de personalidade e outras condições de saúde mental pode ajudar você e seus entes queridos a entenderem mais sobre o apoio necessário para prosperar.

Aconselhamento

O aconselhamento pode ser benéfico para pessoas com transtorno de personalidade dependente. As sessões de aconselhamento concentram-se em aprender a gerenciar sua ansiedade e ser mais assertivo.

Lembre-se, sempre procure ajuda de um profissional da saúde. Somente ele poderá diagnosticar corretamente e indicar o tratamento adequado.

E você, gostaria de nos contar algo sobre este assunto? Deixe seu comentário no fim desta página!

Fontes:

  • https://www.scientificanimations.com/dependent-personality-disorder-symptoms-causes-treatment/
  • https://www.winchesterhospital.org/health-library/article?id=222873
  • https://www.mind.org.uk/information-support/types-of-mental-health-problems/personality-disorders/types-of-personality-disorder/
  • https://www.bridgestorecovery.com/dependent-personality-disorder/
  • https://www.sheppardpratt.org/knowledge-center/condition/dependent-personality-disorder/
  • https://exploringyourmind.com/dependent-personality-disorder/

Benefícios da Jardinagem Para a Saúde Mental: A Cura Pela Natureza

Num primeiro momento é comum as pessoas duvidarem de que a jardinagem possa mesmo nos ajudar a manter a saúde mental. Você talvez esteja um pouco reticente quanto a isso, não é mesmo?

Os benefícios da jardinagem para a saúde mental tendem a ser subestimados, mas sim, eles estão definitivamente presentes.

Quem já trabalhou com jardinagem sabe, instintivamente, que passar um tempo mexendo na terra e cuidando das plantas pode ter um efeito edificante!

Somente nos últimos anos os médicos e profissionais de saúde mental começaram a se aprofundar nos estudos sobre o potencial de cura da jardinagem.

À medida que estudos são realizados, uma luz é lançada sobre um método subutilizado de assistência à saúde mental, tão próximo quanto o seu próprio quintal.

Neste artigo você vai ver algumas das maneiras pelas quais a jardinagem ajudou pessoas com vários tipos de distúrbios mentais e cognitivos.

Leia e entenda como é que a jardinagem pode ajudar a melhorar a sua saúde e, consequentemente, a sua vida!

A Jardinagem ajudando com a Depressão e a Ansiedade

Depressão e ansiedade são flagelos do mundo moderno. Estatisticamente falando, há sempre problemas crescentes com ambos na vida moderna, o que está se tornando um grande problema.

A depressão e a ansiedade são problemas de saúde debilitantes, que podem prejudicar a qualidade de vida dos pacientes e dificultar enormemente suas carreiras, relacionamentos e estilos de vida. Em casos graves, eles podem levar à morte por suicídio ou abnegação e trazem consigo uma série de problemas de saúde associados.

A jardinagem é uma ótima opção para aliviar a ansiedade e a depressão;

A boa notícia, no entanto, é que a jardinagem parece ter um efeito positivo sobre essas doenças. A ciência tem encontrado muitas evidências que apoiam essa teoria. Cercar-se da natureza geralmente tem um efeito positivo, como mostra este estudo de 2013 (em inglês).

O elemento físico da jardinagem melhora sua saúde física (que por sua vez melhora a saúde mental) e libera endorfinas que melhoram o humor. O exercício é uma recomendação comum para combater a depressão. Aí também entra a jardinagem, que pode ser um substituto de uma ida à academia.

O simples ato de passar um tempo fora, em espaços verdes, incentiva o cérebro a liberar serotonina, um produto químico responsável por regular nosso humor.

Também foi demonstrado que a exposição à luz solar, além de aumentar a produção de vitamina D ajuda a lidar com a depressão sazonal.

Cultivar plantas é uma excelente forma de extravasar, sem mencionar a gratificante sensação de prazer e conquista quando elas florescem. Tudo isso combinado traz uma potente força contra a depressão e a ansiedade!

Transtornos de déficit de atenção – redução de sintomas

Este é uma situação onde a jardinagem faz bem para os seus filhos, mais do que para a sua própria saúde. Porém, ter filhos felizes e bem é algo que traz paz e bem estar para qualquer mãe ou pai!

Os transtornos de déficit de atenção são uma questão séria. Esses distúrbios podem ter um efeito sério na educação e na infância das crianças afetadas, colocando-as em séria desvantagem, tanto no ambiente de aprendizado quanto no social.

Jardinagem pode ajudar a diminuir as dificuldades do TDAH
e outros distúrbios da atenção.

No entanto, estudos revelaram que crianças com TDAH que passam um tempo regular em espaços verdes sofrem rapidamente uma redução acentuada de seus sintomas. Embora alguns casos ainda precisem de medicação suplementar, qualquer melhoria é um grande avanço.

Portanto, se você tem um amplo jardim ou um terraço onde pode criar um pequeno canteiro, preenchê-lo com plantas pode dar a você crianças mais saudáveis, mais felizes e mais alertas.

Tudo o que você precisa fazer é afastá-los do telefone, do videogame ou computador e levá-los para fora. Uma vez lá, entregue-lhes algumas sementes e deixe os benefícios de saúde mental da jardinagem trabalharem sua mágica!

Se você mora em um apartamento, use a criatividade! Encontre um cantinho onde possa colocar alguns vasos e faça uma pequena horta!

Distúrbios da alimentação e a jardinagem

Aqueles que sofrem de distúrbios alimentares podem muito bem se beneficiar das qualidades antidepressivas da jardinagem, mencionadas acima.

Mas, além disso, quando as pessoas com distúrbios alimentares são incentivadas a cultivar sua própria comida, outro elemento curativo é adicionado.

Na vida moderna, a proliferação de alimentos industrializados e a falta de esforço para obtê-los nos levou a, subconscientemente, vê-los como uma espécie de recurso descartável.

Em vez de considerá-lo importante, nós o vemos como algo sem valor e desconectado de nossas vidas, algo que podemos usar ou descartar quando quisermos.

Cultivar sua própria comida pode ajudá-lo a comer de maneira mais saudável. 

Essa atitude implica na crescente prevalência de distúrbios alimentares , principalmente quando combinada com problemas de imagem corporal. Os distúrbios alimentares têm a maior taxa de mortalidade de todas as doenças mentais e podem ser muito difíceis de serem superados com eficácia.

A hortoterapia tem se mostrado imensamente útil para muitos portadores de transtornos alimentares. Além de ajudá-los a se reconectar de uma forma tranquila, eles também criam um relacionamento saudável e benéfico com a comida.

https://www.youtube.com/watch?v=OzHhoirjopo
Vídeo sobre a hortoterapia, implantada em uma cidade brasileira.

Cultivar sua própria comida traz uma compreensão aprimorada de sua importância e do seu papel em nossas vidas. Isso pode ser profundamente curador para quem está acostumado a ver os alimentos com base em seus efeitos na aparência externa.

Infertilidade: a jardinagem também pode ajudar!

A infertilidade afeta um em cada dez casais, tornando-a uma séria fonte de estresse para pessoas de todo o mundo. A infertilidade pode sobrecarregar o relacionamento e causar sofrimento para os dois parceiros.

Há momentos em que os casais optam por procurar tratamento médico para problemas de infertilidade, mas existem estratégias naturais que podem ser tentadas primeiro. Para a surpresa de muitos, a jardinagem é uma delas.

A redução do estresse proporcionada pela jardinagem pode ajudar com problemas de infertilidade.

Existem aspectos da jardinagem que podem ajudar casais inférteis enquanto tentam conceber. O estresse é frequentemente um componente da infertilidade e os efeitos positivos da jardinagem na redução dele foram bem documentados.

Também foi descoberto que as pessoas que trabalham em seu jardim têm maior probabilidade de comer os alimentos que plantam. Frutas e vegetais fazem parte de uma dieta saudável e completa e, para as mulheres que sofrem da síndrome dos ovários policísticos (SOP), uma condição que torna a gravidez um desafio, a dieta pode ser um fator importante para lidar com essa doença.

Comer alimentos saudáveis ​​é um conselho que os médicos dão aos pacientes que desejam engravidar e a jardinagem pode incentivar essa tendência.

Doenças Crônicas: prevenção e redução dos sintomas

São consideradas doenças crônicas as que duram mais de três meses, tendo sintomas e efeitos colaterais regulares. Pesquisadores estão alarmados com o aumento dessas doenças em todo o mundo, prevendo que a ocorrência delas continue a aumentar no futuro.

Você já deve imaginar o que é que pode ajudar na diminuição dos sintomas que atormentam as pessoas com doenças crônicas, não é mesmo? Exatamente, a jardinagem!

Exercício físico sempre é a primeira coisa que se fala para manter a saúde ou ajudar com as doenças. A jardinagem é uma forma de atividade física de baixo impacto, que aumenta a frequência cardíaca e permite o movimento sem grande esforço.

Além disso, como já foi comentado, normalmente quem cultiva também come o que plantou e, com o tempo, tende a procurar uma alimentação mais saudável. Isso evita o consumo de produtos químicos presentes em muitos produtos industrializados.

Como as doenças crônicas nos trazem estresse tanto mental como também físico, precisamos de algo que ajude nas duas coisas. Aí entra a jardinagem, pois ela ajuda em ambas as situações.

A jardinagem pode ajudar os pacientes na prevenção da depressão e ansiedade, além de diminuir os níveis de dor. O alívio que esta prática traz faz dela uma ótima opção para quem sofre com um problema deste tipo.

A Jardinagem e o Luto

O luto pode ser uma emoção forte o suficiente a ponto de ameaçar prejudicar a vida de alguém. Não importa o motivo: um diagnóstico médico terrível, o fim de um relacionamento ou a perda de uma pessoa querida; esse tipo de dor atinge todas as pessoas em algum ponto de suas vidas.

Algumas pessoas tentam fugir do sofrimento através de comportamentos prejudiciais, como beber, usar drogas ou mesmo comer compulsivamente. Porém, há um modo muito melhor e simples de lidar com o luto: a jardinagem.

Não importa se você vai fazer um jardim na parte externa da casa, se vai plantar vasos dentro do seu apartamento ou se vai construir um jardim zen. O certo é que se dedicar às plantas vai ajudar a refletir e dar forças para seguir em frente depois de sofrer uma perda.

O contato com a natureza vai fazer você trabalhar muito melhor as suas emoções, tendo menos dificuldade para enfrentar esse momento de pesar em sua vida.

Considerações

Cuidar de um jardim pode fazer com que sinta-se responsável por algo. Mentalmente você sabe que precisa regar as plantas, protegê-las contra insetos e ervas daninhas. Além disso, você terá algo pelo que esperar, algo que você vai ver como resultado do seu esforço.

A jardinagem tem diversos benefícios para a saúde, estes são apenas alguns deles. Talvez você ainda duvide, mas… Por que não tentar? Não há nada a perder, só a ganhar!

Não tem espaço? Que tal começar com terrários para suculentas? Depois pode plantar alguns temperos ou ervas em vasos. Use sua criatividade e comece agora mesmo!

E você? Já praticou a jardinagem como forma de auxílio para a manutenção da saúde mental? Em caso afirmativo, conte-nos como foi a sua experiência! Compartilhe a sua história nos comentários, no final da página!

10 tipos mais comuns de fobia

Você se sente aterrorizado quando se depara com rastros assustadores? Sente muito medo de cobras ou aranhas? Tem algum medo inexplicável? Saiba que não, você não está sozinho!

Segundo a Associação Americana de Psiquiatria, as fobias são a doença psiquiátrica mais comum entre as mulheres e a segunda mais comum entre os homens.

O Instituto Nacional de Saúde Mental dos Estados Unidos sugere que as fobias afetam aproximadamente 10% dos adultos dos EUA a cada ano.

Essas fobias geralmente surgem durante a infância ou adolescência e continuam na idade adulta. Elas ocorrem duas vezes mais em mulheres do que em homens.

Há muitas explicações para o desenvolvimento das fobias, incluindo teorias evolutivas e comportamentais. Mas qualquer que seja a causa, as fobias são condições tratáveis que podem ser minimizadas e até eliminadas com medicamentos e técnicas de terapia cognitiva e comportamental.

Do que temos medo?

As fobias são surpreendentemente comuns, mas do que exatamente temos medo? Existem fobias que tendem a ser mais comuns do que outras?

As fobias a seguir são dez dos objetos ou situações mais comuns que levam a medo e sintomas acentuados, como tontura, náusea e falta de ar. Em alguns casos, esses sintomas evoluem para um ataque de pânico total.

A fobia social (transtorno de ansiedade social) e agorafobia estão em sua própria categoria de transtornos de ansiedade, onde as oito fobias restantes são consideradas “fobias específicas”, relacionadas a um objeto ou situação em particular.

Essas fobias comuns geralmente envolvem o meio ambiente, animais, medos de injeções e de sangue, além de outras situações.

Aracnofobia

A aracnofobia é o medo de aranhas e outros aracnídeos. Essa fobia é muito comum, afetando até 1 em cada 3 mulheres e 1 em cada 4 homens.

Em muitas pessoas, o medo de aranhas provoca uma “resposta de nojo”. Pessoas com aracnofobia grave têm uma aversão tão extrema às aranhas que podem ter medo de entrar em um porão ou na garagem porque uma aranha pode estar presente. Se encontram uma aranha, podem até sair de casa ao invés de lidar com o inseto.

A visão de uma aranha pode desencadear uma resposta ao medo, mas, em alguns casos, a simples imagem de um aracnídeo ou pensar em uma aranha podem levar a sentimentos de medo e pânico avassaladores.

Mas por que tantas pessoas têm medo de aracnídeos?

Embora exista uma estimativa de que existem 35.000 espécies diferentes de aranhas, apenas cerca de uma dúzia representa qualquer tipo de ameaça real aos seres humanos.

Uma das explicações mais comuns para essa e outras fobias animais semelhantes é que essas criaturas já representaram uma ameaça considerável para nossos ancestrais, que não possuíam o conhecimento médico e as ferramentas tecnológicas para lidar com lesões de animais e insetos. Como resultado, a evolução contribuiu para uma predisposição a temer essas criaturas.

Ofidiofobia

A ofidiofobia é o medo de cobras. Essa fobia é bastante comum e é frequentemente atribuída a causas evolutivas, a experiências pessoais ou a influências culturais.

Algumas pessoas têm uma fobia tão intensa que podem sofrer de ansiedade ou pânico se virem fotos, vídeos ou desenhos realistas de cobras.

Outros sintomas da ofidiofobia incluem explosões emocionais, dificuldade para respirar, sudorese, palpitações cardíacas e náusea.

Alguns sugerem que, como as cobras às vezes são venenosas, nossos ancestrais que evitavam esses perigos tinham maior probabilidade de sobreviver e transmitir seus genes.

Outra teoria sugere que o medo de cobras e animais semelhantes pode surgir de um medo inerente a doenças e contaminação. Estudos demonstraram que esses animais tendem a provocar uma resposta repugnante.

Isso pode explicar o porquê das fobias de serpentes serem tão comuns e o porquê das pessoas não exibirem fobias semelhantes de animais perigosos, como leões ou ursos.

Acrofobia

Acrofobia, ou o medo de altura, afeta mais de 6% das pessoas. Esse medo pode levar a pessoa a ter ataques de ansiedade e a evitar lugares altos. Quem sofre dessa fobia geralmente faz grandes esforços para evitar lugares altos, como pontes, torres ou prédios altos.

A acrofobia pode ser perigosa, como em situações em que a pessoa tem um ataque de pânico em um lugar alto e fica muito agitada, não conseguindo descer com segurança. Alguns acrofóbicos também sofrem com o desejo de se jogar de lugares altos, apesar de não serem suicidas.

Embora esse medo de altura possa ser o resultado de uma experiência traumática, em alguns casos, atualmente acredita-se que ele possa ter evoluído como uma adaptação a um ambiente no qual uma queda de altura representava um perigo significativo.

Apesar de ser comum que as pessoas tenham algum grau de medo ao se encontrar em grande altitude, uma fobia envolve um medo grave, que pode resultar em ataques de pânico e comportamentos de fuga.

As fobias podem chegar a desencadear uma crise de pânico.

Aerofobia

A aerofobia é o medo de voar de avião. Essa fobia afeta entre 10% e 40% dos adultos norte-americanos, apesar do fato de que acidentes de avião são realmente muito raros. Cerca de 1 em cada 3 pessoas tem algum nível de medo de voar.

Alguns dos sintomas comuns associados a essa fobia incluem tremores, batimentos cardíacos acelerados e sensação de desorientação.

Como voar é uma necessidade para muitas pessoas, principalmente devido às suas profissões, o voo pode se tornar inevitável.

Muitas pessoas sentem ansiedade leve antes dos voos. No entanto, no caso da aerofobia, a ansiedade assume um rumo mais sério. Essas pessoas começam a evitar férias em família ou adiar reuniões de negócios em que seja necessário ir de avião. Isso geralmente pode ter efeitos devastadores na carreira e na vida pessoal.

Muitas vezes essa fobia é tratada com terapia de exposição, na qual o paciente é gradual e progressivamente apresentado ao voo.

O indivíduo pode começar simplesmente imaginando-se em um avião antes de começar a sentar-se em um simulador e, finalmente, sentar-se em uma aeronave.

Cinofobia

A cinofobia, ou o medo de cães, é frequentemente associada a experiências pessoais específicas, como o indivíduo ser mordido por um cão durante a infância. Tais eventos podem ser bastante traumáticos e podem levar a respostas de medo que perduram até a idade adulta.

A experiência negativa não precisa ter afetado diretamente a pessoa. Muitos pais alertam as crianças sobre a aproximação de cães estranhos. A imaginação fértil de uma criança combinada com uma compreensão incompleta ou até errônea do comportamento do cão pode levar a uma fobia total dos cães.

Se um amigo ou parente foi atacado por um cachorro, ou um pai ou mãe teve um medo doentio, o risco de desenvolver cinofobia aumenta.

Essa fobia em particular pode ser bastante comum.

Ela não é apenas uma apreensão normal de caninos desconhecidos: é um medo irracional e excessivo que pode ter um sério impacto na vida e no funcionamento de uma pessoa.

Por exemplo, uma pessoa com essa fobia pode se sentir incapaz de andar por uma determinada rua porque sabe que há um cachorro morando naquele quarteirão.

Essa prevenção pode afetar a capacidade do indivíduo de funcionar em sua vida diária e levá-lo a ter dificuldades no trabalho, na escola ou em outros eventos fora de casa.

Astrafobia

A astrafobia é o medo de trovões e raios. As pessoas com essa fobia experimentam sentimentos avassaladores de medo quando encontram esses fenômenos relacionados ao clima.

As fobias podem ocorrer em qualquer pessoa, independente da idade.

Os sintomas da astrafobia geralmente são semelhantes aos de outras fobias e incluem tremores, batimentos cardíacos acelerados e aumento da respiração.

Durante uma tempestade com trovões ou relâmpagos, as pessoas com esse distúrbio podem fazer esforços gigantescos para se abrigar ou se esconder dos eventos climáticos, como se esconder na cama sob as cobertas ou até mesmo se esconder dentro de um armário ou do banheiro.

Outro sintoma bastante comum é uma obsessão pelas previsões meteorológicas. A pessoa pode ficar colada ao canal do tempo durante as estações mais chuvosas ou verificando as condições do tempo na internet a toda hora. Podem desenvolver uma incapacidade de realizar atividades fora de casa sem primeiro verificar os boletins meteorológicos.

Em alguns casos, essa fobia pode até levar à agorafobia, na qual as pessoas têm tanto medo de encontrar raios ou trovões que são incapazes de deixar suas casas.

Tripanofobia

A tripanofobia é o medo de injeções ou objetos cortantes, uma condição que às vezes pode levar as pessoas a evitar tratamentos médicos. Como acontece em muitas fobias, esse medo geralmente não é tratado, pois as pessoas apenas evitam o objeto e a situação desencadeantes. Estimativas sugerem que entre 20 e 30% dos adultos são afetados por esse tipo de fobia.

Quando as pessoas com tripanofobia precisam tomar uma injeção, elas podem experimentar sentimentos de pavor extremo e aumento da freqüência cardíaca que antecedem o procedimento.

Algumas pessoas chegam a desmaiar durante a injeção! Como esses sintomas podem ser muito angustiantes, as pessoas com essa fobia às vezes evitam visitar médicos, dentistas e outros profissionais da saúde, mesmo quando possuem algum tipo de doença física ou odontológica que precisa de atenção.

Fobia Social (Transtorno de Ansiedade Social)

A fobia social envolve o medo de situações sociais. Ela pode ser bastante debilitante. Em muitos casos, essa fobia pode se tornar tão grave que as pessoas evitam eventos, locais e pessoas com probabilidade de desencadear um ataque de ansiedade.

Pessoas com essa fobia temem ser vigiadas ou humilhadas na frente das outras. Mesmo tarefas cotidianas comuns, como comer uma refeição, podem provocar ansiedade.

É perfeitamente normal sentir nervosismo antes de fazer uma apresentação. Mas quem tem ansiedade social começa a se preocupar com isso semanas antes do evento, finge estar doente para evitar a apresentação ou começa a tremer tanto durante a exposição que mal consegue falar.

As fobias sociais geralmente se desenvolvem durante a puberdade e podem durar toda a vida, a menos que sejam tratadas.

A forma mais comum de fobia social é o medo de falar em público. Em alguns casos, as fobias sociais podem fazer com que as pessoas evitem situações sociais, incluindo escola e trabalho, o que pode ter um grande impacto no bem-estar e na capacidade de funcionar do indivíduo.

Para saber mais sobre a fobia social, leia o artigo sobre esse assunto neste blog, clicando aqui.

Agorafobia

A agorafobia envolve o medo de ficar sozinho em alguma situação ou lugar onde a fuga possa ser difícil. Esse tipo de fobia pode incluir o medo de áreas lotadas, espaços abertos ou situações que possam desencadear um ataque de pânico. As pessoas começarão a evitar esses eventos desencadeantes, às vezes a ponto de deixar completamente de sair de casa.

A maioria das pessoas desenvolve agorafobia depois de ter tido um ou mais ataques de pânico. Esses ataques levam-nas a temer novos ataques, então elas tentam evitar situações similares àquelas em que o ataque ocorreu.

A agorafobia geralmente se desenvolve em algum momento entre o final da adolescência e os 30 anos de idade. Dois terços das pessoas com agorafobia são mulheres.

O distúrbio geralmente começa como um ataque de pânico espontâneo e inesperado, o que leva à ansiedade pela possibilidade de outro ataque.

Misofobia

A misofobia é o medo excessivo de germes e sujeira. Ela pode levar as pessoas a se envolver em limpeza extrema, lavagem compulsiva das mãos e até evitar coisas ou situações consideradas sujas.

A lavagem frequente das mãos é também um sintoma comum do TOC. No entanto, a motivação para a lavagem das mãos é diferente. Pessoas com TOC são compelidas a aliviar a angústia que sentem como resultado da não realização do ato em si. Já pessoas com misofobia são compelidas a concluir o ato especificamente para remover germes. A diferença é sutil e muitas pessoas sofrem de ambas as condições, por isso é importante consultar um profissional de saúde mental para um diagnóstico adequado.

Essa fobia também pode resultar no comportamento de evitar o contato físico com outras pessoas por medo de contaminação, no uso excessivo de desinfetantes e em preocupação excessiva com relatos da mídia sobre surtos de doenças.

As pessoas com essa fobia também costumam evitar áreas onde os germes têm maior probabilidade de estar presentes, como consultórios médicos, aviões, escolas e farmácias.

Considerações a respeito das fobias

As fobias são um dos tipos mais comuns de distúrbios psiquiátricos e podem criar uma perturbação significativa no funcionamento e no bem-estar de uma pessoa.

Felizmente, estão disponíveis tratamentos seguros e eficazes, que podem incluir psicoterapia , medicação ou uma combinação de ambos.

O tratamento apropriado depende de uma variedade de fatores, incluindo os sintomas e a gravidade da fobia. Por isso, é sempre melhor consultar seu médico ou terapeuta para desenvolver um plano de tratamento que funcione melhor para a sua situação específica.

Fontes

Medo de ficar sozinho, até que ponto é normal?

O ser humano é um ser social, precisa de outras pessoas ao redor para sentir-se realizado. Muitas de nossas habilidades estão ligadas a outras pessoas, não há como fugir disso.

Os laços que desenvolvemos com outras pessoas enriquecem nossa vida, nos nutrem e são necessários para nosso bem-estar.

Por estes motivos o medo de ficar sozinho é inerente aos humanos. No entanto, isso pode ser um problema se você não puder levar uma vida normal sem ter pessoas ao seu redor.

Independente se esse medo surgiu depois que você se mudou para um país diferente ou depois que o seu parceiro te deixou, se isso chegou ao ponto de sufocá-lo, as coisas não estão bem.

Falaremos mais sobre isso neste artigo. Descubra se o seu medo é normal ou se é algo pelo que você deve se preocupar.

O que significa ter medo de estar sozinho?

O medo de ficar sozinho surge da crença de que você não pode fazer algumas coisas onde é necessário que você fique sozinho. Este medo pode ser tão intenso a ponto de você não conseguir nem se cuidar.

Uma forma deste medo se manifestar é você buscar desesperadamente a companhia de alguém sempre que se encontrar sozinho. Alguns especialistas chamam isso de autofobia (ou “medo de si mesmo”).

Geralmente o medo de estar sozinho é associado a agentes externos. Por exemplo, nos adultos este medo pode andar de mãos dadas com a perda de um ente querido. Ou então pode se manifestar em casos de uma separação sentimental.

Em crianças, alguns especialistas associam este medo à separação. Isso pode se manifestar, por exemplo, quando a criança não consegue compreender que seus cuidadores não vão simplesmente sair e abandoná-los, mas simplesmente sairão por um curto período de tempo.

Definição de autofobia

Primeiramente você precisa entender que o medo de ficar sozinho, a autofobia, não é o mesmo que sentir-se sozinho.

A autofobia é uma fobia especifica. Uma fobia específica é um tipo de transtorno de ansiedade que envolve um medo persistente, irracional e excessivo de um determinado objeto ou situação. Esse medo pode levar a pessoa a evitar a coisa de que tem medo ou sentir intensa ansiedade se for forçada a suportá-la.

No caso da autofobia, é um medo mórbido de ser ignorado, de ser egoísta ou do isolamento. Para uma pessoa diagnosticada com autofobia, a ideia e a experiência de passar um tempo sozinhas podem causar ansiedade severa.

O termo autofobia vem da palavra “auto” (significado próprio) e da palavra “fobia” (significado medo). No sentido literal, então, a autofobia seria quando as pessoas têm medo de si mesmas.

No entanto, não é isso a que se refere a condição de saúde mental autofobia. No campo da saúde mental, a autofobia é quando uma pessoa tem medo de passar um tempo sozinha.

Qual é a diferença entre autofobia e solidão?

Autofobia não é o mesmo que se sentir sozinho, como já falamos. Muitas pessoas experimentam a solidão quando não têm interação social suficiente ou não têm relacionamentos significativos. Algumas pessoas podem sentir-se sozinhas mesmo quando estão em uma sala com outras pessoas.

Sentir-se triste por estas razões é bastante racional e diferente de experimentar a autofobia.

A autofobia é uma ansiedade irracional e severa, desencadeada pela ideia de tempo gasto sozinho, ou sem uma pessoa específica, que afeta a capacidade de uma pessoa em realizar as atividades diárias.

Como superar o medo de ficar sozinho

Abaixo listamos algumas formas de conseguir superar este medo irracional de ficar sozinho. Leia com atenção todos os tópicos, você vai conseguir superar isso!

1. Estar sozinho é uma necessidade humana

Ficar sozinho é bom para sua saúde emocional. Isso significa que é importante procurar algum tempo para ficar sozinho, talvez até diariamente, para recuperar as energias perdidas ao longo do dia.

Um passeio sozinho, assistir a um filme que você gosta, sair para comer sozinho… Aproveite estes momentos para aproveitar a solidão que você (e todo mundo) precisa.

2. Entenda seu medo

O primeiro passo para superar esse medo é uma simples introspecção. É essencial que você entenda o que está passando para poder agir.

Este é frequentemente o passo mais difícil e mais importante, porque você tem uma infinidade de mecanismos de defesa, começando com a simples negação.

Você pode recorrer à negação para tentar ignorar seus medos ou ao passar por períodos estressantes. No entanto, a longo prazo, você não pode esconder isso de você mesmo. Compreenda que entender o que está acontecendo com você é o começo do processo de cura.

3. Aceite seu medo

Se realmente você quer se livrar desse medo de ficar sozinho, você tem que fazer mais do que apenas reconhecer o seu medo. Você também terá que aceitar que isso é uma parte de você.

Este processo não é tão fácil quanto parece e anda de mãos dadas com o perdão.

Você não pode permitir que a culpa tome conta de sua mente, porque o medo, entre outras coisas, faz você crescer. Se você é capaz de encontrar algum valor no medo, você também experimentará o autodesenvolvimento.

Não podemos mudar nada até aceitá-lo. A condenação não liberta, oprime.”

Carl Jung

4. Analise as razões do medo

Todos os medos têm uma origem. É importante para você descobrir qual é a fonte do seu medo. Isso permitirá que você avalie as suas opções em termos de possíveis soluções.

Além disso, saber a origem ajudará você a descobrir o que esse medo está tentando lhe dizer.

Como dissemos antes, o medo de estar sozinho tende a ser causado por uma perda, por uma separação ou pela distância. Na verdade, muitas vezes ele está ligado a outras emoções, como:

  • O medo do fracasso ou um excesso de perfeccionismo e responsabilidade.
  • Um medo de abandono.
  • Um medo do que as pessoas vão dizer ou pensar.

Identificar a causa pode parecer um processo simples. No entanto, a dor que você sente muitas vezes distorce a sua realidade e dificulta o processo de superação do problema. É por isso que é importante ter em mente que você não deve ignorar os seus sentimentos, mas sim trabalhar diretamente nessas emoções.

5. Pense nos aspectos positivos de estar sozinho

Superar seu medo de ficar sozinho não significa necessariamente evitá-lo. Você tem que entender que estar sozinho é uma parte necessária e positiva de sua vida.

Estar sozinho pode se tornar um refúgio onde você pode se conectar consigo mesmo.

Para atingir esse objetivo, você precisa se associar com coisas positivas. Se você fizer isso, seu medo começará a perder sua intensidade.

Além do mais, estar sozinho pode levar a um período de rejuvenescimento em sua vida. Você pode perceber que precisa priorizar o cuidado de si mesmo.

Estar sozinho ajuda você a se entender. Ele traz momentos de paz que você só pode aproveitar sozinho.

6. Ajuda profissional

Às vezes, o medo de ficar sozinho pode se tornar um problema sério. Pode até terminar em depressão, ansiedade e dependência emocional. É por isso que é importante consultar um profissional se você sentir que este medo está fora do normal.

Lembre-se: você é seu melhor companheiro. Sem você, você não seria quem você é. Pode parecer uma coisa óbvia de dizer, mas muitas vezes as pessoas esquecem que são suas melhores amigas.

Só você pode se entender perfeitamente. A única pessoa verdadeiramente indispensável em sua vida é você.

Fontes

4 Sinais de que você está sofrendo de uma depressão oculta

A depressão sempre é vista como um transtorno que deixa as pessoas tristes o tempo todo. Isso nos leva a crer que, se uma pessoa está aparentemente alegre e sorridente, ela não tem depressão.

Porém nada disso é verdade. A depressão não é sinônimo de tristeza. É importante ter consciência disso, principalmente quando sabemos que os casos de depressão aumentaram muito mais do que a maioria das outras doenças no mundo todo.

Como os sintomas muitas vezes passam despercebidos, mesmo para quem sofre com eles, podem existir muitas pessoas que estão realmente precisando de ajuda, mas que ainda não se deram conta disso.

Por isso é importante que você não ignore os sinais de depressão. Não os considere seus inimigos, pois eles podem estar avisando sobre um problema mais profundo. Além dos sintomas clássicos, fique atento para os sintomas típicos de depressão oculta, que serão abordados a seguir.

O que é a depressão sorridente

A depressão sorridente é outra maneira pela qual algumas pessoas podem experimentar um transtorno depressivo. Por dentro eles se sentem quebrados e feridos. Mas do lado de fora? Eles estão sorrindo, ativos, sociais e com alto rendimento.

Agora mesmo você pode estar perto de alguém que está sofrendo horrivelmente, mas, à primeira vista, você nunca saberá. Muitas pessoas nem percebem que estão deprimidas. Eles continuam indo e indo e nunca pedem ajuda.

Na verdade, você sabia que você mesmo pode estar sofrendo de depressão sorridente?

4 fortes sinais de depressão oculta

Obviamente há diversos sintomas de depressão oculta (outro nome da depressão soridente). Porém separamos quatro deles, os que você deve ficar muito atento. Se identificá-los saiba que é um grande indício de que a pessoa sofre de depressão sorridente. Um profissional da saúde deve ser procurado o mais cedo possível.

1. Consumir excessivamente substâncias estimulantes

Os que sofrem com estes transtorno, sem notar, procuram compensar o sentimento de vazio e desinteresse que sentem usando estimulantes químicos ou biológicos para tentar sentirem-se um pouco melhor. Este é um sintoma que deve acender um sinal de alerta.

Estas substâncias não são necessariamente nenhum tipo de droga. Às vezes se trata de álcool, excesso de cafeína ou alimentos açucarados. Isso porque estas três substâncias fornecem estímulos que são entendidos como necessários.

Mas não trata-se de um simples consumo destas substâncias. O que revela que é algo a se prestar atenção é a quantidade e a frequência que estas substâncias são consumidas.

2. Querer ficar na rotina, um sinal de depressão oculta

As pessoas tendem a criar algumas rotinas para tornar suas vidas mais fáceis, principalmente para simplificar as tarefas que por natureza são mais rotineiras. Afinal, se cada dia fosse totalmente diferente dos anteriores, gastaríamos muita energia para constantemente nos adaptarmos.

Isso é algo positivo quando se trata de ações simples que não precisam de uma nova abordagem. Também é normal buscarmos uma certa estabilidade nos aspectos mais importantes de nossas vidas.

Porém, a rotina se torna um problema quando ela é causadora de tédio ou quando faz com que tudo fique estagnado.

Viver com uma rotina que não gera um bem-estar em nossas vidas pode ser um indício de depressão oculta. Outro sinal é quando qualquer alteração na rotina te deixa irritado.

Mas fique de olho se a sua atitude é simplesmente deixar o tempo passar, seja devido à falta de interesse, seja devido à falta de confiança nas mudanças que ocorrem ao seu redor.

3. Sentir-se desconfortável quando está com outras pessoas

Uma característica comum entre as pessoas que sofrem de depressão sorridente é a tendência a ficar sozinhas.

O isolamento sem qualquer propósito real é um forte sinal de que algo não está indo bem com as nossas emoções. Esta situação não é por ser a pessoa introvertida ou tímida, mas porque sentem-se aborrecidas quando tem alguém ao seu lado.

Em geral dão um ar de superficialidade ou artificialidade nas conversas em que se envolvem. Acabam falando somente sobre temas genéricos, não sobre algo que as envolva pessoalmente.

Se alguém tentar saber como está suas vidas, passando da simples polidez, tentarão mudar de assunto.

Estas pessoas dão sinais claros de que não querem se aproximar de ninguém.

Apesar de poderem se mostrar amigáveis e sorridentes, irão colocar uma barreira se alguém tentar conhecê-las mais a fundo.

4. Recorrer a mentiras frequentemente

Não estamos falando de mentiras em geral, mas mentiras sobre questões relacionadas às suas vidas.

Por exemplo, quando perguntados se está acontecendo algo por estarem parecendo desanimados, dizem que estão cansadas. Ou quando alguém pergunta como eles estão, respondem sempre que estão bem, mesmo que isso não seja verdade nem de perto.

É também comum inventarem desculpas quando alguém está planejando algo que os inclui. Isso porque eles tem medo de reuniões sociais ou de fazer algo diferente do que fazem normalmente, mesmo que suas rotinas sejam tediosas.

Podem inclusive inventar coisas sobre o seu fim de semana ou folgas, para não parecer que estão tendo uma vida tediosa.

Tudo que eles querem é esconder o que realmente estão sentindo pois, no fundo, sabem que algo não está bem e não querem que isso seja descoberto.

Outros sinais da depressão sorridente

Além destes sinais, outros sintomas são frequentes. Entre eles podemos citar a mudança nos hábitos alimentares, sensação de abandono e de vazio, dificuldade em dormir, desconforto gastrointestinal e falta de interesse pela maioria das atividades (incluindo aquelas que antes gostava).

Se você desconfia que você mesmo está sofrendo de uma depressão oculta, não deixe de levá-la muito a sério. Talvez pequenas ações terapêuticas ou um tipo breve de terapia sejam suficientes para resolver este problema que não permite que você aproveite a vida em sua plenitude.

Nunca deixe de procurar ajuda profissional o mais rápido que puder. Um médico ou psicólogo irão ajudar muito nessa luta. Aliás, somente eles podem realmente fazer algo por você!

Também é importante ficar de olho se você conhece alguém que apresenta alguns ou muitos desses sintomas de depressão sorridente. Obviamente deve respeitar a privacidade da pessoa, mas pode ser carinhoso e mostrar-se disposto a apoiá-los e a ouvi-los.

Fontes

Transtorno Bipolar e Relacionamentos

Os sintomas mais comuns do transtorno afetivo bipolar são as oscilações repentinas de humor, levando a pessoa do estado eufórico (mania) a um estado depressivo. A intensidade do quadro pode variar de leve a grave.

Essas oscilações afetam consideravelmente a capacidade de adaptação de uma pessoa que sofre com essa doença. A instabilidade emocional pode levar alguém com esse transtorno a se ressentir de relacionamentos afetivos.

Por esse motivo a combinação entre relacionamentos e transtorno bipolar pode ser complicada. Afinal, pode ser muito difícil para alguém ter um relacionamento com alguém que experimenta mudanças drásticas de humor.

Manter um relacionamento sério requer conhecimento um do outro, compreensão, flexibilidade e também certa estabilidade. Relacionar-se com alguém que experimenta episódios maníacos e depressivos pode ser um obstáculo no caminho dos relacionamentos.

Neste artigo você verá como o transtorno bipolar condiciona o círculo social da pessoa que sofre com ele.

O transtorno afetivo bipolar

As pessoas erroneamente se referem a mudanças em suas opiniões, pensamentos e sentimentos como traços bipolares. Ou seja, acredita-se que estar feliz em um dia e triste no outro é ser “bipolar”.

O transtorno bipolar não é mudanças de opinião a respeito de algo.

Não, não é nada disso. Uma série de criteriosos requisitos deve ser atendida para que uma pessoa seja diagnosticada como portadora do transtorno bipolar.

Para ter o transtorno bipolar, você precisa experimentar episódios de euforia em que você exibe comportamentos impulsivos. Estes comportamentos podem envolver grandes gastos, planos radicais ou mesmo fazer mudanças radicais nos planos já existentes.

Além disso, você tem que passar por episódios depressivos também. Se você quiser saber mais pode ler nosso artigo sobre o transtorno afetivo bipolar aqui no blog.

Resumindo: ser muito feliz em um dia e muito triste no dia seguinte não significa que uma pessoa é bipolar. A maioria das pessoas exibe alterações de humor ou personalidade com frequência. Isso não significa necessariamente que eles estejam mentalmente desequilibrados.

Os Relacionamentos e o Transtorno Bipolar

Como já foi dito, relacionamento e transtorno bipolar pode ser uma combinação complicada. No entanto é possível que pessoas que sofrem deste transtorno levem uma vida perfeitamente normal, quando o distúrbio é controlado e a pessoa está estável.

Nesse sentido, as pessoas com transtorno bipolar podem se apaixonar como qualquer outra pessoa. No entanto, se elas estiverem em uma fase maníaca em que estejam eufóricas e excessivamente positivas, podem confundir seus sentimentos.

Ou seja, de uma forma geral, apaixonar-se ou iniciar um relacionamento é a mesma coisa, tanto para pessoas com o transtorno bipolar quanto para pessoas mentalmente saudáveis. Porém é preciso ter cautela para não iniciar um relacionamento romântico durante episódios maníacos.

Além disso, quando pensamos em transtorno bipolar e relacionamentos, sentimentos instáveis ​​vêm à mente. Ou seja, se pensarmos em ter um parceiro com transtorno bipolar, é muito provável que visualizemos um relacionamento caótico e em constante mudança.

Pessoas com o transtorno afetivo bipolar podem sim ter relacionamentos estáveis!

Nada está mais longe da verdade. Graças à medicação psiquiátrica, terapia e acompanhamento psicológico, uma pessoa bipolar é capaz de manter relacionamentos estáveis sim!

Transtorno bipolar e mudanças de opinião

O transtorno bipolar não está relacionado a mudanças de opinião. Por esse motivo, não devemos imaginar que uma pessoa com transtorno bipolar mudará constantemente suas idéias, atitudes, motivações e objetivos.

No entanto, é muito importante considerar que os níveis de energia de uma pessoa com transtorno bipolar podem mudar significativamente de uma semana para outra. Consequentemente, isso pode afetar os planos feitos anteriormente ou a disposição de fazer algumas coisas, como viagens, por exemplo.

Estar em um relacionamento com uma pessoa que tem transtorno bipolar requer ajustar-se às suas mudanças mentais e físicas. Se tratado adequadamente, não será um obstáculo intransponível.

Se você tem um relacionamento com uma pessoa com transtorno bipolar

Ter um relacionamento com alguém com transtorno bipolar não criará necessariamente grandes problemas. No entanto, há certas coisas a serem consideradas.

Para começar, ter um relacionamento com alguém que tem transtorno bipolar envolve saber tudo o que puder sobre essa doença mental. É necessário que ambas as pessoas no relacionamento saibam como uma crise se manifesta e como lidar com isso. Por exemplo, o parceiro de alguém com transtorno bipolar deve estar ciente dos sinais que precedem um episódio maníaco.

Além disso, os níveis de estresse diários devem ser tratados com um cuidado especial. Eles podem desencadear episódios em que o humor de uma pessoa se torna extremo.

Portanto, os casais têm que encontrar um equilíbrio na distribuição de tarefas e responsabilidades para que a pessoa afetada não seja sobrecarregada.

O que você pode fazer se você sofre do transtorno bipolar

Algumas das coisas que você pode fazer para evitar problemas caso você sofra do transtorno afetivo bipolar:

1. Conte ao seu parceiro sobre o seu transtorno

Faça isso antes de assumir um compromisso de longo prazo com alguém. Descreva o que eles podem esperar quando você estiver passando por uma mudança de humor. Também é importante contar-lhes o que você costuma fazer para controlar seu humor.

Dessa forma seu parceiro não ficará surpreso quando você tiver um episódio de mudança de humor. Eles podem até ser capazes de ajudá-lo a passar por isso.

2. Seja honesto

Se você está tendo um episódio grave e lutando com os seus sintomas, não hesite em falar para o seu parceiro e pedir ajuda quando precisar.

Por exemplo, se estiver passando por um episódio depressivo e não quiser sair de casa, explique isso ao seu parceiro em vez de dar uma desculpa para ficar em casa.

3. Siga com o tratamento

Talvez a melhor maneira de reduzir o estresse no relacionamento seja seguir com o seu plano de tratamento.

Isso pode ajudar a minimizar seus sintomas e a reduzir a gravidade do seu transtorno. Discuta seu plano de tratamento com seu parceiro para que ele possa ajudá-lo a manter o controle.

4. Mantenha uma linha de comunicação aberta

Diga ao seu parceiro quando você sentir que uma mudança de humor está acontecendo para que ele não fique alarmado com uma alteração repentina no seu comportamento.

Além disso, esteja aberto a ouvir quando ele disser que está percebendo que o seu humor está “diferente”. Muitas vezes os outros podem ver mudanças em nosso humor quando nós mesmos não podemos.

Conclusão

As pessoas com transtorno bipolar têm que manter uma rotina rigorosamente controlada. Elas têm que manter horários de sono e de refeição estáveis, evitando mudanças súbitas.

Se a pessoa afetada começar a se sentir “estranha”, ela precisará de compreensão e empatia. Tenha em mente que ela não é culpada pela dor que sente nem pela dor que causa.

Assim, ter um parceiro com transtorno bipolar envolve muita adaptação. Por outro lado, a situação pode melhorar com acompanhamento psiquiátrico e psicológico.

Quanto mais o casal entender o distúrbio, menos o relacionamento sofrerá. Lembre-se de que a ciência avança todos os dias em relação às doenças mentais e que, em princípio, o transtorno bipolar não precisa ser um obstáculo intransponível em nenhum relacionamento.

Fontes

Sair da versão mobile