A depressão e o Afastamento do Trabalho pelo INSS

Sabemos que a depressão é uma doença séria, com reflexo em todas as áreas da vida de uma pessoa. Também conhecida com o “o mal do século”, o que caracteriza tal enfermidade é um distúrbio no humor, causando no individuo a perda do interesse pelas atividades cotidianas. Em casos mais graves, a depressão pode até mesmo levar à morte. Só no ano de 2016, mais de 75 mil trabalhadores se afastaram das suas atividades no Brasil por conta da depressão, segundo dados do INSS. Esses números  impressionam, e o que é pior, sobe cada vez mais com o passar do tempo.

Os sintomas da depressão e o trabalho

A depressão provoca uma série de sensações emocionais e físicas, trazendo muitos transtornos na rotina do doente. Estes problemas acabam por tornar difíceis as  atividades cotidianas. Assim, o que para uma pessoa sadia seria um procedimento totalmente normal, para o depressivo pode significar uma tortura sem fim, sobretudo quando ele é impelido a realizar qualquer tipo de atividade social, incluindo o trabalho.

A vontade é de simplesmente não fazer nada. Um sintoma muito comum entre os depressivos é a sensação de sonolência constante e o desânimo. A vida perde o sentido, o mundo perde as cores e tudo que a pessoa mais deseja é se trancar em um quarto. Desta forma, fica praticamente impossível conciliar o trabalho com os sintomas da depressão, ocasionando um elevado número de faltas e apresentação de atestados médicos na empresa. É sempre importante frisar que, quando existir correlação entre a depressão e a atividade profissional, é possível entrar na justiça e solicitar uma indenização, caso exista alguma irregularidade no ambiente de trabalho.

O Diagnostico e o Tratamento

O diagnóstico da depressão deve ser realizado por um médico psiquiatra, normalmente com base em relatos do próprio paciente, dos familiares e através de exames complementares, quando necessário.

Para fazer o tratamento, o paciente deverá ser submetido a um processo de psicoterapia com um profissional qualificado, que poderá ser um psiquiatra ou psicólogo. É recomentado ainda, em alguns casos mais graves, a utilização da medicação prescrita por um médico da área, objetivando minimizar os sintomas psicossomáticos.

Afastamento Médico Por Causa da Depressão

É muito comum que a depressão tenha início no ambiente de trabalho, considerando que atualmente o mundo corporativo é extremamente competitivo e exigente. Desta forma, o trabalhador está a todo o momento submetido a uma pressão por resultados imediatos, o que ocasionalmente pode desenvolver distúrbios mentais como a depressão.

Quando existe o diagnóstico da depressão, a depender da gravidade do caso, o trabalhador poderá ser afastado temporariamente do seu trabalho, conforme a análise realizada pelo seu médico pessoal e a avaliação do médico perito do INSS.

Quando Existe Direito ao Recebimento de Benefício no INSS

Em muitas situações, o trabalhador acometido pela depressão não tem nenhuma condição psíquica de exercer regularmente as suas funções na empresa. Considerando que a depressão provoca diversos sintomas que impossibilitam o desenvolvimento das atividades laborais, a única alternativa para esse trabalhador é o afastamento do trabalho.

Nesses casos, o primeiro passo é solicitar um laudo médico detalhado sobre a sua situação, descrevendo de forma minuciosa o estado de saúde em que este se encontra e o período que será necessário para o restabelecimento da sua saúde.

Para este tipo de situação, o benefício a ser concedido é o auxílio-doença, que é um benefício pago pelo INSS ao trabalhador que necessita se afastar das suas atividades profissionais por período superior a 15 dias. O trabalhador então passa a receber um benefício mensal, calculado com base em seu salário, até que recupere as suas condições de trabalho.

É comum em perícias do INSS, para os casos de depressão, ser concedido ao trabalhador um prazo de três a seis meses de afastamento do trabalho, buscando assim, dentro deste período, a reabilitação do doente. Caso este prazo não seja suficiente para a sua recuperação, poderá ser solicitado um pedido de prorrogação do benefício previdenciário.

Quando o trabalhador se incapacita permanentemente para o trabalho

Nos casos mais graves de depressão, o trabalhador poderá ficar permanentemente incapacitado para as suas atividades profissionais. Quando isso ocorre, o INSS lhe concede o benefício de Aposentadoria Por Invalidez, que é a prestação mensal paga àquela pessoa que não poderá mais trabalhar por conta de problemas de saúde.

Vale lembrar que a Aposentadoria por invalidez não é um benefício vitalício. Ocasionalmente o INSS poderá convocar o beneficiário com idade inferior a 60 anos para avaliar as condições de trabalho do mesmo. Caso seja verificada a recuperação da capacidade de trabalho, o benefício é cancelado e o trabalhador poderá retornar para as suas atividades.

Embora a depressão seja uma doença grave, é importante frisar que ela tem tratamento. Então o aposentado por invalidez que se aposentou devido à depressão, poderá ter o benefício cancelado e retornar de forma plena ao mercado de trabalho, retomando a sua vida e muitas vezes melhorando sua autoestima através do trabalho.

Conclusão

Como foi bem explanado neste artigo, o trabalhador que porventura estiver acometido de depressão pode e dever buscar o afastamento de sua atividade, se isso contribuir com o seu tratamento. É um direito, garantido nas leis previdenciárias. É importante que o trabalhador esteja com os laudos e exames, bem como, tenha iniciado o seu tratamento com um especialista, que será o profissional indicado para opinar sobre a necessidade ou não do afastamento.

Caso você tenha alguma outra dúvida em relação aos benefícios do INSS poderá acessar o site previdenciasimples para maiores informações.

Referências

Lei 8213/91 arts. 42 a 47 e arts. 59 a 63
https://www.inss.gov.br/beneficios/aposentadoria-por- invalidez/
https://www.inss.gov.br/beneficios/auxilio-doenca/
https://epocanegocios.globo.com/Carreira/noticia/2017/02/mais-de- 75-mil-pessoas-foram- afastadas-do- trabalho-por- depressao-em- 2016.html
http://direitosbrasil.com/pericia-do- inss-por- depressao-como- funciona/
https://saberalei.com.br/depressao-beneficios- inss/

 

O que é a Síndrome de Borderline, como identificar e tratar

Talvez você já tenha conhecido uma pessoa alegre, descontraída, daquelas que conquista facilmente as pessoas. Mas essa pessoa muda de humor repentinamente, por uma contrariedade qualquer.

Geralmente isso acontece quando ela interpreta que a atitude do outro tinha a intenção de ofendê-la, magoá-la ou mesmo pode enxergar como uma traição. A pessoa, muito querida há poucos minutos, agora xinga, grita e chega até a socar algo ou alguém.

Em seguida ela sente-se mal, sente-se culpada. Surge um medo avassalador de ser abandonada. Isso faz com que ela sinta raiva dela mesmo, além de causar imensa dor e um vazio enorme. O resultado é uma vontade que aparece de se cortar, de beber, se drogar e até mesmo de morrer.

Obviamente esse foi um exemplo simplista que talvez dê a você uma ideia do que é o transtorno borderline.

Aliás, importante frisar: não trata-se de uma síndrome, como é popularmente chamada, mas de um transtorno. Porém chamaremos também da forma popular para que o leitor saiba do que estamos falando.

Leia o artigo até o fim e entenda melhor o que acontece com quem sofre deste transtorno.

Aliás, você tem ou teve alguma experiência com isso? Conte-nos nos comentários, no fim da página!

O que é a Síndrome de Borderline

A síndrome de borderline é uma condição que deixa o indivíduo sempre nos seus limites emocionais, sendo caracterizada pelas mudanças súbitas de humor, medo de ser abandonado pelos amigos e comportamentos impulsivos, como gastar dinheiro descontroladamente ou comer compulsivamente, por exemplo.

Como você já deve ter percebido, o transtorno de personalidade borderline (TPB) causa muito sofrimento, tanto para quem sofre dessa doença quanto para os que estão à sua volta.

Esse transtorno também conhecido como transtorno de personalidade limítrofe. Neste artigo o chamarei de transtorno borderline ou mesmo de síndrome de borderline, para simplificar.

Comportamento de quem sofre de TPB

Podemos dizer que o transtorno borderline é uma doença mental que, entre outras coisas:

  • Faz com que seja difícil para uma pessoa sentir-se confortável consigo mesma;
  • Causa problemas para controlar emoções e impulsos;
  • Causa problemas de relacionamento com outras pessoas.

Resumindo, podemos dizer que os principais sintomas são uma sensação de inutilidade, insegurança, instabilidade emocional, impulsividade e relações sociais prejudicadas.

As pessoas com o transtorno de personalidade borderline têm elevados níveis de sofrimento e raiva. Elas podem facilmente se ofender com qualquer coisa que outras pessoas façam ou digam, mesmo que a intenção não fosse, nem de longe, ofender.

Efeitos do transtorno na pessoa

Os portadores da síndrome de borderline sofrem com pensamentos dolorosos e crenças (geralmente) distorcidas sobre si mesmos e sobre as outras pessoas.

É comum que acabem prejudicando-se por causa dessas crenças. Isso pode causar angústia na vida profissional, na vida familiar e na vida social.

Essa angústia pode levá-las a fazer uso abusivo de substâncias e a ter pensamentos e comportamentos suicidas. Também podem recorrer à automutilação, entre outros comportamentos que visem buscar um certo tipo de alívio (mesmo que este alívio seja temporário e traga problemas maiores depois).

Para a maioria das pessoas com TPB, os sintomas começam durante a adolescência ou na juventude. A notícia boa é que eles tendem a melhorar durante a vida adulta.

O transtorno faz com que os indivíduos alternem entre momentos de estabilidade e de surtos psicóticos, onde manifestam comportamentos descontrolados.

É importante saber que o Transtorno de Personalidade Borderline é uma condição do cérebro e da mente. Ter o TPB não é culpa da pessoa, nem foi alguém que causou isso.

Por que o transtorno borderline tem este nome?

Provavelmente você também já tenha se feito esta pergunta. O nome dessa doença inclui a palavra incomum “borderline” (fronteira) por motivos históricos.

No passado, as doenças mentais eram categorizadas como “psicoses” ou “neuroses“. Quando os psiquiatras escreveram pela primeira vez sobre a personalidade borderline, ela não se enquadrava em nenhuma dessas duas categorias.

Mas, segundo eles, ela pertencia a uma linha imaginária entre esses dois grupos de doenças. Em outras palavras, ficava na “fronteira” (borderline, em inglês).

O que causa o transtorno borderline?

As causas exatas desse transtorno ainda são desconhecidas. Provavelmente seja causado por fatores genéticos e condições ambientais adversas – não apenas um ou outro. Dessa forma, ainda não é possível prever quem irá desenvolvê-la.

Para uma pessoa que é naturalmente muito sensível, os problemas da vida podem ser especialmente prejudiciais enquanto se desenvolvem. Esses problemas podem incluir más experiências ou sofrer com outros distúrbios mentais.

O borderline teme ser deixado e faz grandes esforços para evitar que isso aconteça

Principais sintomas

Nem todo mundo com a síndrome de borderline apresenta os mesmos sintomas. Além disso, precisam ter vários destes sinais para caracterizar que elas tem o transtorno.

Os principais sintomas da síndrome de borderline estão listados abaixo. São características fáceis de identificar:

  • São propensas a temer que outras pessoas possam deixá-las. Isso pode fazer com que elas façam esforços homéricos para evitar serem abandonadas por alguém. Incluindo também as situações em que pessoas que não sofrem do transtorno não se sentiriam decepcionadas ou não considerariam algo pessoal.
  • Tem relacionamentos que são extraordinariamente intensos e instáveis. Por exemplo, idealizam a outra pessoa e depois desprezam-na intensamente.
  • São muito inseguras sobre si mesmos – não sabendo realmente quem são ou o que pensar sobre si mesmos.
  • Assumem riscos ou têm comportamentos impulsivos, às vezes de maneiras perigosas. Por exemplo: não pensar antes de gastar dinheiro, comportamento sexual de risco, uso abusivo de drogas ou álcool, direção perigosa ou compulsão alimentar.
  • Repetidamente prejudicam-se, mostrando comportamento suicida ou frequentemente falando e pensando em cometer suicídio.
  • Passam por uma grande e intensa instabilidade emocional e afetiva, com períodos de depressão ou de ansiedade e de irritabilidade exageradas. Isto pode levar apenas algumas horas, mas pode durar mais tempo, como alguns dias.
  • Tem um sentimento persistente de estar “vazio” por dentro.
  • Sentem uma raiva que é excepcionalmente intensa e desproporcional a qualquer coisa que a tenha desencadeado e são incapazes de controlá-la. Por exemplo, tendo ataques de temperamento ou entrando em brigas.
  • Quando estressados, tornam-se altamente desconfiadas dos outros ou experimentam sentimentos incomuns de se separar de suas próprias emoções, corpo ou ambiente.

Tipos de personalidade limítrofe

Ainda não existe uma classificação científica oficial dos subtipos do transtorno borderline. No entanto, alguns autores criaram subtipos para evidenciar suas diferentes manifestações.

Vamos apresentar uma das mais conhecidas, a de Theodore Millon. Segundo esse especialista, existem quatro tipos diferentes de TPB, que serão apresentados abaixo.

É importante salientar que alguém que sofre de TPB pode ou não se encaixar em uma dessas subcategorias ou podem também se encaixar em mais de uma.

Com o tempo, os sintomas também podem mudar e se manifestar de maneira diferente.

Borderline Petulante

Imprevisibilidade, irritabilidade, impaciência, inquietação e rancor marcam os pacientes com TPB petulante.

Eles tendem a ser teimosos, pessimistas e ressentidos também. Oscilam entre sentimentos extremos de indignação e raiva, podendo explodir nos episódios de raiva.

Eles temem se decepcionar com os outros, mas também não parecem querer ajudar os outros a confiar neles. Tendem a ser agressivos e passivos e podem exibir um comportamento prejudicial para obter atenção.

Borderline Impulsivo

As pessoas que sofrem de TPB do tipo impulsivo costumam ser muito carismáticas, enérgicas e envolventes. Elas podem ser superficiais, sedutoras e indecisas, buscando por emoções e ficando rapidamente entediadas.

Elas prosperam com a atenção e a excitação e geralmente se metem em problemas depois de agir primeiro e pensar depois.

Isso pode levar ao abuso de substâncias e a comportamentos prejudiciais, pois buscam a aprovação das pessoas ao seu redor.

Procuram evitar decepções e abandono. Assim, quando sentem alguma ameaça de abandono ou de perda elas tornam-se irritáveis e sombrias.

Outra característica importante é que elas são potencialmente suicidas.

Borderline Autodestrutivo

Estes se envolvem em comportamentos autodestrutivos. Às vezes eles podem ou não estar cientes de sua natureza destrutiva.

Geralmente são amargos, detestáveis e mal-humorados. Eles não têm senso de si e têm medo de ser abandonados.

Podem ter comportamentos masoquistas ou depressivos e sua raiva é autopunitiva.

É possível que ele se envolva em comportamentos de risco, como direção imprudente e atos sexuais degradantes. Também são potencialmente suicidas.

Borderline Desencorajado

A pessoa exibe comportamento pegajoso e codependente. Tende a seguir um grupo, embora pareça desanimada ou abatida.

Estes pacientes geralmente transbordam decepção e raiva, direcionando-as para aqueles que os rodeiam.

Esses indivíduos são mais propensos ao suicídio e a comportamentos de automutilação. Buscam aprovação, mas também tendem a evitar as pessoas. Sentem-se indignos, podendo ter uma tendência à depressão.

Mitos sobre o transtorno borderline

Mito: a síndrome de borderline não existe.
Realidade: O transtorno de personalidade limítrofe é um padrão de comportamento e de sintomas que podem sim ser reconhecidos por profissionais de saúde treinados e experientes.

Mito: as pessoas com diagnóstico de TPB têm transtorno de estresse pós-traumático (TEPT).
Realidade: TPB e TEPT são coisas distintas. Eles são diagnosticados de diferentes maneiras e têm diferentes tratamentos. Algumas pessoas com TPB também podem ter TEPT, mas a maioria não tem.

Mito: uma pessoa com transtorno de personailidade borderline não deve ser informada do seu diagnóstico.
Realidade: Ser diagnosticada corretamente ajuda a pessoa a encontrar o tratamento certo. Saber que sofre da síndrome de borderline também pode ajudá-la a entender suas experiências.
A maioria das pessoas com TPB fica aliviada ao saber que elas sofrem de um problema de saúde mental conhecido, pois assim poderão tratá-lo.
No passado, alguns médicos acreditavam que não era útil dizer a alguém que ele tinha o transtorno borderline, mantendo o diagnóstico em segredo.
Eles costumavam fazer isso porque achavam que assim protegeriam seus pacientes de atitudes negativas na comunidade e dentro do sistema de saúde mental.
Hoje, os especialistas do TPB acreditam que não contar o diagnóstico a um borderline é uma forma de discriminação. Afinal, atualmente esperamos informações honestas e precisas de nossos profissionais da saúde.

Mito: o TPB é sempre causado por abuso infantil.
Realidade: As pessoas podem desenvolver o transtorno de personalidade limítrofe mesmo que não tenham sofrido abuso ou qualquer outro trauma infantil.
Os profissionais de saúde não devem assumir que todos com TPB experimentaram esse tipo de trauma.
Muitas pessoas com a síndrome de borderline relatam dificuldades em sua criação, o que pode incluir não sentirem-se importante para os outros, negligência, abuso físico ou abuso sexual.
Porém, há também quem teve experiências ruins durante a infância e que não desenvolveu o transtorno de personalidade limítrofe.
No passado, pesquisadores e médicos se concentraram em algum trauma como causa do transtorno borderline, mas pesquisas mais recentes mostram que o TPB tem múltiplas causas e nem sempre inclui um trauma.
Por exemplo, fatores genéticos podem tornar uma pessoa extremamente sensível emocionalmente.

Mito: não há tratamento para a síndrome de borderline.
Realidade: ela pode ser tratada de forma eficaz com tratamentos psicológicos, incluindo alguns tratamentos que foram desenvolvidos especialmente para ela.

Mito: O único tratamento eficaz para o TPB é o tratamento psicológico a muito longo prazo (psicoterapia).
Realidade: Pesquisas atualizadas mostram que tratamentos bem estruturados e mais curtos podem ser efetivos para muitas pessoas.

Como é feito o diagnóstico da síndrome de borderline?

Diagnosticar um transtorno mental não é tarefa fácil. Quando se trata do transtorno borderline, o diagnóstico é ainda mais difícil. Um dos obstáculos é o fato de não existir um teste para a síndrome de borderline.

Assim, somente um profissional de saúde (médico ou psicólogo), depois de conversar muito com a pessoa e conhecê-la, pode diagnosticá-la.

Se alguém tiver sinais da síndrome de borderline, é fundamental que seu médico ou psicólogo pergunte cuidadosamente sobre sua vida, sobre suas experiências e sintomas antes de fazer o diagnóstico.

Alguns dos sintomas do transtorno de personalidade limítrofe são semelhantes aos de outras doenças, como os da depressão ou do transtorno bipolar, por exemplo.

Portanto, para ter certeza do diagnóstico, o profissional pode levar mais de uma sessão.

Pessoas diferentes, sintomas diferentes

É importante que você entenda que existem muitas combinações das características desse distúrbio.

Ou seja, uma pessoa com diagnóstico de TPB pode ter sintomas bem diferentes de outras com o mesmo diagnóstico.

Outra coisa que é bom saber: a síndrome de borderline geralmente não é diagnosticada em crianças antes da puberdade.

Vídeos sobre a síndrome de borderline

Separei alguns vídeos para você compreender melhor o TPB. Ler e ouvir outras explicações farão com que você entenda-o melhor.

No vídeo abaixo temos uma reportagem muito interessante que passou no programa Hoje em Dia, da Record.

Vale muito a pena assistir, pois esclarece um pouco mais sobre o assunto. Nela podemos ver o depoimento de uma pessoa que sofria com essa doença.

Programa Hoje em Dia sobre o transtorno borderline.

Neste outro vídeo, a psiquiatra Ana Beatriz Barbosa explica um pouco mais sobre a síndrome de borderline e fala sobre o seu livro, Corações Descontrolados. Uma entrevista muito boa, não vemos o tempo passar e ainda queremos mais. Assista!

Programa Sem Censura sobre o transtorno borderline. Vale a pena assistir!

Obtendo ajuda para o TPB

Quanto mais cedo a pessoa receber ajuda, mais chances ela tem de obter o diagnóstico correto e, assim, realizar um tratamento efetivo que ajude-a a gerenciar seus problemas.

Não pense duas vezes nem adie a busca por um psicólogo ou psiquiatra. Somente eles poderão te ajudar e essa ajuda é muito importante. Não deixe a situação se agravar. Quanto antes procurar um profissional, melhor.

A psicoterapia é o tratamento mais indicado para o transtorno limítrofe

A síndrome de borderline e o autoboicote

Apesar de não fazer parte da lista de sintomas, o auto boicote é comum nas pessoas que sofrem com o TPB. Não raro elas abandonam projetos que estão indo bem, ou que estão prestes a terminar, sem exista um real motivo para isso.

Um borderline pode abandonar a faculdade meses antes de se formar, por exemplo, ou então romper um noivado que tem tudo para dar certo.

E com o tratamento não é diferente! Quando estão seguindo um que está dando sinais de claros de melhora do quadro, acabam largando sem explicações ou motivos.

Esta característica é muito importante de ser levada em conta, pois a maior dificuldade do profissional de saúde é fazer com que o paciente se engaje no tratamento.

Muitas vezes o psicólogo ou psiquiatra chegam até a ir atrás do paciente. Ou então pedem ajuda da família para trazê-los de volta, mas nem sempre tem sucesso.

Também não é incomum que o profissional desista depois de inúmeras tentativas, pois o paciente é extremamente agressivo, costuma faltar às consultas ou desmarcar em cima da hora.

Tratamento

A melhor forma de tratar a síndrome de borderline é a psicoterapia. Este tipo de tratamento geralmente envolve falar com um profissional de saúde individualmente ou, em alguns casos, frequentar grupos especiais.

Medicações não são recomendadas como o principal tratamento da pessoa para a síndrome de borderline. Perceba que isso não quer dizer que não podem ser usadas, apenas devem ser usadas se forem auxiliares ao tratamento principal.

É importante destacar que a terapia cognitivo-comportamental, o tratamento psicológico mais usado em doenças mentais, aparentemente não tem tanto sucesso nos casos de TPB.

Isso se deve em partes a dificuldades de aderência à terapia e do desenvolvimento de uma relação terapêutica.

Recuperação

Com o tratamento, a maioria das pessoas com o TPB tem diminuição de seus sintomas pelo menos em uma parte do tempo.

Se alguém se recupera, há uma boa chance de que não desenvolva os sintomas novamente. A maioria das pessoas percebem que seus sintomas melhoram dentro de alguns anos após o diagnóstico.

Muitas pessoas conseguem manter uma boa vida social e profissional. Porém, algumas pessoas continuam tendo problemas com o trabalho e com a vida social, mesmo que seus sintomas tenham diminuído.

Considerações finais

Se você tem alguns dos sintomas descritos acima deve procurar ajuda de um profissional. Lembre que o tratamento é diferente para cada pessoa, portanto, nada de basear-se em experiências alheias.

É muito importante saber que o autodiagnostico nunca é aconselhável e pode ser muito perigoso, dado que existem diversos transtornos mentais com sintomas parecidos.

Somente um profissional da saúde saberá te ajudar a encontrar o caminho certo para o tratamento, se for o caso.

Não esqueça de deixar seu comentário no fim da página, contando suas experiências com a síndrome de borderline!

Fontes

Depressão Infantil Existe e a Birra Pode Ser um Sinal! Entenda

A depressão infantil muitas vezes demora a ser diagnosticada pelas características um pouco diversas da depressão em um adulto. Você sabia que em crianças a tristeza não é o principal sintoma de depressão? Você conhece os comportamentos das crianças que podem ser indícios de depressão? E sabe o que deve ser feito para preveni-la? A resposta a estas perguntas você encontrará aqui, neste artigo.

A depressão é uma doença grave e, se não for tratada corretamente, pode levar a resultados trágicos. Crianças com depressão chegam sim a tentar o suicídio, isto não é exclusividade dos adultos! Muitas vezes, por não saber o que é a depressão, esta doença acaba sendo negligenciada, o que pode levar ao agravamento do quadro. Informe-se, é importante!

Se você tem criança em casa, você precisa conhecer os sintomas da depressão na infância. Para entender mais sobre isto, leia este artigo até o fim!

Depressão e tristeza

Vamos começar falando sobre um mito que atrapalha tanto adultos como crianças com depressão. É importante acabar com ele para que você não fique preso a estereótipos que podem comprometer o diagnóstico ou mesmo a recuperação.

Entre no jogo no aviator pin up casino e voe alto rumo aos ganhos.

Diga-me, quando você ouve falar em depressão, qual é a primeira coisa que vem à sua cabeça? Tristeza, não é mesmo? Mas nem sempre este é um sintoma que se manifesta de uma forma aparente. Algumas vezes simplesmente não se manifesta ou não é perceptível, pelo menos ao olhar dos outros.

Adultos algumas vezes escondem a tristeza

Para os adultos com depressão é comum sentir tristeza, mas muitos a escondem por medo do preconceito. Ou então por não querer preocupar as pessoas mais próximas. Muitos fazem um esforço enorme para parecer bem, mas por dentro estão sentindo-se destruídos. Isto só faz com que o quadro piore.

Para saber mais sobre isto, leia o artigo sobre os principais sintomas de depressão aqui mesmo, neste blog.

A tristeza não é um sintoma comum em crianças

Já para as crianças, a tristeza é um sintoma incomum. As crianças ainda não sabem expressar bem o que sentem e nem tem ideia de que estão deprimidas. Aliás, nem sabem o que é isso!

A depressão é vista pelas crianças como algo natural. Elas pensam que é algo que faz parte da sua personalidade, que elas são assim. Não sabem que estão doentes e muito menos que esta doença tem cura.

Este é um dos motivos pelos quais você precisa conhecer os principais sintomas da depressão infantil. Você não irá saber se uma criança está depressiva se associar a depressão à tristeza. É preciso ficar atento a outros comportamentos da criança para detectar sinais desta doença, como você verá abaixo.

Principais causas da depressão na infância

As causas do transtorno depressivo maior (outro nome para depressão) em crianças ainda não são conhecidas em detalhes. Sabe-se apenas que vários fatores podem desencadeá-la. Entre eles a genética é um dos fatores que pode tornar a criança mais suscetível a desenvolver a depressão.

Prováveis causas

Algumas das prováveis causas são as mesmas dos adultos: estresse intenso (gerado pela mudança de escola ou endereço, por exemplo), luto, perdas, dificuldade de adaptar-se a novas circunstâncias ou mesmo a separação dos pais. Lembre-se que as crianças não tem experiência de vida, então algumas situações que não tem tanta importância para os adultos podem ser terríveis para elas.

Porém, como já foi mencionado, a genética é o principal elemento responsável por desencadear o quadro depressivo na maioria dos casos. Desta forma, crianças com pais ou parentes próximos que são depressivos tem um risco maior de desenvolver esta doença.

Vida moderna é um fator de risco

Outro motivo que pode levar uma criança a ter depressão é a vida moderna. A evolução das tecnologias, por exemplo, tornam os vínculos interpessoais mais frágeis. Muitas vezes levam a um afastamento dos pais, isolando-os no mundo virtual.

Hoje em dia é comum os pais ficarem entretidos com o celular ou tablet ao invés de dar atenção para a criança. E para elas se acalmarem, muitas vezes dão para elas alguns destes aparelhos como forma de distração.

Há também os pais que tem dificuldade em lidar com os filhos, que sentem-se, algumas vezes, desprezados.

Pais muito atarefados

Pais que tem profissões de grande responsabilidade podem não ter muito contato com a criança, por falta de tempo. Isto acaba impedindo que haja um elo afetivo positivo.

Maus tratos

Não podemos deixar de citar os maus tratos por parte da família como causa da depressão infantil . Tratar a criança como filho indesejado ou então a criança ser filha de alcoólatra também podem ser gatilhos para a depressão.

Sintomas da depressão infantil

Como já foi dito, as crianças tem dificuldade para saber que estão doentes e para expressar seus sentimentos. São os pais que devem ficar atentos a alguns sinais que podem ser indícios de depressão nas crianças. Perceba que alguns destes sinais muitas vezes são atribuídos a outras causas (como preguiça, por exemplo).

Os principais sintomas que os pais devem observar são:

  • Diminuição do desempenho escolar.
  • Alteração do sono: insônia ou sonolência fora do normal
  • Anedonia (pouca predisposição a se divertir)
  • Afeto deprimido
  • Alteração do padrão alimentar: falta ou excesso de apetite
  • Choro
  • Fadiga excessiva, sensação de falta de energia
  • Queixas de dores físicas
  • Dificuldade de concentração ou de raciocínio
  • Ideias de culpa ou de menosvalia (sentimento de que não é importante)
  • Irritabilidade, agressividade
  • Humor depressivo
  • Perda de interesse ou incapacidade de sentir prazer na maioria das atividades
  • Tronco arqueado
  • Pensamentos de morte ou tragédias
  • Pessimismo
  • Ideias e atos suicidas
  • Isolamento, problemas de socialização
  • Dificuldade de se afastar da mãe

É importante saber que os sintomas devem ter aparecido há pelo menos um mês para que possam ser considerados sinais de depressão.

Note que estes sintomas são somente indícios, somente um médico ou psicólogo poderão diagnosticar corretamente. Portanto, se você observou que e a criança apresenta alguns destes sinais, marque logo uma consulta com um profissional da saúde.

Nunca deixe para depois ou menospreze os sintomas! Se for mesmo depressão, quanto antes tratar, mais chance de cura a criança terá, além de prevenir que o quadro piore.

Prevenção

Não existe uma fórmula mágica para prevenir a depressão na infância. Nem mesmo há alguma forma de modificar os fatores genéticos.

Porém, alguns cuidados e atitudes podem ajudar bastante no sentido de diminuir a possibilidade da criança desenvolver esta doença. Vou citar os principais para que você tenha uma ideia do que pode ser feito:

Escute seu filho

Muitas vezes estamos atarefados ou presos na rotina do dia-a-dia e acabamos esquecendo da importância dos filhos. Mostre à criança que as preocupações dela são importantes para você.

Não diga coisas como “isto é sua culpa”, “isto é besteira” ou “isso não é nada”. Comentários assim podem levá-las a crer que são inúteis ou sentirem-se culpadas.

Se não for uma hora apropriada para conversar, diga que conversará em outro momento, como depois do jantar ou na volta da escola. E cumpra a promessa!

Repare e elogie as coisas boas que seu filho faz

Isto ajuda no bem-estar emocional dele. Sabemos que as crianças tem que ter limites, mas a forma como fala muda muito. E se ele fizer algo positivo elogie a ação que ele fez. Mostre que você ficou feliz com a atitude.

Reduza as brigas em casa

Brigas fazem com que aumente o risco de depressão nas crianças. Elas sentem medo, raiva ou tristeza e, por resguardar estes sentimentos, pode desenvolver um quadro depressivo.

Ensine a seu filho como reagir em caso de “bullying” (assédio moral)

Mostre a ele que você está à disposição para ele pedir conselhos. Conte a ele que se algo de ruim acontecer ele tem o direito de contar a alguém. Deixe claro e faça com que a criança sinta que pode confiar em você. E quando a criança contar algo, não transfira para ela a culpa do que aconteceu nem diga coisas que a façam sentir-se pior, como “também, você é boba” ou “você que causou isso”.

Esteja sempre presente

Estar presente não é somente estar próximo fisicamente. É criar laços que mostrem ao seu filho que ele pode sempre contar com você. Ajudar na lição de casa, pedir ajuda no preparo do almoço e passar algum tempo com a criança são exemplos de como fazer isto.

Lembre-se que crianças não tem maturidade para entender as dificuldades da vida adulta. Elas não vão compreender o porquê de você estar ocupado e porque não está disponível para elas. Porém irão sentir muito se você não tiver tempo para elas.

Não deixe a criança em situação de risco de abuso

O abuso físico, emocional ou sexual leva uma criança à depressão em curtíssimo tempo. Nunca deixe a criança em situações em que ela possa sofrer algum tipo de abuso. Se você descobrir que ela é vítima de algo assim, tire-a imediatamente do cenário onde acontece isto.

Atividades coletivas

Dança, esporte, teatro ou  qualquer atividade que faça com que a criança seja mais extrovertida e tenha mais facilidade em fazer amigos ajudam muito na prevenção da depressão infantil.

Certamente existem diversas outras formas de diminuir o risco de depressão na infância. Citei estas apenas como um norteador para a sua maneira de educar e tratar seus filhos.

Resumidamente, podemos dizer que deve-se sempre dar importância ao filho e às coisas que são importantes para ele. Devemos protegê-lo e ensiná-lo a se proteger. E o principal: devemos nos fazer presentes e participar de suas vidas.

Tratamento

O tratamento da depressão infantil envolve uma série de abordagens, em diversos níveis.

Entre as estratégias que podem ser utilizadas, temos as seguintes:

  • Psioterapia ou psicanálise – comportamental ou dinâmica
  • Psicoeducação – orientação da escola e da família sobre como ajudar a criança e sobre a situação
  • Tratamento medicamentoso – dependendo da gravidade e do impacto do quadro depressivo.

É importante destacar que não é recomendado o uso de antidepressivos por crianças com menos de 7 anos de idade. Obviamente isso é algo que o médico decide caso a caso, mas é bom saber como referência.

Antidepressivos, se forem utilizados, devem ter o acompanhamento de um psicólogo da criança ou de um psiquiatra infantil. Desta forma a criança terá mais chance de se curar da depressão.

Vídeo sobre a depressão infantil

No vídeo abaixo o psiquiatra fala da depressão em crianças de uma forma simples e direta. Assista, vai ajudá-lo a entender melhor e você vai gostar!

Considerações finais

Os pais devem ficar sempre atentos às crianças. Birras, notas baixas na escola e falta de concentração podem ser sinais de depressão na infância. Mas atenção, nem sempre estes sinais são necessariamente problema de depressão, somente um profissional pode identificar. Caso a criança esteja birrenta, indico a leitura de um artigo sobre métodos para acabar com a birra infantil, também ajudará bastante.

Chamar a criança de preguiçosa ou compará-la aos coleguinhas afirmando, mesmo que indiretamente, que eles são melhores que ela só contribuirá para agravar o quadro depressivo.

Assim que perceber que os sintomas estão se manifestando, não tarde em procurar um médico ou psicólogo. Se estiver com dúvidas a respeito dos sintomas ou se não souber se a criança apresenta ou não os sinais de depressão, procure um médico ou psicólogo também. Somente um profissional da saúde poderá orientar da melhor forma.

Não tenha preconceito contra  a depressão. Nada de dizer que “meu filho não precisa de psicólogo ou psiquiatra” ou achar que é vergonhoso o filho precisar de um tratamento assim. Isto só contribuirá para agravar o quadro depressivo e diminuir a chance de cura, principalmente se demorar demais. A depressão é uma doença como qualquer outra e não escolhe suas vítimas.

Este artigo foi escrito para ajudar a esclarecer e divulgar um problema que pode ser desconhecido de muitos pais. Quanto mais divulgado este artigo for, mais crianças poderão ter a chance de viver uma vida normal, longe desta doença.

Ajude você também compartilhando este artigo!

Fontes:

http://www.minhavida.com.br/familia/materias/20617-depressao-infantil-como-identificar-os-sintomas-e-tratar-o-problema-em-criancas

http://www.pediatriaemfoco.com.br/posts.php?cod=60&cat=5

http://www.escoladainteligencia.com.br/depressao-infantil-causas-e-sintomas/

http://formacao.cancaonova.com/cura-interior-2/depressao-infantil-conheca-as-principais-causas/

http://www.fiocruz.br/biosseguranca/Bis/infantil/deprssao-infantil.htm

http://pt.wikihow.com/Prevenir-a-Depress%C3%A3o-Infantil

http://abp.org.br/portal/clippingsis/exibClipping/?clipping=7109

https://www.tuasaude.com/depressao-infantil/

Síndrome de Burnout, Saiba O Que Ela É E Como Evitá-la!

A Síndrome de Burnout é um mal cada vez mais comum, mas muitos não sabem o que é. Os que tem alguma ideia acham que não são potenciais vítimas desta síndrome que pode, inclusive, te incapacitar para o trabalho.

Você se dedica muito ao trabalho e nem pensa em tirar férias ou, quando tira, não vê a hora de voltar? Se orgulha ao dizer que trabalha também em casa e nos fins de semana? Sai cedo de casa e volta tarde, faz horas extras com frequência? Já disse “meu nome é trabalho” ou algo assim? Saiba que você pode estar a caminho  de desenvolver esta doença terrível!

Você precisa saber como evitá-la e o que fazer caso já esteja sofrendo com ela. Leia este artigo até o fim e entenderá um pouco mais sobre esta doença que pode ser um dos seus piores inimigos.

Escrevi este artigo para você que está entre os profissionais suscetíveis a sofrer deste problema ou para você que conhece alguém assim. Afinal, o assunto é bem sério e você precisa conhecê-lo bem! A síndrome de burnout, ou síndrome do esgotamento profissional, pode estar mais perto do que você imagina. E o mais grave: muitas vezes a vítima só percebe depois que já está em estágio avançado.

Ao chegar no fim deste artigo você saberá mais sobre esta síndrome, como identificá-la e evitá-la. Se você for o líder de uma equipe, poderá ajudar os seus liderados a evitarem as situações de risco. Não só pela consequente diminuição da produtividade, obviamente, mas principalmente pelo bem-estar dos seus colaboradores.

Descobrindo a Síndrome de Burnout

Eu estava pesquisando sobre depressão quando cheguei pela primeira vez em um artigo sobre a síndrome de burnout. Já tinha ouvido algumas coisas sobre este assunto, mas não sabia qual era o nome deste mal e nem sabia exatamente o que era. Na verdade eu nem imaginava que isso tinha um nome. Afinal, é comum ouvir as pessoas contarem que fulano teve um problema causado pelo grande estresse no trabalho. O que eu não sabia é que estas pessoas não passaram apenas por muito estresse, elas tiveram algo muito pior.

Somente em 2016, lendo o artigo que mencionei, que descobri a síndrome do esgotamento profissional e entendi o que tinha acontecido com aquelas pessoas. No entanto o artigo explicava superficialmente, como a maioria dos artigos da internet. Com a curiosidade despertada, comecei a pesquisar para saber mais e mais sobre este problema que pode vitimar qualquer profissional.

Depois de ler muito sobre isto, chegou uma hora que me dei conta que não bastava eu saber. Eu precisava passar adiante o pouco que descobri. Poderia ajudar muitas pessoas a se prevenirem contra este mal. Foi quando decidi escrever este artigo que você está lendo agora. Leia para saber se você não pode ser uma das vítimas!

Mas afinal, a Síndrome de Burnout é uma Doença?

Este tópico é relevante porque há algumas controvérsias a respeito. Mas prometo ser breve para não fugir muito do assunto principal e também para não correr o risco de chateá-lo com informações que talvez não te interessem muito. Mas acredite, é importante saber!

Diz a advogada Carla Pontes, especialista em Direito Civil,  em seu artigo “Síndrome de Burnout: uma doença relacionada ao trabalho“: “Sim. Ela está inserida no capítulo XXI da categoria que se refere aos problemas relacionados com a organização de seu modo de vida (Z73), descrita na Classificação Internacional de Doenças (CID10), versão 2010, pelo código Z73.0 Burn-out (estado de exaustão vital)”. Para saber mais leia o artigo completo no portal JusBrasil ou leia o original no site da advogada.

Alguns afirmam que a Síndrome do Esgotamento Profissional não é uma doença, talvez por desconhecimento destas leis. Porém a síndrome consta na lista de doenças relacionadas ao trabalho do Ministério da Saúde como Sensação de Estar Acabado (“Síndrome de Burn-Out”, “Síndrome do Esgotamento Profissional“) (Z73.0).  Você pode encontrar esta lista no site do Ministério da Saúde.

Breve Histórico da Síndrome de Burnout

A Síndrome de Burnout, também chamada de estafa profissional, que muitas vezes é confundida com a depressão, é um transtorno psiquiátrico muito mais comum do que imaginamos. O termo burnout, traduzindo do inglês, é algo como queima total algo que foi totalmente consumido pelo fogo. Para um melhor entendimento da ideia, imagine ma lâmpada queimada ou um palito de fósforo usado. Já foram úteis, mas agora não servem para mais nada, tornaram-se inúteis (pelo menos para o fim para o qual foram feitos).

A síndrome foi descrita pela primeira vez em 1974 pelo psicólogo Herbert Freudenberger. Foi somente nos anos 80 que a pesquisadora americana Christina Maslach batizou-a com este nome. Esta pesquisadora foi quem definiu o burnout como uma doença profissional.

A síndrome só se tornou popular nos anos 90, nos Estados Unidos. No Brasil muita gente não a conhece, apesar de cerca de 30% dos profissionais sofrerem com a Síndrome do Esgotamento Profissional, segundo pesquisa realizada pela International Stress Management Associatio’n no Brasil (ISMA-BR). Pouco se ouve falar fora das publicações especializadas. Campanhas de conscientização e prevenção poderiam diminuir bastante estes números, mas não é comum elas acontecerem. O que podemos fazer então é divulgar esta doença profissional para os amigos e conhecidos. Quem sabe assim consigamos evitar que a Síndrome de do esgotamento profissional continue fazendo tantas vítimas.

Principais Sintomas da Síndrome de Burnout

A grande dificuldade em diagnosticar a síndrome do esgotamento profissional está na longa lista de sintomas que podem ser desencadeados. Já foram descritos mais de 130 sintomas diferentes. Como cada indivíduo reage de uma forma distinta dos demais, os sintomas variam de uma pessoa para outra. Porém podemos citar os mais comuns, conheça-os:

  • Cinismo
  • Sentimento de desesperança ou de desânimo
  • Isolamento
  • Sentimento de traição por parte da empresa, dos colegas ou do chefe
  • Negligência das necessidades pessoais (não dormir ou não comer, por exemplo)
  • Cansaço excessivo (sente-se muito cansado mesmo nas primeiras horas do dia)
  • Dificuldade em realizar tarefas que anteriormente executava sem problema algum
  • Incapacidade de concentração
  • Falta de memória
  • Insônia
  • Agitação
  • Aumento do consumo de cigarros ou álcool
  • Comportamento anti-social – não quer estar com ninguém (nem família ou amigos), pois acredita que ninguém o entende
  • Reações agressivas ou exageradas
  • Sintomas físicos frequentes (enxaquecas, problemas digestivos, um resfriado que não passa, tonturas, tremores, fortes dores de cabeça, muita falta de ar)

Se você identificou que tem alguns destes sintomas, fique alerta!

As 12 Fases da Síndrome de Burnout

Você fica até tarde no trabalho com frequência? Quando chega em casa não desliga do serviço? Você pode estar trilhando o caminho que culminará na estafa profissional. Preste atenção às fases da síndrome do esgotamento profissional e, caso perceba que já está em uma delas, faça algo urgentemente. Mude seu comportamento antes que seja tarde e procure ajuda médica e psicológica. Leia cada uma com atenção!

1. Necessidade de se afirmar (ou querer mostrar que é capaz)

Querer provar aos colegas e ao chefe que você pode fazer tudo e melhor. Normalmente são os ambiciosos e perfeccionistas que tem esta característica (são eles os mais sujeitos à doença).

2. Intensificação da dedicação (“meu nome é trabalho!”)

Esta é uma consequência da fase anterior. A pessoa quer fazer tudo sozinha e a qualquer hora. Ela acha que tudo tem que ser feito o quanto antes (imediatismo). O ofício é levado ao extremo e torná-se sua principal atividade. Ela acredita que assim será insubstituível.

3. Negligência das necessidades pessoais

Como dedica-se muito ao trabalho, acaba deixando de lado as necessidades pessoais como sono e alimentação. Então sair com amigos, passar tempo com a família ou fazer atividades de lazer ficam em segundo plano. Para a pessoa, o trabalho é mais importante que tudo.

4. Recalque dos conflitos

Acontece quando percebe que algo não está indo bem, mas não sabe ou ignora a origem disso. A pessoa evita falar sobre o assunto e não tenta enfrentar o problema. Nesta fase começam a ocorrer as manifestações físicas (fortes dores de cabeça e problemas digestivos, por exemplo).

5. Mudança de valores

Ocorre o isolamento do trabalhador, que ignora todo o resto que não seja seu serviço (família, amigos, casa, lazer). Ele evita conflitos. Neste ponto, sua única fonte de auto-estima é o trabalho, que passa a ser a sua única medida a auto-estima.

6. Negação de problemas e intolerância

O indivíduo considera que todos os outros são incapazes e desvaloriza-os completamente. Ele acredita que o seu excesso de trabalho é a causa dos problemas quando, muitas vezes, ele é quem os cria. Acaba por torna-se intolerante e coloca sempre a culpa de tudo nos outros. Quando chega nesta fase os sinais mais evidentes são a agressão e o cinismo.

7. Recolhimento e anti-socialização

Evita o contato social e isola-se. Passa a ter aversão a reuniões. Muitas vezes, nesta fase estão sem um norte, desesperançados e podem buscar alívio no álcool e nas drogas.

8. Mudanças evidentes de comportamento

Familiares, amigos e colegas percebem a evidente mudança de comportamento. Manter uma boa relação torna-se difícil pela falta de humor e dificuldade em aceitar brincadeiras.

9. Despersonalização

A pessoa se negligencia tanto a ponto de transformar o trabalho na coisa mais importante de sua vida. Ela perde a noção de si, tornando-se uma máquina que executa sua função, um verdadeiro robô. Ela evita diálogos, preferindo comunicar-se por e-mail, Whatsapp ou outros meios como estes, onde o contato pessoal não existe.

10. Vazio interior

O indivíduo sente uma sensação de vazio interior e de que tudo é desgastante, difícil e complicado. É comum, nesta fase, buscar atividades que tornam-se compulsivas, como sexo, comida, drogas ou jogos.

11. Depressão

Quando a pessoa chega nesta fase, a vida perde o sentido. Alguns sintomas da depressão já se manifestam, como a exaustão, negligência em relação ao futuro, indiferença e falta de esperança. Este é um ponto de atenção! Aqui a ajuda já se faz mais que urgente!

12. Esgotamento final

Esta fase é a síndrome do esgotamento profissional (a síndrome de burnout), propriamente dita. A pessoa entra em colapso tanto físico como emocional que podem levá-la a episódios de violência e até ao suicídio. A fase final é o ápice de um longo processo. Ao chegar neste ponto é urgente a busca de ajuda médica e psicológica! É de suma importância observar que este é o ápice do problema, que pode ser evitado se diagnosticado a tempo.

Principais Causas

Diversas são as causas que podem levar ao esgotamento profissional. Podemos dizer que as situações mais comuns são aquelas em que o profissional é exposto a práticas como longas jornadas de trabalho, excesso de cobrança ou falta de reconhecimento. Citarei as mais comuns para você descobrir se não acontece com você:

  • Carga excessiva de trabalho, jornadas de trabalho muito longas
  • Trabalhar em uma organização ou equipe desestruturada ou desorganizada
  • Não ter apoio do superior hierárquico ou da organização
  • Trabalhos repetitivos e sem incentivos
  • Objetivos pouco claros por parte da organização ou do chefe
  • Pouco ou nenhum reconhecimento pelo seu trabalho
  • Alto nível de responsabilidade
  • Trabalho onde existe o contato direto com o cliente ou usuário
  • Assédio moral
  • Exigência exagerada na cobrança de metas e produtividade
  • Falta de recursos pessoais ou materiais para atender as demandas
  • Ambiente de trabalho pouco amistoso, com conflitos entre colegas

Profissões de Maior Risco

Alguns profissionais estão mais sujeitos a desenvolver a síndrome do esgotamento profissional. No entanto isto não quer dizer que a doença é uma exclusividade deles, todos podem sofrer com o esgotamento profissional. Geralmente as profissões com mais pessoas que desenvolvem esta doença são aquelas em que há contato direto com o público. O esgotamento profissional em professores da rede pública, por exemplo, é muito comum. Entre as profissões com mais vítimas podemos destacar as seguintes:

  • Professores
  • Profissionais da saúde
  • Jornalistas
  • Advogados
  • Agentes Penitenciários
  • Bombeiros
  • Profissionais de TI
  • Policiais
  • Advogados

Além destes exemplos, outro grupo que é forte candidato a desenvolver esta síndrome: são os worklovers ou workaholics – ou “trabalhadores compulsivos”.

Como prevenir-se

Com certeza você não quer deixar que o trabalho acabe com a sua saúde. Mas o que fazer para não deixar que sua profissão leve a sua saúde a um estado tão crítico? O que fazer para prevenir a estafa profissional?

Se sua profissão é uma das que estão no grupo de maior risco (ou se você é um workaholic) deve ter mais cuidado ainda. Porém, mesmo não se enquadrando nestes casos, é sempre bom tomar algumas medidas para ter uma vida mais saudável e evitar esta doença profissional, além de diversas outras. Entre várias formas de prevenção que podem ser indicadas, podemos citar algumas:

  • Atividades físicas – sem dúvida alguma os exercícios físicos são uma das melhores formas de se preservar a saúde, tanto física como mental. A prática de Pilates ou de caminhada, como exemplo, ajudam a aliviar o estresse acumulado. Exercícios de respiração e relaxamento também são recomendados.
  • Atividades de lazer – Importantíssimo para tirar o foco do trabalho. Reservar um tempo para este tipo de atividade que gera prazer ajuda a desocupar um pouco a nossa mente.
  • Reorganizar o trabalho e respeitar horários – Este é um ponto relevante. Você deve reorganizar sua agenda de forma que não trabalhe em excesso nem coloque o trabalho acima da sua saúde, família e amigos. Tudo deve ter seu espaço. Os horários de trabalho devem ser respeitados, assim como os horários de refeição, de lazer, de descanso, de convívio com a família e amigos. É preciso espairecer. Desta forma o trabalho vai render mais, mas sem desgastar a sua saúde. E, sempre é bom lembrar: não deve levar trabalho para casa!
  • Atividades relaxantes, como dançar, ir ao cinema ou sair com os amigos, por exemplo, ajudam muito;
  • Reforçar os vínculos sociais – a convivência com amigos vai ajudá-lo a se distrair do trabalho. Além disso, os amigos se tornam um tipo de apoio nestas situações.

Caso você já esteja apresentando sinais da síndrome de esgotamento profissional, além destas atividades deve buscar ajuda profissional (um médico e/ou psicólogo). Não acredite que pode sair sozinho desta e quanto mais demorar para buscar um apoio, pior será. Não perca tempo!

Tratamento

O tratamento consiste geralmente no uso de antidepressivos e psicoterapia. O médico lhe indicará o medicamento mais apropriado para o seu caso, dado que cada pessoa reage de uma forma aos medicamentos. A psicoterapia servirá como um apoio fundamental, além de ajudá-lo, entre outras coisas, a mudar os padrões inadequados de comportamento, diminuir a ansiedade, restabelecer o equilíbrio e reduzir alguns sintomas.

Por ser tratar de uma doença profissional, em alguns casos pode ser recomendado o afastamento do trabalho, mesmo que temporariamente.

Algumas vezes o paciente não está em condições de perceber a sua condição e nem de reagir por conta própria. Portanto, ao menor sinal de que possa estar desenvolvendo a síndrome, deve ser pedida a ajuda de um familiar, amigo ou pessoa de confiança. E se você conhece alguém que está caindo neste buraco, tente ajudá-lo o mais breve possível. A busca de um profissional da saúde jamais deve ser descartada, somente ele saberá qual a melhor abordagem para o caso.

Considerações finais

A Doutora Alyne Mendonça, neurologista em Vila Velha, ES, faz o alerta: “a Síndrome de Burnout deve ser levada a sério em todo processo de diagnóstico e todo trabalhador com sintomas de exaustão física e mental deve ser considerado para o tratamento farmacológico e psicológico. Hoje, estudos definem índices de tentativas de suicídio que atingem as cifras assustadoras de 20-30 porcento dentre aqueles profissionais em cargos de risco”.

Devemos ficar muito atentos aos sinais e sintomas desta doença profissional para tratar o quanto antes, caso percebamos que ela está se manifestando. A falta de diagnóstico e tratamento pode levar a resultados desastrosos, incluindo o suicídio. Por este motivo procure um médico ou psicólogo assim que desconfiar que algo está errado. Aliás, somente eles poderão diagnosticar corretamente.

Um ponto importante a se falar: muitas vezes a pessoa que está desenvolvendo esta doença profissional não é levada a sério. Os outros acham que está que ela está com problemas pessoais que afetam o trabalho, quando o que ocorre é justamente o inverso. Isto só ajuda a piorar o quadro. Portanto, cuidado ao fazer “diagnósticos” quando não conhece o caso. Se você não é um profissional da saúde e não conhece a situação por inteiro, não tire conclusões. Ao invés de criticar, procure ajudar.

Lembre-se: esta síndrome não escolhe suas vítimas. Apesar de ter seus alvos preferenciais, qualquer pessoa está sujeita a sofrer deste mal, independente de sexo, idade ou profissão.

Este artigo foi escrito com a intenção de informar e ajudar quem já desenvolveu a síndrome do esgotamento profissional ou está seguindo por este caminho. Gostou dele? Compartilhe com seus amigos, talvez ele possa ser útil para alguém que você nem imagina!

Saiba O Que É O TOC ou Transtorno Obsessivo Compulsivo

O Transtorno Obsessivo Compulsivo(TOC) é um Transtorno de Ansiedade cada vez mais comum na sociedade. Com o aumento do número de casos diagnosticados desse transtorno, é preciso conhecê-lo melhor. Você sabe realmente o que é o TOC? Já viu pessoas se autodiagnosticando como portadores desta doença? Este artigo foi escrito para que você entenda quais os principais sintomas do TOC, saiba se TOC tem cura e qual o tratamento do TOC.

Não deixe de ler o texto até o fim e não deixe de compartilhar, sempre pode ajudar alguém com estas informações!

O Que É Transtorno Obsessivo Compulsivo?

Embora o transtorno de ansiedade conhecido como TOC seja popular, a descrição e até mesmo o diagnóstico se tornou algo leviano nos últimos tempos. Por isso, pretendemos esclarecer o que é Transtorno Obsessivo Compulsivo, a fim de deixar mais claro como efetuar o diagnóstico diante dos principais sintomas e qual o tratamento do TOC.

Primeiramente, o TOC é nomeado como um distúrbio psiquiátrico de ansiedade segundo o “Manual de Diagnóstico e Estatística de Transtornos Mentais DSM.IV”. Ele é caracterizado, principalmente, pela ocorrência de crises recorrentes de obsessões e compulsões. Em alguns casos, esse comportamento se intensifica por compulsões e repetições.

De maneira bem geral, as obsessões e compulsões das pessoas acometidas por esse transtorno costumam se concentrar na área da limpeza, além da obsessão por conferir e contar itens, bem como a sistematização, caráter metódico e simétrico da organização, além do colecionismo. Embora esses sejam os casos mais comuns, as obsessões podem variar ao longo da evolução da doença.

Uma das formas de entender melhor os aspectos gerais do TOC é o entretenimento. Nesse quesito, o filme Melhor é Impossível (As Good as It Gets) é um ótimo exemplo. Durante o longa, o personagem Melvin Udall (Jack Nicholson) é um escritor grosseiro e sarcástico que mora em Nova York e, diante de vários problemas, ainda precisa lidar com seu TOC. O filme é divertido e interessante.

Trailer do filme Melhor é Impossível (As Good as It Gets).

Classificações do TOC

O Transtorno Obsessivo Compulsivo é conhecido de forma muito geral, e sua classificação ainda não é muito difundida. A rigor, existem dois tipos de classificações do TOC:

Transtorno Obsessivo Compulsivo Subclínico

Segundo o doutor Dráuzio Varela, esse tipo de TOC é caracterizado pela frequente repetição de rituais e obsessões próprias do portador do transtorno. Porém, nesse caso, tais compulsões não chegam a atrapalhar a vida pessoal da pessoa, sendo algo, por enquanto, restrito a detalhes e atividades mais simples da vida, como organizar algo simetricamente ou ter compulsão por limpeza – ao limpar a mão depois de encostar-se a uma maçaneta, por exemplo.

Uma das características do TOC é a compulsão por organização simétrica

Transtorno Obsessivo Compulsivo Propriamente Dito

Nesse caso, as compulsões e obsessões do indivíduo afetado pelo TOC afetam sua vida pessoal, considerando que os pensamentos em torno de uma compulsão só são aliviados caso haja o exercício do ritual. Quando o TOC se caracteriza como Compulsivo Propriamente Dito, é mais frequente no indivíduo a invasão da mente por imagens e pensamentos insistentes, que se repetem a todo o momento, sempre focadas no mesmo acontecimento, além da incapacidade da pessoa de controlá-los ou esquecê-los. A forma de aliviar a ansiedade e compulsão provocada pelas repetições do momento é por meio dos rituais que permitam a organização e controle do que quer que seja segundo o entendimento do indivíduo do que é correto.

Segundo a regra geral, a maioria das pessoas que sofre com essas compulsões percebe a irracionalidade e exagero criado por sua mente, mas, como não conseguem se livrar das obsessões, elas acabam cedendo aos rituais. Justamente por ter noção da falta de senso, muitos tentam esconder de alguma forma esses ritos, disfarçando-os.

Mesmo que a interferência na vida pessoal seja algo mais marcante na segunda classificação do TOC, a primeira classificação do TOC também se manifesta em rituais que também podem tomar bastante tempo do dia dos indivíduos afetados. Isso acontece em ambos os casos de TOC.

Sintomas do TOC

A atenção sintomática de deixar tudo perfeito também é característica do TOC

Os sintomas do TOC são bem diversos. Por causa disso, há uma popularização e conseqüente equívoco quanto ao que se deve classificar como TOC ou não. Devido a isso, é importante discernir entre pessoas com características metódicas – o que as leva a realizar vários rituais, mas não necessariamente ligados a compulsões características do Transtorno Obsessivo Compulsivo – e entre pessoas que se deixam controlar pelas obsessões e realizam rituais por questões de necessidade, pois acreditam que algo horrível acontecerá caso elas não executem essas obsessões.

Portanto, embora um dos principais sintomas do Transtorno Obsessivo Compulsivo seja a realização de rituais compulsivos, a doença é diagnosticada a partir das motivações dessas realizações. Elas são baseadas, como constatamos a partir da visão do doutor Dráuzio Varela por pensamentos obsessivos, como uma forma de aliviar a ansiedade provocada pela compulsão de organizar ou realizar algo da maneira que se considera correto.

Além disso, é provável que as pessoas diagnosticadas com Transtorno Obsessivo Compulsivo também contenham outros transtornos de ansiedade ou fobia social, como Síndrome do Pânico, Transtorno de Ansiedade e mesmo depressão. Por isso, consultar uma opinião médica é essencial nesse processo.

Tratamento do Transtorno Obsessivo Compulsivo

Ainda que sejam muitas as dificuldades enfrentadas pelos indivíduos diagnosticados com esse transtorno, o TOC tem cura, sim. O tratamento do TOC pode ser medicamentoso e não medicamentoso. O de tipo medicamentoso utiliza antidepressivos inibidores da recaptação da serotonina.

Por outro lado, o não medicamentoso se concentra em controlar a ansiedade gerada pela compulsão a partir do seu próprio estímulo, começando pelas obsessões mais brandas. Embora não seja tão considerado quanto o medicamentoso, essa terapia cognitiva comportamental comprovou eficácia sobre a doença.

Depois de toda essa abordagem sobre o Transtorno Obsessivo Compulsivo, o mais importante a se reter é que o TOC tem cura. Há certa quantidade de tratamentos, e cada um deles deve ser discutido com o médico em questão, desde um clínico geral e um psicólogo até um neurologista e psiquiatra. Em casos infantis, um pediatra também deve ser consultado.

Fique atento aos sintomas do TOC e procure identificar as motivações dos rituais do indivíduo. Se eles tiverem fundamento em compulsões incontroláveis, é aconselhável procurar um médico.
Esperamos que nossas informações tenham sido válidas. Comente o que achou de cada uma delas continue conferindo nossos artigos.

 

Fontes

https://drauziovarella.com.br/
http://www.ufrgs.br/ufrgs/inicial
http://www.minhavida.com.br

Ansiedade, Saiba O Que É E Conheça Seus Sintomas

A ansiedade tem afetado milhões de pessoas no mundo. Nas últimas décadas, esse problema ganhou maior visibilidade na mídia e internet por ser diagnosticado cada vez mais. Mas o que é ansiedade, de fato? Como controlar a ansiedade e qual o tratamento? Entenda tudo isso através de nosso post.

O que é a ansiedade?

Embora ao longo do tempo o termo ansiedade tenha ganhado conotação similar a um transtorno, é importante lembrar que, na verdade, a ansiedade é uma emoção relativamente normal ao ser humano. Em situações de estresse, nervoso ou mesmo medo, o sistema nervoso libera uma série de hormônios que, por sua vez, provocam reações fisiológicas que caracterizam essa aflição: suor, calor excessivo, tontura, entre outros sintomas. Esses sentimentos são acompanhados pela percepção de estar em perigo, estar ameaçado ou mesmo vulnerável em relação a um ambiente ou pessoas. Mas como uma emoção humana normal se transforma em um sério transtorno?

Representação de como se sente alguém que sofre de ansiedade

Quando todas essas reações fisiológicas citadas se manifestam de forma excessiva no indivíduo, isso causa um sofrimento físico e emocional, o que caracteriza o Transtorno de Ansiedade como uma síndrome propriamente dita, sem contar a dificuldade na realização de funções ocupacionais, como no caso de algum trabalho, relacionamentos sociais e mesmo atividades cotidianas.

Portanto, quando pensarmos sobre o que é ansiedade, é importante sempre discernir entre a emoção normal e o prejuízo que os sintomas, em intensidade excessiva, podem causar a alguém. Em se tratando da ansiedade como um transtorno, há várias classificações. A partir de agora, saberemos melhor sobre cada uma delas:

Tipos de ansiedade

Quando falamos de Transtornos de Ansiedade, devemos ter em mente que vários problemas estão incluídos nessa definição. Embora nem todos que possuem esse transtorno sofram de todos os problemas incluídos na descrição, também é muito provável a pessoa sofrer com mais de um desses problemas. Veja só:

1. Ansiedade generalizada

Esse problema é caracterizado pela preocupação excessiva do indivíduo com a resolução de todo tipo de situação, mesmo quando estas fogem totalmente de seu controle. Depois de 3 a 4 meses com esse tipo de obsessão, é aconselhável procurar um médico para analisar o estado psicológico e tentar controlar a ansiedade.

2. Ansiedade social

A ansiedade pode culminar em uma espécie de fobia social, caracterizada pelo temor da interação social. As pessoas que sofrem de ansiedade social se sentem mal e desconfortadas diante de outras, sendo elas estranhas ou familiares e, embora isso possa ser tratado de forma natural para a maioria, para outros é algo muito sério.

3. Síndrome do pânico

Sendo uma dos mais populares Transtornos de Ansiedade, a Síndrome do pânico é caracterizada por crises inesperadas de desespero, medo intenso de que algo aconteça e sentimento de perigo iminente a todo o momento. Ao constatar a permanência de medo agudo, recorrente e inesperado, é necessário consultar um médico.

4. Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC)

Já o Transtorno Obsessivo Compulsivo, mais conhecido pela sigla TOC, é conhecido popularmente pelo indivíduo tornar-se fixado em ideias e rituais compulsivos, bem como obsessões de imagens perfeitas que chegam a mente da pessoa.

5. Transtorno de Estresse Pós-Traumático

Esse outro distúrbio de ansiedade é caracterizado por diversos sinais e sintomas físicos, psíquicos e emocionais em decorrência do indivíduo ter experimentado situações traumáticas de forma geral. A recordação do momento gera uma proporção de ansiedade alarmante, que, por sua vez, leva a dor e sofrimento. É essencial consultar um médico especialista e iniciar um tratamento o quanto antes o diagnóstico for feito.

Existem diversos outros distúrbios de ansiedade, causados por fatores e situações variadas. É necessário ficar atento aos sintomas, que serão abordados mais especificamente em nosso próximo artigo.

Para conhecer mais a fundo cada um desses tipos de ansiedade, você pode acessar este link.

Depois disso, veja as informações que separamos para ajudá-lo a saber como controlar a ansiedade e conheça melhor os tipos de tratamentos para ansiedade.

Como controlar a ansiedade

Quando a ansiedade se transforma em algo excessivo, é preciso descobrir como controlá-la. A melhor forma de controlar a ansiedade é, primeiramente, diagnosticando-a como um transtorno. Depois disso, os tratamentos podem a fazer a diferença nesse controle. Conheça melhor cada uma dessas formas:

  1. Sessões com psicólogos e outros especialistas: Uma das formas de controlar a ansiedade é a partir de sessões com psicólogos e outros especialistas no estudo desses tipos de transtornos.
  2. Medicamentos: Existem diferentes tipos de medicamentos para tratar a ansiedade e outros distúrbios psicológicos. Todos eles devem ser adquiridos mediante prescrição médica e indicação de especialistas. Alguns deles são ansiolíticos (dissolução da ansiedade), enquanto outros funcionam como antidepressivos. Esses antidepressivos agem sobre os neurotransmissores cerebrais e, com isso, aumenta o nível de energia psíquica, fortificando a pessoa e diminuindo a quantidade de preocupação e medo e, consequentemente, menos ansiosa. Por fim, também é possível realizar tratamentos a partir de tranquilizantes ou anti psicóticos.

Depois de entender melhor o que é ansiedade, quais são os tipos de transtornos de ansiedades e, ainda, como controlar a ansiedade, se torna muito mais fácil diagnosticar, tratar e mesmo prevenir um agravamento de qualquer um deles. É preciso conhecer o máximo possível de informações para que possamos saber como vencer a ansiedade, que tem sido chamada por muitos como “o mal do século”.

Fique ligado em nossos próximos artigos, confira mais detalhadamente a questão dos sintomas dos transtornos de ansiedade e comente o que achou de nossas informações.

Saiba o que é a depressão pós-parto e como evitá-la!

Provavelmente você já ouviu falar sobre a depressão pós-parto, mesmo que superficialmente, não é mesmo? E sobre o baby blues, já ouviu falar?

É comum que as pessoas confundam as duas coisas, porém são transtornos diferentes. Enquanto um aparece logo que a criança nasce e é algo passageiro, o outro pode ter consequências sérias se não for tratado.

Algo importante sobre a DPP (depressão pós-parto): ela tem cura! Quanto mais cedo procurar ajuda profissional, mais fácil será evitar um sério agravamento da doença.

Neste artigo vamos explicar isso tudo para você. Leia-o atentamente, até o fim, e vai entender muito mais sobre esse assunto, podendo ajudar alguém com esse tipo de problema. Boa leitura!

O que é a depressão pós-parto?

A depressão pós-parto é um transtorno psicológico ao qual as mulheres estão suscetíveis pouco depois do parto.Desânimo, tristeza profunda, baixa autoestima, falta de interesse pelo bebê e, por esse motivo, sentimento de culpa são alguns de seus sintomas.

É preciso entender que não se trata de algo meramente hormonal ou momentâneo, mas um problema que precisa ser prevenido e/ou tratado. Para que isso seja feito, é necessário saber melhor como essa doença atua.

Essa doença se apresenta discretamente, o que dificulta sua identificação em seus estágios iniciais. Este é o motivo da importância de conhecer e prestar muita atenção aos seus sintomas. A prevenção e tratamento podem ser mais eficazes logo no início.

E não pense que esse é um problema incomum! No Brasil, pouco mais de 1 a cada 4 mulheres são acometidas pela DPP, segundo a Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ).

Breve histórico

Há algumas décadas esse transtorno não era tão reconhecido como hoje em dia. Por este motivo, a vida das mulheres que sofriam com esse transtorno era bem difícil.

Elas precisavam aprender a viver com esse problema. O resultado não era outro: ou ela se curava depois de um tempo, ou a depressão se tornava crônica.

Porém, nos últimos anos houve maior reconhecimento da doença, algo imprescindível para o diagnóstico e tratamento.

O que é o baby blues ou blues puerperal

O baby blues, ou blues puerperal, é uma melancolia que se apresenta já nos primeiros dias depois de dar à luz e não dura mais que 6 semanas. Ele é resultado das alterações bruscas dos níveis hormonais depois do parto.

Fique de olho nas diferenças entre blues puerperal e depressão pós-parto!

A mulher fica mais sensível que o normal neste período, podendo ofender-se por qualquer coisa, chorar facilmente e irritar-se com facilidade. Além disso, pode sentir-se frágil e incapaz.

Atingindo entre 35 e 50% das mães, o baby blues costuma se manifestar entre o 3º e o 5º dia depois do parto.

Os principais sintomas do blues puerperal são:

  • Alteração do sono
  • Melancolia
  • Constante vontade de chorar, mesmo sem motivo
  • Maior sensibilidade emocional
  • Ansiedade
  • Dificuldade para dormir bem, insônia
  • Mudanças bruscas de humor
  • Dificuldade de se concentrar
  • Irritabilidade
  • Dificuldade de concentração
  • Preocupação em excesso com a saúde do bebê, mesmo que não haja motivos para isso

Principais diferenças entre a depressão pós-parto e o blues puerperal

As principais diferenças entre a depressão pós-parto e o baby blues são o momento de início dos sintomas, o tempo de duração e a intensidade.

Enquanto o baby blues surge nos primeiros dias após o parto, a DPP começa a se manifestar depois de algumas semanas, geralmente depois da terceira.

Outra característica que diferencia os dois transtornos é a duração. O blues puerperal costuma durar entre duas a seis semanas, tendendo a diminuir e desaparecer completamente, sem necessidade de tratamento.

a depressão pós-parto pode durar muito tempo se não for tratada podendo, inclusive, evoluir para uma condição mais grave, a psicose pós-parto.

A intensidade dos sintomas também é outro fator de diferenciação. No blues puerperal os sintomas não são tão intensos como na depressão pós-parto.

Quais são os sintomas da depressão pós-parto?

Algumas mulheres apresentam aumento exagerado de apetite, enquanto outras perdem totalmente a fome. Sonolência e falta de energia durante o dia e o desinteresse de voltar à antiga rotina de trabalho são outros sintomas comuns.

O desânimo persistente é um dos sintomas desse transtorno.

Porém é preciso atenção: os sintomas são, em geral, muito amplos, tornando mais difícil o diagnóstico, principalmente no início.

Além disso, a tristeza da DPP relaciona-se a tudo, e não só com a maternidade. A mulher perde o interesse por atividades que antes lhe davam prazer, desde programas de televisão até relações sexuais.

Por fim, a ansiedade é mais um sintoma recorrente. A mulher pode sofrer ataques de pânico e apresentar comportamentos obsessivos em relação à criança, como agasalhá-la demais ou verificar, a todo instante, se ela está respirando.

Principais sintomas da depressão pós-parto

Os sintomas geralmente são sutis, quase imperceptíveis no início. Entre os principais sinais da depressão pós-parto estão os listados abaixo:

  • Desânimo persistente;
  • Sentimentos de culpa;
  • Pensamentos suicidas;
  • Medo excessivo de machucar o bebê;
  • Diminuição ou aumento exagerado do apetite;
  • Diminuição da libido;
  • Ideias obsessivas;
  • Alteração do comportamento.

Levando em conta as informações que foram apresentadas sobre os sintomas, tenha muita atenção e procure ajuda médica caso apresente-os constantemente em até seis semanas após o parto.

Causas da depressão pós-parto

Embora não haja uma causa específica e certa para esse transtorno, algumas características parecem prevalecer no perfil das mulheres que sofrem com a DPP.

Enquanto algumas causas se relacionam à própria genética da mulher, outras têm relação com a vivência ou experiências ligadas à sociedade.

Algumas das prováveis causas da depressão pós-parto são:

  • Falta de aceitação ao bebê;
  • Excesso de filhos e poucas formas de sustento;
  • Ser mãe solteira ou apresentar dificuldade de relacionamento;
  • Ter ficado muito tempo sem tocar no bebê após o seu nascimento;
  • Violência doméstica, abuso sexual,
  • Experiências conflituosas na maternidade;
  • Histórico de depressão na família.

A verdade é que a medicina não é uma ciência exata. Ainda é preciso estudar muito sobre as causas da depressão pós-parto.

Para que isso aconteça, é preciso que o tema deixe de ser estigmatizado e passe a ser tratado e estudado como qualquer outro transtorno psicológico.

Tratamento para depressão pós-parto

Depois de diagnosticada, o melhor a fazer é iniciar o tratamento o quanto antes.

No Brasil, a depressão pós-parto atinge mais de uma mulher a cada quatro.

Esse processo abrange desde sessões de psicoterapia até remédios que ajudam a eliminar os sintomas, auxiliando a mulher a retomar sua vida normal.

Contudo, antes de tomar qualquer medicamento, é necessário certificar-se de que isso não irá atrapalhar a amamentação.

Sabendo que, se não tratada, a depressão pós-parto pode evoluir para a psicose pós-parto, não a negligencie, achando que isso pode passar logo.

Informações importantes sobre o tratamento

Até pouco tempo atrás as pessoas tinham dúvidas se depressão pós-parto tem cura. Hoje em dia não há mais questionamentos sobre isso, pois sabemos que sim, há cura.

Quanto aos medicamentos indicados para esse transtorno psiquiátrico, os médicos procuram ao máximo receitar remédios que não atrapalhem a rotina entre mãe e filho.

Porém, algumas medidas preventivas podem ser adotadas para tornar o processo mais seguro para o bebê, como desprezar o leite materno algumas horas depois de tomar o medicamento.

Essa e outras medidas devem sempre ser pensadas junto ao médico responsável, levando sempre em conta a decisão da própria mulher.

Acima de tudo, o apoio e atenção da família são cruciais ao tratamento. Amigos e familiares devem apoiar a mulher nesse período.

O carinho, o afeto e a demonstração de preocupação podem ajudar a amenizar ou mesmo eliminar os sintomas de culpa, tristeza contínua e desinteresse por atividades prazerosas.

Portanto, não esqueça: a compreensão e o apoio são tudo nesse momento tão difícil na vida de uma mulher.

Algumas considerações importantes

Procure ajuda médica assim que surgirem os primeiros sintomas, quanto antes fizer isso, maior a possibilidade de recuperação rápida.

É importante ter claro em sua mente que a depressão pós-parto não é frescura, fraqueza e muito menos um desvio de caráter. É uma doença que precisa ser tratada.

Precisamos ter consciência de que a depressão pós-parto pode ser curada. Apesar de ser algo delicado, é preciso falar sobre esse transtorno e buscar ajuda.

O que achou deste artigo? Não deixe de fazer o seu comentário no fim da página, isso nos motiva a pesquisar e publicar mais assuntos como esse!

Sintomas da depressão, você precisa conhecê-los!

Quais são os sintomas da depressão? Muito estigmatizada por falta de informação e por preconceitos, muitas vezes os sintomas da depressão não conhecidos ou não são compreendidos.

Saber como é esta doença ajuda tanto a saber que deve buscar ajuda como auxiliar uma pessoa querida que sofra com este problema. Muitas vezes não entendemos o porquê de alguém estar agindo de uma forma, queremos que ela melhore, que ela reaja e não entendemos o motivo dela não fazer isso. É a depressão que está agindo.

Escrevi este artigo para ajudá-lo a informar-se sobre este transtorno. É importante que, antes de conhecer os sintomas, saiba o que é a depressão. Além disso, saiba que a depressão é uma doença séria e deve ser tratada. Não hesite antes de buscar ajuda de um profissional da saúde ao identificar os primeiros sinais desta doença!

Depressão: Sintomas Físicos e Psicológicos

Um dos objetivos ao escrever este texto é tornar a informação mais clara e acessível, evitando que você perca o mesmo tempo que perdi navegando em diversos sites. Para isto explicarei cada um dos principais sinais de depressão.  Afinal, muitas vezes os sintomas são descritos de uma forma muito superficial. Ou então são usadas palavras que geram ainda mais dúvidas – termos muito técnicos, por exemplo. Mais ou menos como escrever “acido acetilsalicílico” ao invés de AAS ou Aspirina. 🙂

Além disso, alguns textos parecem uma tradução feita em algum tradutor automático, você lê e não entende nada! Acredito que você já tenha visto artigos como estes, não?

Uma informação importante: para ser considerado como transtorno depressivo maior (como é conhecida a depressão) é necessário que os sintomas durem mais que duas semanas.

Se estiver desconfiando de que tem este problema, não hesite em procurar um psicólogo ou médico, o quanto antes. Deixar para depois só fará com que a situação se agrave.

1. Alterações do sono

Tanto a hipersônia (muito sono) como a insônia podem ocorrer. Se você está precisando dormir mais do que o normal todos os dias ou não consegue dormir facilmente, comece a prestar atenção para ver se não tem também outros sintomas de depressão.

De qualquer forma, se faz tempo que acontece isso procure um médico. Pode não ser depressão, mas algum outro problema que deve ser tratado.

2. Ganho ou perda de peso

Você percebeu que está engordando ou emagrecendo, e antes tinha um peso mais ou menos estável? Isto pode ser um sinal de que algo não vai bem, e pode ser um sinal de depressão. Fique de olho!

3. Baixa autoestima

É comum o depressivo ter baixa autoestima.

Quem tem depressão muitas vezes fica com a autoestima muito baixa. Começa a não se importar em se cuidar, se pentear, se vestir bem e até mesmo ficar sem tomar banho. Também começa a pensar que é inferior aos outros, que não é bonito(a) ou que não é tão capaz quanto os outros. Se você pensa desta forma com frequência, fique alerta!

4. Humor depressivo e pessimismo

Humor depressivo é uma sensação de incapacidade de ter alegrias. É ver problema em tudo, enxergar sempre o lado ruim das coisas e acreditar que nada vai dar certo. Se você ficou meio “rabugento”, reclamando de tudo, pode estar sofrendo do transtorno depressivo maior.

Outro comportamento comum é acreditar que seus problemas são sempre enormes e de difícil solução, criticar tudo e todos. Claro que se você não foi sempre assim, se isso não é parte da sua personalidade!

5. Desânimo e perda de energia

Perda de energia e desânimo. Crença de que nenhum esforço vale a pena, que os resultados não terão sentido ou valor. Vontade de procrastinar o máximo que puder.

Tudo parece muito difícil, até tarefas muito simples. Pode, por exemplo, estar com sede e ter um copo com água a 2 metros de distância, mas para ele parece que está a mais de 200 metros, tamanha é a indisposição para levantar-se e pega-lo. Então fica pensando muito antes de buscar o copo. Isto se conseguir!

Este é um sintoma que pode desencadear vários outros. Por exemplo, pode deixar a autoestima lá embaixo, pois você começa a acreditar que é preguiçoso ou incapaz, principalmente se não sabe que está deprimido.

6. Diminuição da concentração e/ou da memória

Você precisa ler a mesma frase várias vezes porque não prestou atenção ao que estava lendo? Não consegue fazer cálculos que antes eram fáceis para você? Este é outro possível sintoma! A memória também pode ser um sinal de depressão. Se ela começar a falhar de um jeito que não acontecia antes, vá a um médico.

7. Irritabilidade, impaciência

Este é um sintoma que é fácil de perceber. O deprimido pode se tornar facilmente irritável. Qualquer situação pode deixa-lo irritado. Você começa a reclamar mais no trânsito, da fila do mercado (mesmo que só tenha uma pessoa na frente), qualquer barulhinho te tira do sério. O verdadeiro “pavio curto”. Portanto, a impaciência e falta de tolerância também podem indicar um quadro depressivo. Claro, se você não era assim antes.

8. Choro

Neste caso pode ocorrer qualquer um dos extremos. De um tempo para cá tem sido comum você chorar com facilidade, mesmo sem motivo. Começa a chorar do nada, em qualquer lugar, e você não era assim antes.

Ou então acontece o contrário: você não consegue chorar, mesmo em situações que qualquer um (incluindo você mesmo) choraria. Fica sentindo que o choro está preso, não sai.

9. Cansaço

Sentir-se cansado boa parte do tempo não é normal. Mesmo descansando ou dormindo por um bom tempo, você tem a sensação de estar precisando de mais descanso ou mais de mais horas de sono. Descansa mais, dorme mais, mas nada adianta, continua sentindo-se cansado.

Se isto começar a acontecer com frequência, pode ser um sintoma. Fique de olho!

10. Isolamento social

Quem sofre de depressão pode ter uma tendência a isolar-se socialmente.

Este sintoma vai aparecendo aos poucos, então você demora a perceber. É comum na depressão a pessoa se isolar socialmente.

Evitar sair, ver os amigos, ir a festas e outras atividades sociais. Inventar desculpas para “não poder” participar de eventos ou reuniões se torna corriqueiro. Chega uma hora que os outros começam a dizer que você nunca vai quando é convidado. Ou então as pessoas simplesmente param de te convidar para eventos.

O pior deste sintoma é que foi você que se isolou, que se afastou das pessoas, mas a sensação é a de que foram os outros que te deixaram de lado.

11. Dificuldade de tomar decisões

Você começa a ter dificuldade para tomar decisões, algo que antes não acontecia. E não precisam ser decisões muito importantes! Coisas como o que pedir do cardápio, que filme assistir ou então decidir entre o sorvete de creme, chocolate e o misto.

É comum deixar sempre para outra pessoa decidir, algumas vezes fazendo parecer que é por gentileza.

12. Sentimentos de desesperança

Outro sinal muito comum de depressão é a pessoa sentir-se sem esperança, sem motivos para pensar no futuro. Ela sente que falta sentido na vida, sente-se fracassada, como se estivesse arruinada.

Pode também ter um sentimento de culpa, acreditar que tudo o que fez foi errado. Ou então pensar não adianta fazer nada, que nada vai mudar, nada vai melhorar, que não tem mais jeito.

13. Diminuição da libido

Este sintoma é um dos mais difíceis para o deprimido. E pode influenciar negativamente outros sintomas, intensificando-os. A autoestima é o sintoma mais comum a ser afetado.

Muitas vezes este sintoma de depressão afeta o relacionamento, principalmente quando a depressão ainda não está diagnosticada.

Também acontece isto quando a doença não é compreendida pelo parceiro, que acha que você não sente mais nada por ele. Leia o artigo sobre como lidar com um cônjuge deprimido, é muito interessante e pode ajudar muito!

14. Perda de interesse e prazer

Muito comum também é a perda de interesse por coisas que antes gostava de fazer. Tudo começa a parecer sem graça. Dificilmente você encontra algo que lhe de prazer, que lhe traga satisfação pessoal.Quando começa alguma atividade logo quer largar porque perde a graça rapidamente.

Este é um importante sintoma que deve ser especialmente considerado.

15. Desejo de morrer e ideias de suicídio

Este é um dos sintomas de depressão que não pode, de forma alguma, ser ignorado! Se você acha que a vida não tem mais sentido, que não faz falta para ninguém, que fracassou ou que não vale a pena viver, procure IMEDIATAMENTE ajuda profissional!

Ideias de suicídio, um importante sintoma de depressão, nunca ignore!

Mitos

Há alguns mitos sobre o suicídio que podem levar a resultados desastrosos. É comum ouvirmos, por exemplo, que “quem quer se matar não avisa” ou que a pessoa “só quer chamar a atenção”. Porém este aviso pode ser um último pedido de socorro.

Nunca ignore, trate com desprezo ou ache que é brincadeira se alguém estiver falando em suicídio. Lembre-se que é melhor levar a sério e não ser algo grave do que ignorar e uma tragédia acontecer.

Há um excelente artigo sobre alguns mitos frequentes sobre o suicídio no blog da psicóloga Jóice Bruxel. Vale a pena dar uma conferida!

Outras coisas que você também precisa saber

Ter um dos dois últimos sintomas de depressão (14 e 15) é um grande indício de que a pessoa está sofrendo com este transtorno. Um médico deve ser procurado sem falta, principalmente se tiver o último dos sintomas: ideias de suicídio e desejo de morrer. Neste caso, não deixe para depois! Procure com urgência um médico ou psicólogo!

Nem todos os sintomas se manifestam, assim como ter somente um dos sintomas de depressão (com exceção dos últimos dois) não é necessariamente indicativo da doença. Porém somente um profissional da saúde pode afirmar isso com certeza.

Cuidado com amigos ou parentes que ficam diagnosticando, sugerindo tratamentos alternativos e incentivando a largar a medicação prescrita pelo médico.

Depressão é Doença!

Sim, depressão é doença, não é um estado emocional. Portanto sempre, sempre mesmo, deve-se procurar ajuda profissional. Não espere o quadro piorar nem fique acreditando que vai conseguir superar a depressão sozinho.

E não esqueça que somente médicos e psicólogos podem fazer o diagnóstico!

Outra coisa: NUNCA abandone o tratamento sem conhecimento do profissional que lhe atende. Não pare de tomar medicamentos por conta própria acreditando que já está curado.

Outro ponto importante: muitas vezes o depressivo acredita que ter depressão é indicativo de fraqueza. Este é um grande erro que leva muita gente a não buscar apoio.

É preciso ter em mente que a depressão é uma doença, como uma gripe ou outra qualquer! Ninguém escolhe ter, e todos estão sujeitos a sofrer deste mal. Não deixe que o preconceito afete a tua vida, a tua saúde! Procure logo um médico ou psicólogo para ter orientação sobre como superar a depressão ou para saber como ajudar alguém com depressão!

Assista também os vídeos da OMS sobre depressão, eles podem ajudar a compreender um pouco mais esta doença. E não esqueça de deixar um comentário no fim desta página!

Fontes:

http://veja.abril.com.brhttps://www.tuasaude.com/http://www.minhavida.com.brhttp://hypescience.com/

Minha Companheira, a Depressão

Eu não lembro exatamente quando a conheci. Foi algo que aconteceu naturalmente. Quando percebi ela já fazia parte da minha vida. Eu já tinha ouvido falar dela, mas não dei muita importância, pois acreditava que nunca chegaria nem perto. Era algo inconcebível para mim.

Vou tentar resumir como aconteceu. Foi mais ou menos assim: um dia, sem saber quem era ela, comecei a ouvi-la. Começamos a nos encontrar, e estes encontros foram se tornando cada vez mais frequentes. Nossa relação foi, aos poucos, se tornando mais intensa. No início era até engraçado, fazia piadas com o jeito dela, com as coisas que ela me falava. Coisas do tipo “pra que ir passear no parque num domingo de sol, se posso ficar em casa vendo televisão?”. E fui me afeiçoando a ela. Quando percebi, ela já dominava minha vida. E eu não conseguia ficar sem ela.

Era uma relação onde só eu perdia, mas eu não percebia isto. E quando comecei a perceber, ignorava. Muitas vezes chegava até a querer que ela ficasse comigo, mesmo sabendo do mal que estava me fazendo. Ou achava que este mal não era tão grande assim.

Algum amigo até podia tentar falar dela para mim, contar o que sabia ou o que estava vendo. Isso só me deixava revoltado com ele, pois eu não queria assumir publicamente este relacionamento. Eu dizia que não a conhecia.
O tempo foi passando, e cada vez mais ela foi mostrando-se possessiva. Já não queria mais que eu tivesse amigos ou mesmo falasse com familiares. Ficava o tempo todo me convencendo que ninguém me valorizava, que ninguém gostava de mim e que todos só falavam comigo por algum interesse. Chegava a dizer que se alguém realmente se importasse comigo, esta pessoa que deveria me procurar. E eu acreditava nisso, não percebendo que era eu quem tinha me afastado.

Ela também me fez acreditar que eu não tinha qualidades. Fazia-me crer que eu era velho demais, fraco demais, que eu não era inteligente, que não era bonito ou mesmo capaz de fazer qualquer coisa. Isto foi, aos poucos, tirando as cores da minha vida. Nada mais me agradava.

Isso não quer dizer que eu me trancava em casa ou que não falava com ninguém. Como eu queria esconder este relacionamento dos outros, eu tentava fingir que estava tudo bem. E isso me tirava muita energia, o pouco da energia que sobrava.

Até que um dia percebi que eu precisava fazer algo, não podia continuar assim. Tomei coragem e resolvi procurar apoio. Ela, percebendo a minha intenção, fez de tudo para me atrapalhar. Até que um dia consegui reunir forças e ir atrás de ajuda. Ela descobriu e ficou mais forte ainda. Mas aos poucos, contando com a ajuda, fui me livrando dela. Já um pouco fortalecido, comecei a perceber ela só me contava mentiras! E fui tomando as rédeas da minha vida, apesar de não ter sido fácil.

O problema é que ela não desistiu fácil. Quando eu começava a pensar que já estava livre, ela aparecia. Acho que ficava na espreita, esperando eu baixar a guarda. Aprendi então que tenho que ser mais forte e sábio que ela. Não posso dar ouvidos ou mesmo pensar que talvez ela tivesse razão. Ela não vai mudar, pelo contrário, vai cada vez me controlar mais. Não posso deixar isto aconteça.
Infelizmente, não sei se ela um dia vai desistir de mim, ela é muito obsessiva. Mas eu estou aprendendo a lidar com ela, a não deixa-la tomar conta da minha vida novamente. O que importa é que agora estou conseguindo identificar sua presença. Assim, apesar da dificuldade, tento evitar cair na conversa dela, a minha companheira, a depressão.

Sair da versão mobile