Problemas com o sono? Você sabe o que é a melatonina?

A melatonina é vista por alguns como um remédio perfeito para dormir. Sem efeitos colaterais, ajuda a pessoa a adormecer mais rapidamente e pode comprar sem receita. Mas será que as coisas são bem assim?

Cada vez mais vemos anúncios de venda de melatonina e pessoas comprando as doses mais altas disponíveis.

Mas antes de tomar este complemento, conhecido também como “hormônio do sono”, é importante saber o que está ingerindo. Afinal, natural não necessariamente significa seguro!
Entenda o que é a melatonina, como ela funciona e descubra se realmente ela serve para você ao ler este artigo até o fim!

O que é a melatonina

Para saber o que é a melatonina é interessante primeiro saber como os cientistas descobriram este hormônio e sua função.

A melatonina foi originalmente descoberta na década de 1950, quando um laboratório de dermatologia achou que ela desempenhava um papel na pigmentação da pele.

Todos os pesquisadores tomaram uma grande dose desse novo produto químico, esperando que sua pele ficasse mais clara. Mas a única coisa que aconteceu foi que todos ficaram com (muito) sono.

Eles acabaram percebendo é que a melatonina é o hormônio que diz ao corpo quando é noite. Ela é produzida na glândula pineal, uma estrutura em forma de pinha localizada no fundo do cérebro.

Quando atinge a corrente sanguínea, a melatonina age como um mensageiro. Como que o corpo responde à mensagem depende de cada animal. Os ratos, por exemplo, são noturnos. A melatonina então desempenha o papel de mantê-los acordados.

Nos seres humanos e outras criaturas que habitam o dia, ela prepara o corpo para descansar e ajuda a manter esse descanso durante a noite.

Como a melatonina age em nosso corpo

Como exatamente a melatonina age ainda é algo que não foi muito bem compreendido. Acredita-se que este hormônio desative as áreas do cérebro envolvidas na vigília.

A melatonina também pode desempenhar um papel na redução da temperatura corporal, que é necessária para o sono.

O que já se sabe é que a melatonina ajuda a definir o ritmo do relógio circadiano no nosso corpo. Os cientistas demonstraram que, quando as pessoas recebem melatonina à tarde, seus relógios corporais podem ser induzidos a pensar que é muito tarde e ficam sonolentos mais cedo.

Isso pode ser útil se você está sofrendo de jet lag e seu corpo acha que ainda está em um fuso horário anterior, por exemplo.

O uso da melatonina tem efeitos colaterais?

A pesquisadora Patty Deuster, da Uniformed Services University of Health Sciences (Serviços Uniformizados da Universidade de Ciências da Saúde) dos Estados Unidos, foi a autora sênior de uma análise sistemática de 2014 sobre a melatonina.

Esta análise de Deuster fez o relato de efeitos adversos em todos os 35 estudos que realizou. No entanto ela não encontrou nada muito sério. O efeito colateral mais comumente relatado foi a sonolência (resultado de tomar melatonina) e dor de cabeça.

Entre os efeitos colaterais relatados a curto prazo estão a sonolência matinal, ocasionalmente enurese noturna (o famoso xixi na cama), dor de cabeça, náusea, tontura ou diarreia.

Mas Frank Scheer, que estuda cronobiologia em Harvard, diz que há alguns casos em que a melatonina pode ter efeitos adversos. Para algumas pessoas com uma variante genética específica, a melatonina prejudica a capacidade do organismo de processar a glicose no sangue.

Ou seja, a melatonina não é totalmente inofensiva, precisamos ter cautela.

Os riscos do uso a longo prazo também não foram avaliados. “Não há estudos claros além de seis meses de duração sobre o uso de melatonina”, diz Scheer.

Usar a melatonina é seguro?

Segundo o Centro Nacional de Saúde Complementar e Integradora (National Venter for Vomplementary and Integrative Healt) dos Estados Unidos, a melatonina parece ser segura quando usada no curto prazo, porém adverte que não há estudos que comprovem a segurança a longo prazo.

Além disso, o uso continuado não é recomendado principalmente porque os problemas do sono geralmente são resultado de algum outro distúrbio, como a apneia do sono.

Segundo Dick Wurtman, cientista cognitivo do MIT, “se você apresentar ao seu cérebro níveis de melatonina muito superiores aos que ocorrem normalmente, você dessensibiliza os receptores do cérebro para a melatonina”.  “Você se torna cada vez menos e menos responsivo.”

Uma importante observação: há um estudo em que os pesquisadores perceberam que suplementação de melatonina pode piorar o humor de pessoas com demência.

A melatonina é a solução para a minha insônia?

A primeira coisa que precisamos levar em consideração é que precisamos identificar a causa da insônia. Ela pode ser resultado de diversos fatores, como ansiedade, horário irregular de dormir, jet-lag (quando viajamos para um outro fuso horário), ambiente, entre outros tantos.

Nada adianta recorrer à melatonina ou a um medicamento qualquer, sem prescrição médica, se o problema for ansiedade, por exemplo. Para cada problema, uma solução. Deixe que seu médico indique o que é melhor para você!

Considerações importantes sobre o uso da melatonina

  • Primeira coisa: caso você ou um membro da sua família tenha problemas para dormir, um médico deve ser consultado.
  • Sempre informe todos os seus profissionais de saúde sobre quaisquer complementos que você use, como a melatonina. Dê a eles uma visão completa do que você faz para gerenciar sua saúde. Isso ajudará a garantir um atendimento seguro e coordenado.
  • Doses mais baixas de melatonina geralmente são tão eficazes quanto doses mais altas. Portanto, a menor dose possível deve ser usada. Na maioria das vezes 1 a 3 mg, uma hora antes de dormir, é a dose usada em crianças como ponto de partida.
  • A maioria dos suplementos alimentares não foi testada em mulheres grávidas, lactantes ou crianças. Nisso está incluída a melatonina.
    Se você está grávida ou amamentando uma criança, é muito importante consultar seu médico antes de tomar qualquer medicação ou suplemento, incluindo a melatonina.
  • Alguns suplementos dietéticos, como a melatonina, podem interagir com medicamentos ou representar riscos se você tiver problemas médicos ou se for passar por uma cirurgia.
  • Tomar um suplemento de melatonina é algo sério, pois pode afetar seu relógio biológico.
  • O FDA (“vigilância sanitária” americana) regula os suplementos dietéticos, como a melatonina. Porém os regulamentos para suplementos dietéticos são diferentes e menos rigorosos do que os regulamentos para medicamentos.
  • Para usar suplementos dietéticos como a melatonina com segurança, leia bem e siga as instruções do rótulo. Repetindo, “natural” nem sempre significa “seguro”!

Fontes:
https://www.vox.com/2016/4/25/11425856/what-is-melatonin-sleep
https://www.msn.com/en-us/health/healthyliving/melatonin-is-a-natural-sleep-aid-but-heres-why-you-should-stop-taking-it/ar-BBPv1Io
https://nccih.nih.gov/health/melatonin
https://blogs.rch.org.au/drmargie/2015/12/23/melatonin-for-sleep-should-i-use-it/
https://blog.withings.com/2014/08/26/10-things-you-didnt-know-about-the-sleep-hormone-melatonin/

Automutilação na adolescência, saiba como identificar e ajudar!

A automutilação na adolescência é um problema grave, que dificilmente vem à tona. Ela pode ser considerada um pedido de socorro para evitar o estopim do suicídio.

A adolescência pode ser o momento mais complicado da vida de uma pessoa. Alguns dos desafios enfrentados nesta fase da vida incluem as mudanças nos relacionamentos, mais trabalho na escola e mudanças no corpo.

Às vezes pode ser muito difícil lidar com os sentimentos originados nessas mudanças. Alguns adolescentes têm mais dificuldade para controlar seus sentimentos e acabam procurando atividades prejudiciais como beber e usar drogas ou, então, recorrem à automutilação, também conhecida como cutting (cortar, em inglês).

Neste artigo explicaremos o que é a automutilação, a razão pela qual adolescentes fazem isso e o que os pais podem fazer para ajudar seus filhos.

O que é a automutilação?

Automutilação é o ato intencional de infligir dor física ao corpo. Esta lesão pode incluir qualquer coisa, como cortar, queimar, golpear, morder ou outras diversas formas. Isso é feito a ponto de danificar os tecidos moles.

Uma forma comum de lesão corporal é o corte (cutting). O corte é o ato de ferir propositalmente o corpo com um objeto pontiagudo, rasgando a pele e fazendo-a sangrar. Apesar de alguns adultos recorrerem ao cutting como uma forma de automutilação, este tipo de ação prevalece em adolescentes.

Quando um adolescente se corta, normalmente faz isso nos braços, pulsos, pernas ou região do abdome. As feridas acabarão por cicatrizar, deixando cicatrizes.

Muitos dos que provocam danos em si mesmo ou se envolvem em ações de cutting mantêm suas cicatrizes e cortes ocultos. Alguns podem viver com cicatrizes sem que ninguém saiba que o ato foi cometido.

Além de se cortar, os adolescentes também podem participar de outros comportamentos de auto-agressão. Um exemplo bem popular é a marcação. Adolescentes podem usar o final de um cigarro ou fósforo aceso para queimar a própria pele.

Formas mais sutis de auto-agressão incluem outros atos como morder ou arrancar a pele. Há adolescentes quem arrancam o próprio cabelo, por exemplo. Todos esses atos, quando destinados a causar dano em si mesmo, são considerados automutilação.

Por que adolescentes se automutilam?

Apenas o adolescente sabe o real motivo pelo qual ele está se cortando. Mas sabemos que um dos principais gatilhos do comportamento de auto-agressão é o estresse.

O estresse pode fazer com que os indivíduos fiquem ansiosos , agitados, nervosos, tristes, frustrados, zangados ou mesmo podem gerar ambição.

Nos adolescentes, o estresse pode ser sobre coisas que aconteceram. Ir mal em uma prova ou ter um amigo ferido em um acidente de carro. Outras vezes, o estresse está relacionado às coisas no futuro: que faculdade querem fazer? Conseguirão passar no vestibular? Seus pais ficarão chateados com suas notas?

Os jovens muitas vezes relatam que se machucam para tentar controlar uma dor emocional intensa. Muitos se sentem oprimidos por sentimentos, pensamentos ou lembranças difíceis. Para alguns, pode parecer que não há outra maneira de lidar com o que está acontecendo ou de expressar o que estão sentindo.

Algumas pessoas são mais propensas a se machucar do que outras. Isso inclui pessoas que sofreram abuso emocional, físico ou sexual e pessoas que estão passando por um desafio de saúde mental, como a depressão.

A automutilação pode eliminar a tensão e outras emoções negativas de uma forma rápida. Mas, assim como as drogas, esse “alívio” é apenas temporário. A automutilação atende às necessidades emocionais dos adolescentes, mas atende mal.

Normalmente, a automutilação em jovens é desencadeada por um acúmulo de eventos de vida negativos e estressantes – não apenas um incidente.

Principais motivos que levam à automutilação

Abaixo você você tem uma lista de principais razões que levam um jovem a se automutilar:

  • culpa e vergonha
  • troca da dor emocional pela dor física
  • raiva
  • exibicionismo

Além destes motivos, que são os mais comuns, há diversos outros:

  • gesto pré-suicídio
  • aceitação de amigos que também se automutilam
  • ter mais atenção (chamar atenção)
  • sentir se ele é mesmo real
  • impulso
  • forma de implorar por ajuda
  • prazer sexual
  • vício no ímpeto de se auto-agredir
  • arte (para alguns o sangue é lindo)
  • uma forma de culto religioso para expiar a culpa
  • para punir a si mesmo ou a seus entes queridos

Sinais de que um adolescente se automutila

É importante para você, como pai ou mãe, identificar os sinais e sintomas de auto-agressão. Como este comportamento do adolescente muitas vezes é cuidadosamente escondido, o reconhecimento desses sintomas será essencial para obter um tratamento eficaz para o adolescente.

Alguns sinais de que seu filho adolescente pode estar ferindo intencionalmente incluem:

  • Cortes frescos, arranhões, contusões ou outras feridas
  • Cicatrizes (particularmente nos pulsos, braços, coxas, pernas, tornozelos ou abdome – qualquer área que possa ser coberta por roupas)
  • Vestir mangas compridas ou calças compridas, mesmo em clima quente
  • Perguntas persistentes sobre sua identidade: “Quem sou eu?” “Por que estou aqui?”
  • Manter objetos pontiagudos na mão
  • Dificuldades nas relações interpessoais
  • Declarações de desamparo, desesperança ou inutilidade
  • Instabilidade de comportamento, impulsividade e imprevisibilidade
  • Instabilidade emocional, volatilidade

Seu filho corre risco de começar a se automutilar?

Esta é uma pergunta muito importante, pois os pais normalmente acreditam que isso não irá acontecer com seus filhos. Porém qualquer adolescente pode estar em risco.

Uma série de fatores pode aumentar o risco do adolescente se automutilar ou se envolver em comportamentos auto-agressivos. Entre eles estão os seguintes:

Idade

A automutilação geralmente começa nos anos voláteis do início da adolescência. Neste momento, seu filho adolescente enfrentará uma pressão crescente dos colegas, mudanças nas emoções, sentimentos de solidão, questões de auto-identidade e conflitos com os pais ou figuras de autoridade.

Uso de drogas ou álcool

Alguns indivíduos que se machucam estão freqüentemente sob a influência de drogas ou álcool . Isto é particularmente perigoso, pois nem sempre estão conscientes da extensão ou das conseqüências de suas ações.

Problemas de saúde mental

Os auto-agressores frequentemente são altamente autocríticos ou podem ter dificuldades em resolver seus problemas.

A automutilação também está associada a transtornos mentais, como transtorno de personalidade borderline, depressão, transtornos de ansiedade, transtorno de estresse pós-traumático ou transtornos alimentares.

Problemas da vida

Algumas pessoas que se automutilam foram negligenciadas ou abusadas quando crianças. Podem, por isso, questionar seu próprio valor.

Há os que experimentaram eventos traumáticos. Alguns podem estar em um ambiente familiar instável ou se sentirem socialmente isolados.

Pressão dos colegas

Acredite ou não, a automutilação pode ser resultado da pressão dos colegas. Se houver um amigo que recorre à automutilação como mecanismo de enfrentamento, a probabilidade que seu filho também faça o mesmo é grande.

Como ajudar um adolescente que se automutila

Primeiramente, uma boa notícia: a automutilação é um comportamento que geralmente melhora a longo prazo.

Claro que a primeira reação é um certo tipo de desespero, pois não imaginamos como podemos ajudar pessoas que se cortam. Não conseguimos compreender o motivo de fazerem isso.

Então, comece sendo o mais aberto possível com a pessoa. Tente fazê-la sentir-se segura para falar sobre seus sentimentos. Permaneça calmo, eles podem estar se sentindo envergonhados com o que fizeram e talvez se preocupem com os seus julgamentos.

Não tente fazer ultimatos ou forçar a pessoa a parar – isso só vai piorar as coisas.

Pergunte diretamente ao adolescente se ele está pensando em suicídio. Se você achar que sim, busque ajuda de um profissional da saúde com urgência.

Resumindo, a melhor abordagem para ajudar é escutá-los, dar apoio e incentivá-los a aceitarem ajuda de um terapeuta. Quando a dor emocional recebe a atenção de que necessita e os adolescentes são apoiados no desenvolvimento de formas mais saudáveis ​​de lidar com os desafios emocionais, eles melhoram e o corte pára.

Conclusão

Se você tem um filho adolescente que recorre à automutilação, não entre em pânico. Busque a orientação de um profissional!

Muitas vezes os filhos contam para o pai de algum colega que é adepto desta prática. Neste caso é importante que os pais deste adolescente seja comunicado, de forma discreta.

Este assunto é muito sério. Lembre-se, quem recorre à automutilação nem sempre dá sinais claros! Por isso é importante compartilhar este artigo para que a informação chegue ao maior número de pessoas possível!

Fontes

https://www.shepherdshillacademy.org/resources/self-harm-cutting-teens/
https://headspace.org.au/young-people/understanding-self-harm-for-young-people/
https://christianschoolforgirls.com/teen-cutting-self-harm/
https://tribecatherapy.com/therapy-teens/therapy-teens-cutting-self-harm/
https://www.newhavenrtc.com/self-harm-help/what-drives-teens-to-harm-themselves/

O que é antropofobia ou fobia social

A antropofobia, ou fobia social, é um transtorno que você precisa conhecer bem, saber quais são os seus sintomas para, se for o caso, buscar tratamento.

Talvez você já tenha ouvido falar, mas sabe realmente o que é a antropofobia, também conhecida como transtorno de ansiedade social (TAS)? Sabe quais são seus sintomas e quais suas prováveis causas?

Muitas pessoas se sentem nervosas em algumas situações sociais. Conhecer novas pessoas, ir a um encontro, fazer uma apresentação – quase todo mundo já experimentou a ansiedade que essas situações podem provocar.

No entanto, o que caracteriza a antropofobia é um medo acentuado, intenso e persistente de situações sociais. Este medo pode ser diferenciado do medo mais comum que acompanha algumas situações desconfortáveis.

A ansiedade associada ao TAS não apenas interfere nas relações sociais do indivíduo, mas também em suas atividades cotidianas e profissionais.

Veremos neste artigo o que é a fobia social e quais são seus sintomas. Falaremos também sobre algumas das prováveis causas e o que você pode fazer para enfrentar o problema e ter qualidade de vida.

Leia o artigo todo e depois compartilhe! Ajude a espalhar informações sobre estes transtornos que ainda são alvos de preconceitos e que são estigmatizados pela falta de conhecimento das pessoas!

O que é o transtorno de ansiedade social?

O transtorno de ansiedade social (TAS), também conhecido como antropofobia, é um distúrbio caracterizado por um medo persistente e esmagador de situações sociais. É muito mais do que uma simples “timidez”.

Quem tem esse transtorno muitas vezes se preocupa em ser julgado negativamente pelos outros. Pode se sentir observado em situações sociais, o que o deixa ansioso. Isso pode ser debilitante pois até as atividades cotidianas simples podem se tornar um fardo.

Estas situações sociais não são necessariamente um evento especial, pode ser algo simples, como comer em local público ou então falar em público. Como exemplos de atividades que se tornam um problema para quem sofre de fobia social, podemos citar:

  • Conhecer pessoas novas
  • Conversar em grupos ou iniciar uma conversa
  • Falar ao telefone
  • Trabalhar
  • Falar com pessoas que têm autoridade
  • Falar em público
  • Comer ou beber com alguém
  • Fazer compras
  • Usar banheiros públicos

O medo e a ansiedade se caracterizam por não serem proporcionais à ameaça real da situação.

Algumas consequências do TAS

A ansiedade social pode impedir a pessoa de fazer as coisas que ela quer fazer. É um distúrbio invasivo que causa medo na maioria das áreas da vida de uma pessoa. Muitas vezes começa durante a infância ou a adolescência e está frequentemente ligado à baixa autoestima.

As pessoas com fobia social entendem que o medo é irracional, mas a ansiedade persiste. Ou seja, mesmo que a pessoa enfrente diariamente seus medos, a ansiedade aparece quando precisa fazer uma ligação telefônica no trabalho, por exemplo.

Enquanto outros transtornos mentais causam sintomas de antropofobia (por exemplo, sudorese, palpitações ou ataques de pânico), o transtorno de ansiedade social refere-se apenas a indivíduos que especificamente evitam ou temem situações sociais.

A fobia social vista pelos outros

As pessoas que desconhecem o problema normalmente tem uma visão distorcida da pessoa que sofre com a fobia social. Em geral, podem pensar que o portador de TAS é:

  • Desinteressado
  • Frio
  • Quieto
  • Tímido
  • Hostil

Mesmo que a pessoa queira fazer amigos e se envolver mais em atividades sociais, sua ansiedade social pode estar parando-a, atrapalhando suas relações sociais.

O que causa o transtorno de ansiedade social?

Da mesma forma que acontece com muitos dos transtornos mentais, o transtorno de ansiedade social é provavelmente o resultado de uma combinação de fatores genéticos e ambientais.

Genética

É mais provável que você sofra do transtorno de antropofobia se um familiar próximo também sofrer disso. Porém, ainda é incerto se isso está relacionado à genética ou se é um comportamento aprendido.

Comportamento dos pais

O comportamento dos pais também pode influenciar o filho a desenvolver fobia social. Se a pessoa tem pais ansiosos ou pais que se preocupam muito, isso pode afetar a sua capacidade de lidar com a ansiedade durante a infância, a adolescência e a idade adulta.

Pessoas com transtorno de ansiedade social geralmente descrevem seus pais como:

  • Super-protetores
  • Não carinhosos o suficiente
  • Constantemente criticando-as e preocupando-se que elas possam fazer algo de errado
  • Pais que supervalorizam a importância das boas maneiras e de estar bem arrumado
  • Pais que exageram o perigo de aproximar-se de estranhos

Experiência negativa precoce

Eventos sociais no início da vida podem provocar a ansiedade social. Por exemplo, bullying, abuso, constrangimento durante uma situação social (como esquecer as palavras em uma apresentação e ouvir os outros rirem por causa disso).

Isso pode gerar a preocupação de que situações sociais semelhantes venham a produzir o mesmo resultado. Dessa forma, a pessoa começa a evitá-las e a temê-las – quanto mais uma situação for evitada, mais medo terá dessa situação e de outras semelhantes.

Teoria Evolutiva

O ser humano é uma espécie social, precisa passar tempo com outros seres humanos. Isso explica que não queiram aborrecer os outros nem querem correr o risco de serem rejeitados.

Indivíduos com fobia social podem ser excessivamente sensíveis a serem vistos negativamente devido ao risco e às consequências da rejeição, como solidão e a depressão.

Sintomas de ansiedade social

Os principais sintomas de fobia social podem ser separados em quatro grupos: sintomas cognitivos, físicos, emocionais e comportamentais. Abaixo veremos cada um deles.

Sintomas cognitivos

Se a pessoa sofre do transtorno de ansiedade social, muitas vezes experimenta pensamentos negativos e se preocupa com:

  • Envergonhar-se na frente dos outros.
  • Todas as coisas que poderiam “dar errado” em um evento social previsto.
  • Ser criticado ou ridicularizado.
  • Ser julgado negativamente.
  • Que os outros percebam como ela está está ansiosa ou que seus sintomas físicos sejam visíveis.
  • Soar chato, estúpido, incompetente – a pessoa tem uma visão negativa de si mesmo, fazendo com que se preocupe com o que os outros verão.
  • Ser rejeitado.
  • Falar a pessoas que tenham algum tipo de autoridade – ela pode acreditar que essas pessoas são superiores e que ela é inferior.
  • A situação social, antecipada de forma excessiva – isso pode acontecer até semanas antes do evento.
  • Aborrecer ou ofender outras pessoas.
  • O “pós situação social” – a pessoa fica julgando o próprio “desempenho” durante a situação social. Ela fica pensando repetidamente sobre o que fez de errado e o que deveria ter feito, por exemplo. Coisas como “Por que eu disse isso? É uma coisa tão embaraçosa de se dizer. Eu não deveria ter comentado”.
  • Ser o centro das atenções.
  • Pessoas observando-a, por exemplo, quando ela entra em uma sala de aula cheia de alunos.

Sintomas emocionais

Os sintomas emocionais que a pessoa com ansiedade social pode ter incluem sentir-se:

  • Envergonhada
  • Insegura
  • Nervosa
  • Ansiosa
  • Temerosa
  • Vulnerável
  • Assustada

Sintomas físicos

Os sintomas físicos da ansiedade social são os mesmos da TAG (transtorno de ansiedade generalizada), porque a mesma resposta ao estresse é acionada.

Quando nos sentimos ansiosos, nosso corpo libera hormônios do estresse, incluindo o cortisol e a adrenalina. Este é a maneira do corpo nos preparar para responder a uma ameaça ou perigo percebido.

É o que acontece, por exemplo, quando freamos imediatamente se alguém aparece na frente do carro. Esses hormônios produzem sintomas fisicamente desagradáveis, como aumento da frequência cardíaca e tensão muscular.

Acredita-se que essa resposta tenha um histórico evolutivo porque teria sido benéfica em ambientes pré-históricos e ainda é útil em situações perigosas.

Mas quando você tem fobia social, as situações sociais são percebidas como ameaças, de modo que essa resposta pode ser acionada com frequência e com facilidade. Por esta razão que isso é um problema, pois não há nenhum perigo real.

Os sintomas físicos incluem:

  • Suar
  • Aumento da frequência cardíaca ou palpitações
  • Tontura
  • Peito apertado ou doloroso
  • Garganta e boca secas
  • Precisar ir ao banheiro
  • Voz trêmula
  • Rubor
  • Alterações respiratórias
  • Dormência ou formigamento nos dedos dos pés e das mãos
  • Contrair músculos, especialmente no rosto e pescoço
  • Tremores
  • Sentir o estômago revirando (borboletas no estômago)
  • Dificuldade para engolir
  • Náuseas

Sintomas comportamentais

E, finalmente, os sintomas comportamentais da ansiedade social. A pessoa pode:

  • Evitar situações temidas, como evitar comer fora ou deixar empregos que exijam que ela fale em público.
  • Ter retração social.
  • Fazer uso indevido de drogas ou de álcool para tentar reduzir a ansiedade.
  • Evitar contato visual.
  • Falta de assertividade.
  • Abandonar ou fugir de situações sociais rapidamente.
  • Ter desempenho prejudicado no trabalho
  • Adotar comportamentos de segurança – comportamentos que fazem a pessoa sentir-se segura em algumas situações. Como exemplos podemos citar o uso de maquiagem para esconder seu rubor ou então levar um amigo para festas, sem avisar.
  • Ter problemas com relacionamentos interpessoais.

Como tratar o transtorno de ansiedade social

Pesquisas mostraram que, sem tratamento, a antropofobia é uma condição crônica. Mas apenas cerca de metade dos adultos que sofrem de fobia social procuram tratamento e, quando o fazem, geralmente é depois de 15 a 20 anos tendo os sintomas. É provável que isso se deva ao fato de que eles:

  • Não tenham informações sobre os tratamentos
  • Acreditem que isso não pode melhorar
  • Têm medo de serem julgados pelo profissional da saúde

No entanto, há uma variedade de tratamentos disponíveis. Entre eles, podemos citar:

Realidade Virtual (RV)

A realidade virtual pode ser uma ótima maneira de vivenciar situações sociais na segurança da sua casa. A tecnologia o envolve em ambientes realistas, onde você pode praticar conversando com multidões, respondendo a perguntas para membros virtuais, ficando em pódios diante de centenas de pessoas e muitas outras situações.

Existem alguns bons aplicativos de realidade virtual por aí. Tudo o que você precisa é do seu telefone celular e de um óculos de realidade virtual com fone de ouvido, como o Google Cardboard, que pode custar apenas R$ 30,00 ou menos (ou pode ser feito em casa).

Como exemplo podemos citar o VirtualSpeech (infelizmente só em inglês), que pode ajudar o indivíduo a sentir-se mais confortável em situações como uma reunião ou em palestras.

O APP VirtualSpeech de realidade virtual pode ajudar a pessoa com ansiedade social. Porém só tem uma versão em inglês, ao menos por enquanto.

Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC)

A Terapia cognitivo-comportamental é um dos tratamentos mais eficazes para o TAS.

Geralmente, a TCC ajuda a identificar crenças e padrões comportamentais inúteis e irrealistas. Você e seu terapeuta trabalham juntos para mudar o seu comportamento e substituir as crenças inúteis por outras mais realistas e equilibradas.

A terapia cognitivo-comportamental ensina novas habilidades e ajuda o indivíduo a entender como reagir mais positivamente em situações que normalmente ficaria ansioso.

As sessões de terapia podem incluir o aprendizado sobre ansiedade social, exposição gradual a situações sociais temidas, examinando e modificando suas crenças básicas e ajudando a prevenir recaídas.

A TCC envolve um compromisso de tempo considerável. A quantidade exata de tempo necessária pode variar, dependendo da condição específica do paciente e da resposta à terapia. Um exemplo é de 15 sessões de uma hora, mais uma de 90 minutos. No entanto, você pode precisar de mais ou de menos sessões, ou então precise de menos sessões com maior duração.

Antidepressivos

Para algumas pessoas uma medicação antidepressiva pode ser benéfica. Geralmente um inibidor seletivo de recaptação de serotonina (ISRS), ou ainda uma combinação de medicamento e terapia cognitivo-comportamental individual. Os ISRSs aumentam o nível de serotonina no seu cérebro e eles podem ser tomados a longo prazo.

Como com todos os antidepressivos, os inibidores seletivos de recaptação de serotonina podem levar várias semanas para começar a funcionar. A pessoa geralmente começará com uma dose baixa, que gradualmente será aumentada à medida que seu corpo se acostumar com o medicamento.

Psicoterapia

Se nada do que foi apresentado acima for adequado para o paciente, seja qual for o motivo, ele poderá fazer psicoterapia interpessoal ou psicoterapia de curto prazo especificamente projetada para transtorno de ansiedade social.

A psicoterapia geralmente envolve conversar com um terapeuta treinado, individualmente, em grupo ou com o cônjuge ou parceiro. Ele permite que o indivíduo tenha uma visão mais aprofundada dos seus problemas e das suas preocupações. Lidará, desta forma, com hábitos incômodos e uma ampla gama de transtornos mentais.

A psicoterapia de curto prazo para o transtorno de ansiedade social visa melhorar as habilidades sociais da pessoa e encorajá-la a enfrentar as situações sociais temidas fora das sessões de terapia.

Fobia Social e Síndrome do Pânico

É preciso esclarecer que a fobia social e a síndrome do pânico são coisas diferentes. A síndrome do pânico causa uma sensação de desmaio ou uma sensação muito forte de morte. Já a fobia social é caracterizada, como foi dito, por um medo intenso de situações sociais. Apesar de parecerem sintomas parecidos, não são.

A periodicidade com que acontecem também é diferente. As crises de ansiedade social são bem frequentes, afinal, qualquer situação social pode ser um gatilho.

Outra coisa que difere os dois transtornos são os fatores que os desencadeiam. Quem tem síndrome do pânico tem suas crises em situações muito específicas. Por outro lado, quem tem ansiedade social apresenta os sintomas em qualquer situação que envolva uma situação em que tenha contato com outras pessoas.

Conclusão

Se você acredita que tem fobia social, a melhor solução é procurar um médico ou psicólogo. Certamente terá uma boa melhora em alguns meses. Caso conheça alguém que possa sofrer com a antropofobia, converse com a pessoa e mostre que sua vida pode melhorar muito se procurar ajuda profissional.

Chega de sofrer! Procure ajuda profissional o quanto antes. Vai valer a pena!

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Fontes

O que é o TDAH e como lidar com ele

O Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) foi assunto da moda por um bom tempo. Ainda é discutido principalmente ao se referir a crianças em idade escolar. Mas o que você sabe sobre o TDAH? Sabia que ele pode ocorrer em adultos também?

Ocasionalmente todos nós podemos ter dificuldade em ficar parados, prestar atenção em algo ou controlar algum comportamento impulsivo.

Mas, para alguns, isso é tão generalizado e persistente que chega a interferir em suas vidas, tanto no ambiente doméstico como nos ambientes acadêmico, social e de trabalho.

Muitas vezes as pessoas buscam tratamento por estarem tendo problemas de sono ou problemas de relacionamento. Acabam descobrindo que o problema real é o transtorno de déficit de atenção e hiperatividade.

Neste artigo vamos explicar um pouco mais sobre este transtorno para que você entenda-o melhor. É importante manter-se informado, ainda mais hoje em dia em que todo mundo é “diagnosticado” como portador de TDAH Coloquei diagnosticado entre aspas porque este diagnóstico muitas vezes é feito por pessoas leigas, não por profissionais da saúde.

Ao chegar no fim do artigo, não deixe de compartilhar!

O Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade

O transtorno do déficit de atenção hiperatividade e é um distúrbio cerebral comum que causa dificuldade com concentração, impulsividade e/ou hiperatividade.

No cérebro de pessoas com TDAH existem diferenças nas partes que controlam a capacidade de planejar, organizar e se concentrar.

O TDAH é caracterizado por um padrão persistente de desatenção e/ou hiperactividade-impulsividade que interfere no funcionamento ou no desenvolvimento da pessoa.

Os sintomas de TDAH normalmente estão presentes desde a infância e podem ser considerados como leves, moderados ou graves, dependendo da quantidade de sintomas e do comprometimento funcional, ocupacional ou social.

Um dado interessante é que cerca de metade das crianças com TDAH continuam a ter problemas na idade adulta. Também pode acontecer do TDAH desaparecer na infância e só ser notado mais tarde, na vida adulta.

A meditação pode ser muito boa para quem sofre do transtorno do déficit de atenção e hiperatividade.

Sintomas do Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade

Uma criança com TDAH apresentará pelo menos seis sintomas de cada um desses dois grandes grupos: hiperatividade/impulsividade e desatenção.

Note que nem todas as crianças com TDAH apresentam os mesmos sintomas. Além disso, os sintomas devem estar interferindo na vida diária por pelo menos seis meses.

Conheça alguns dos sintomas do Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade:

Hiperatividade

  • Agitação frequente e ficar se contorcendo
  • Falar demais
  • Parece estar constantemente em movimento
  • Dificuldade em ficar sentado

Impulsividade

  • Atua e fala sem pensar
  • Interrompe os outros com frequência
  • Não consegue esperar pelas coisas

Desatenção

  • Esquece as coisas
  • É desorganizado
  • É distraído com facilidade
  • Sonha acordado com frequência
  • Perde as coisas com frequência

Adultos com TDAH

Geralmente, os adultos só são diagnosticados com TDAH se houver evidências de que eles tiveram sintomas quando crianças.

Para os adultos, os sintomas de TDAH a serem observados são os seguintes:

  • começa as coisas e não termina
  • não considera as conseqüências de suas ações
  • interrompe outras pessoas
  • assume o que outra pessoa está fazendo
  • tem problemas com dinheiro
  • muda de emprego com frequência
  • usa drogas ou álcool
  • tem problemas de sono
  • tem um temperamento forte, ou seja irritável.

Uma informação importante: a pessoa não precisa ter todos esses sintomas para ser diagnosticado com TDAH. Os sintomas também devem estar presentes em mais de uma situação (por exemplo, no trabalho e em casa) e chegar a afetar a vida diária.

Algumas pessoas com TDAH podem apresentar sintomas de impulsividade.

O spinner, que já foi febre entre crianças e adolescentes, era um brinquedo indicado para quem sofria com TDAH. Porém, segundo a Unicamp, não há nenhuma prova científica de que isto seja verdade.

Classificação dos Sintomas de TDAH

Os sintomas de TDAH geralmente são classificados em três subtipos. São eles:

Predominantemente desatento

Esse tipo de TDAH era anteriormente chamado de transtorno de déficit de atenção e é muito mais comum em meninas. Crianças com este tipo de TDAH não são excessivamente ativas. Como seus comportamentos geralmente não causam distúrbios na sala de aula ou em outras atividades da criança, é difícil diagnosticar crianças com esse tipo de atividade.

Predominantemente hiperativo/impulsivo

Essa é a forma menos comum de TDAH e geralmente afeta crianças mais novas. Embora as crianças com esse tipo de TDAH não tenham dificuldades em prestar atenção, elas apresentarão comportamentos impulsivos e hiperativos.

Combinado

O tipo mais comum do transtorno de défict de atenção e hiperatividade. As crianças com este tipo de TDAH exibirão sintomas de hiperatividade, impulsividade e desatenção.

Diagnóstico de TDAH

O diagnóstico do transtorno de déficit de atenção e hiperatividade deve ser feito por um profissional de saúde mental (médico ou psicólogo).

Para chegar ao diagnóstico o profissional pode utilizar:

  • Testes de seu pensamento (testes psicológicos)
  • Uma entrevista com um parceiro, pai ou amigo próximo sobre o seu comportamento
  • Perguntas sobre sua infância
  • Um check-up físico que pode envolver o teste do seu coração, exames de sangue ou um exame do cérebro (se necessário)
  • Revisão de documentos como boletins das escolas que frequentou.

Muitas vezes, as pessoas com TDAH sentem-se bastante frustradas. Podem ficar ansiosas ou deprimidas por não conseguirem atingir seu pleno potencial.

Obtendo ajuda para o TDAH

A primeira coisa que deve fazer é consultar um médico. Um clínico geral pode avaliar seus sintomas e escrever um encaminhamento para consultar um psiquiatra ou psicólogo clínico, se necessário.

Como é o tratamento para o TDAH

O tratamento recomendado para adultos com TDAH envolve:

  • medicação
  • aprendizado sobre sua condição.
  • treinamento comportamental e coaching

Veremos cada um deles abaixo:

Medicação

A medicação estimulante é conhecida por ajudar pessoas com TDAH a se concentrar e completar suas tarefas. A medicação é usada para apoiar outras mudanças no seu estilo de vida e no comportamento.

Os dois principais medicamentos estimulantes usados ​​para o TDAH são o metilfenidato e a dexanfetamina. Esses medicamentos podem viciar, mas nas doses usadas para tratar o TDAH, geralmente isso não acontece.

Para quem não pode usar os estimulantes, há também um medicamento não estimulante, a atomoxetina.

Também podem ser prescritos outros medicamentos para ajudar com problemas de sono ou com outros sintomas.

Aprendizado sobre o TDAH

Aprender sobre o TDAH ajudará você a identificar seu próprio conjunto de sintomas e quais as melhores formas de gerenciá-los.

Treinamento comportamental e coaching

Terapia comportamental ou coaching de TDAH irá ajudar a pessoa a lidar com os sintomas do TDAH.

Isso geralmente envolve conselhos práticos sobre como organizar o seu trabalho ou a sua casa, como planejar com antecedência, com ter habilidades sociais e como trabalhar com seus pontos fortes.

Psicólogos com experiência em gestão de TDAH podem ser úteis.

Conclusão

Como visto, qualquer pessoa pode ter alguns dos sintomas de TDAH. Porém, se os sintomas estão afetando sua vida diária, seu trabalho ou seu relacionamento, você deve procurar ajuda médica e psicológica.

Somente um médico ou psicólogo poderá ajudar com o TDAH. Nunca medique-se sem prescrição e sempre comunique seu médico sobre qualquer problema que esteja tendo com a medicação.

E você, tem ou conhece alguém com este problema? Conte-nos! Escreva seu comentário no formulário do fim da página!

Fontes

https://www.hopkinsmedicine.org/healthlibrary/conditions/mental_health_disorders/attention-deficit_hyperactivity_disorder_adhd_in_children_90,P02552
http://www.douglas.qc.ca/info/attention-deficit-disorder-causes-treatments
https://www.gosh.nhs.uk/conditions-and-treatments/conditions-we-treat/attention-deficit-hyperactivity-disorder-adhd



Mau humor crônico? Saiba o que é distimia

Você já ouviu falar em distimia? Sabe aquela pessoa com um mau humor crônico? Vamos explicar melhor neste artigo o que é este transtorno de humor que não é tão comentado como a depressão, por exemplo.

Muitas vezes a distimia é confundida com a personalidade do indivíduo, o que faz com que ele não busque ajuda. Há quem diga que determinada pessoa é assim mesmo, que é o “jeito” dela. No entanto pode ser que este alguém tenha distimia.

Primeiramente, você precisa saber que a distimia tinha vários outros nomes no passado: neurose depressiva, depressão neurótica, transtorno de personalidade depressiva e depressão de ansiedade persistente.

Para entender melhor o que é distimia, leia o artigo até o fim. E não esqueça que buscar ajuda profissional é sempre o melhor a fazer!

O que é a distimia?

A palavra distimia tem raízes gregas que significam “mau humor”. Durante muitos séculos o termo era usado para falar de quem era mal-humorado, que tinha personalidade “forte” ou era irritadiço. Atualmente é usada como nome de um subtipo da depressão.

Falando de uma forma simplificada, a distimia é um transtorno de humor, ou um transtorno afetivo. É uma depressão leve e crônica que dura por um longo período de tempo.

Originalmente a palavra distimia referia-se a pessoas mal-humoradas, irritadiças.

Quem sofre do distúrbio distímico tem menos sintomas mentais e físicos que uma pessoa com transtorno depressivo maior (depressão).

A doença geralmente se manifesta no início da idade adulta e pode durar anos ou até décadas! O início tardio normalmente é associado ao luto ou ao estresse. Em geral ela acompanha os saltos de um episódio depressivo mais extremo.

As mulheres são duas vezes mais propensas a sofrer de distimia que os homens. Uma proporção semelhante à observada com a depressão maior.

Outro dado relevante: aproximadamente 1 em cada 4 pessoas com distimia desenvolve este transtorno na meia-idade. Neste caso ela é conhecida como distimia de início tardio. Os sintomas geralmente acompanham um episódio depressivo específico, relacionado a algum choque ou perda que a pessoa tenha sofrido.

Causas

Da mesma forma que acontece em diversos outros transtornos de humor, a causa exata da distimia não é conhecida. Acredita-se que seja uma combinação de diversos fatores que desempenham um papel no seu desenvolvimento.

A hereditariedade (a genética) pode desempenhar um papel importante. Assim, as pessoas que possuem membros da família que têm depressão ou distimia são mais propensas a sofrer deste transtorno, principalmente quando a distimia começa cedo (da adolescência até os 20 e poucos anos).

Alterações nos neurotransmissores (mensageiros químicos) no cérebro também podem desencadeá-la. O estresse crônico, uma doença, o isolamento social e pensamentos e percepções sobre o mundo podem influenciar o desenvolvimento desta doença. Outras condições de saúde mental (por exemplo, transtorno de personalidade borderline) também podem aumentar o risco de desenvolvimento deste transtorno.

Sintomas da Distimia

Vários sinais podem indicar que uma pessoa está sofrendo de distimia. Entre eles, estão os seguintes sintomas:

  • mau humor
  • baixa autoestima
  • humor deprimido por períodos prolongados
  • falta de energia, cansaço
  • irregularidades do sono
  • mudanças no apetite
  • baixa capacidade de concentração
  • desesperança

A gravidade desses sintomas varia e depende de cada indivíduo.

É importante ressaltar que algumas pessoas ainda conseguem gerenciar as atividades básicas da vida, mas outras tem um sofrimento tão grande que dificulta o trabalho, o estudo ou situações de interação social.

Uma pessoa com distimia pode apresentar um mau humor contínuo.

Fazendo o diagnóstico

Um médico irá diagnosticar uma pessoa com distimia quando ela tem um humor cronicamente deprimido durante a maioria dos dias, por pelo menos 2 anos.

Outra coisa que deve ser observada é se, durante esses 2 anos, não houve episódios depressivos maiores. No entanto, um surto de depressão grave no passado que tenha sido resolvido não deve ser levado em consideração.

Um médico também vai querer confirmar se os sintomas não são decorrentes do uso de substâncias nem devido a outras condições médicas ou mentais, como problemas de tireoide, anemia ou ansiedade.

Reconhecer e diagnosticar a distimia nem sempre é simples. As pessoas com a doença podem não considerar-se deprimidas. Muitas vezes visitam o médico com queixas físicas, e não psicológicas. Profissionais de saúde mental nem sempre são consultados até que sintomas mais evidentes sejam notados.

O grande perigo disso é que, quando a distimia não é diagnosticada, há o risco dela levar ao abuso de substâncias ou mesmo ao suicídio.

Tratamento e Prevenção

A distimia é tratada com uma abordagem semelhante à utilizada para o tratamento da depressão: medicação e psicoterapia. O tratamento mais eficaz é uma combinação de estratégias.

Medicamentos antidepressivos, como os inibidores seletivos da recaptação da serotonina, podem ser usados ​​no tratamento da distimia.

Abordagens psicoterapêuticas de curto prazo para tratar a distimia são bastante eficazes no tratamento dos sintomas da depressão. Psicoterapias eficazes incluem psicoterapia comportamental cognitiva, psicoterapia interpessoal e apoio de pares.

  • A terapia cognitivo-comportamental (TCC) ajuda as pessoas a entender como seus pensamentos afetam os sentimentos e como os sentimentos afetam o comportamento.
  • A terapia interpessoal (TI) envolve o foco em problemas com os relacionamentos de uma pessoa com os outros.
  • Terapia de grupo também pode ser usada para ajudar a controlar a distimia.

Conclusão

Como a maioria dos transtornos mentais, a distimia também carrega vários estigmas e é cercada de mitos. Um desses mitos diz que a distimia não é tratável. Porém ela é tratável sim e muitas pessoas se recuperam com o tratamento.

Sempre que você acreditar estar sofrendo de um transtorno do humor, deve imediatamente procurar um médico ou psicólogo. Somente eles poderão auxiliar. Não fique mais sofrendo, busque ajuda!

Compartilhe este artigo, você pode ajudar alguém!

Depressão na adolescência: não brinque com o perigo!

A depressão na adolescência é algo muito comum de acontecer. Você sabia que a depressão é a causa de muitos suicídios na adolescência? Esta fase da vida já não é muito fácil, imagine então com uma depressão! Por isso, é preciso ficar atento para poder ajudar seu filho caso ele necessite.

Muitas vezes o preconceito leva os pais a ignorar ou a não aceitar que seu filho precisa de ajuda profissional e o resultado pode ser desastroso!

Lembre-se sempre de consultar um profissional da saúde caso tenha dúvida se o seu filho adolescente está ou não com depressão. O transtorno depressivo maior não é algo que deva ser negligenciado.

Leia todo este artigo com atenção para ter uma noção sobre como ajudar um adolescente com depressão. E não esqueça que compartilhar informação sobre este assunto é muito importante, os pais de outros adolescentes podem estar precisando de ajuda!

Identificando a depressão em um adolescente

Serão apresentados abaixo alguns sinais que servem como um alerta. Caso você identifique alguns destes sintomas em um adolescente, converse com um médico ou psicólogo para saber qual será a melhor abordagem.

Ter vontade de isolar-se da família e dos amigos pode ser sinal de depressão na adolescência.

Os principais sinais de depressão na adolescência são:

  • Não gostar mais de coisas que antes o deixavam feliz.
  • Pensamentos frequentes de morte ou suicídio. Neste caso é urgente que se procure ajuda profissional!
  • Um humor triste ou irritável durante a maior parte do dia. Seu filho adolescente pode sentir-se triste ou com raiva; ou também pode parecer mais choroso ou irritado.
  • Sentir muitas dores sem uma causa “real”.
  • Não querer estar com a família ou amigos.
  • Dormir muito pouco à noite ou demais durante o dia.
  • Ter problemas para manter o foco ou para fazer escolhas.
  • Queda das notas na escola.
  • Uma mudança grande no peso ou na alimentação, seja para cima ou para baixo.
  • Não se importar com o futuro.
  • Falta de energia
  • Sentir-se incapaz de realizar tarefas simples.
  • Sentimentos de inutilidade ou culpa. Baixa auto-estima.

Mas atenção! Qualquer um desses sinais pode ocorrer de forma isolada em adolescentes que não estão deprimidos. Mas quando ocorrem vários deles juntos, quase todos os dias, são bandeiras vermelhas para depressão. Não deixe para depois, busque ajuda profissional o quanto antes!

O que devo fazer se eu achar que meu filho está deprimido?

Esta é a dúvida mais comum entre os pais. Muitas vezes eles decidem esperar para ver se não é uma fase pela qual o adolescente está passando. Ou então, querem resolver por conta própria por puro preconceito ou então medo de talvez precisar de medicação controlada. Muitos acreditam que os remédios causam dependência.

Se for o caso de precisar de algum tipo de medicação, ela será cuidadosamente prescrita pelo médico. Certamente ele indicará o que é melhor para seu filho. Não permita que a desinformação atrapalhe a saúde do seu filho!

Segue uma pequena lista do que você deve fazer se você achar que seu filho tem depressão:

  • Conte ao médico do seu filho. Alguns problemas médicos podem causar depressão. O médico pode recomendar psicoterapia (aconselhamento para ajudar com emoções e comportamento) ou prescrever um remédio para depressão, se for o caso.
  • Converse com seu filho sobre os sentimentos dele e sobre as coisas que acontecem em casa e na escola que podem estar incomodando-o.
  • O médico do seu filho adolescente pode fazer o seu acompanhamento em caso de depressão.

Não esqueça, o suicídio é atualmente uma das principais causas de morte entre os adolescentes. Trate qualquer pensamento de suicídio como uma emergência.

Notas baixas (mas não apenas isso) também podem ser sinal de depressão nos adolescentes.

O que posso fazer para ajudar?

Selecionei algumas dicas que podem fazer a diferença na vida do seu filho adolescente. São formas de tentar evitar a depressão na adolescência. Mas lembre: a depressão nem sempre tem uma causa específica. Além disso, ela pode acontecer com qualquer pessoa.

Incentive hábitos saudáveis

  • Limite o tempo de tela (computador, celular e televisão). Incentive a atividade física e as atividades divertidas com os amigos ou familiares. Desta forma ajudará a desenvolver conexões positivas com outras pessoas em casa e na escola, o que é muito bom.
  • O básico para uma boa saúde mental inclui uma dieta saudável, dormir o suficiente e fazer exercícios físicos.
  • Ter tempo com os pais, elogios por bom comportamento, incentivo para procurar ajuda profissional e apontar pontos fortes constroem o vínculo pais-filho.

Forneça segurança e proteção

  • Reduza o estresse, pois a maioria dos adolescentes tem baixa tolerância a isso. Expectativas diminuídas em casa em relação às tarefas e às realizações escolares podem ajudar.
  • Converse com seu filho sobre o bullying . Ser vítima de bullying é uma das principais causas de problemas de saúde mental.
  • Busque ajuda se ele estiver passando por problemas com perdas ou luto. Procure ajuda se os problemas com o luto não melhorarem. Se você, como pai ou mãe, estiver sofrendo por uma perda, procure ajuda e encontre apoio adicional para seu filho adolescente.
  • Armas, facas, medicamentos (incluindo aqueles que você compra sem receita médica) e álcool devem ser trancados.

Ensine aos outros

  • O que parece preguiça ou irritabilidade pode ser sintoma de depressão.
  • Seu filho adolescente não está inventando os sintomas.
  • Fale sobre qualquer histórico familiar de depressão para aumentar a compreensão.

Pequenas atitudes que podem ajudar muito

  • Converse, ouça-o com amor e dê apoio. Incentive o adolescente a compartilhar seu sentimento, incluindo pensamentos de morte ou suicídio. Tranquilize-o contando que isso é muito comum com a depressão.
  • Ajude-o a relaxar com atividades físicas e criativas. Concentre-se nos pontos fortes dele.
  • Divida os problemas ou as tarefas em etapas menores para que seu filho seja bem-sucedido.
  • Ajude-o a encarar os problemas de uma maneira diferente e mais positiva.

Faça um plano de segurança

  • O tratamento funciona, mas pode demorar algumas semanas para começar a surtir efeito. O adolescente deprimido pode não perceber as alterações no humor imediatamente. Somado a isso, os efeitos colaterais iniciais do tratamento (como ocorre com os antidepressivos) pode desencorajá-lo.
  • Observe os fatores de risco para o suicídio. Estes incluem falar sobre suicídio pessoalmente ou na internet, dar pertences, ter um aumento dos pensamentos sobre a morte e abusar de substâncias.
  • Siga o plano de tratamento. Certifique-se de que seu filho adolescente vá à terapia e que tome o remédio conforme foi prescrito pelo médico.
  • Faça uma lista de pessoas para quem você pode ligar quando os sentimentos dele piorarem.
  • Tenha em mãos os números de telefone do médico e do terapeuta do seu filho adolescente, além do serviço local para crises de saúde mental.

Conclusão

Ao começar a perceber algumas alterações de comportamento citadas neste artigo, já procure um profissional da saúde. Não espere para ver se passa, se melhora. A depressão pode ser uma doença traiçoeira, não facilite para ela!

Gostou do artigo? Não esqueça de compartilhar e ajudar outras pessoas que também precisam de informação!

O que é impulsividade e como ser menos impulsivo

A impulsividade é uma reação imediata a qualquer situação sem pensar. É um comportamento precipitado, que às vezes acontece porque é a sua reação automática. Ou então é resultado de uma frustração que o domina emocionalmente, e você quer fazer alguma coisa para barrar o desconforto.

A reação ocorre sem escolha e julgamento. Consequentemente é ineficaz e até mesmo prejudicial na maioria dos casos. Você sabe que não é certo ou inteligente se comportar daquela maneira, mas você não pode evitar! Você reage rápida e instintivamente.

Geralmente você acaba se arrependendo, mas depois você continua reagindo da mesma maneira diversas vezes, sem conseguir se controlar.

Como saber se sou impulsivo?

É muito importante que você esteja ciente de sua impulsividade. Caso contrário, o comportamento impulsivo sempre se repetirá contra sua vontade. A impulsividade assumirá o controle de você e trará muitos problemas

Para saber se você é uma pessoa impulsiva, seguem alguns sinais que podem indicar esta característica:

Você “tem pavio curto”

  • Você faz comentários com pessoas com quem você não deve mexer.
  • Você diz as coisas na cara das pessoas.
  • As pessoas têm um pouco de medo da sua boca.
  • Volta e meia você se envolve em incidentes e discussões.
  • Você sempre xinga os outros motoristas na rua.
Xingar constantemente no trânsito pode ser um sinal de impulsividade.

Reage mal ao ser repreendido

Quando seu chefe, cônjuge ou pai repreende você por algo que você fez, você fica envergonhado e humilhado e não consegue aguentar. Então você se levanta, bate a porta e sai. Ou então reage desproporcionalmente, com uma explosão de raiva.

Age com irresponsabilidade

  • Bebe ou fuma em excesso
  • Usa drogas e álcool com frequência
  • Dirige imprudentemente na estrada
  • Não é sexualmente responsável

Não consegue conter-se

  • Você devora a comida. Também não consegue seguir uma dieta
  • Compra coisas e depois se arrepende de tê-las comprado

Não pensa antes de responder

  • Você responde a tudo na hora, sem pensar
  • Em um teste ou quando você está fazendo uma tarefa, você responde apressadamente, sem ler a pergunta até o fim.
  • Você responde as outras pessoas sem ouvir até o fim o que elas estão dizendo.
  • Você interrompe os outros com frequência.
Ser pavio curto, explosivo, pode ser sinal de que você é uma pessoa impulsiva.

Identificando gatilhos que acionam sua reação impulsiva

É importante você se conhecer e identificar o que desencadeia a sua impulsividade. Assim você poderá trabalhar a sua cabeça de forma a evitar esses descontroles.

Algo que pode ajudar é mudar algumas coisas para que você evite aquilo que te faz perder o controle. Isso não te deixará menos impulsivo, mas ao menos as consequências desastrosas diminuirão um pouco.

Pequenas mudanças que podem ajudar

Alguns exemplos de coisas que você pode mudar para evitar o comportamento impulsivo. Isso é só uma forma de evitar problemas enquanto você aprende a controlar suas reações.

  1. Se o vizinho do outro lado da rua o incomoda, evite encontrá-lo.
  2. Se a loja de doces a caminho do trabalho for um grande obstáculo, pois você será tentado a comprar chocolate, escolha um caminho diferente.
  3. Se você fala demais nas reuniões de trabalho e sempre interrompe os outros, crie uma regra para si mesmo: não seja o primeiro a falar. Mesmo que isso signifique que outra pessoa diga o que você queria dizer. Talvez isso seja melhor do que despertar nos colegas de trabalho uma raiva de você ou criar conflitos!

O que devo fazer?

É importante que você identifique o “momento anterior”, o “gatilho”. Este é o momento em que você perde o controle. Se você identificá-lo, você pode pressionar o botão de parar e conter-se.

Ouça seu corpo!

Seu corpo sempre sinaliza, aprenda a ouvi-lo. Seus sentimentos também sinalizam: você pode estar estressado, oprimido, irritado, assustado, desapontado. Todos esses são sinais indicando que você está prestes a tentar escapar da situação por meio de uma reação inadequada.

Você não precisa saber como reagir. Tudo o que você precisa fazer é respirar profundamente e simplesmente não fazer nada. Essa é a coisa inteligente a fazer: esperar, evitar reagir.

Você precisa aprender a não reagir na hora, por mais difícil que seja!

Se você parou – agora você é rei!

Agora você tem que esperar um pouco, se acalmar e recuperar o controle. Em seguida, todas as opções estão abertas. A não reação lhe dá tempo de pensar e, em geral, deixa as portas abertas para você.

Agora você pode escolher! Você vai poder ponderar sobre o que tem a ganhar e o que pode perder. Vai pensar nos vários aspectos da situação, poderá consultar amigos ou especialistas e planejar o que vai fazer e como reagir.

É sempre uma boa ideia esperar com calma antes de agir

Mesmo que você ache que tem uma boa solução, espere um pouco mais. Quanto maior o intervalo entre a situação avassaladora e a sua reação, maior a chance dela ser bem-sucedida.

Por exemplo, se de repente você quiser comprar um novo par de calças jeans, mesmo que você já tenha comprado alguns na semana passada, espere alguns dias. Há uma boa chance de você perceber que não precisa de mais calças. Talvez descubra que o que você está mais precisando são sapatos.

Se você não parar, as chances são de você acabar com um armário cheio de itens desnecessários, que não se servem muito bem e que você nem vai usar!

Situações em que o controle emocional é difícil

Uma das situações mais comuns em que a impulsividade aparece é aquela em que alguém te culpa ou te magoa. A sobrecarga emocional nessa situação é muito forte e seu controle pode simplesmente escorrer por entre os dedos.

A tendência nesses casos é atacar a outra pessoa ou, alternativamente, rastejar diante dela.

Os mecanismos de defesa são muito fortes. Você pode culpar os outros, insultá-los, fingir que não está nem aí, realizar todo tipo de manipulação. Tudo isso é feito sem escolha ou sem controle. E você pagará um alto preço no futuro!

Portanto, seja muito cuidadoso nestas situações. Afaste-se delas sempre que possível. Tente se acalmar aos poucos e só depois de examinar a situação, de pensar sobre isso sozinho (ou com pessoas que podem ajudar), decida se deve reagir. Se decidir que deve reaigr, decida com calma como fará isso.

Técnica para controlar a impulsividade

Você pode usar a técnica da “voz interior”: memorizar “mantras” com antecedência e recitá-los para si mesmo. Sempre procure ter algumas frases prontas para as situações que podem levá-lo a uma atitude precipitada.

Algumas frases que podem ajudar a controlar a impulsividade

As frases abaixo podem ser usadas por você para manter o autocontrole. Você pode repeti-las mentalmente, como um mantra, sempre que estiver em uma situação delicada. Você pode também criar as suas próprias frases, o importante é encontrar a que melhor se encaixa para você.

  • “Talvez logo eu tenha uma resposta melhor.”
  • “Isso não é tão ruim, veja as coisas por outro ângulo.”
  • “Se você esperar um pouco, você colherá um grande benefício.”
  • “Espere um minuto, logo você decidirá o que fazer.”

Buscando ajuda de um especialista

Muitas vezes a impulsividade pode ser apenas uma parte do problema. Isso pode vir de algum distúrbio, como a síndrome de borderline, por exemplo. Por isso é sempre aconselhável que você busque a ajuda de um médico ou psicólogo.

Eles poderão identificar as formas mais eficazes de te ajudar e darão todas as orientações necessárias para que você fique bem e consiga lidar melhor com estas situações.

10 Coisas que pessoas com transtorno bipolar gostariam que você soubesse

Um transtorno mental, como o transtorno bipolar, sempre é carregado de estigmas e mitos. Todo mundo acaba se tornando um “especialista” no assunto e dando palpites sobre o problema.

É comum fazermos ou dizermos coisas, que consideramos como bons conselhos, para nossos amigos e familiares que sofre de uma doença mental. No entanto o resultado é exatamente o contrário do esperado: fazemos com que suas condições sejam ainda mais difíceis de lidar.

Como já foi dito no início do artigo, o transtorno bipolar é envolto por muitos equívocos. A maioria de nós entende que as pessoas com transtorno bipolar sofrem de depressão e mania de uma forma muito simplista.

Precisamos entender que nada, incluindo o transtorno bipolar, é tão claro quanto parece. As pessoas que sofrem dessa desordem lutam contra muitas coisas além desses dois estados aparentemente conhecidos.

Precisamos ter o cuidado, portanto, de não virar um fardo extra para eles carregarem, caso não possamos ajudá-los!

Leia abaixo algumas coisas que precisamos entender sobre as pessoas que sofrem de transtorno bipolar:

1. Todo mundo tem altos e baixos. O transtorno bipolar não é só isso!

Esse transtorno vem carregado de outras coisas, como sentir-se ansioso, irritável, incapacidade de dormir, sentimentos de inutilidade e pensamentos suicidas.

Às vezes, os altos e baixos acontecem ao mesmo tempo. Isso que já foi descrito como “explodir em câmera lenta”. Imagine o como é doloroso não ser capaz de entender em que estado está sua mente! Você estar eufórico e desolado ao mesmo tempo.

Você simplesmente não consegue fazer sua mente parar de arrasar a si mesma. Além disso, seus episódios podem ser fisicamente dolorosos. Portanto não, não está tudo em sua cabeça!

2. Não, episódio de mania não é algo divertido

Algumas pessoas vêm com discursos como: “Graças a Deus, você não está deprimido o tempo todo. Pelo menos, você estava cheio de energia nos momentos felizes. Isso deve compensar os dias de depressão ”.

Embora ter muita energia seja uma coisa muito boa, pode ser perigoso quando você não tem controle sobre suas ações naquele momento de “alta”.

Imagine estar cheio de uma imensa energia, perdendo o contato com a realidade. Você está irritado, você está com raiva, você não consegue fazer com que seu corpo pare e tenha descanso. 

Você está acordado quando o mundo está dormindo. Você está esgotado, mas essa energia não te deixa dormir! Você toma decisões que em uma situação normal você não tomaria. Porém, no momento sua mente racionaliza e justifica essa decisão.

Esses períodos de gasto imenso de energia, de pensamentos e ações irracionais e de confiança excessiva têm um impacto muito grande em seus relacionamentos familiares, na vida social e na estabilidade financeira. Então não, mania não é divertido!

3. Se os episódios de seu amigo são mais fortes ou diferentes dos de alguém que você conhece, isso não significa que ele esteja exagerando

O transtorno bipolar tem uma ampla gama de sintomas e se manifesta de diferentes maneiras. Os sintomas de outra pessoa não podem e não devem ser usados ​​como referência para outra pessoa.

4. Eles não estão simplesmente sendo preguiçosos

Sabe quando quando eles se deitam na cama depois de sofrer episódios de euforia ou durante os períodos de depressão? Isso não significa que eles não querem ou não estão fazendo qualquer esforço.

Eles sabem que têm dezenas de coisas para fazer, prazos para cumprir, etc. Porém, nesse momento, a vida para eles é sombria (talvez essa expressão não seja a mais apropriada).

Na maioria das vezes eles simplesmente não conseguem encontrar forças para levantar seus corpos nem para ir ao chuveiro!

5. Pessoas que sofrem de transtorno bipolar, assim como outras doenças mentais, não podem simplesmente controlar ou sair disso

Em primeiro lugar, se eles tivessem a capacidade de dizer a seus cérebros “Não, eu não quero estar com esse humor”, eles não seriam bipolares.

Às vezes, os episódios bipolares simplesmente os atingem e eles não podem só dizer à sua mente algo como “pare com isso, este não é o lugar ou a hora certa”.

6. Períodos de depressão, mania e estados mistos não definem as pessoas que sofrem de transtorno bipolar

Eles não são de forma alguma diferentes de você e eu, porém precisam de ajuda profissional, compreensão e apoio. Isso não significam que eles têm mentes fracas ou perderam sua capacidade de pensar e tomar decisões.

Viver com transtorno bipolar mostra que eles são fortes e que cada tomada de ar é um sinal de vitória. Vitória de uma batalha vencida entre várias outras na guerra que eles estão lutando.

Então, ao invés de tornar suas batalhas mais difíceis com nossa crítica e conselhos de exercícios e dietas que irão “curá-los”, vamos tentar estar lá como um apoio. Afinal nunca vamos realmente entender o que eles estão passando.

7. Não fique “pisando em ovos”

Confie em mim, eles são fortes. Eles não vão quebrar. Se eles te deixarem com raiva, avise-os. Não tente evitar falar sobre as coisas importantes porque acha que isso pode prejudicá-los.

8. Nunca é sua culpa

Quando seu amigo bipolar estiver mostrando sinais de humor depressivo, não fique se desculpando (“o que há de errado com você? O que eu fiz de errado? Eu disse alguma coisa? Por que você está assim?”).

Por favor, entenda que eles não podem sair desses estados de humor. Se você fizer várias perguntas que eles realmente não podem responder, só irá piorar ainda mais o seu humor ou irá fazer com que sintam-se culpados.

9. A maioria das pessoas com transtorno bipolar deixa de levar seus medicamentos a sério

Um dia eles podem esquecer de tomá-los devido à fase que estão passando. A fase da mania os faz pensar que tudo está bem e que eles não precisam mais das drogas.

Por mais que a gente os ame e queira cuidar deles, não tente fazê-los sentirem-se culpados por esquecer de tomar seus remédios. 

Você pode explicar-lhes gentilmente como os medicamentos lhes são benéficos e porque devem usá-lo ou fazer terapia. Honestamente, é doloroso para alguns ter que ficar usando remédios por um longo período. Sem contar que alguns realmente não podem pagar!

Então, antes de tentar culpar seu amigo por não tomar seus remédios, pense nos fatores externos e tente explicar que ele precisa continuar usando-os para evitar a recaída.

Explique que eles não devem parar de usar uma droga sem consultar um médico, mas sempre de uma forma gentil e sem parecer que está “pegando no pé”.

10. Não use o distúrbio para justificar o comportamento deles

Se seu amigo está muito chateado e grita com você, não diga “eu entendo que você está se comportando assim por causa da sua doença”.

Não se refira às suas ações como “comportamento de bipolar”. Eles sabem que você fez algo errado e, se você sentir que eles estão exagerando, avise-os sem levantar a bandeira bipolar.

Além disso, se o seu ente querido ficar violento, não tente forçá-lo a parar. Saia de perto imediatamente e tente conseguir uma pessoa mais velha ou um médico que possa ajudar.

Fonte: https://www.mentallyaware.org

Seu filho sofre bullying? Saiba como descobrir e ajudar!

Seu filho está sofrendo bullying na escola, no bairro ou no seu condomínio?

Você sabia que vítimas de bullying na infância podem ter problemas de depressão e ansiedade quando forem adultos?

O assunto é tão importante que nos Estados Unidos existe uma organização governamental ligada ao ministério da saúde americano, que tem como única responsabilidade tratar do assunto. Caso tenha curiosidade, pode visitar o site Stop Bullying.

Neste artigo você vai aprender a identificar se seu filho sofre bullying e vai saber o que poderá fazer para ajudá-lo.

O que é o bullying?

O bullying pode ser definido como um comportamento agressivo entre crianças em idade escolar que envolve um desequilíbrio de poder real ou aparente. São agressões repetitivas que ocorrem ou que tem potencial para ocorrer de forma sistemática. É importante frisar que nem sempre a agressão física é utilizada.

Estima-se que quase um terço das crianças em idade escolar tenham sido vítimas de bullying, que também pode ser chamado de assédio. Também foi levantado que 70% das crianças dizem que testemunharam o bullying nas suas escolas.

As crianças que sofrem assédio, durante um longo período de tempo, correm maior risco de problemas com comportamento, humor, desempenho escolar e relações familiares ou sociais.

Sinais de que seu filho está sendo vítima de bullying

É comum as crianças, principalmente os adolescentes, fazerem brincadeiras de mal gosto com os colegas. Normalmente eles chamam isso de “zoação”. Porém muitas vezes ultrapassam o limite da brincadeira e vira o que conhecemos como bullying.

Muitas vezes os adolescentes não entendem o limite entre uma brincadeira e o bullying.

Muitas vezes os adolescentes não entendem o limite entre uma brincadeira e o bullying.

A fronteira que separa a brincadeira do bullying é muito tênue, por isso é bom prestar atenção no seu filho. Assim poderá saber se ele está apresentando sinais de que está sendo vítima de bullying na escola, no bairro ou condomínio.

É claro que apenas um sintoma não indica muita coisa, até porque muitos deles são comuns na adolescência. Mas caso ocorram vários e continuamente, o sinal de alerta deve acender.

Abaixo os principais comportamentos que podem indicar que seu filho está sendo vítima de assédio.

Mudanças de humor e comportamento

Ninguém conhece seu filho melhor que você. Se você notar mudanças repentinas no humor ou no modo de agir do seu filho (como padrões de sono ou hábitos alimentares), estes podem ser sinais de que algo significativo está acontecendo em sua vida. Pode estar relacionado ao bullying, fique alerta.

Perda interesse na escola ou em outras atividades

As crianças que sofrem bullying na escola, durante atividades extracurriculares, no bairro ou condomínio, podem parar de se sentir motivadas a participar de atividades.

Às vezes, a tristeza e a solidão podem fazer com que as vítimas parem de querer participar de atividades, mesmo que a intimidação não esteja acontecendo naquela hora.

Dores de estômago, náuseas, dores de cabeça ou dor

Ser intimidado pode causar muito estresse para as crianças.Isso pode sobrecarregar o corpo ocasionando dores de estômago, náuseas, problemas intestinais, dores de cabeça e outras dores.

Se o seu filho tiver sintomas que melhoram durante os longos períodos de recesso escolar e / ou pioram um pouco antes do início da escola, isso pode indicar que os sintomas físicos do seu filho podem estar relacionados ao bullying ou a outros problemas escolares.

Às vezes, os sintomas físicos podem até melhorar nos finais de semana e começar a piorar no domingo à noite.

Notas em declínio

As crianças que lutam com as notas e o aprendizado correm maior risco de serem vítimas de bullying. Mas a queda das notas também pode ser um sinal de que uma criança está sofrendo bullying na escola.

Uma queda no desempenho escolar é um dos sinais que os pais devem ficar de olho!

As crianças que sofrem bullying podem ter uma queda nas notas por várias razões, incluindo ter vergonha de levantar a mão na sala de aula, não poder prestar atenção nas aulas e perder o interesse em se sair bem na escola.

Não ser convidado para festas de amigos / casas de amigos

Crianças que sofrem bullying podem deixar de ser convidadas para casas de amigos ou festas de aniversário porque são os amigos que fazem o bullying. Ou então porque os amigos não querem mais passar tempo com uma criança que é o alvo do bullying (por medo de também virar alvo).

Perder os pertences com frequência

Se o seu filho começar a perder itens com frequência, como livros, eletrônicos ou jóias, isso pode ser um sinal de que outras crianças intimidam seu filho e pegam seus pertences.

Evitar a escola

As crianças que tentam sair da escola, especialmente se costumavam frequentar a escola, às vezes o fazem porque estão sendo maltratadas. Se você perceber que seu filho está tentando evitar a escola, é uma boa ideia fazer perguntas abertas sobre o que seu filho não gosta na escola.

Os 4 tipos de bullying

O bullying pode ser classificado em quatro tipos. Isso ajuda a identificar o que está acontecendo. Afinal, muita gente acredita que a prática de bullying só existe quando há algo físico ou presencial. Independente do tipo de bullying, ele sempre é praticado com o objetivo de intimidar.

Veja os tipos de bullying abaixo:

Intimidação física

Quando uma ou mais crianças se envolvem em comportamentos onde a violência física é usada com intuito de causar danos à vítima.

Os tipos de agressão incluem bater, empurrar e chutar, mas podem  incluir jogar comida ou roubar pertences. Os casos extremos de violência nas escolas devem ser reportados ao estabelecimento rapidamente.

O bullying físico ocorre quando a violência física é a forma escolhida pelo agressor para intimidar a vítima.

Intimidação cibernética

Quando uma ou mais crianças usam sites de redes sociais (por exemplo, Facebook, Instagram), mensagens de texto, sites ou outras mídias eletrônicas para insultar, mentir, postar fotos ou espalhar boatos sobre a vítima. No cyber bullying, o valentão pode fingir ser outra pessoa ou fingir ser a vítima.

Intimidação verbal

Quando uma ou mais crianças se envolvem em xingamentos ou insultam a vítima.

Intimidação relacional

Quando uma ou mais crianças deixam a vítima de fora das atividades, optam por não convidar a vítima para festas ou espalham boatos sobre a vítima.

O que fazer se seu filho estiver sendo intimidado

É importante que você saiba como agir caso descubra que seu filho está sofrendo algum tipo de intimidação. Você deve dar espaço para que ele confie em você e não sinta medo de contar o que está acontecendo.

Muitas vezes a criança ou adolescente tem medo que os pais denunciem o agressor por medo de vir a sofrer mais perseguição no futuro.

Leia as dicas abaixo, certamente ajudarão a saber o que deve fazer caso seu filho esteja sofrendo bullying.

Pergunte

Você é o melhor defensor de seu filho. Se você suspeitar que seu filho está sendo intimidado, faça perguntas abertas sobre como o seu filho acha que as coisas estão indo com os colegas da escola ou na sua vizinhança.

Seja solidário

Proporcionar um ambiente acolhedor é uma das formas mais eficazes de evitar o desenvolvimento de problemas emocionais, sociais e comportamentais em crianças vítimas de bullying.

Às vezes isso significa apenas ouvir, em vez de saltar imediatamente para tentar resolver os problemas do seu filho com um valentão.

Não culpe a vítima

Orientar seu filho para ajudá-lo a resolver problemas e melhorar as habilidades sociais pode ajudar as crianças a desenvolver as habilidades necessárias para lidar com o bullying. No entanto, tenha cuidado para não enviar ao seu filho a mensagem de que o bullying é culpa dele.

Incentive atividades extracurriculares

A prática de atividades em equipe podem ser poderosas para as crianças vítimas de bullying. Isso porque elas permitem que as crianças desenvolvam relacionamentos com outras crianças da mesma idade e que também executam atividades semelhantes.

Mesmo que seu filho sofra bullying na escola, encontrar uma equipe à qual seu filho possa pertencer sem sofrer bullying pode protegê-lo de depressão e ansiedade.

Uma atividade extracurricular pode ajudar a evitar uma depressão futura em seu filho, principalmente se ele sofre bullying.

Evite o excesso de controle e a superproteção

Se seu filho está sendo vítima de bullying, a última coisa que você vai querer fazer é se não se envolver nos problemas da vida dele.

No entanto, cuidado ao tentar controlar tudo da vida do seu filho ou tentar proteger seu filho de qualquer possibilidade de intimidação. Isso pode enviar ao seu filho uma forte mensagem de que ele é incapaz de lidar com a própria adversidade.

Limitar a exposição do seu filho a estas situações também pode tirar importantes oportunidades do seu filho adquirir importantes habilidades sociais.

Seja o exemplo

As crianças enxergam nos pais o exemplo de como devem lidar com a adversidade, comunicar-se com pessoas difíceis, resolver problemas e administrar conflitos interpessoais.

Mostre ao seu filho como interagir com os outros e como se sentir em relação a eles transmitindo confiança, assertividade e comportamentos pró-sociais.

Converse com as pessoas certas na escola

Depois de coletar informações de seu filho, considere reunir-se com os professores dele, com o diretor e com outros funcionários importantes da escola para desenvolver um plano para ajudar seu filho.

Esse plano pode incluir a identificação de um adulto na escola com quem seu filho possa conversar quando ocorre o bullying, aumentar o monitoramento adulto de atividades escolares não estruturadas ou mesmo alterar a sala de aula do seu filho (em último caso).

Incentive as melhores amizades

Mesmo as crianças que sofrem bullying por muito tempo podem ser protegidas de depressão e de ansiedade posteriores se tiverem pelo menos um amigo próximo.

Ajude seu filho a desenvolver mais amizades, incentivando-o a passar mais tempo com amigos íntimos e solidários fora da escola.

Saiba quando procurar ajuda

Descobrir que seu filho sofre bullying é apenas o primeiro passo para manter seu filho seguro.

Se você notar mais mudanças no humor, no comportamento, no desempenho escolar e falta de motivação para participar de atividades ou relações familiares, procure ajuda de um psicólogo ou um médico.

É comum os pais adiarem a procura de um especialista por preconceito ou por não aceitarem que algo pode estar acontecendo com o filho. Porém, esperar pode prejudicar mais. Procure ajuda o quanto antes, se for o caso.

Insônia? Saiba como ter uma boa noite de sono!

A insônia é um dos males que mais incomoda. Quem sofre disso sabe bem o que é passar o dia todo sonolento e não conseguir produzir como gostaria.

As causas podem ser as mais variadas, como ansiedade, ambiente inadequado, barulho excessivo, estresse, entre diversos outros.

Talvez você precise de ajuda de um profissional da saúde para resolver seu problema de insônia. Porém, antes você pode fazer algumas coisas simples que irão ajudar a combater este problema.

Mesmo que seja indicado pelo seu médico o uso de algum medicamento ou de um complemento, como a melatonina, as dicas abaixo serão importantes e trarão benefícios, atuarão conjuntamente com o que foi prescrito. Afinal, nada adiantará você tomar um remédio se não fizer algumas mudanças em seus hábitos e seu ambiente.

Confira abaixo as dicas para ter uma boa noite de sono. Existem muito mais dicas, certamente, mas com essas provavelmente você tenha uma boa noite de sono!

Dicas para ter uma boa noite de sono

1. Procure evitar o uso luzes brancas no ambiente.

Se possível, use luz avermelhada, as conhecidas luzes “amarelas” ao invés das brancas (é assim que é descrita na embalagem). São as lâmpadas comuns, mas que tem cor que lembram as lâmpadas incandescentes que foram proibidas.

A luz amarela é melhor para o ambiente onde você dorme.

Além de tornar o ambiente mais aconchegantes, estas lâmpadas não fazem com que a melatonina seja eliminada do seu organismo, ao contrário da luz branca (que emite luz azul também).

2. Evite o uso do celular antes de dormir

Usar o celular é um dos grandes erros de muitos que reclamam de insônia. Isso porque estes aparelhos emitem luz azul. Esta luz é uma grande inimiga da melatonina, o “hormônio do sono”. Ela faz com que os níveis deste hormônio sejam diminuídos em seu organismo.

Alguns celulares já tem um modo específico de configuração para diminuir a exibição da luz azul, conhecido como night shift (algo como “turno da noite” ou “entardecer”, em tradução livre) ou modo leitura, como também é conhecido.

A luz azulada do celular é extremamente prejudicial ao sono!

3. Assistir TV até dar sono, nem pensar!

É o mesmo caso do uso do celular. Além da luz azul, o barulho vai atrapalhar. Isso sem contar que o assunto pode chamar a sua atenção, mantendo-o acordado.

Aliás, o ideal seria nem ter TV no quarto. Além de ocupar espaço, não é o lugar adequado para este aparelho. Pense nisso!

4. Mexer no computador também não é uma boa ideia

Acho que nem precisava falar isso, não é mesmo? Deixe isso para outra hora.
Além da luz azul que ele emite, você é estimulado a querer ver mais e mais coisas. Os diversos e interessantes assuntos disponíveis aguçam sua curiosidade fazendo com que mantenha-se em alerta.

5. Procure realizar uma atividade relaxante

Uma atividade calma, como ler um livro, ouvir músicas mais calmas e meditação é o ideal nos minutos que antecedem a hora de dormir. Procure relaxar, deixe de lados as atividades estimulantes.

Ler é uma ótima pedida para quem precisa “buscar” o sono.

6. Tenha um horário rígido para ir para a cama

Isso é muito importante, pois também pode ajudar na regulação da secreção da melatonina. Procure manter uma rotina de horário de deitar, mesmo que não consiga dormir de imediato.

Com o tempo o corpo vai se habituando e você já começará a ficar sonolento perto do horário de dormir.

7. Evite ingerir alimentos estimulantes

Pode parecer óbvio para alguns, mas muita gente faz isso. Tomar café ou comer “só um chocolatinho”, por exemplo, não é das melhores ideias se você quer dormir nas próximas horas.

Evite estes tipos de alimento após o entardecer. Deixe para fazer isso durante o dia, quando você precisa manter-se acordado.

Evite bebidas estimulantes antes de dormir. Como alternativa você tem alguns tipos de chá, como camomila, melissa ou capim-limão.

Por outro lado, há alguns chás conhecidos por ter efeito calmante que são mais apropriados. Entre eles tem o chá de camomila, de melissa (erva cidreira) ou capim limão (capim cidreira). Claro que, se você for gestante, antes de tomar qualquer coisa, mesmo um chá, você deve consultar seu médico!

O que fazer se a insônia continuar

A insônia pode ter várias causas, como foi falado no início. Caso siga estas dicas e continue com problemas para dormir, não hesite antes de procurar um médico.

Agora que já sabe como ter uma boa noite de sono, lembre-se que não deve nunca recorrer a medicamentos sem a orientação médica. Lembre-se que o que é bom para uma pessoa pode fazer muito mal para a outra.

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