10 coisas que pessoas com depressão querem que você saiba

Algumas vezes é difícil para as pessoas entenderem porque alguém sofre de depressão. Mais difícil ainda é alguém que sofre desta doença explicar isso para quem não a conhece. Pior, muitos não a conhecem, mas acreditam que sim!

Este artigo foi escrito para que você saiba o que as pessoas com depressão gostariam de explicar, mas muitas vezes não conseguem.

Leia tudo atentamente, você precisa saber mais sobre este transtorno mental, que é o mais comum do mundo, mas também um dos mais estigmatizados. E não deixe de compartilhar, é preciso fazer com que as pessoas entendam mais sobre este transtorno!

1. Não há como alguém simplesmente deixar de ter depressão

Talvez para alguns isso seja frustrante de ouvir, mas é algo que você precisa entender. Ninguém pode simplesmente sair da depressão – é impossível. Não há como, de repente, decidir que não quer mais estar assim.

Ter depressão é como se alguém estivesse se afogando. Não importa o que a pessoa faça, isso a domina e não há o que você possa fazer! A pessoa pode até lutar para sair desta situação, mas nem sempre conseguirá sozinha.

É uma batalha constante e cansativa. É muito desgastante, principalmente quando as pessoas acreditam que o depressivo está assim porque quer.

2. Nem sempre existe uma razão para alguém sentir-se deprimido

Isso é algo bem difícil das pessoas entenderem. Para quem nunca teve depressão talvez seja mais simples supor que isso é causado por um evento que aconteceu na vida da pessoa.

Sim, a depressão pode ser desencadeada por eventos da vida, como o luto ou a perda do emprego. No entanto, nem sempre há uma razão para que alguém esteja deprimido!

A depressão é uma doença e pode afetar qualquer pessoa!

3. Ter depressão e estar triste não são a mesma coisa

Depressão e tristeza são coisas diferentes. A tristeza é uma emoção normal. Se algo de ruim acontecer, você pode se sentir triste, mas a tristeza passará depois de alguns dias.

Já a depressão é uma tristeza persistente – pode durar semanas, meses ou até anos. Pode afetá-lo de várias maneiras, como mudar sua personalidade, interesses e a maneira como você vê o futuro.

Além disso, nem sempre o depressivo vai aparentar tristeza. A depressão causa a perda da vitalidade, a falta de interesse pelas coisas. Então, não espere que uma pessoa com depressão esteja necessariamente triste.

4. A pessoa deprimida não quer te magoar

Para os amigos e familiares é difícil ver alguém que eles amam sofrer de depressão. Também é difícil saber como ajudar e o que fazer (ou o que não fazer e não dizer para alguém com depressão). A depressão é uma doença muito egoísta e muitas vezes o depressivo afasta as pessoas para protegê-las.

Com a depressão, há sentimentos de culpa e o medo de decepcionar as pessoas. Algumas vezes o depressivo pode falar coisas horríveis, que na verdade não quer dizer.

Pode ser difícil amar e cuidar de alguém com depressão, mas ficar ao lado da pessoa e mostrar-lhe amor e carinho incondicional é uma das melhores coisas que você pode fazer.

5. Depressão não é uma escolha

Ninguém escolhe ficar deprimido! A depressão pode afetar várias coisas na vida da pessoa, como relacionamentos, sexo, trabalho e estudo. Se a pessoa pudesse escolher, certamente não ficaria assim!

O depressivo não pode fazer nada para impedir que isso aconteça com eles.

Ninguém é fraco porque tem depressão.

Pessoas com depressão nem sempre estão o tempo todo tristes.

6. Depressivos podem ter dias bons

O depressivo não terá só dias ruins. Ele ainda pode ter dias melhores, menos difíceis. Também podem ter dias que sentem-se bem e que são capazes de fazer as coisas.

O que acontece é que o humor flutua bastante e, nos dias bons, podem sentir que estão no controle e que podem conseguir fazer algo, mesmo que seja sair com um amigo para um café. A depressão é uma mistura de dias bons e ruins.

7. O depressivo pode se sentir um fardo muito pesado

A depressão pode fazer com que o depressivo sinta-se um inconveniente para os outros. Isso leva-o a sentir-se isolado e achar difícil falar com os outros.

Às vezes pode sentir-se um fardo muito pesado para os outros. Quando sente-se mal, talvez evite outras pessoas (principalmente a família e os amigos) para esconder como ele está se sentido.

Neste momento, amigos e familiares precisam ser compreensivos e tranquilizar seus entes queridos, falando que eles não são um fardo.

Falar para o depressivo que você está disposto a conversar sobre o que ele está sentindo pode transmitir uma sensação de segurança e apoio, que é muito importante.

8. Coisas pequenas para você podem ser grandes conquistas para o depressivo

É muito importante para o depressivo ter e atingir metas que ele mesmo estabeleceu. Isso deixa-o orgulhoso.

Em geral as pessoas tem como objetivo coisas como conseguir um emprego, obter uma promoção, tirar notas altas. Para o depressivo as conquistas podem ser muito menores, como sair da cama, conseguir tomar um banho, conversar com alguém sobre seus sentimentos ou pequenas coisas do dia a dia.

Tenha orgulho dele quando atingir esses objetivos. Essas conquistas os aproximam da recuperação e algum dia serão capazes de alcançar coisas maiores. Porém, por enquanto, é colocar um pé na frente do outro. Conseguir essas pequenas coisas é importante para sentirem essa sensação de realização. Incentive-o!

9. O depressivo é grato pelas suas palavras gentis e por você tentar ajudá-lo

Pode ser difícil saber o que dizer e o que fazer para ajudar uma pessoa com depressão. Às vezes, oferecer algumas palavras gentis pode ser útil. Talvez a pessoa não demonstre que gostou, mas isso aconteceu!

Pode ser difícil para o depressivo mostrar sentimentos de gratidão, mas a bondade demonstrada realmente significa muito para ele.

10. O depressivo está tentando fazer de tudo para sair da depressão

A depressão precisa ser trabalhada pelo depressivo. Ela não é algo que acontece de uma vez. Ele não pode simplesmente ignorar a depressão, ela precisa ser tratada adequadamente por um profissional da área.

Se ele precisar fazer terapia e/ou usar medicação como forma de tratamento, fique ao lado dele. Não é feio oferecer ajuda! A depressão pode fazê-lo sentir-se isolado e solitário. Ter alguém ao lado pode fazê-lo sentir-se menos sozinho.

O que o depressivo mais quer é sair da depressão. Ele está lutando para conseguir isso, não ache que ele não faz a parte dele. Apenas fique ao seu lado, isso fará grande diferença para ele!

Como a depressão afeta a sexualidade

Viver com a depressão não é nada fácil. Ela afeta todos os aspectos da vida de uma pessoa. Nisso estão incluídas a sexualidade e as relações sexuais.

É importante saber que, diferente do que muita gente acredita, depressão e tristeza são coisas diferentes. Um indivíduo com depressão sente como se algo o impedisse de realizar suas tarefas e atividades do dia a dia. Então entenda: nada impede que você encontre alguém que sofre de depressão sorrindo ou passeando.

Para esclarecer isso a Organização Mundial de Saúde fez um vídeo para ilustrar a realidade da depressão. Este vídeo mostra um homem que quer fazer suas tarefas, mas não consegue porque seu cachorro o impediu de fazer isso. O cão (depressão) não deixava o homem sair da cama ou viver uma vida normal.

Mas voltando ao assunto deste artigo, vamos explicar como a depressão afeta a vida sexual da pessoa. É importante ter essa visão para saber como ajudar quem sofre com este problema, ao invés de fazer cobranças que provavelmente só piorem a situação.

Depressão e relações sexuais: elas estão relacionadas?

A depressão interfere nas relações sexuais de muitas maneiras diferentes. Uma das áreas especialmente afetada é a dinâmica do casal quanto a vínculos emocionais, como, por exemplo, a comunicação íntima.

Quando um dos parceiros sofre de depressão ocorrem diversas mudanças na vida dele. Entre essas mudanças estão as listadas abaixo:

  • Pouco ou nenhum desejo sexual: esta é a principal área afetada pela depressão, pois o desejo é o que nos leva a termos relações sexuais. Sem isso, haverá uma grande diminuição do prazer. A depressão diminui a motivação em todos os aspectos, incluindo, especialmente, o desejo sexual. Desta forma afeta diretamente as relações sexuais.
  • Incapacidade de criar fantasias eróticas: isso é resultado da perda do desejo, pois as fantasias são semelhantes a ele. Vamos fazer uma analogia: se ter relações sexuais é como comer uma torta, o desejo sexual seriam os ingredientes e as fantasias sexuais seriam as diferentes maneiras de combinar esses ingredientes para criar algo que uma pessoa venha a gostar mais tarde.
  • Alteração de seu relacionamento consigo mesmo: A autoestimulação merece consideração especial, já que é uma parte muito importante de nós. É a nossa fonte de autoconhecimento, exploração e prazer que podemos ter em particular. A depressão também interfere nisso. Na verdade, é comum que um indivíduo deprimido se masturbe com menos frequência ou pare completamente de fazer isso.
  • Baixa assertividade: A assertividade é a maneira correta de comunicar nossos desejos sem ceder à pressão ou sem expressar o que queremos (ou não queremos) de maneira agressiva. Uma pessoa com depressão muitas vezes se sente incrivelmente culpada por não atender às expectativas das outras pessoas. Então isso a leva a se comunicar passivamente como um mecanismo compensatório.

Em um contexto íntimo, as pessoas podem decidir quando fazer e quando não fazer sexo. Porém, às vezes um parceiro quer e o outro não. Como uma pessoa deprimida geralmente tem um tempo mais difícil, expressando sua falta de desejo sexual, acaba recorrendo ao mecanismo compensatório mencionado acima: ceder ao intenso desejo sexual do parceiro.

Meu parceiro tem depressão. O que eu posso fazer?

Uma coisa que você precisa ter em mente é que quem tem depressão não quer ter depressão. Eles também querem se sentir bem e desfrutar das relações sexuais.

Também é preciso lembrar que cada indivíduo experimenta a depressão de um jeito diferente dos outros (isso também acontece com outros transtornos mentais).

Abaixo temos algumas dicas que podem ajudá-lo, caso seu parceiro tenha depressão:

  • Não pressione: acompanhe seu parceiro respeitando o seu ritmo e espaço. Às vezes, seu parceiro precisa de companhia, às vezes precisa ficar sozinho, outras vezes não vai querer conversar e também pode chegar a hora de precisar de um ombro para chorar. Mostre-lhes respeito de uma maneira íntima e, o que quer que você faça, não confunda seu estado mental com o que eles sentem sobre você. Lembre-se que seu baixo desejo sexual é causado por sua depressão e não tem nada a ver com o relacionamento em si.
  • Mostre-se disponível: Entenda: não colocar pressão sobre o seu parceiro não significa desconsiderá-lo. É essencial fazer com que seu parceiro entenda que você está dando a ele o espaço de que ele precisa e que está respeitando o seu ritmo, mas que você ainda está lá para ele. É claro que você não quer estragar nada ou fazê-lo se sentir pior, então tente se expressar através de frases como “Estou aqui se você precisar conversar” ou “Você não está sozinho nisso”.
  • Não julgue: a última coisa que uma pessoa com depressão precisa é ter seu comportamento ou suas decisões questionados pelo parceiro. Duvidar ou julgá-la só fará com que se sinta pior. Lembre-se de que ela já está se sentindo frustrada e culpada, então não acrescente mais algo a esta equação, criticando cada movimento da pessoa. Além disso, julgar sua falta de desejo sexual pode causar-lhe grande desconforto. Tenha em mente que, se dependesse dela, ela se sentiria completamente diferente.
  • Peça ajuda: Mais e mais pessoas com depressão estão recorrendo à terapia psicológica. Todos nós sabemos que esta não é uma decisão fácil de tomar e que pode levar algum tempo. Portanto, é importante mostrar ao seu parceiro que você apoia suas decisões e, se necessário, não hesite em acompanhá-lo em suas sessões de terapia.

Conclusão

Segundo a Organização Mundial de Saúde, a depressão afeta mais de 300 milhões de pessoas em todo o mundo. Muitas destas pessoas são reticentes em recorrer a um psicólogo por medo ou razões financeiras. No entanto, se você ou alguém que você conhece está com depressão e tem meios para frequentar a terapia, é 100% recomendado que façam isso.

Devemos notar, porém, que mesmo com ajuda profissional, a superação da depressão não é fácil. No entanto, ter um parceiro atencioso, respeitoso e compreensivo é uma das chaves para superar a doença.

Os sintomas da depressão são muito amplos, assim como são individuais. Mas todos compartilham uma realidade sombria: o pessimismo crônico e a incapacidade de acompanhar a vida. É uma doença completamente paralisante.

Portanto, pesquise mais sobre o assunto e busque ajuda profissional. Certamente com a ajuda de um médico ou psicólogo somada à ajuda do cônjuge, a melhora será significativa!

Fontes:

Falta de concentração: entenda as causas!

Você tem problemas de falta de concentração? Você ficaria impressionado se soubesse o quanto isso é comum nos dias de hoje. E as causas podem ser as mais variadas.

É importante tentar identificar o que realmente está ocasionando estes problemas para então procurar uma solução mais adequada. Para isso, você precisa entender como é que nosso organismo funciona.

Por isso este artigo foi escrito, para que você entenda melhor o que pode estar acontecendo com você. Portanto, leia-o até o fim com muita atenção! 😉

As pessoas pensam que foco significa dizer sim à coisa em que você precisa se concentrar. Mas não é nada disso. Significa dizer não às outras centenas de boas idéias que existem. Você precisa escolher cuidadosamente.”

Steve Jobs


O que é a concentração

Antes de saber o que causa a falta de concentração é preciso entender o que ela é e como ela funciona. Concentração é a capacidade de manter a atenção nas tarefas em que estamos trabalhando, no que estamos fazendo.

Com as habilidades de concentração adequadas, um indivíduo é capaz de bloquear as distrações e inibir as ações que possam causar a perda do foco e da atenção.

A concentração está diretamente ligada ao desempenho de um trabalho. Quanto maior ela for, mais fácil ficará o trabalho, além de se tornar mais rápido e eficiente.

A dificuldade em manter a atenção torna-se um problema quando a incapacidade de se concentrar e de focar em alguma coisa impede a pessoa de fazer algo, ou então quando torna a tarefa muito difícil de ser executada.

Immediate Unity

Às vezes o telefone celular, um ruído de fundo ou mesmo alguns pensamentos são elementos que acabam atrapalhado a execução do trabalho.

Mexer no celular ao dirigir tira a atenção, cuidado!

Alguns fatores impactam diretamente nos níveis de concentração. São eles:

  • Interesse na tarefa
  • Dedicação à tarefa
  • Ambiente propício, com poucas distrações
  • Estado físico e emocional
  • Aptidão para completar a tarefa

A ciência por trás da concentração

Para compreendermos o mecanismo da concentração precisamos entender como o cérebro funciona. Quando o cérebro foca em uma tarefa, ao menos três tipos diferentes de atenção produzem a capacidade de se concentrar:

Atenção dividida

É o processo que permite ao cérebro gerenciar e processar múltiplas fontes de informação ao mesmo tempo. Um exemplo disso seria a tarefa multifocal de dirigir.

Atenção seletiva

Permite que o cérebro se concentre em uma única coisa, desconsiderando o ambiente ao seu redor.

Resolver um cubo mágico é um tipo de atividade que exige atenção exclusiva.

Atenção sustentada

A atenção sustentada permite que o cérebro fique focado em uma coisa por um longo tempo. Este processo não é afetado pelo envelhecimento. Ela permite ao cérebro classificar e redirecionar as informações em meio à distração.

Este processo todo é suportado por duas importantes funções, aprimoramento da sensibilidade e seleção eficiente.

O aprimoramento da sensibilidade é ativado por informações sensoriais que ajudam o cérebro a processar a entrada de forma mais eficiente.

A seleção eficiente direciona a capacidade de se concentrar do cérebro. Filtra informações importantes e eleva o processo de raciocínio para uma concentração mais profunda, ao mesmo tempo em que elimina as interrupções.

Por que perdemos o foco?

Perder o foco faz parte do sistema interno de sobrevivência humana. Esta característica destina-se a manter os humanos seguros.

Quando ocorre uma situação em que a segurança pode estar em jogo ou em que algo será recompensador, o cérebro percebe que algo precisa de sua atenção. Então o sistema interno de sobrevivência entra em ação e exige que o cérebro interrompa a concentração.

Recuperação da atenção

Depois que o foco é quebrado, você pode levar até 25 minutos para retornar à tarefa que estava sendo executada. Estudos sugerem que leva de 5 a 15 minutos para retomar o foco.

Um trabalhador de escritório é interrompido em média a cada intervalo de 3 a 10 minutos. Algumas dessas interrupções vêm na forma de colegas, telefonemas, e-mails, etc. As interrupções mais frequentes são as internas, cerca de 44% do tempo de acordo com uma pesquisa.

Colegas interrompendo o trabalho é um dos fatores de perda de foco.

Uma característica que você deve conhecer para gerenciar melhor o seu trabalho: o cérebro humano é capaz de se concentrar por até duas horas, depois disso precisa de um intervalo de 20 a 30 minutos.

Problemas de concentração em adultos

São muitos os problemas de concentração em adultos. Os mais comuns são a má gestão do tempo, a facilidade de se distrair, a incapacidade de completar uma única tarefa por um período prolongado de tempo, levar muito tempo para concluir uma tarefa e a dificuldade em ler e recordar as informações existentes em algum material.

Um dos problemas comuns de falta de concentração é ler e não recordar as informações contidas no material.

Causas de problemas de concentração em adultos

Os problemas de concentração em adultos podem ter diversas causas. Abaixo você encontrará alguns dos principais motivos que são capazes de levar a dificuldades de atenção:

  • Alterações hormonais durante a menopausa ou gravidez podem afetar a função cognitiva.
  • Fadiga e estresse emocional podem causar problemas de concentração.
  • Pouco tempo de sono e descanso – o cérebro precisa de descanso. Um dos sintomas mais comuns de exaustão é a falta de concentração.
  • Capacidade de concentração – existem algumas pessoas que são capazes de se concentrar melhor do que outras. E também tem algumas que têm mais dificuldade em se concentrar.
  • Certas condições psicológicas e físicas são caracterizadas pela dificuldade de concentração, como o Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH).
  • Ambiente – fatores ambientais, como um barulho ou telefone tocando, podem causar perda de concentração.
  • Fome e má alimentação também podem dificultar a concentração. A falta de nutrientes pode afetar o funcionamento do cérebro. Os ácidos graxos ômega-3 (encontrados em peixes, soja, linho, nozes e outras fontes) ajudam a fornecer ao corpo os aminoácidos necessários para a formação de células saudáveis. Além disso, eles desempenham um importante papel na produção de neurotransmissores no cérebro, como a serotonina e a dopamina. Indiscutivelmente, as células cerebrais ​​(neurônios) saudáveis terão melhor desempenho do que as não saudáveis, promovendo assim a clareza cognitiva, uma memória que funciona bem e um humor positivo.
  • Medicação e drogas – alguns medicamentos podem causar falta de concentração e algumas drogas deterioram a função cognitiva e o cérebro.
  • Dor física – o cérebro tem mais dificuldade em se concentrar durante uma lesão ou na dor crônica.
  • Concussão – traumas cerebrais leves podem causar uma ruptura na atividade elétrica do cérebro e/ou no metabolismo da glicose do cérebro (ele precisa disso para processar informações).
  • Estresse – ser facilmente distraído é um sinal comum de estresse persistentemente elevado. O estresse também pode levar a um comportamento excessivamente apreensivo e causar um estado de prontidão de semi-emergência.
  • Emoções fortes – tanto a tristeza profunda quanto o êxtase podem nos deixar alheios ao mundo ao nosso redor. Como exemplo podemos citar um adolescente apaixonado que fica pensando no ser amado e não consegue prestar atenção à aula.

Conclusão

Talvez a sua falta de concentração seja apenas um sintoma de alguma doença ou de algum transtorno. Também pode vir da dificuldade em dormir ou de dormir mal.

É bom notar que a incapacidade de se concentrar corrói a autoconfiança e cria insegurança. Isso pode levar à irritabilidade, depressão e ansiedade no local de trabalho.

O recomendado é sempre procurar um especialista. Um médico poderá analisar um conjunto de fatores para tratar a causa do seu problema, não apenas os sintomas. Não deixe de relatar a ele todos seus problemas, mesmo que aparentemente não tenha ligação com o que está sentindo. Ele precisa ter uma visão global da sua saúde para poder ajudar.

Fontes
https://blog.sandglaz.com/the-science-behind-concentration/
https://www.forbes.com/sites/carminegallo/2011/05/16/steve-jobs-get-rid-of-the-crappy-stuff/
https://www.ics.uci.edu/~gmark/Home_page/Welcome.html
https://neuroleadership.com/
http://thepeakperformancecenter.com/educational-learning/learning/process/obtaining/types-of-attention/
http://thepeakperformancecenter.com/educational-learning/learning/process/obtaining/types-of-attention/
https://blog.cognifit.com/concentration-problems-symptoms-causes-and-tips/
https://www.medicinenet.com/difficulty_concentrating/symptoms.htm
http://theconversation.com/the-hefty-price-of-study-drug-misuse-on-college-campuses-59340

Transtorno de Estresse Pós-Traumático: o que é e como ajudar

Neste artigo falaremos sobre um assunto que não é tão comentado no dia a dia como a depressão, a ansiedade, a bipolaridade e a síndrome de borderline. Por não ser tão falado torna-se muito importante conhecermos o transtorno de estresse pós-traumático (TEPT).

Este artigo foi criado a título informativo. Desta forma você poderá identificar se há indícios de que você ou alguém que você conheça tenha sofra com este problema, podendo buscar ajuda de um profissional.

O que é o transtorno de estresse pós-traumático

O transtorno de estresse pós-traumático (TEPT) é um transtorno mental debilitante que uma pessoa pode desenvolver quando experimenta – ou apenas testemunha – um evento muito traumático, aterrorizante ou trágico.

As pessoas com TEPT costumam ter lembranças e pensamentos assustadores duradouros da experiência que passou.

Como exemplo de eventos traumáticos que podem desencadear este tipo de transtorno podemos citar:

  • desastres naturais, como furacões, enchentes, incêndios ou terremotos
  • violência na comunidade onde vive (tiroteio, assalto, roubo, agressão, intimidação)
  • um grave acidente de carro
  • abuso sexual ou físico
  • guerra ou violência política (guerra civil, terrorismo)
  • violência doméstica ou familiar, violência no namoro
  • morte súbita inesperada ou violenta de alguém próximo (suicídio, acidente)
  • grande cirurgia ou doença com risco de vida (câncer infantil)
  • ferimentos graves (queimaduras, ataque de cachorro)
Um possível motivo para o desencadeamento do transtorno do estresse pós-traumático é um acidente grave.

O TETP em crianças

Crianças expostas ao mesmo trauma que um adulto podem reagir de maneira muito diferente, mesmo que sejam da mesma família. Mesmo que muitas crianças experimentem algum trauma em suas vidas, muitas delas não desenvolverão TEPT. 

Quanto pior o trauma, maior são as chances da criança desenvolver o transtorno. Por exemplo, uma criança que testemunhou a morte violenta de um dos pais ou que é vítima de violência sexual tem um risco maior de desenvolver TEPT. Crianças e jovens com TEPT continuam sofrendo os efeitos muito tempo após o término do trauma.

Sinais e sintomas do transtorno de estresse pós-traumático

Se os sintomas começaram depois que a pessoa experimentou ou presenciou um evento traumático e se eles não desaparecerem, ela pode ter desenvolvido o Transtorno de Estresse Pós-Traumático. Os sintomas podem começar logo após o trauma, meses ou até anos depois.

É comum sobreviventes de guerra sofrerem de transtorno de estresse pós-traumático.

O transtorno de estresse pós-traumático causa perda de memória a curto prazo e pode ter repercussões psicológicas crônicas de longo prazo. Felizmente, o tratamento pode aliviar e, muitas vezes, eliminar os efeitos do TEPT a curto e a longo prazo.

Existem quatro tipos diferentes de reações de estresse pós-traumático. Para ser diagnosticada com TEPT, a pessoa deve ter pelo menos um sintoma de cada um desses quatro tipos.

1. Parecer extremamente alerta e “em guarda”

  • ficar com raiva facilmente
  • sentir-se agitado, nervoso, ou facilmente assustado; pular com sons ou possíveis ameaças (telefone tocando, um cachorro latindo)
  • frequentemente estar em “guarda” ou procurar sinais de perigo
  • ter dificuldade para se concentrar ou concluir tarefas
  • ter dificuldade para adormecer ou permanecer dormindo
  • fazer coisas imprudentes e perigosas

2. Reviver o trauma em sua mente

  • ter sonhos assustadores
  • representar partes do evento durante brincadeiras (crianças)
  • ter memórias perturbadoras e assustadoras, “imagens” e pensamentos sobre o que aconteceu
  • ficar muito chateado ou ter reações físicas ao ver ou ouvir coisas que lembrem o trauma (uma foto de um membro da família, barulho de um rojão, uma sirene, uma porta batendo)
  • encenar o evento traumático ou sentir como se estivesse acontecendo agora
Pesadelos frequentes podem ser um sintoma do transtorno de estresse pós-traumático.

3. Sofrer mudanças nos pensamentos e nos sentimentos como resultado do trauma

  • perder o interesse em coisas que gostava (sair do time esportivo ou da aula de dança, não querer mais nadar, conversar com os amigos, tocar um instrumento ou, no caso de uma criança, brincar com os amigos)
  • não ser capaz de sentir emoções positivas (prazer, satisfação, etc.)
  • sentir emoções negativas (raiva, medo, horror, etc.) que não vão embora
  • culpar a si mesmos ou aos outros pelo evento
  • pensar mais negativamente sobre si mesmos, os outros e o mundo
  • mostrar pouca emoção depois de um trauma ou não querer estar perto de pessoas
  • esquecer partes do trauma ou ficar confuso sobre quando as coisas aconteceram

4. Evitar coisas que lembrem do trauma

  • evitar pensamentos, sentimentos ou conversas associados ao trauma
  • Ficar longe de coisas associadas ao trauma (cães, se o trauma foi um ataque de cachorro, roupas, lugares)

TEPT em diferentes faixas etárias

A tabela a seguir lista os sintomas que podem ser observados em pessoas que sofrem de TEPT em diferentes idades.

É importante lembrar que alguns desses sintomas podem ocorrer durante períodos de estresse e não apenas no transtorno de estresse pós-traumático. Porém, se uma pessoa tem sintomas que permanecem por um longo tempo em reação a um evento assustador, eles podem estar sofrendo de TEPT.

Primeira infância

  • medo de estranhos, familiares ou de algumas situações (fica grudento, evita o contato, chora)
  • revive o trauma através de brincadeiras ou de desenhos
  • fica mais alerta (assusta-se facilmente, receoso do perigo)
  • age como se tivesse menos idade ou não usa mais as habilidades já aprendidas (para de usar o penico, começa a chupar o dedo)
  • queixas sobre o corpo (dores de estômago, dores de cabeça e outras)
  • sonhos assustadores sem relação com o evento traumático

Crianças em idade escolar

  • perda de confiança (não confia mais no cuidador para mantê-lo seguro)
  • visão negativa do mundo (acha que o mundo é perigoso)
  • perda de interesse em atividades que eles costumavam gostar
  • fica desafiador, tem explosões de raiva intensa ou agressão
  • faz coisas sem pensar (fica impulsivo, briga sem considerar as consequências)
  • dificuldade de concentração
  • queixas sobre o corpo (dores de estômago, dores de cabeça, dores e dores)
  • revive o trauma através de brincadeiras ou de desenhos
  • perda de apetite
  • mudanças de humor, parecem infelizes ou deprimidas
  • medo de ser separado dos cuidadores (não quer ficar longe, tem problemas para dormir sozinho)

Jovens, adultos e adolescentes

  • perda de confiança
  • comportamento impulsivo (uso de substâncias, autoflagelação)
  • fica desafiador, agressivo
  • perda de interesse em atividades que gostavam
  • mudanças de humor, parecem infelizes ou deprimidas,
    perda de apetite
  • queixas do corpo (dores de estômago, dores de cabeça, dores e dores)
  • pensamentos repetidos de morte, de estar morrendo ou de suicídio
  • comportamento de risco, incluindo auto-mutilação, uso de álcool, drogas e comportamento sexual desprotegido
  • visão negativa do mundo (acha que o mundo é perigoso)
  • tornam-se muito irritáveis

O que fazer em caso de TEPT?

As pessoas que vivem com transtorno de estresse pós-traumático podem sentir que estão lutando uma batalha diária com as suas lembranças. Não é uma condição fácil de conviver.

O tratamento ativo por meio de psicoterapia e de medicação (se necessário) pode ser complementado por grupos de apoio e apoio da comunidade.

Se uma pessoa com TEPT tiver um parceiro, o aconselhamento de casais pode beneficiar o relacionamento. Desta forma seu parceiro poderá entender melhor e aprender como lidar com os sintomas associados a esse transtorno.

Vídeo sobre o transtorno

O vídeo abaixo aborda o tema do TEPT, explicando de uma forma simples o que é este transtorno. Assista!

Conclusão

O primeiro passo é garantir que a pessoa esteja segura e que suas necessidades básicas sejam atendidas. Depois disso, se ela continuar tendo sintomas de estresse por um mês ou mais após o trauma, é importantíssimo procurar ajuda profissional.

Nunca deixe para depois. Se você puder, busque um médico ou psicólogo para obter orientações sobre como proceder para auxiliar a pessoa com estresse pós-traumático. O apoio da família e dos amigos é fundamental, mas é preciso saber o que fazer.

Fontes:

Relacionamento Com Borderlines

Se você se relaciona ou se relacionou com alguém que que tinha a síndrome de borderline deve saber que as coisas não são muito fáceis.

Cuidar de alguém com Transtorno de Personalidade Borderline (TPB) é viver em em uma montanha-russa onde ora é amado e elogiado, ora é abandonado e maltratado.

Ser um borderline (ter TPB) também não é um mar de rosas. Você vive em uma insuportável dor psíquica na maior parte do tempo. Em casos graves, na fronteira entre a realidade e a psicose.

Sua doença distorce suas percepções causando um comportamento antagônico e torna o mundo um lugar muito perigoso. A dor, o terror do abandono e dos sentimentos indesejados podem ser tão grandes que às vezes chega a pensar o suicídio pode parecer uma escolha (obviamente não é!).

Se você gosta de drama, emoção e intensidade, aproveite o passeio, afinal as coisas nunca serão calmas. Após um começo apaixonado e imediato, espere um relacionamento tempestuoso que inclui acusações, raiva, inveja, intimidação, controle e desmembramento devido à insegurança do borderline.

Nada é cinza ou gradual. Para limites, as coisas são preto e branco. Eles têm a personalidade de Jekyll e Hyde (de O Médico e o Monstro) por excelência.

Flutuando dramaticamente entre idealizar e desvalorizar você, eles podem repentinamente e esporadicamente mudar ao longo do dia. Você nunca sabe o que ou quem esperar.

As variações no relacionamento com um borderline

As emoções intensas e instáveis dos borderlines te poem para cima quando eles estão de bom humor e te esmagam quando não estão. Para eles, você é um príncipe ou uma princesa mas, de repente, um canalha ou uma vadia.

Se você discutir com eles, todos os sentimentos ruins deles serão projetados em você. Eles podem ser vingativos e punir você com palavras, silêncio ou outras táticas. Podem ser manipuladores e também muito destrutivos para a sua autoestima.

Ao contrário do Transtorno Bipolar, seu humor muda muito rapidamente, isso faz parte da sua personalidade. Ou seja, o que você vê neles é regra.

Suas emoções, comportamento e relacionamentos instáveis, incluindo sua história de trabalho, refletem uma auto-imagem frágil, baseada na vergonha, muitas vezes marcada por mudanças repentinas. Às vezes, à medida em que se sentem inexistentes, são agravadas quando estão sozinhos.

A hipervigilância

Eles são dependentes dos outros e podem procurar conselhos frequentemente. Às vezes, de várias pessoas no mesmo dia e fazendo a mesma pergunta.

Eles estão desesperados para serem amados e cuidados. São hipervigilantes para quaisquer sinais reais ou imaginários de rejeição ou abandono. Nisso podemos citar, como exemplo, se você se atrasar, cancelar um compromisso ou falar com alguém que eles acreditam ser um “competidor”.

Distorções da realidade

Para eles, a confiança é sempre um problema, muitas vezes levando a distorções da realidade e à paranoia. Você é visto como a favor ou contra eles e deve tomar o seu lado.

Cena do filme Gaslight, de 1940.

Não se atreva a defender seu inimigo nem tente justificar ou explicar qualquer pequena desfeita que ele afirme ter sofrido. Eles podem tentar levá-lo a ficar com raiva e, depois, acusá-lo falsamente de rejeitá-los. Podem fazer você duvidar da realidade e da sua sanidade mental (como no filme À Meia Luz – Gaslight – abaixo), e até fazer lavagem cerebral em você.

O medo do abandono

Em seu desespero por atenção e cuidados, eles podem se comportar de uma maneira que pareça manipulação emocional. Cortar o relacionamento com amigos e parentes que os “traem” é algo comum.

Eles reagem aos seus profundos medos de abandono com um comportamento carente e pegajoso, ou então com a raiva e a fúria que refletem sua própria realidade distorcida e auto-imagem.

Por outro lado, eles também temem uma conexão romântica que eles mesmos tentam criar, pois têm medo de serem dominados ou engolidos por ter muita intimidade.

Não tão perto, nem tão longe

Em um relacionamento próximo, eles parecem andar na corda bamba, equilibrando entre o medo de ficar sozinho e de estar próximo demais. Para fazer isso, eles tentam controlar com comandos ou manobras indiretas. Incluindo nisso o uso da lisonja e da sedução, para seduzir seu parceiro, e o uso de raiva e da rejeição para mantê-lo a uma distância segura.

Enquanto os narcisistas gostam de ser compreendidos, muita compreensão amedronta os borderlines.

Borderlines são codependentes e buscam pessoas assim também

Geralmente, os borderlines são codependentes e buscam outro codependente para se juntar, pois este pode ajudá-los.

Eles procuram alguém que forneça estabilidade e equilibre sua emotividade variável. Codependentes e narcisistas são autossuficientes e controlam seus próprios sentimentos, portanto são uma combinação perfeita.

Eles são facilmente seduzidos pela extrema abertura, charme e vulnerabilidade dos borderlines. Além disso, a paixão e as emoções intensas dos borderlines são animadoras para os não-borderlines, que acham que ficar sozinho é deprimente ou entediante. Esses parceiros ganham vida através do melodrama proporcionado pelo borderline.

O borderline pode parecer o mais prejudicado no relacionamento, enquanto seu parceiro é o superior, estável, que não necessita de cuidados. Mas, na verdade, ambos são codependentes um do outro.

A autoestima

Pode ser difícil para qualquer um deles sair do relacionamento. Cada um deles exerce o controle, mas de maneiras diferentes. Codependentes também anseiam por amor e têm medo do abandono.

Codependentes também têm baixa autoestima e são limitados, então eles se acomodam e pedem desculpas quando atacados, a fim de manter a conexão emocional no relacionamento. Muitas vezes eles se tornam cuidadores fazendo isso a ponto de se sacrificar.

No processo, eles cedem cada vez mais controle ao borderline e assim fortalecem sua baixa autoestima e a codependência do casal. Entregar-se ao parceiro e dar-lhe o controle não faz com que nenhum deles se sinta mais seguro, bem pelo contrário.

Limites podem ajudar

Borderlines precisam de limites. Estabelecer um limite pode, algumas vezes, tirá-los do pensamento ilusório. Pedir para que provem o que estão dizendo também pode ser útil. Ambas as estratégias exigem que os codependentes melhorem sua autoestima, aprendam a ser assertivos e obtenham apoio emocional externo.

O relacionamento pode melhorar se o parceiro tomar medidas para curar sua codependência.

Saiba mais sobre a síndrome de borderline

Como todos os transtornos de personalidade, o TPB existe em diversos níveis, de leve a grave. Afeta mais as mulheres do que os homens e cerca de dois por cento da população mundial.

O transtorno de personalidade borderline é geralmente diagnosticado na idade adulta jovem, quando há um padrão de impulsividade e instabilidade nos relacionamentos, na auto-imagem e nas emoções.

Muitas vezes quem sofre com este transtorno acaba buscando no álcool, na comida, nas drogas ou em outro vício uma forma de automedicar a dor, porém isso só faz com que ela aumente.

Uma boa ideia para manter um relacionamento com alguém que sofre com a síndrome de borderline é buscar ajuda de um terapeuta. O portador da síndrome também deve fazer tratamento, assim poderá melhorar sua qualidade de vida e seus relacionamentos.

E você, já teve relacionamento com um borderline? Conte-nos sua experiência nos comentários, no fim da página!

O que é a síndrome do pânico

Provavelmente a maioria das pessoas já ouviu falar da síndrome do pânico. Ela é um dos transtornos de ansiedade mais comuns. Mas o que você sabe sobre isso? Sabe a diferença do transtorno do pânico e do ataque de pânico?

Este artigo foi escrito para você que quer saber um pouco mais sobre esta doença. É importante que você entenda como funciona e o que realmente é a síndrome do pânico, seja por sofrer deste transtorno, seja por conhecer alguém que sofre.

E lembre-se: compartilhar artigos como este pode ajudar outras pessoas com as mesmas dúvidas. Ajude a divulgar estas informações!

O Ataque de pânico

Antes de entender o que é a síndrome do pânico você precisa saber o que é um ataque de pânico.

Nós temos um mecanismo de proteção que nos ajuda em situações ameaçadoras. Quando você está em perigo, a reação natural do seu corpo é iniciar rapidamente uma resposta de luta ou fuga.

Esta resposta do cérebro ocorre imediatamente quando sentimos o perigo. Ela ativa muitas áreas do cérebro que são projetadas para proteger-nos desse perigo, preparando-nos para “lutar” contra ele ou escapar (isto é, “fugir”).

Como parte dessa resposta, o cérebro desencadeia a liberação de adrenalina e outros hormônios por todo o corpo, para que você possa reagir à ameaça.

Esse mecanismo de proteção é chamado de resposta de luta ou de fuga. Ele nos ajuda a sobreviver. Suas respostas emocionais e físicas durante a luta ou fuga podem ser descritas como pânico.

O que é um ataque de pânico

Às vezes, o pânico pode ocorrer do nada, quando você não está em perigo. Não em uma situação real de perigo! Estes episódios são chamados de ataque de pânico.

Um ataque de pânico é uma súbita onda de ansiedade e medo que pode acontecer com qualquer um, a qualquer momento, durante uma atividade normal como ir ao trabalho, ir ao mercado, assistir à TV, andar de elevador ou dirigir um carro. Eles podem ocorrer até quando uma pessoa está dormindo!

Após o início, a maioria dos ataques de pânico tem seu pico depois de 10 a 20 minutos, mas o episódio pode durar até uma hora ou mais. Algumas pessoas podem sofrer um ataque de pânico em algum momento de suas vidas. Porém este ataque pode ser uma ocorrência única na vida.

Um ataque de pânico pode ser resultado do estresse de uma mudança em sua vida, como a perda de um ente querido, de um trabalho ou mudança em um relacionamento, ter um bebê, etc.

Sintomas do ataque de pânico

Alguém que está sofrendo um ataque de pânico pode acreditar que está tendo um ataque cardíaco e acabar procurando um serviço de emergência médica, porque os sintomas são bem parecidos.

A pessoa pode ter dor no peito, falta de ar e taquicardia. Isso ocorre porque, ao enfrentar situações estressantes, o corpo libera adrenalina para alimentar o impulso de “lutar ou fugir”.

Isso faz com que ocorram várias mudanças no corpo, como acelerar a respiração e aumentar a frequência cardíaca para absorver mais oxigênio. Desta forma o corpo pode converter mais açúcar em energia para enfrentar ou escapar do perigo.

Os sentidos também se tornam mais aguçados, os músculos podem ficar tensos e rígidos, a digestão diminui e a transpiração aumenta.

Além destes, pode-se sentir outros sintomas:

  • Náuseas
  • Sentir-se fora de controle
  • Sensação de estar com a garganta fechando
  • Sentindo-se desconectado da realidade
  • Medo de perigo iminente ou de morrer
  • Sensações de formigamento
  • Sudorese excessiva
  • Sensação de asfixia
  • Ondas de calor
  • Calafrios
  • Hiperventilação
  • Tremores
  • Desmaio
  • Tontura
  • Dificuldade para respirar, falta de ar e sufocamento

O transtorno de pânico

O transtorno do pânico é caracterizado por ataques de pânico recorrentes. Nestes ataques uma pessoa sente extrema ansiedade física que pode durar vários minutos.

O transtorno do pânico se desenvolve tipicamente no final da adolescência ou início da idade adulta, mas nem todos os que experimentam ataques de pânico desenvolvem o transtorno do pânico. Muitas pessoas têm apenas um ataque e nunca mais têm outro.

O transtorno pode se desenvolver quando uma pessoa que teve um ataque começa a temer ter outro (ansiedade antecipatória). Esses ataques podem ter efeitos duradouros e podem interferir no trabalho, nas obrigações familiares e nas situações sociais.

Pessoas com transtorno do pânico podem associar seus ataques de pânico a situações, objetos ou locais onde ocorreram seus ataques anteriores. Isso pode levá-los a ter ansiedade sobre atividades normais, como fazer compras ou dirigir.

Causas

O desenvolvimento de ataques de pânico e do transtorno do pânico pode estar ligado a muitos fatores. A personalidade é um deles. Aqueles que tem mais tendência a sofrer de ansiedade e que são mais dados a acreditar que a ansiedade é prejudicial, são os mais propensos a sofrer ataques de pânico.

É comum também que alguns meses antes de um ataque de pânico ocorram alguns fatores estressantes e interpessoais, como morte na família ou eventos adversos na vida. Isto pode ser um fator desencadeador.

Pesquisadores realizaram estudos em animais e humanos para identificar as partes específicas do cérebro que estão envolvidas na ansiedade e no medo. Como o medo evoluiu para lidar com o perigo e como desencadeou uma resposta protetora imediata, sem pensamento consciente.

Acredita-se que essa resposta ao medo seja coordenada pela amígdala, uma estrutura no interior do cérebro. Embora relativamente pequena, a amígdala é bastante complexa, e estudos recentes sugerem que os transtornos de ansiedade podem estar associados à atividade anormal dentro dela.

Como saber se tenho transtorno de pânico

Você precisa saber que a síndrome do pânico (popularmente falando) e outros transtornos mentais só podem ser diagnosticados por um médico ou psicólogo que tenha passado algum tempo com o paciente e que tenha realizado uma avaliação adequada da saúde mental.

Os diagnósticos são complicados, pois há muitas nuances. Por favor, não tente diagnosticar alguém com base nos sintomas que você lê em revistas ou na internet. Se você estiver preocupado, fale com um profissional de saúde treinado.

Isso é importante pois há muitos transtornos com sintomas parecidos. Além disso, cada pessoa reage de uma forma a determinado tratamento, então é preciso acompanhamento profissional sempre.

Tratamento para a síndrome do pânico

O transtorno do pânico é tratado com medicamentos e terapia. O tratamento adequado, sempre indicado por um profissional, pode ajudar a diminuir ou prevenir ataques de pânico, reduzir os sintomas ou os medos relacionados a ter um ataque. Recaídas podem ocorrer, mas podem ser tratadas de forma eficaz.

O tratamento precoce da síndrome do pânico é muito importante, pois pode prevenir outros problemas relacionados a ela. Esses problemas incluem a depressão , o transtornos de ansiedade e abuso de substâncias.

Vídeo sobre a síndrome do Pânico

Encontramos um bom vídeo de uma entrevista a um médico que explica um pouco sobre a síndrome do pânico. Certamente vai ajudar a esclarecer mais sobre este assunto. Assista!

Conclusão

Se você acha que está tendo ataques de pânico, é importante conversar com um médico ou psicólogo o quanto antes. Este tipo de ansiedade é tratável e gerenciável, você só tem que dar o primeiro passo para encontrar ajuda.

Cuidado com testes online para saber se você tem transtorno do pânico. Além de não serem precisos, podem levá-lo a acreditar que tem um problema quando na verdade tem outro. Você precisa tratar o transtorno correto e só um profissional da saúde poderá ajudá-lo!

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Fontes:


O que é a paralisia do sono? É perigosa?

Imagine você acordar no meio da noite e perceber que não consegue mover-se ou falar. Assustador, não é mesmo? Agora imagine ainda por cima ter alucinações com bruxas ou seres demoníacos. Isso pode acontecer com quem sofre de paralisia do sono.

Mas você sabe realmente o que é a paralisia do sono? Quais são as causas e o que fazer para evitar? Este artigo foi escrito justamente para tirar estas dúvidas e para informar mais sobre este problema.

Leia tudo e descubra qual o perigo destes eventos. E não esqueça de deixar um comentário contando a sua experiência, no formulário ao fim da página!

O que é a paralisia do sono?

A paralisia do sono é uma experiência relativamente comum. Ela é caracterizada por uma incapacidade temporária de se mover ou de falar enquanto uma pessoa acorda ou adormece.

Para evitar que seu corpo se movimente ou reaja aos sonhos, os músculos entram em um estado de relaxamento durante o estado de sonho ou quando você está no estágio do sono REM.

Porém, se o corpo continua nesse estado de relaxamento após o REM, o movimento físico permanece restrito mesmo que a pessoa esteja consciente. Este é o sintoma que define a paralisia do sono.

Em algumas pessoas, um episódio de paralisia do sono pode ser acompanhado por sonhos vívidos ou alucinações. Essa pode ser a razão pela qual algumas pessoas atribuem um fator de medo ou um elemento sobrenatural à sua experiência.

Muitas vezes quem sofre um evento de paralisia do sono tem alucinações com demônios ou bruxas, como nesta obra de Johann Heinrich Füssli.

Como ocorre a paralisia do sono

A paralisia do sono pode ocorrer de diferentes formas para cada pessoa. Algumas contam que durante a paralisia do sono sentiram uma presença fantasmagórica no quarto (o demônio da paralisia do sono). Descreveram que sentiram-se paralisados, além de terem tido sentimentos de mau presságio, terror e falta de controle.

Também é muito comum sentir falta de ar ou dificuldade para respirar (porém isso não é perigoso).

Essas alucinações podem incluir (apesar de que geralmente isso não acontece) sons estranhos, cheiros e sensações de ausência de peso. A paralisia do sono é uma aflição documentada há séculos. Porém só em 1928 é que ela recebeu de Samuel Alexander Kinnier Wilson esse nome, em seu livro The Narcolepsies.

De uma forma ampla, durante a paralisia do sono você pode:

  • Suar
  • Gemer
  • Sentir dormência ou formigamento de um membro
  • Sentir taquicardia
  • Pressão torácica
  • Sensação de precisar “lutar” para se mexer
  • Dificuldade para respirar

Por mais assustador que isso possa ser, saiba que a paralisia do sono é algo relativamente comum e que você estará completamente seguro durante um evento (apesar do medo que vai sentir)!

O que pode desencadear um episódio de paralisia do sono?

Diversas são as causas da paralisia do sono. Entre elas podemos citar o estresse ou a privação de sono. Pode ser causado também por um sono interrompido, principalmente se for no estágio REM, ou por distúrbios do sono, como a narcolepsia.

É importante notar que há casos em que ocorre durante os cochilos diurnos ou com quem tem problemas de sono devido a turnos de trabalho em horários alternados.

Outros fatores comuns que levam à paralisia do sono incluem:

  • Distúrbios do sono, como apneia obstrutiva do sono e a narcolepsia.
  • Consumo de álcool ou uso de drogas.
  • Transtornos mentais como depressão, ansiedade ou estresse pós-traumático.
  • Estresse mental excessivo e fadiga física.
  • Alguns medicamentos.
  • Uma história familiar de paralisia do sono (embora a causa genética seja desconhecida).

Observação: Na maioria dos casos em que as pessoas relatam episódios de paralisia do sono, estavam dormindo de costas. Porém isso não quer dizer que isso não aconteça quando uma pessoa dorme de lado ou de barriga.

O Demônio da Paralisia do Sono

A maioria das pessoas que já ouviu falar sobre as histórias de paralisia do sono esta familiarizada com as terríveis alucinações associadas à paralisia, incluindo o demônio da paralisia do sono. Parece sensacional, mas os relatos de ver monstros, figuras sem rosto e outras coisas assustadoras estão bem documentados a ponto de resistir ao folclore.

Escultura de Eugène Thivier, Cauchemar (Pesadelo) com o demônio do sono Incubus em cima da pessoa.

Antes do desenvolvimento da ciência do sono, as explicações culturais para a experiência variavam entre demônios (demônios da paralisia do sono), abduções alienígenas e entidades “prementes” ou “sentadas” que seguram seu peito e dificultavam a respiração.

Desde a Pisadeira (um homem ou mulher desgrenhado que sobe no seu peito) até o khmaoch sângkât cambojano (o fantasma ou demônio da paralisia do sono que o empurra para baixo.

Atualmente falas-se que abduções alienígenas modernas podem ser resultado de paralisia do sono e nossa visualização coletiva de criaturas incognoscíveis, observando um aumento nas semelhanças de histórias de abdução alienígena após o “incidente OVNI” em Roswell, Novo México em 1947 .

Os três tipos de alucinação

Segundo pesquisas, existem três tipos principais de alucinações que ocorrem durante a paralisia do sono. Às vezes, eles ocorrem simultaneamente, mas com mais frequência, apenas um se destaca.

As alucinações intrusas

São caracterizadas pelo medo e pela sensação da presença de algo desagradável, geralmente acompanhado de alucinações auditivas e visuais.

Normalmente é uma sensação de que um ser maligno está no quarto. Pode se manifestar em alucinações hiper-realistas de que há um intruso real.

As alucinações de incubus

Frequentemente ocorrem junto com as alucinações de intrusas. São caracterizadas por uma sensação de pressão no peito, de falta de ar, de estar sendo empurrado para baixo ou pressionado ou sentimentos de estar sendo sufocado.

Embora seja comum, não oferece perigo.

As alucinações de experiências extracorpóreas

Tipicamente não ocorrem conjuntamente com as outras duas. Consistem em “experiências ilusórias de movimento”, como flutuar acima da cama, sentir ausência de peso ou um sentimento de separação entre os planos físico e mental.

A paralisia do sono pode ser curada?

Na maioria dos casos a paralisia do sono ocorre em uma única ocasião e não apresenta riscos maiores.

No entanto, se a paralisia do sono ocorrer várias vezes, é melhor que isso seja avaliado por um profissional, procure um médico. É melhor identificar o problema para poder eliminá-lo, abordando quaisquer fatores que possam estar causando a sua paralisia do sono.

Como posso evitar a paralisia do sono?

Como os principais fatores desencadeantes são o estresse e a falta de sono, a melhor e mais rápida solução é regular seu horário de sono. A paralisia do sono não é tratada clinicamente, porém as condições subjacentes possam ser (como a narcolepsia).

A melhor maneira de prevenir a paralisia do sono é fazer uma boa higiene do sono. Você pode fazer o seguinte:

1. Melhore seus hábitos de sono

Assegure-se de que tenha 6 a 8 horas de sono todas as noites e que tenha tempo de relaxar à noite sem usar telas (computador, televisão, celular). Vá para a cama todas as noites no mesmo horário.

Garanta que o ambiente onde você dorme seja pacífico, nem muito quente nem muito frio e livre de interrupções como luzes e sons.

2. Durma do seu lado

Isso não só é melhor para a sua coluna e pescoço, mas também pode ajudar a reduzir a paralisia do sono causada por dormir de costas.

3. Cuide da alimentação

Evite estimulantes como a cafeína, bebidas energéticas ou alimentos altamente calóricos algumas horas antes de dormir.

4. Trate as questões subjacentes

Se você sofre de transtorno de estresse pós-traumático ou
é narcoléptico, por exemplo, consulte um médico sobre o que você pode fazer para melhorar os sintomas.

5. Diminua o estresse antes de dormir

Tente diminuir o estresse antes de dormir praticando meditação, fazendo algumas posturas relaxantes de yoga ou tomando um banho quente.

Vídeo com reportagem sobre a paralisia do sono

O vídeo abaixo é uma reportagem sobre a paralisia do sono. Vale a pena assistir, é bem interessante e informativo!

https://www.youtube.com/watch?v=UpS33tMlWss

Conclusão

Lembre-se – não há nada a temer! A paralisia do sono é apenas uma extensão do seu estado de sono. Você não vai morrer, ficar paralítico nem o bicho-papão não vai te pegar.

Você está totalmente seguro. A paralisia do sono é apenas uma experiência chocante, mas é algo que dezenas de milhares de pessoas em todo o mundo já experimentaram, durante séculos, e viveram para contar a história!

Mas atenção, se for algo que esteja ocorrendo com frequência, procure um médico. Certamente ele vai te ajudar a resolver este problema assustador, apesar de inofensivo.

Fontes

https://www.smartnora.com/blogs/nora-blogs/what-is-sleep-paralysis-and-how-you-can-stop-it

What is Sleep Paralysis? Your Worries Explained

http://theconversation.com/understanding-sleep-paralysis-a-terrifying-but-unique-state-of-consciousness-48509

Problemas com o sono? Você sabe o que é a melatonina?

A melatonina é vista por alguns como um remédio perfeito para dormir. Sem efeitos colaterais, ajuda a pessoa a adormecer mais rapidamente e pode comprar sem receita. Mas será que as coisas são bem assim?

Cada vez mais vemos anúncios de venda de melatonina e pessoas comprando as doses mais altas disponíveis.

Mas antes de tomar este complemento, conhecido também como “hormônio do sono”, é importante saber o que está ingerindo. Afinal, natural não necessariamente significa seguro!
Entenda o que é a melatonina, como ela funciona e descubra se realmente ela serve para você ao ler este artigo até o fim!

O que é a melatonina

Para saber o que é a melatonina é interessante primeiro saber como os cientistas descobriram este hormônio e sua função.

A melatonina foi originalmente descoberta na década de 1950, quando um laboratório de dermatologia achou que ela desempenhava um papel na pigmentação da pele.

Todos os pesquisadores tomaram uma grande dose desse novo produto químico, esperando que sua pele ficasse mais clara. Mas a única coisa que aconteceu foi que todos ficaram com (muito) sono.

Eles acabaram percebendo é que a melatonina é o hormônio que diz ao corpo quando é noite. Ela é produzida na glândula pineal, uma estrutura em forma de pinha localizada no fundo do cérebro.

Quando atinge a corrente sanguínea, a melatonina age como um mensageiro. Como que o corpo responde à mensagem depende de cada animal. Os ratos, por exemplo, são noturnos. A melatonina então desempenha o papel de mantê-los acordados.

Nos seres humanos e outras criaturas que habitam o dia, ela prepara o corpo para descansar e ajuda a manter esse descanso durante a noite.

Como a melatonina age em nosso corpo

Como exatamente a melatonina age ainda é algo que não foi muito bem compreendido. Acredita-se que este hormônio desative as áreas do cérebro envolvidas na vigília.

A melatonina também pode desempenhar um papel na redução da temperatura corporal, que é necessária para o sono.

O que já se sabe é que a melatonina ajuda a definir o ritmo do relógio circadiano no nosso corpo. Os cientistas demonstraram que, quando as pessoas recebem melatonina à tarde, seus relógios corporais podem ser induzidos a pensar que é muito tarde e ficam sonolentos mais cedo.

Isso pode ser útil se você está sofrendo de jet lag e seu corpo acha que ainda está em um fuso horário anterior, por exemplo.

O uso da melatonina tem efeitos colaterais?

A pesquisadora Patty Deuster, da Uniformed Services University of Health Sciences (Serviços Uniformizados da Universidade de Ciências da Saúde) dos Estados Unidos, foi a autora sênior de uma análise sistemática de 2014 sobre a melatonina.

Esta análise de Deuster fez o relato de efeitos adversos em todos os 35 estudos que realizou. No entanto ela não encontrou nada muito sério. O efeito colateral mais comumente relatado foi a sonolência (resultado de tomar melatonina) e dor de cabeça.

Entre os efeitos colaterais relatados a curto prazo estão a sonolência matinal, ocasionalmente enurese noturna (o famoso xixi na cama), dor de cabeça, náusea, tontura ou diarreia.

Mas Frank Scheer, que estuda cronobiologia em Harvard, diz que há alguns casos em que a melatonina pode ter efeitos adversos. Para algumas pessoas com uma variante genética específica, a melatonina prejudica a capacidade do organismo de processar a glicose no sangue.

Ou seja, a melatonina não é totalmente inofensiva, precisamos ter cautela.

Os riscos do uso a longo prazo também não foram avaliados. “Não há estudos claros além de seis meses de duração sobre o uso de melatonina”, diz Scheer.

Usar a melatonina é seguro?

Segundo o Centro Nacional de Saúde Complementar e Integradora (National Venter for Vomplementary and Integrative Healt) dos Estados Unidos, a melatonina parece ser segura quando usada no curto prazo, porém adverte que não há estudos que comprovem a segurança a longo prazo.

Além disso, o uso continuado não é recomendado principalmente porque os problemas do sono geralmente são resultado de algum outro distúrbio, como a apneia do sono.

Segundo Dick Wurtman, cientista cognitivo do MIT, “se você apresentar ao seu cérebro níveis de melatonina muito superiores aos que ocorrem normalmente, você dessensibiliza os receptores do cérebro para a melatonina”.  “Você se torna cada vez menos e menos responsivo.”

Uma importante observação: há um estudo em que os pesquisadores perceberam que suplementação de melatonina pode piorar o humor de pessoas com demência.

A melatonina é a solução para a minha insônia?

A primeira coisa que precisamos levar em consideração é que precisamos identificar a causa da insônia. Ela pode ser resultado de diversos fatores, como ansiedade, horário irregular de dormir, jet-lag (quando viajamos para um outro fuso horário), ambiente, entre outros tantos.

Nada adianta recorrer à melatonina ou a um medicamento qualquer, sem prescrição médica, se o problema for ansiedade, por exemplo. Para cada problema, uma solução. Deixe que seu médico indique o que é melhor para você!

Considerações importantes sobre o uso da melatonina

  • Primeira coisa: caso você ou um membro da sua família tenha problemas para dormir, um médico deve ser consultado.
  • Sempre informe todos os seus profissionais de saúde sobre quaisquer complementos que você use, como a melatonina. Dê a eles uma visão completa do que você faz para gerenciar sua saúde. Isso ajudará a garantir um atendimento seguro e coordenado.
  • Doses mais baixas de melatonina geralmente são tão eficazes quanto doses mais altas. Portanto, a menor dose possível deve ser usada. Na maioria das vezes 1 a 3 mg, uma hora antes de dormir, é a dose usada em crianças como ponto de partida.
  • A maioria dos suplementos alimentares não foi testada em mulheres grávidas, lactantes ou crianças. Nisso está incluída a melatonina.
    Se você está grávida ou amamentando uma criança, é muito importante consultar seu médico antes de tomar qualquer medicação ou suplemento, incluindo a melatonina.
  • Alguns suplementos dietéticos, como a melatonina, podem interagir com medicamentos ou representar riscos se você tiver problemas médicos ou se for passar por uma cirurgia.
  • Tomar um suplemento de melatonina é algo sério, pois pode afetar seu relógio biológico.
  • O FDA (“vigilância sanitária” americana) regula os suplementos dietéticos, como a melatonina. Porém os regulamentos para suplementos dietéticos são diferentes e menos rigorosos do que os regulamentos para medicamentos.
  • Para usar suplementos dietéticos como a melatonina com segurança, leia bem e siga as instruções do rótulo. Repetindo, “natural” nem sempre significa “seguro”!

Fontes:
https://www.vox.com/2016/4/25/11425856/what-is-melatonin-sleep
https://www.msn.com/en-us/health/healthyliving/melatonin-is-a-natural-sleep-aid-but-heres-why-you-should-stop-taking-it/ar-BBPv1Io
https://nccih.nih.gov/health/melatonin
https://blogs.rch.org.au/drmargie/2015/12/23/melatonin-for-sleep-should-i-use-it/
https://blog.withings.com/2014/08/26/10-things-you-didnt-know-about-the-sleep-hormone-melatonin/

Automutilação na adolescência, saiba como identificar e ajudar!

A automutilação na adolescência é um problema grave, que dificilmente vem à tona. Ela pode ser considerada um pedido de socorro para evitar o estopim do suicídio.

A adolescência pode ser o momento mais complicado da vida de uma pessoa. Alguns dos desafios enfrentados nesta fase da vida incluem as mudanças nos relacionamentos, mais trabalho na escola e mudanças no corpo.

Às vezes pode ser muito difícil lidar com os sentimentos originados nessas mudanças. Alguns adolescentes têm mais dificuldade para controlar seus sentimentos e acabam procurando atividades prejudiciais como beber e usar drogas ou, então, recorrem à automutilação, também conhecida como cutting (cortar, em inglês).

Neste artigo explicaremos o que é a automutilação, a razão pela qual adolescentes fazem isso e o que os pais podem fazer para ajudar seus filhos.

O que é a automutilação?

Automutilação é o ato intencional de infligir dor física ao corpo. Esta lesão pode incluir qualquer coisa, como cortar, queimar, golpear, morder ou outras diversas formas. Isso é feito a ponto de danificar os tecidos moles.

Uma forma comum de lesão corporal é o corte (cutting). O corte é o ato de ferir propositalmente o corpo com um objeto pontiagudo, rasgando a pele e fazendo-a sangrar. Apesar de alguns adultos recorrerem ao cutting como uma forma de automutilação, este tipo de ação prevalece em adolescentes.

Quando um adolescente se corta, normalmente faz isso nos braços, pulsos, pernas ou região do abdome. As feridas acabarão por cicatrizar, deixando cicatrizes.

Muitos dos que provocam danos em si mesmo ou se envolvem em ações de cutting mantêm suas cicatrizes e cortes ocultos. Alguns podem viver com cicatrizes sem que ninguém saiba que o ato foi cometido.

Além de se cortar, os adolescentes também podem participar de outros comportamentos de auto-agressão. Um exemplo bem popular é a marcação. Adolescentes podem usar o final de um cigarro ou fósforo aceso para queimar a própria pele.

Formas mais sutis de auto-agressão incluem outros atos como morder ou arrancar a pele. Há adolescentes quem arrancam o próprio cabelo, por exemplo. Todos esses atos, quando destinados a causar dano em si mesmo, são considerados automutilação.

Por que adolescentes se automutilam?

Apenas o adolescente sabe o real motivo pelo qual ele está se cortando. Mas sabemos que um dos principais gatilhos do comportamento de auto-agressão é o estresse.

O estresse pode fazer com que os indivíduos fiquem ansiosos , agitados, nervosos, tristes, frustrados, zangados ou mesmo podem gerar ambição.

Nos adolescentes, o estresse pode ser sobre coisas que aconteceram. Ir mal em uma prova ou ter um amigo ferido em um acidente de carro. Outras vezes, o estresse está relacionado às coisas no futuro: que faculdade querem fazer? Conseguirão passar no vestibular? Seus pais ficarão chateados com suas notas?

Os jovens muitas vezes relatam que se machucam para tentar controlar uma dor emocional intensa. Muitos se sentem oprimidos por sentimentos, pensamentos ou lembranças difíceis. Para alguns, pode parecer que não há outra maneira de lidar com o que está acontecendo ou de expressar o que estão sentindo.

Algumas pessoas são mais propensas a se machucar do que outras. Isso inclui pessoas que sofreram abuso emocional, físico ou sexual e pessoas que estão passando por um desafio de saúde mental, como a depressão.

A automutilação pode eliminar a tensão e outras emoções negativas de uma forma rápida. Mas, assim como as drogas, esse “alívio” é apenas temporário. A automutilação atende às necessidades emocionais dos adolescentes, mas atende mal.

Normalmente, a automutilação em jovens é desencadeada por um acúmulo de eventos de vida negativos e estressantes – não apenas um incidente.

Principais motivos que levam à automutilação

Abaixo você você tem uma lista de principais razões que levam um jovem a se automutilar:

  • culpa e vergonha
  • troca da dor emocional pela dor física
  • raiva
  • exibicionismo

Além destes motivos, que são os mais comuns, há diversos outros:

  • gesto pré-suicídio
  • aceitação de amigos que também se automutilam
  • ter mais atenção (chamar atenção)
  • sentir se ele é mesmo real
  • impulso
  • forma de implorar por ajuda
  • prazer sexual
  • vício no ímpeto de se auto-agredir
  • arte (para alguns o sangue é lindo)
  • uma forma de culto religioso para expiar a culpa
  • para punir a si mesmo ou a seus entes queridos

Sinais de que um adolescente se automutila

É importante para você, como pai ou mãe, identificar os sinais e sintomas de auto-agressão. Como este comportamento do adolescente muitas vezes é cuidadosamente escondido, o reconhecimento desses sintomas será essencial para obter um tratamento eficaz para o adolescente.

Alguns sinais de que seu filho adolescente pode estar ferindo intencionalmente incluem:

  • Cortes frescos, arranhões, contusões ou outras feridas
  • Cicatrizes (particularmente nos pulsos, braços, coxas, pernas, tornozelos ou abdome – qualquer área que possa ser coberta por roupas)
  • Vestir mangas compridas ou calças compridas, mesmo em clima quente
  • Perguntas persistentes sobre sua identidade: “Quem sou eu?” “Por que estou aqui?”
  • Manter objetos pontiagudos na mão
  • Dificuldades nas relações interpessoais
  • Declarações de desamparo, desesperança ou inutilidade
  • Instabilidade de comportamento, impulsividade e imprevisibilidade
  • Instabilidade emocional, volatilidade

Seu filho corre risco de começar a se automutilar?

Esta é uma pergunta muito importante, pois os pais normalmente acreditam que isso não irá acontecer com seus filhos. Porém qualquer adolescente pode estar em risco.

Uma série de fatores pode aumentar o risco do adolescente se automutilar ou se envolver em comportamentos auto-agressivos. Entre eles estão os seguintes:

Idade

A automutilação geralmente começa nos anos voláteis do início da adolescência. Neste momento, seu filho adolescente enfrentará uma pressão crescente dos colegas, mudanças nas emoções, sentimentos de solidão, questões de auto-identidade e conflitos com os pais ou figuras de autoridade.

Uso de drogas ou álcool

Alguns indivíduos que se machucam estão freqüentemente sob a influência de drogas ou álcool . Isto é particularmente perigoso, pois nem sempre estão conscientes da extensão ou das conseqüências de suas ações.

Problemas de saúde mental

Os auto-agressores frequentemente são altamente autocríticos ou podem ter dificuldades em resolver seus problemas.

A automutilação também está associada a transtornos mentais, como transtorno de personalidade borderline, depressão, transtornos de ansiedade, transtorno de estresse pós-traumático ou transtornos alimentares.

Problemas da vida

Algumas pessoas que se automutilam foram negligenciadas ou abusadas quando crianças. Podem, por isso, questionar seu próprio valor.

Há os que experimentaram eventos traumáticos. Alguns podem estar em um ambiente familiar instável ou se sentirem socialmente isolados.

Pressão dos colegas

Acredite ou não, a automutilação pode ser resultado da pressão dos colegas. Se houver um amigo que recorre à automutilação como mecanismo de enfrentamento, a probabilidade que seu filho também faça o mesmo é grande.

Como ajudar um adolescente que se automutila

Primeiramente, uma boa notícia: a automutilação é um comportamento que geralmente melhora a longo prazo.

Claro que a primeira reação é um certo tipo de desespero, pois não imaginamos como podemos ajudar pessoas que se cortam. Não conseguimos compreender o motivo de fazerem isso.

Então, comece sendo o mais aberto possível com a pessoa. Tente fazê-la sentir-se segura para falar sobre seus sentimentos. Permaneça calmo, eles podem estar se sentindo envergonhados com o que fizeram e talvez se preocupem com os seus julgamentos.

Não tente fazer ultimatos ou forçar a pessoa a parar – isso só vai piorar as coisas.

Pergunte diretamente ao adolescente se ele está pensando em suicídio. Se você achar que sim, busque ajuda de um profissional da saúde com urgência.

Resumindo, a melhor abordagem para ajudar é escutá-los, dar apoio e incentivá-los a aceitarem ajuda de um terapeuta. Quando a dor emocional recebe a atenção de que necessita e os adolescentes são apoiados no desenvolvimento de formas mais saudáveis ​​de lidar com os desafios emocionais, eles melhoram e o corte pára.

Conclusão

Se você tem um filho adolescente que recorre à automutilação, não entre em pânico. Busque a orientação de um profissional!

Muitas vezes os filhos contam para o pai de algum colega que é adepto desta prática. Neste caso é importante que os pais deste adolescente seja comunicado, de forma discreta.

Este assunto é muito sério. Lembre-se, quem recorre à automutilação nem sempre dá sinais claros! Por isso é importante compartilhar este artigo para que a informação chegue ao maior número de pessoas possível!

Fontes

https://www.shepherdshillacademy.org/resources/self-harm-cutting-teens/
https://headspace.org.au/young-people/understanding-self-harm-for-young-people/
https://christianschoolforgirls.com/teen-cutting-self-harm/
https://tribecatherapy.com/therapy-teens/therapy-teens-cutting-self-harm/
https://www.newhavenrtc.com/self-harm-help/what-drives-teens-to-harm-themselves/

O que é antropofobia ou fobia social

A antropofobia, ou fobia social, é um transtorno que você precisa conhecer bem, saber quais são os seus sintomas para, se for o caso, buscar tratamento.

Talvez você já tenha ouvido falar, mas sabe realmente o que é a antropofobia, também conhecida como transtorno de ansiedade social (TAS)? Sabe quais são seus sintomas e quais suas prováveis causas?

Muitas pessoas se sentem nervosas em algumas situações sociais. Conhecer novas pessoas, ir a um encontro, fazer uma apresentação – quase todo mundo já experimentou a ansiedade que essas situações podem provocar.

No entanto, o que caracteriza a antropofobia é um medo acentuado, intenso e persistente de situações sociais. Este medo pode ser diferenciado do medo mais comum que acompanha algumas situações desconfortáveis.

A ansiedade associada ao TAS não apenas interfere nas relações sociais do indivíduo, mas também em suas atividades cotidianas e profissionais.

Veremos neste artigo o que é a fobia social e quais são seus sintomas. Falaremos também sobre algumas das prováveis causas e o que você pode fazer para enfrentar o problema e ter qualidade de vida.

Leia o artigo todo e depois compartilhe! Ajude a espalhar informações sobre estes transtornos que ainda são alvos de preconceitos e que são estigmatizados pela falta de conhecimento das pessoas!

O que é o transtorno de ansiedade social?

O transtorno de ansiedade social (TAS), também conhecido como antropofobia, é um distúrbio caracterizado por um medo persistente e esmagador de situações sociais. É muito mais do que uma simples “timidez”.

Quem tem esse transtorno muitas vezes se preocupa em ser julgado negativamente pelos outros. Pode se sentir observado em situações sociais, o que o deixa ansioso. Isso pode ser debilitante pois até as atividades cotidianas simples podem se tornar um fardo.

Estas situações sociais não são necessariamente um evento especial, pode ser algo simples, como comer em local público ou então falar em público. Como exemplos de atividades que se tornam um problema para quem sofre de fobia social, podemos citar:

  • Conhecer pessoas novas
  • Conversar em grupos ou iniciar uma conversa
  • Falar ao telefone
  • Trabalhar
  • Falar com pessoas que têm autoridade
  • Falar em público
  • Comer ou beber com alguém
  • Fazer compras
  • Usar banheiros públicos

O medo e a ansiedade se caracterizam por não serem proporcionais à ameaça real da situação.

Algumas consequências do TAS

A ansiedade social pode impedir a pessoa de fazer as coisas que ela quer fazer. É um distúrbio invasivo que causa medo na maioria das áreas da vida de uma pessoa. Muitas vezes começa durante a infância ou a adolescência e está frequentemente ligado à baixa autoestima.

As pessoas com fobia social entendem que o medo é irracional, mas a ansiedade persiste. Ou seja, mesmo que a pessoa enfrente diariamente seus medos, a ansiedade aparece quando precisa fazer uma ligação telefônica no trabalho, por exemplo.

Enquanto outros transtornos mentais causam sintomas de antropofobia (por exemplo, sudorese, palpitações ou ataques de pânico), o transtorno de ansiedade social refere-se apenas a indivíduos que especificamente evitam ou temem situações sociais.

A fobia social vista pelos outros

As pessoas que desconhecem o problema normalmente tem uma visão distorcida da pessoa que sofre com a fobia social. Em geral, podem pensar que o portador de TAS é:

  • Desinteressado
  • Frio
  • Quieto
  • Tímido
  • Hostil

Mesmo que a pessoa queira fazer amigos e se envolver mais em atividades sociais, sua ansiedade social pode estar parando-a, atrapalhando suas relações sociais.

O que causa o transtorno de ansiedade social?

Da mesma forma que acontece com muitos dos transtornos mentais, o transtorno de ansiedade social é provavelmente o resultado de uma combinação de fatores genéticos e ambientais.

Genética

É mais provável que você sofra do transtorno de antropofobia se um familiar próximo também sofrer disso. Porém, ainda é incerto se isso está relacionado à genética ou se é um comportamento aprendido.

Comportamento dos pais

O comportamento dos pais também pode influenciar o filho a desenvolver fobia social. Se a pessoa tem pais ansiosos ou pais que se preocupam muito, isso pode afetar a sua capacidade de lidar com a ansiedade durante a infância, a adolescência e a idade adulta.

Pessoas com transtorno de ansiedade social geralmente descrevem seus pais como:

  • Super-protetores
  • Não carinhosos o suficiente
  • Constantemente criticando-as e preocupando-se que elas possam fazer algo de errado
  • Pais que supervalorizam a importância das boas maneiras e de estar bem arrumado
  • Pais que exageram o perigo de aproximar-se de estranhos

Experiência negativa precoce

Eventos sociais no início da vida podem provocar a ansiedade social. Por exemplo, bullying, abuso, constrangimento durante uma situação social (como esquecer as palavras em uma apresentação e ouvir os outros rirem por causa disso).

Isso pode gerar a preocupação de que situações sociais semelhantes venham a produzir o mesmo resultado. Dessa forma, a pessoa começa a evitá-las e a temê-las – quanto mais uma situação for evitada, mais medo terá dessa situação e de outras semelhantes.

Teoria Evolutiva

O ser humano é uma espécie social, precisa passar tempo com outros seres humanos. Isso explica que não queiram aborrecer os outros nem querem correr o risco de serem rejeitados.

Indivíduos com fobia social podem ser excessivamente sensíveis a serem vistos negativamente devido ao risco e às consequências da rejeição, como solidão e a depressão.

Sintomas de ansiedade social

Os principais sintomas de fobia social podem ser separados em quatro grupos: sintomas cognitivos, físicos, emocionais e comportamentais. Abaixo veremos cada um deles.

Sintomas cognitivos

Se a pessoa sofre do transtorno de ansiedade social, muitas vezes experimenta pensamentos negativos e se preocupa com:

  • Envergonhar-se na frente dos outros.
  • Todas as coisas que poderiam “dar errado” em um evento social previsto.
  • Ser criticado ou ridicularizado.
  • Ser julgado negativamente.
  • Que os outros percebam como ela está está ansiosa ou que seus sintomas físicos sejam visíveis.
  • Soar chato, estúpido, incompetente – a pessoa tem uma visão negativa de si mesmo, fazendo com que se preocupe com o que os outros verão.
  • Ser rejeitado.
  • Falar a pessoas que tenham algum tipo de autoridade – ela pode acreditar que essas pessoas são superiores e que ela é inferior.
  • A situação social, antecipada de forma excessiva – isso pode acontecer até semanas antes do evento.
  • Aborrecer ou ofender outras pessoas.
  • O “pós situação social” – a pessoa fica julgando o próprio “desempenho” durante a situação social. Ela fica pensando repetidamente sobre o que fez de errado e o que deveria ter feito, por exemplo. Coisas como “Por que eu disse isso? É uma coisa tão embaraçosa de se dizer. Eu não deveria ter comentado”.
  • Ser o centro das atenções.
  • Pessoas observando-a, por exemplo, quando ela entra em uma sala de aula cheia de alunos.

Sintomas emocionais

Os sintomas emocionais que a pessoa com ansiedade social pode ter incluem sentir-se:

  • Envergonhada
  • Insegura
  • Nervosa
  • Ansiosa
  • Temerosa
  • Vulnerável
  • Assustada

Sintomas físicos

Os sintomas físicos da ansiedade social são os mesmos da TAG (transtorno de ansiedade generalizada), porque a mesma resposta ao estresse é acionada.

Quando nos sentimos ansiosos, nosso corpo libera hormônios do estresse, incluindo o cortisol e a adrenalina. Este é a maneira do corpo nos preparar para responder a uma ameaça ou perigo percebido.

É o que acontece, por exemplo, quando freamos imediatamente se alguém aparece na frente do carro. Esses hormônios produzem sintomas fisicamente desagradáveis, como aumento da frequência cardíaca e tensão muscular.

Acredita-se que essa resposta tenha um histórico evolutivo porque teria sido benéfica em ambientes pré-históricos e ainda é útil em situações perigosas.

Mas quando você tem fobia social, as situações sociais são percebidas como ameaças, de modo que essa resposta pode ser acionada com frequência e com facilidade. Por esta razão que isso é um problema, pois não há nenhum perigo real.

Os sintomas físicos incluem:

  • Suar
  • Aumento da frequência cardíaca ou palpitações
  • Tontura
  • Peito apertado ou doloroso
  • Garganta e boca secas
  • Precisar ir ao banheiro
  • Voz trêmula
  • Rubor
  • Alterações respiratórias
  • Dormência ou formigamento nos dedos dos pés e das mãos
  • Contrair músculos, especialmente no rosto e pescoço
  • Tremores
  • Sentir o estômago revirando (borboletas no estômago)
  • Dificuldade para engolir
  • Náuseas

Sintomas comportamentais

E, finalmente, os sintomas comportamentais da ansiedade social. A pessoa pode:

  • Evitar situações temidas, como evitar comer fora ou deixar empregos que exijam que ela fale em público.
  • Ter retração social.
  • Fazer uso indevido de drogas ou de álcool para tentar reduzir a ansiedade.
  • Evitar contato visual.
  • Falta de assertividade.
  • Abandonar ou fugir de situações sociais rapidamente.
  • Ter desempenho prejudicado no trabalho
  • Adotar comportamentos de segurança – comportamentos que fazem a pessoa sentir-se segura em algumas situações. Como exemplos podemos citar o uso de maquiagem para esconder seu rubor ou então levar um amigo para festas, sem avisar.
  • Ter problemas com relacionamentos interpessoais.

Como tratar o transtorno de ansiedade social

Pesquisas mostraram que, sem tratamento, a antropofobia é uma condição crônica. Mas apenas cerca de metade dos adultos que sofrem de fobia social procuram tratamento e, quando o fazem, geralmente é depois de 15 a 20 anos tendo os sintomas. É provável que isso se deva ao fato de que eles:

  • Não tenham informações sobre os tratamentos
  • Acreditem que isso não pode melhorar
  • Têm medo de serem julgados pelo profissional da saúde

No entanto, há uma variedade de tratamentos disponíveis. Entre eles, podemos citar:

Realidade Virtual (RV)

A realidade virtual pode ser uma ótima maneira de vivenciar situações sociais na segurança da sua casa. A tecnologia o envolve em ambientes realistas, onde você pode praticar conversando com multidões, respondendo a perguntas para membros virtuais, ficando em pódios diante de centenas de pessoas e muitas outras situações.

Existem alguns bons aplicativos de realidade virtual por aí. Tudo o que você precisa é do seu telefone celular e de um óculos de realidade virtual com fone de ouvido, como o Google Cardboard, que pode custar apenas R$ 30,00 ou menos (ou pode ser feito em casa).

Como exemplo podemos citar o VirtualSpeech (infelizmente só em inglês), que pode ajudar o indivíduo a sentir-se mais confortável em situações como uma reunião ou em palestras.

O APP VirtualSpeech de realidade virtual pode ajudar a pessoa com ansiedade social. Porém só tem uma versão em inglês, ao menos por enquanto.

Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC)

A Terapia cognitivo-comportamental é um dos tratamentos mais eficazes para o TAS.

Geralmente, a TCC ajuda a identificar crenças e padrões comportamentais inúteis e irrealistas. Você e seu terapeuta trabalham juntos para mudar o seu comportamento e substituir as crenças inúteis por outras mais realistas e equilibradas.

A terapia cognitivo-comportamental ensina novas habilidades e ajuda o indivíduo a entender como reagir mais positivamente em situações que normalmente ficaria ansioso.

As sessões de terapia podem incluir o aprendizado sobre ansiedade social, exposição gradual a situações sociais temidas, examinando e modificando suas crenças básicas e ajudando a prevenir recaídas.

A TCC envolve um compromisso de tempo considerável. A quantidade exata de tempo necessária pode variar, dependendo da condição específica do paciente e da resposta à terapia. Um exemplo é de 15 sessões de uma hora, mais uma de 90 minutos. No entanto, você pode precisar de mais ou de menos sessões, ou então precise de menos sessões com maior duração.

Antidepressivos

Para algumas pessoas uma medicação antidepressiva pode ser benéfica. Geralmente um inibidor seletivo de recaptação de serotonina (ISRS), ou ainda uma combinação de medicamento e terapia cognitivo-comportamental individual. Os ISRSs aumentam o nível de serotonina no seu cérebro e eles podem ser tomados a longo prazo.

Como com todos os antidepressivos, os inibidores seletivos de recaptação de serotonina podem levar várias semanas para começar a funcionar. A pessoa geralmente começará com uma dose baixa, que gradualmente será aumentada à medida que seu corpo se acostumar com o medicamento.

Psicoterapia

Se nada do que foi apresentado acima for adequado para o paciente, seja qual for o motivo, ele poderá fazer psicoterapia interpessoal ou psicoterapia de curto prazo especificamente projetada para transtorno de ansiedade social.

A psicoterapia geralmente envolve conversar com um terapeuta treinado, individualmente, em grupo ou com o cônjuge ou parceiro. Ele permite que o indivíduo tenha uma visão mais aprofundada dos seus problemas e das suas preocupações. Lidará, desta forma, com hábitos incômodos e uma ampla gama de transtornos mentais.

A psicoterapia de curto prazo para o transtorno de ansiedade social visa melhorar as habilidades sociais da pessoa e encorajá-la a enfrentar as situações sociais temidas fora das sessões de terapia.

Fobia Social e Síndrome do Pânico

É preciso esclarecer que a fobia social e a síndrome do pânico são coisas diferentes. A síndrome do pânico causa uma sensação de desmaio ou uma sensação muito forte de morte. Já a fobia social é caracterizada, como foi dito, por um medo intenso de situações sociais. Apesar de parecerem sintomas parecidos, não são.

A periodicidade com que acontecem também é diferente. As crises de ansiedade social são bem frequentes, afinal, qualquer situação social pode ser um gatilho.

Outra coisa que difere os dois transtornos são os fatores que os desencadeiam. Quem tem síndrome do pânico tem suas crises em situações muito específicas. Por outro lado, quem tem ansiedade social apresenta os sintomas em qualquer situação que envolva uma situação em que tenha contato com outras pessoas.

Conclusão

Se você acredita que tem fobia social, a melhor solução é procurar um médico ou psicólogo. Certamente terá uma boa melhora em alguns meses. Caso conheça alguém que possa sofrer com a antropofobia, converse com a pessoa e mostre que sua vida pode melhorar muito se procurar ajuda profissional.

Chega de sofrer! Procure ajuda profissional o quanto antes. Vai valer a pena!

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Fontes

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